Universidade Federal de Santa Catarina Curso de Engenharia de Materiais Avaliação da Resistência a Corrosão de Revestimentos Através de Técnicas Eletroquímicas RODRIGO ALEJO RAMIREZ PARQUET ROLON 2005 Universidade Federal de Santa Catarina Curso de Engenharia de Materiais Rodrigo Alejo Ramirez Parquet Rolon Avaliação da Resistência a Corrosão de Revestimentos Através de Técnicas Eletroquímicas Florianópolis 2005 2 Universidade Federal de Santa Catarina Curso de Engenharia de Materiais Rodrigo Alejo Ramirez Parquet Rolon Avaliação da Resistência a Corrosão de Revestimentos Através de Técnicas Eletroquímicas Trabalho de graduação apresentado ao Curso de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de Santa Catarina como parte dos requisitos para a obtenção do título de Engenheiro de Materiais. Orientadores: Prof. César Vitório Franco Eng. Helvio W. Ramos (Olsen) FLORIANÓPOLIS SC – BRASIL 2005 3 Rodrigo Alejo Ramirez Parquet Rolon Avaliação da Resistência a Corrosão de Revestimentos Através de Técnicas Eletroquímicas Este Trabalho de graduação foi julgado adequado para a obtenção do título de Engenheiro de Materiais e aprovado em sua forma final pelo Curso de graduação em Engenharia de Materiais da Universidade Federal de Santa Catarina. Prof. Dylton do Vale Pereira Filho Coordenador Comissão Examinadora Prof. César Vitório Franco Orientador Dra. Anelise Leal Vieira Cubas 4 AGRADECIMENTOS A Deus pelo privilégio que me concede. Aos meus pais, Victor e Ana, por sua dedicação e amor constates. Aos meus irmãos, Santiago, Verônica, Letícia e Victor Junior, que me apoiaram em todos os momentos. A Dina Parquet e Aparício Rolon (em memória) pelas repetidas vezes que me ajudaram e apoiaram, mas que pelo infortúnio não puderam me acompanhar até o final. Aos companheiros e amigos, que souberam compreender minha ausência. Ao Professor César e ao Engenheiro Helvio, mestres e Amigos, que sempre me fortaleceram com sua confiança no meu poder fazer. Ao senhor César Olsen, pela oportunidade, apoio, incentivo e confiança. A todos os colaboradores da Olsen por terem ajudado e cooperado para a execução deste trabalho. 5 ÍNDICE AGRADECIMENTOS.........................................................................................................................5 ÍNDICE.................................................................................................................................................6 LISTA DE SÍMBOLOS.......................................................................................................................8 RESUMO..............................................................................................................................................9 ABSTRACT........................................................................................................................................10 1 - INTRODUÇÃO.............................................................................................................................11 1.1- Justificativa: …...........................................................................................................................13 1.2 - Metas: …...........................................................................................................................14 1.3 - Objetivos Gerais: ….......................................................................................................................15 1.4 - Objetivos Específicos:...................................................................................................................16 2 - REFERENCIAL TEÓRICO…....................................................................................................17 Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIS)...............................................................................17 2.1 - Teoria do Circuito de Corrente Alternada (AC) e Representação dos Valores de Impedância......17 2.2 - Apresentação dos Dados.................................................................................................................20 2.3 - Constante de Estado do Sistema......................................................................................................22 2.4 - Domínio de Tempo e de Freqüência e a Transformada.................................................................23 2.5 - Elementos de Circuito Eletrônico....................................................................................................24 2.5.1 - Elementos de Circuito Combinados em Série e em Paralelo......................................................25 2.6 - Eletroquímica Física e Circuitos Equivalentes................................................................................27 2.6.1 - Resistência Eletrolítica.................................................................................................................27 2.6.2 - Dupla Camada de Capacitância....................................................................................................28 2.6.3 - Resistência de Polarização..........................................................................................................28 2.6.4 - Resistência a Transferência de Cargas........................................................................................30 2.6.5 - Difusão ….......................................................................................................................32 2.6.6 - Capacitância do Encharcamento.................................................................................................33 2.6.7 - Elemento de Estado Constante.....................................................................................................34 2.6.8 - Indutor Virtual 34 6 2.6.9 - Modelos de Circuitos Equivalentes Comuns..............................................................................35 2.7 - Modelo #4 – Metal