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UFU - Junho/2011
Giddens aponta que o século XX testemunhou S
um aumento significativo da expectativa de O
vida para as pessoas que vivem em países in- C
dustrializados, além da erradicação de várias I
doenças, graças à medicina moderna. Porém, O
esse autor adverte que
L
O
os aperfeiçoamentos na saúde pública
G
em geral, durante o século passado, não
I
podem dissimular o fato de que a saúde
A
e a doença não são distribuídas uniformemente por toda a população.
Pesquisas mostram que certos grupos
de pessoas desfrutam de mais saúde do
que os outros.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed. 2005, p.
A abordagem desse autor concentra-se na conexão entre saúde e desigualdade, sendo a classe
social um importante elemento de análise.
Diante do exposto,
A) apresente a diferença entre a noção de
classe em Weber e Marx;
B) aponte a relação entre a condição de classe e a desigualdade no acesso à saúde.
Resolução:
A) De acordo com a abordagem weberiana, a
classe é uma denominação conceitual típico-ideal utilizada para identificar os grupos
sociais hierarquicamente distribuídos dentro de uma ordem economicamente dada
e construída a partir da “posse de bens” e
pelas “oportunidades de renda”, delimitando a “situação de classe” numa ordenação
econômica e, por conseqüência, assumindo
também um caráter político na distribuição
das formas de poder.
Em Marx, a classe é uma categoria conceitual crítico-prática que indica a posição
de um grupo no conjunto das “relações
sociais de produção” organizadas a partir
do modo como “as condições objetivas e
materiais” estão assentadas diante da divisão existente entre os proprietários e os
não-proprietários dos meios de produção,
sem excluir as “condições subjetivas” que
derivam de tal separação material presente
no universo da produção social.
B) Tomando como referência a “condição de
classe” – como posicionamento econômico,
cultural, político e, por extensão, social de
um determinado grupo – podemos afirmar
que o acesso à saúde ocorre de modo distinto, de acordo com as condições sociais
que selecionam tal acesso, provocando
uma distribuição disforme dos serviços de
saúde numa estrutura social dividida em
classes, justificando a afirmativa do trecho
orientador da questão, que aponta: “a saúde
e a doença não são distribuídas uniformemente por toda a população”.
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