Coberto...........................................................................................................35 3 - MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................................39 3.1 - Preparação da Amostra / Medidas de Impedância..........................................................................39 3.2 - Rapid Electrochemical Assessment of Paint (REAP) ...................................................................42 4 – RESULTADOS E DISCUSSãO..................................................................................................44 4.1 - Resultados de Impedância das Tintas..............................................................................................44 4.2 - Análise dos Resultados....................................................................................................................50 5 - CONCLUSÃO...............................................................................................................................55 6 – BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................................56 7 LISTA DE SÍMBOLOS R E I ω f Z C A k Icorr Eoc βa Βc t Rsoln Rpo Rcor [Ω] [V] [A] [rad/s] [hertz] [Ω] [F] [m2] [S/m] [A] [V] [Volts/década] [Volts/década] s [Ω] [Ω] [Ω] Cc [F] Ccor [F] Resistência Voltagem Corrente Freqüência em Radial Freqüencia Impedância Capacitância Área Condutividade da Solução Corrente de Corrosão Potencial de Corrosão Coeficiente Anódico Coeficiente Catódico Tempo Resistência da Solução Resistência dos Poros Resistência da Superfície do Metal Capacitância do Revestimento Capacitância da Superfície do Metal 8 RESUMO Neste trabalho, a empresa Olsen preocupada com a qualidade e vida útil dos seus produtos, iniciou em conjunto com o Laboratório de Corrosão e Eletroquímica do Departamento de Química da Universidade Federal de Santa Catarina, um estudo e classificação dos revestimentos orgânicos frente a meios corrosivos. Estabelecendo um ranking das tintas, referente a sua resistência à corrosão, vida útil da tinta, velocidade de desplacamento, porcentagem de água absorvida permitindo a visualização das diferenças nas tecnologias empregadas pelos diversos fabricantes de revestimentos do mercado, tendo a empresa Olsen parâmetros para selecionar um produto que melhor atenda aos seus critérios de qualidade. Para isso foi utilizando a técnica de avaliação da resistência à corrosão de revestimentos denominada Espectroscopia de Impedância Eletroquímica, pelo método do Rapid Electrochemical Assessment of Paint (REAP). Que consiste em uma técnica utilizada na análise de processos eletroquímicos que ocorrem na interface eletrodo / solução eletrolítica, identificando e determinando os parâmetros de um modelo elaborado com base na resposta de freqüência do sistema eletroquímico em estudo. Com os resultados da avaliação da técnica eletroquímica REAP, podese diferenciar diversos parâmetros, como: tempo para falha do revestimento, porcentagem de água absorvida e velocidade de desplacamento das tintas, dos diferentes fabricantes. Sendo estes parâmetros estão direta e indiretamente relacionados à resistência à corrosão das diversas tintas analisadas. Palavra Chave: Espectroscopia de Impedância Eletroquímica; Resistência a Corrosão; Revestimento. 9 ABSTRACT In this work, the company Olsen worried about the quality and useful life of its products, it initiated in set with the Laboratory of Electrochemical Corrosion of the Department of Chemistry of the Federal University of Santa Catarina, a study and classification of organic coatings front the corrosive ways. Establishing a ranking of the coatings, referring its resistance to the corrosion, useful life of the ink, disbond rate, coating water uptake allowing the visualization of the differences in the technologies used for the diverse coating manufacturers of the market, having the company Olsen parameters to select a product that better takes care of to its criteria of quality. For this was using the technique of evaluation of the coating corrosion resistance called Electrochemical Impedance Spectroscopy, for the method of the Rapid Electrochemical Assessment of Paint (REAP). That is one technique used in the analysis of electrochemical processes that occur in the interface electrode/electrolytic solution, identifying and determining the parameters of an elaborated model on the basis of the reply of frequency of the electrochemical system in study. With the results of the evaluation of electrochemical technique REAP, it can be differentiated diverse parameters, as: time to fail of the coating, water uptake and disbond rate of the inks, of the different manufactures. Being these parameters direct and they are indirectly related to the resistance to the corrosion of the diverse analyzed inks. Key Word: Electrochemical Impedance Spectroscopy; Corrosion Resistance; Coating. 10 1 - INTRODUÇÃO As pessoas têm as mais diversas respostas para "O que é corrosão". Alguns dizem que é oxidação, outras dizem que é um ataque químico, enquanto alguns dizem que é um fenômeno elétrico, a eletrólise. Cada uma dessas respostas é parcialmente verdadeira. Excetuando alguns tipos não usuais de corrosão, como bacteriana ou por ataque químico direto, pode-se dizer que a corrosão, como normalmente encontrada, é, basicamente, um processo eletroquímico por natureza. Sendo que o presente trabalho tem como objetivo avaliar e classificar o desempenho de diversas tintas a corrosão; assim, a OLSEN poderá selecionar a que melhor se aplica aos objetivos que a empresa deseja. Para isso foi utilizada a técnica de Espectroscopia de Impedância Eletroquímica, que é uma técnica utilizada na análise de processos eletroquímicos que ocorrem na interface eletrodo / solução eletrolítica. Trata-se de um método de identificação e determinação de parâmetros de um modelo elaborado com base na resposta de freqüência do sistema eletroquímico em estudo. Em tais experimentos é utilizado um Analisador de Resposta de Freqüência, acoplado a uma interface eletroquímica, o qual mede a resposta na corrente do sistema, à medida que se altera a freqüência de um sinal senoidal de entrada: (sendo w a freqüência e dE a amplitude do sinal.) Se a amplitude do sinal (1) for suficientemente pequena (da ordem de milivolts), então é possível supor que a resposta de freqüência do sistema esteja relacionada linearmente com a perturbação, segundo uma equação diferencial linear. Se as condições iniciais do sistema forem todas iguais a zero, define-se a impedância eletroquímica Z , como sendo o quociente: 11 onde E(s) e I(s) são, respectivamente, as transformadas de Laplace do potencial e da corrente e s = jw, j 2 = -1 , é a freqüência complexa de Laplace. A impedância eletroquímica Z(s) é uma função da variável complexa e pode ser representada por: onde Z1(jw) = Re [ Z (jw)] e Z2 (jw) = Im [Z (jw)] são, respectivamente, as partes real e imaginária. Além dessa representação, tem-se também que a impedância pode ser dada pela magnitude /Z(jw)/ e pelo ângulo de fase f(W): Em geral, a função de um modelo de impedância adequado para processos de eletrodo simples é deduzida de um modelo elétrico equivalente, denominado circuito de Randles. 12 1.1 - Justificativa: Em países industrializados calcula-se que a corrosão dos materiais provoca perdas da ordem de 3,5 a 4% do PIB. Se essa estimativa for aplicada ao Brasil, chega-se a um valor de pelo menos US$ 20 bilhões. Adotadas as medidas preventivas contra a corrosão, 30% dessa perda poderia ser evitada. Degradação de estruturas pela ação do meio ambiente e até perdas de vidas humanas também está em jogo. Este trabalho visa especificamente avaliar revestimentos orgânicos sobre metais frente a meios agressivos e orientar a empresa OLSEN e fornecedores a aprimorar os produtos fazendo com que os equipamentos tenham mais durabilidade, trazendo satisfação aos consumidores e consolidando a marca OLSEN no mercado nacional e internacional. 13 1.2 - Metas: Este trabalho tem como meta apresentar um novo método de avaliação da resistência à corrosão de tintas, sendo que o método utilizado para realizar a análise é através de técnicas eletroquímicas, com a utilização de equipamentos e programas de aquisição e tratamento de dados. Como também, diferenciar a resistência à corrosão das diversas tintas analisadas, buscando identificar a tinta ideal, necessária para garantir a resistência à corrosão dos produtos. Visando garantir a qualidade esperada, vida útil dos produtos, a redução dos custos com a economia de material e a seleção da tinta mais adequada que atenda as expectativas e necessidades da empresa. 14 1.3 - Objetivos Gerais: Apresentar e utilizar um novo método de avaliação de proteção corrosiva de tintas; Diferenciar a resistência à corrosão de diversas marcas de tintas; Identificar a tinta mais adequada; Reduzir custos; Relacionar o trabalho de conclusão de curso com a necessidade da Indústria; Colocar o aluno no ambiente de trabalho. 15 1.4 - Objetivos Específicos: Diferenciar as tintas; Reduzir desperdício de material (tinta); Garantir a vida útil dos equipamentos; Encontrar a tinta que melhor responda às necessidades. 16 2 - REFERENCIAL TEÓRICO Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIS) 2.1 - Teoria do Circuito de Corrente Alternada (AC) e Representação dos Valores de Impedância Como se sabe, o conceito sobre a resistência elétrica; é a habilidade de um elemento de circuito resistir a corrente elétrica. As leis de Ohm (equação 1) definem a resistência em termos de razão entre voltagem E e a corrente I. (1) Embora esta relação, seja bem conhecida, este é o único limitante para um elemento de circuito – o resistor ideal. Um resistor ideal teve propriedades simplificadas: Ele segue as leis de Ohm sobre os níveis de corrente e voltagem; Este valor de resistência é independente da freqüência; Sinais de corrente e voltagem AC, ainda que o resistor esteja em fase entre eles. No mundo real os elementos de circuitos têm apresentado uma complexidade muito maior que a esperada. Estes elementos nos forçam a abandonar o conceito mais fácil da resistência. Neste lugar nós utilizamos impedância, cada um é um parâmetro de circuito geral. Como a resistência, a impedância é uma medida da habilidade de um circuito para resistir ao fluxo de corrente elétrica. Diferentemente da resistência, a impedância não é limitada pela propriedade simples anteriormente comentada. 17 Impedância eletroquímica é normalmente utilizada aplicando um potencial AC em uma célula eletroquímica, sendo a medida de corrente através da célula; supondo isto, se aplica um potencial de excitação senoidal. A resposta para o potencial é um sinal de corrente AC, contendo a freqüência de excitação e os harmônicos. Este sinal de corrente pode ser analisado com a soma das funções senoidais (uma série de Fourier). A impedância eletroquímica é normalmente mensurada usando um pequeno sinal de excitação. Este também é o feito quando a resposta da célula é pseudolinear. Em um sistema linear (ou pseudolinear), a corrente de resposta para um potencial senoidal pode ser uma senóide com a mesma freqüência, mais a variação de uma fase. Veja a figura 1. Figura 1 – Corrente de resposta senoidal em um sistema linar. O sinal de estímulo é expresso em uma função do tempo, desta forma: (2) E(t) é o potencial para o tr, Eo é a amplitude do sinal, e ω é a freqüência radial. A relação entre freqüência radial ω (expressa em radianos / segundos) e freqüência f (expressa em hertz) é: (3) 18 Em um sistema linear, o sinal de resposta, lt, é substituído em fase e tem uma amplitude diferente, lo: (4) Uma expressão análoga para a lei de Ohm nos permite calcular a impedância do sistema, como: (5) A impedância é, portanto em termos de magnitude, Zo, e uma variação de fase, f. Se graficarmos a amplitude do sinal senoidal no eixo – X de um gráfico e o sinal senoidal resposta l(t) no eixo – Y, é graficada uma elipse. Veja a figura 2. Esta elipse é conhecida como uma “figura de Lissajous”. Analisando a figura de Lissajous a partir de uma projeção em um osciloscópio, pode ser aceito o método de mensuração da impedância previa para a avaliação de amplificadores fechados e analisadores de freqüência de resposta. Figura 2 – Corrente de resposta senoidal em um sistema linear. 19 Usando relações de Euler, (6) Isto é possível para expressar a impedância como uma função complexa. O potencial é descrito como, (7) E a corrente resposta como, (8) A impedância é depois representada como um número complexo, (9) 2.2 - Apresentação dos Dados Veja a equação 9 na seção anterior. A expressão para Z(ω) é composta de uma parte real e uma imaginária. Se a parte real é graficada no eixo Z e a parte imaginária no eixo Y de um gráfico, se obtém um “gráfico Nyquist” (Figura 3). Observe isso no gráfico o eixo-y é negativo e cada ponto sobre o gráfico Nyquist é a impedância de uma freqüência. 20 Figura 3 – gráfica Nyquist como o vetor impedância. A figura 3 pode ser usada para mostrar os dados de baixa freqüência sobre o lado direito e os dados de alta freqüência graficados sobre o lado esquerdo. Isto é verdadeiro para os dados de EIS onde a impedância usualmente decai tanto quanto a freqüência aumenta (isto é verdadeiro para todos os circuitos). Sobre o gráfico Nyquist a impedância pode ser representada como um vetor de comprimento |Z|. O ângulo entre o vetor e o eixo-x é (ф). Gráfico Nyquist tem uma fraqueza maior. Quando observado em qualquer um dos dados do gráfico, não pode-se dizer que freqüência foi usada para cadastrar este ponto. O gráfico Nyquist da figura 3 resulta do circuito eletrônico da figura 4. O semicírculo é típico de uma única “constante de tempo”. A impedância eletroquímica apresenta muitas vezes várias constantes de tempo. Muitas vezes apenas uma parcela de uma ou mais de esses semicírculos são observados. Figura 4 – Circuito equivalente simples com uma constante de tempo. 21 Outro método popular de apresentação é o “gráfico Bode”. A impedância é graficada com freqüência longa sobre o eixo-x e ambos os valores absolutos de impedância (|Z| = Z 0) e fases sobrepostas sobre o eixo-y. O gráfico de Bode para o circuito elétrico da figura 5 é apresentado na figura 5. Distinto do gráfico Nyquist, o gráfico Bode apresenta informações de freqüência. Figura 5 – Gráfico Bode com uma constante de tempo. 2.3 - Constante de Estado do Sistema Medir um espectro de EIS leva tempo (muitas vezes várias horas), este sistema mede a existência de muitos estados constantes através do tempo requerido para mensurar o espectro de EIS. Um caso comum de problema na mensuração do EIS e sua análise são os desvios no sistema de medida. Em prática, o estado constante pode ser difícil para ser alcançado com êxito. A célula pode mudar completamente a absorção de impurezas da solução, aumentando para uma camada de óxido, desenvolvendo um crescimento para produtos de reação na solução, reduzindo o encharcamento, mudanças na temperatura, para listar apenas alguns fatores. Critério de análise das ferramentas de EIS podem mostrar seus resultados imprecisos sobre um sistema quando este não é de um estado constante. 22 2.4 - Domínio de Tempo e de Freqüência e a Transformada O processo teórico sinaliza para dados dominantes. O mesmo dado pode ser representado em diferentes domínios. No EIS, pode ser usado dois desses domínios: o domínio de tempo e a freqüência de domínio. No domínio de tempo, sinais são representados igualmente por sinais de amplitude versus tempo. A Figura 6 demonstra isso para um sinal compreendido de duas sobreposições de ondas. Figura 6 – Duas ondas no domínio de tempo. A Figura 7 mostra o mesmo sinal na freqüência de domínio. O dado é graficado da amplitude versus freqüência. Figura 7 – Duas ondas em freqüência de domínio. 23 Podemos usar a transformação de Fourier e o inverso da transformação de Fourier para a ligação entre o domínio. O termo comum, FFT, encaminha para um rápido implemento computadorizado de transformação de Fourier. Algumas destas referências dão para o fim deste capítulo maiores informações sobre a transformação de Fourier e os usados no EIS. Nos modernos sistemas de EIS, baixa freqüência de dados são usualmente mensurados no domínio de tempo. O computador de controle aplica uma aproximação digital de uma onda para a célula ter medidas de um conversor digital para analógico. A corrente resposta é medida usando um computador que transforma os dados de analógico para digital. Um FFT é usado para converter o sinal de corrente dentro da freqüência de domínio. 2.5 - Elementos de Circuito Eletrônico Dados de EIS são comumente analisados através de ajustes para uma equivalência com modelos de circuitos eletrônicos. Muitos dos elementos de circuitos no modelo são elementos comuns de circuitos eletrônicos semelhantes a resistores, capacitores e indutores. Para serem proveitosos no sistema, os elementos no modelo tem que ter uma base na eletroquímica física; como por exemplo, muitos modelos contêm um resistor para demonstrar a resistência da solução da célula. Muitos conhecimentos da impedância, dos componentes do circuito padrão são por essa razão completamente úteis. A tabela 1 lista os elementos de circuito mais comuns, a equação para suas relações entre corrente versus voltagem e a sua impedância. Component Current Vs.Voltage Impedance resistor E= IR Z=R inductor E = L di/dt Z = jωL capacitor I = C dE/dt Z = 1/jωC Tabela 1 – Elementos Comuns de Circuito. 24 Observe que a impedância para um resistor é independente da freqüência e tem apenas um componente real. Por isto esta não é uma impedância imaginária, sendo assim a corrente de um resistor sempre esta em fase com a voltagem. A impedância para um indutor aumenta tanto quanto a sua freqüência. Indutores têm apenas um componente de impedância imaginário. Como um resultado, uma corrente induzida é substituída em fase por 90 graus com respeito à voltagem. A impedância versus a freqüência conduzida de um capacitor é oposta para este indutor. Uma impedância capacitiva diminui tanto quanto a freqüência é aumentada. Capacitores também têm apenas um componente imaginário de impedância. A corrente sem interrupção de um capacitor é substituída em fase de 90 graus com a voltagem respectiva. 2.5.1 - Elementos de Circuito Combinados em Série e em Paralelo A grande minoria das células eletroquímicas podem ser modeladas usando um único elemento de circuito equivalente. Sendo assim, modelos usuais de EIS consistem de um número de elementos em um trabalho. Tanto combinações em série e em paralelo de elementos ocorrem. Afortunadamente, estas são simples fórmulas descrevendo a impedância de elementos de circuitos em ambas combinações, em série e em paralelo. Figura 8 – Impedâncias em Série. Para elementos lineares de impedância em série pode ser calculada a impedância equivalente: (10) 25 Figura 9 – Impedâncias em Paralelo. Para elementos lineares de impedância em paralelo pode ser calculada a impedância equivalente: (11) É possível, calcular de dois modos a impedância equivalente por meio da combinação de elementos de circuito. Supondo que temos resistores em série de 1Ω e um de 4 Ω. A impedância de um resistor é a soma destas resistências (veja tabela 1). Podemos calcular a impedância total: Resistência e impedância vão elevar-se quando o resistor estiver combinado em série. Agora vamos supor que temos conectados dois capacitores em série 2 µF. A capacitância total da cominação é 1 µF. 26 Impedância aumenta, mas a capacitância vai diminuir quando os capacitores são conectados em série. Isto é uma conseqüência da relação inversa entre capacitância e impedância. 2.6 - Eletroquímica Física e Circuitos Equivalentes 2.6.1 - Resistência Eletrolítica A resistência da solução é muitas vezes um fator significante na impedância de uma célula eletroquímica. Um moderno de 3 eletrodos potenciostáticos compensa a resistência da solução entre o eletrodo contrário e eletrodos de referência. De qualquer modo, a resistência da solução entre o eletrodo de referência e o eletrodo de trabalho pode ser considerado quando seu modelo for célula. A resistência de uma solução iônica depende da concentração iônica, modelo de íons, temperatura e a geometria da área que a corrente é carregada. Em uma área ligada com a área A e comprimento l conduzindo uma corrente uniforme a resistência é definida: (12) onde R é a resistência da solução; a condutividade da solução; k, é mais comumente usada em soluções de cálculo de resistência. Estas relações com resistência de solução são: 27 (13) Os valores para k, listado nos manuais de química para soluções específicas. Para outras soluções podem ser calculadas k de condutividade de íons específicos. A unidade para k são Siemens por metro (S/m). O Siemens é o recíproco de ohm, de 1 S = 1/ohm. Infelizmente, muitas células eletroquímicas não têm distribuição uniforme de corrente no inteiro de um eletrólito de área definida. Felizmente, não se pode usualmente calcular a resistência da solução para condutores iônicos. Porem, este é utilizado quando se deseja ajustar o modelo para dados experimentais de EIS. 2.6.2 - Dupla Camada de Capacitância Uma dupla camada elétrica existe junto à interface entre um eletrodo e seus arredores. Esta camada dupla é igualmente formada por íons da solução grudados na superfície do eletrodo. Mudanças no eletrodo são separadas das mudanças destes íons. A separação é muito pequena, na medida de angstroms. Mudanças separadas perto de um capacitor isolado com um metal descoberto imerso em um eletrólito, pode-se estimar que este terá aproximadamente uma capacitância de 30 µF para qualquer área superficial do eletrodo. O valor da dupla camada de capacitância depende de muitas variáveis incluindo potencial do eletrodo, temperatura, concentrações iônicas, tipos de íons, camadas de óxidos, rugosidade do eletrodo, impurezas adsorvidas, etc. 2.6.3 - Resistência de Polarização Sempre que o potencial de um eletrodo é forçado fora dos valores de um circuito aberto, este é igualmente referido para polarização do eletrodo. Quando um eletrodo é polarizado, este pode causar um fluxo de corrente por reações eletroquímica esta ocorre na superfície do eletrodo. A quantidade de corrente é controlada pela cinética das reações e da difusão das reações. 28 Nas células onde um eletrodo sofre uma corrosão uniforme em circuito aberto, o potencial do circuito aberto é controlado pelo equilíbrio entre duas diferentes reações eletroquímicas, umas destas reações geram correntes catódicas e a outra corrente anódica. O potencial de circuito aberto termina acima do potencial das correntes catódicas e anódicas. Os potenciais de circuito são iguais, isto é referência para uma mistura de potenciais. O valor da corrente para cada uma das reações é conhecido como corrente de corrosão. O controle da mistura destes potenciais também ocorre na célula onde o eletrodo não é corroído. Durante este parágrafo discutiremos sobre as reações de corrosão, o arranjo das terminologias e das modificações aplicáveis a estes nos casos de uma boa resistência a corrosão. Onde estes reações são simples, a cinemática das reações ocorrem controladamente, o potencial da célula é relacionado com a corrente (conhecida como equação Butler-Volmer). (14) onde I é a corrente mensurada da célula em amperes; Icorr é a corrente de corrosão em amperes; Eoc é o potencial de circuito aberto em volts; βa é a coeficiente anódico beta em volts / década; βc é o coeficiente catódico beta em volts / década. Se nos aplicarmos um pequeno sinal de aproximação (E-Eoc é pequeno) para a equação 14, temos: (15) qualquer novo parâmetro introduzido, Rp, resistência polarização. Igualmente pode-se encontrar a força deste nome, resistência a polarização comporta-se como um resistor. Se as constantes de 29 Tafel são conhecidas, pode-se calcular a Icorr da Rp usando a equação 15. Na alteração da Icorr pode ser usado para calcular uma variação da corrosão. Podemos manter a discussão do parâmetro Rp, discutindo os modelos de células. 2.6.4 - Resistência a Transferência de Cargas Uma resistência similar é formada através de um único controle cinético de reações eletroquímicas. Neste caso, não se tem mistura de potencial, mas uma única reação de equilíbrio. Considerando o metal do substrato em contato com um eletrólito; as moléculas do metal podem dissolver-se eletroliticamente dentro do eletrólito, de acordo com: (16) ou mais geral: (17) Na reação inicial na primeira equação, elétrons entram no metal e íons se difundem dentro do eletrólito. A transferência de cargas é iniciada. Esta reação de transferência de cargas teve uma certa velocidade. A velocidade depende sobre tudo da reação, da temperatura, da composição dos produtos da reação e do potencial. A relação geral entre o potencial e a corrente é: (18) onde, io = mudança da densidade de corrente; Co = concentração de oxidantes na superfície do eletrodo; Co* = concentração de oxidante no corpo; 30 Cr = concentração de redutores na superfície do eletrodo; F = constante de Faradays; T = temperatura; R = constante dos gases; α = seqüência de reação; n = número de elétrons envolvidos; η = potencial médio (E – Eo). O potencial médio, η, mede o grau de polarização. Sendo, o potencial do eletrodo menos o potencial de equilíbrio. Onde a concentração no corpo é o mesmo da superfície do eletrodo, Co=Co* e CR=CR*. Simplificando a equação 18 temos: (19) Esta equação é chamada de equação de Butler-Volmer. Sendo aplicada onde a polarização depende apenas da transferência cinética. Inicialmente vamos minimizar os efeitos da difusão e manter a suposição da Co=Co* e CR=CR* válido. Quando o potencial médio, η, for muito pequeno e o sistema eletroquímico estiver em equilíbrio, a expressão para a resistência da transferência de cargas fica: (20) Desta equação, a mudança na densidade de corrente pode ser calculada onde R ct é conhecido. 31 2.6.5 - Difusão A difusão pode criar uma impedância conhecida como impedância de Warburg. Esta impedância depende do potencial de freqüência da perturbação. Junto à alta freqüência a impedância de Warburg é de pequena reação de difusão não tendo alta mobilidade. Com baixa freqüência a reatividade tem difusibilidade alta, com isso aumenta a impedância de Warburg. A equação para a impedância infinita de Warburg é: (21) Sobre um gráfico de Nyquist, a impedância infinita de Warburg, aparece igualmente uma linha diagonal com um declive de 0,5. Sobre um gráfico Bode, a impedância de Warburg exibe uma sobreposição de fases de 45o. Na equação 21, σ é o coeficiente de Warburg definido como: (22) onde, ω = freqüência radial; Do = coeficiente de difusão do oxidante; DR = coeficiente de difusão do redutor; A = área de superfície do eletrodo; n = número de elétrons transferidos; C*= concentração no corpo de espécimes difundida (moles/cm2). Desta forma a impedância de Warburg é apenas válida se a camada de difusão teve uma espessura infinita. Muitas vezes este não é o caso. Se a camada de difusão é finita, a impedância de baixa freqüência não obedece à equação acima. Ao invés de usar a equação anterior, temos a equação: 32 (23) 2.6.6 - Capacitância do Encharcamento Um capacitor é formado quando dois condutores planos são separados por meio de um não condutor, chamado de dielétrico. O valor da capacitância depende da área dos planos, da distância entre os planos e das propriedades do dielétrico. A relação é: (24) onde, εo = permeabilidade elétrica; εr = permeabilidade elétrica relativa; A = área de um plano; d = distância entre os dois planos. Considerando que a permeabilidade elétrica é uma constante física, a permeabilidade elétrica relativa depende do material. A tabela 2 apresenta os valores usuais de εr. Material εr Vacuum 1 Water 80.1 ( 20° C ) Organic coating 4-8 Tabela 2 - Permeabilidade Elétrica Relativa. 33 Observe a diferença entre a permeabilidade elétrica da água e de uma cobertura orgânica. A capacitância da superfície cobertura muda quando este absorve água. O EIS pode ser usado para medir esta mudança. 2.6.7 - Elemento de Estado Constante Capacitores em experimentos de EIS muitas vezes são ideais. Quando isto não ocorre, eles funcionam semelhantes a estados de elementos (CPE) igualmente definidos anteriormente. A impedância de um capacitor tem a forma: (25) Onde esta equação descreve um capacitor, a constante A = 1/C (o inverso da capacitância) e o expoente α = 1. Para uma constante de estado de elemento, o expoente α é menor que um. O “capacitor de dupla camada”, na realidade em células reais, muitas vezes comporta-se como um CPE em vez de parecer um capacitor. Algumas teorias têm proposto avaliações para comportamentos não ideais de dupla camada, mas nada tem aceitação universal. Em muitos casos, pode-se tratar seguramente α igualmente uma constante empírica e não se preocupar a respeito da física básica. 2.6.8 - Indutor Virtual A impedância de uma célula eletroquímica pode também aparecer por ser induzida. Alguns autores têm atribuído procedimentos induzidos para potencial dependente. Ambos os processos de absorção e a reação eletroquímica são potenciais dependentes. A rede resulta desta dependência podendo um estado induzido sobreposto na corrente da célula. Procedimentos induzidos podem também resultar de uma distribuição não homogenia da corrente, a célula conduz uma indutância e potenciostática não linear. Nestes casos, isto representa um erro na medida de EIS. 34 2.6.9 - Modelos de Circuitos Equivalentes Comuns Abaixo vamos apresentar alguns dos mais comuns modelos de circuitos equivalentes. Estes modelos podem ser usados para simples interpretações dos dados de EIS. Muitos destes modelos tem sido incluídos igualmente em modelos padrão na Echem AnalystTM EIS300 um pacote de análise. Para elementos usados no seguinte circuito equivalente são apresentados na Tabela 3. Equações para ambos admitância e impedância são aplicados para cada elemento. Tabela 3 - Circuitos Elementares utilizados nos Modelos. As variáveis dependentes usadas nestas equações são R, C, L, Yo, B e α. A EIS300 usa os menos parâmetros de ajuste. 2.7 - Modelo #4 – Metal Coberto O procedimento de impedância para um capacitor coberto foi discutido anteriormente. Muitas coberturas se degradam com o tempo, resultando em procedimentos mais complexos. Depois uma certa quantidade de metais tem sido muito estudada. A interpretação dos dados de impedância para falhas de cobertura podem ser muito complicadas. Apenas o simples circuito equivalente apresentado na figura 10 vai ser discutido. Igualar este simples modelo tem sido a causa de várias controvérsias na literatura. Muitos pesquisadores concordam que este modelo pode ser usado para avaliar e quantificar uma cobertura. De qualquer modo, eles não concordam sobre o processo físico deste criado com 35 elementos de circuitos equivalentes. A discussão é por essa razão apenas uma de diversas interpretações destes modelos. A capacitância para a cobertura intacta é representada por Co. Este valor é muito menor que uma capacitância típica de dupla camada. Estas unidades são pF ou nF, não µF. Por (resistência dos poros) é a resistência do caminho da condutividade de íons pela camada desenvolvida. Este caminho talvez não seja fisicamente poros ocupados com eletrólitos. Sobre a fase do metal, os poros assumem como uma área de cobertura sendo delimitada um bolso cheio com uma solução eletrolítica. Esta solução eletrolítica pode ser muito diferente para a solução fora do corpo de cobertura. A interface entre este bolso de solução e a exposição do metal é modelada igualmente, uma dupla camada em paralelo com uma cinética controlada da reação de transferência da carga. Figura 10 – Circuito Equivalente para uma Cobertura Falhada. Onde se pode usar EIS para testar a camada, você encaixa dados estimativos para os valores dos parâmetros do modelo, de modo que semelhante à resistência da porosidade ou à capacitância da camada dupla. Podendo então usar estes parâmetros para calcular o grau de que a cobertura tem falhado. A fim de mostrar uma curva de dados real, necessitamos fazer esta operação inversa. Suponha que temos uma amostra de 10 cm2 de material coberto com uma camada de 12 µm e temos 5 áreas delimitadas. 1% do total da área do metal é delimitada. Os poros no filme delimitam a área desse acesso representado, igualmente representada pela solução que preencheu os vazios de 30 µm de diâmetro. Os parâmetros usados para tornar-se a curva são mostrados a seguir: 36 Co = 4 nF Calculado para 10 cm2 de área, εr = 6 e 12 µm espessura; Rpo = 3400 Ω Calculado assumindo-se k = 0,01 S/cm; Rs = 20 Ω assumido; Cdl = 4 µF Calculado para 1% de 10 cm2 de área e assumindo-se 40 µF/cm2; Rct = 2500 Ω Calculados para 1% de 10 cm 2 área usando Resistência de Polarização supondo de uma discussão próxima. Com estes parâmetros, o gráfico de Nyquist para este modelo é mostrado na figura 11. Observe que há dois tempos bem definidos neste gráfico. Figura 11 – Grafico Nyquist para uma cobertura Falhada. O gráfico de Bode do mesmo dado é mostrado na figura 24. As duas constantes de tempo são visíveis, porém apresentadas mais ou menos neste gráfico. O gráfico de Bode não vai a altas freqüências para medir a resistência da solução. Na prática isto não é um problema, porque a resistência da solução é uma propriedade da solução 37 teste e da geometria da célula de teste, não uma propriedade da cobertura. Conseqüentemente, isto usualmente não é muito interessante onde são testadas as coberturas. Figura 12 – Gráfico de Bode para uma Cobertura Falhada. 38 3 - MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 - Preparação da Amostra / Medidas de Impedância As superfícies das amostras, foram preparadas utilizando-se jato de granalha para a sua limpeza superficial (retirada de ferrugem e carepa de laminação). Sendo estas amostras de aço carbono 1002 (ABNT), que foram cedidas pela empresa Olsen. As amostras foram enviadas a alguns fornecedores de tintas e posteriormente devolvidas após serem pintadas utilizando-se a técnica de pintura eletrostática com tintas híbridas (Epóxi e Poliéster). Cada empresa contatada realizou uma pintura com seu respectivo produto, sendo solicitado que as amostras não sofressem qualquer tipo de tratamento superficial. Tal procedimento foi adotado em decorrência da empresa Olsen utilizar um processo produtivo sem o emprego do tratamento superficial. Esses tratamentos são altamente poluentes e prejudiciais ao homem. Após ser feita a pintura as empresas fornecedoras reenviaram as amostras pintadas para análises específicas com o equipamento Multechem Electrochemistry Systems e o programa de aquisição e tratamento de dados Frameworks and Echem Analyst da fabricante Garym Instruments, sendo este equipamento do Laboratório de Corrosão do Departamento de Química da UFSC. Com as amostras em mão, foram realizadas medições e um levantamento da espessura da camada para separa em lotes com camadas de tinta dentro de uma faixa de espessura (tabela abaixo). 39 “A” Pontos Frent Vers e o 1 98 107 94 93 103 85 70 82 86 85 2 94 113 96 91 95 85 72 80 69 88 3 101 126 92 82 96 116 88 100 61 111 4 117 127 110 83 113 102 78 81 89 103 5 113 106 80 90 91 86 74 76 71 88 Média Desvio 105 116 94 88 100 95 76 84 75 95 P. Média 10 10 11 5 9 14 7 9 12 11 T. Devsio 100 P. 13 85 “B” Pontos Frent Vers e o 1 83 80 103 60 100 39 68 91 68 111 2 92 83 84 54 84 69 66 84 71 107 3 88 74 91 65 87 64 51 83 71 108 4 81 70 72 65 67 66 81 80 67 100 5 97 88 100 64 87 70 62 85 73 98 Média Desvio 88 79 90 62 85 62 66 85 70 105 P. Média 7 7 13 5 12 13 11 4 2 6 T. Devsio 81 P. 14 77 40 “C” Pontos Frent Vers e o 1 83 80 86 74 100 39 68 59 99 111 2 92 83 69 66 84 69 66 70 88 107 3 88 74 61 68 87 64 51 64 92 108 4 81 70 89 73 67 66 81 91 88 100 5 97 88 71 79 87 70 62 70 88 98 Média Desvio 88 79 75 72 85 62 66 71 91 105 P. Média 7 7 12 5 12 13 11 12 5 6 T. Devsio 80 P. 13 79 No laboratório foi utilizada uma célula eletroquímica convencional (figura 1), que foi preparada com três eletrodos, sendo o contra-eletrodo constituído por uma placa de platina de alta pureza e, como sistema de referência foi adotado o eletrodo de calomelano saturado. Figura 1 – Célula Eletroquímica. 41 3.2 - Rapid Electrochemical Assessment of Paint (REAP) O método utilizado (REAP), é um procedimento projetado para estimar a resistência de materiais metálicos submetidos a encharcamento, usando teste eletroquímico de curto prazo. Através do REAP foi calculado, o tempo relativo para falha (TTF), para encharcamento e avaliada a performance do encharcamento a longo prazo. Outra aplicação o teste de REAP é o controle de qualidade para produtos encharcados. A mensuração dos parâmetros de REAP envolve testes, pondo duas amostras de metal pintado. Uma das amostras tendo uma cruz com ângulo de 90° de 2x2 cm. Ambas as amostras são expostas a uma solução aquosa de teste, de 0,5 Mols de NaCl a temperatura ambiente por 24 ± 2 horas. O processo de teste, com duas amostras é ilustrado abaixo (Figura 2). Figura 2 – Métodos de análise. Imediatamente, após o preenchimento da célula, o potencial de corrosão da amostra pintada pôde ser mensurado. O potencial mensurado determina o potencial de DC (corrente contínua) 42 usado na espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS) da amostra estudada. Um experimento de EIS é realizado logo após o experimento de potencial de corrosão. Um segundo experimento é realizado após a amostra ficar submetida por 24 horas à solução aquosa de teste de NaCl. Entre os dois teste de EIS, um experimento de 24 horas de potencial potentiostático é realizado nas amostras riscadas. Um potencial catódico (-1.05V vs. SCE) é usado para acelerar o desprendimento para o encharcamento. Este teste mensura um parâmetro para o REAP, a razão do desprendimento para o encharcamento (dx/dt) na unidade de mm por hora. A medida típica de desprendimento mensurado via potencial catódico são 0,1 mm/hr ou menos. Comparando os resultados dos dois experimentos de EIS pode-se deduzir o segundo parâmetro de REAP, o excesso de água. A quantidade de água em excesso é expressa em fração volumétrica aparente, %v. A fração volumétrica é calculada pela variação da capacitância para o recobrimento (Cc) no período de 24 horas. Estes valores de capacitância são obtidos por análise de dados de EIS usando um circuito equivalente simples (figura 3). Figura 3– Circuito equivalente simples. O terceiro parâmetro de REAP é obtido através da análise de dados dos resultados registrados após 24 horas. A resistência à corrosão (Rcor) do aço e dos resultados obtidos da análise dos dados do circuito equivalente de EIS. 43 4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 - Resultados de Impedância das Tintas O resultado obtido na análise das tintas esta descrito no gráfico de Nyquist e de Bode. Com o auxilio de um programa foi correlacionado os resultados das impedâncias reais versu imaginárias a um circuito eletrônico simples onde obteve-se os valores dos componentes Resistivos e Capacitivos do circuito equivalente que descreve o sistema. Estes componentes do circuito equivalente, são variáveis devido a resistência da solução (R sol), resistência dos poros (Rpo), capacitância do revestimento (Cc), capacitância da superfície (Ccor) e a resistência da superfície (Rcor). As informações necessárias para o cálculo da velocidade de desprendimento da tinta (dx/dt) em milímetros por hora é expressa como, e a percentagem de água absorvida pela tinta (v%) por, e finalmente, o parâmetro tempo para falha (TTF) em horas obtém-se através da expressão, 44 Para a tinta “B” foram encontrados os seguintes resultados: Figura 4 - Gráfico de Nyquist inicial da amostra da tinta “B” (Freqüência inicial: 500 Hz; freqüência final: 0,2 Hz; EOC: -3,22776 V; AC Pot: 300 mV(rms) e Área: 16 cm2). Figura 5 - Gráfico de Nyquist após da amostra da tinta “B” 24 horas (Freqüência inicial: 500 Hz; freqüência final: 0,2 Hz; EOC: -0, 649435 V; AC Pot: 300 mV(rms) e Área: 16 cm2). Tabela de variáveis calculados pelo REAP para a amostra “B”. Inicial Final (24 horas) Rsol* 1,014 1,005 Rcor* 76,990 0,201 Rpo* 79,783 0,941 1/Ccor* 444153333 0,656 n* 1,000 9,406x10-13 1/Cc* 8,998 1,221 m* 0,503 1,000 Todos os resultados são valores médios (*Todas as unidades estão apresentadas na lista de símbolos). 45 Utilizando estes valores e as fórmulas mencionadas anteriormente, foram obtidos os valores da velocidade de desplacamento do revestimento, absorção de água pelo revestimento e para o TTF: Tabela de variáveis calculados utilizando os valores do REAP da amostra “B”. Velocidade x t dx/dt 4 mm 24 h 0,08 m/h Absorção %V de Água 45,579 Tempo TTF p/ Falha 1459,523 h Para a tinta “A” foram encontrados os seguintes resultados: Figura 6 - Gráfico de Nyquist inicial da amostra da tinta “A” (Freqüência inicial: 500 Hz; freqüência final: 0,2 Hz; EOC: -3,15442 V; AC Pot: 300 mV(rms) e Área: 16 cm2). 46 Figura 7 - Gráfico de Nyquist após 24 horas da amostra da tinta “A” (Freqüência inicial: 500 Hz; freqüência final: 0,2 Hz; EOC: -0.99363 V; AC Pot: 300 mV(rms) e Área: 16 cm2). Tabela de variáveis calculados pelo REAP para a amostra “A”. Inicial Final (24 horas) Rsol* 1,007 1,093 Rcor* 513,700 7,504 Rpo* 530,150 8,539 1/Ccor* 987700000 1935800 n* 1,000 1,000 1/Cc* 7,887 7,399 m* 0,548 0,221 Todos os resultados são valores médios (*Todas as unidades estão apresentadas na lista de símbolos). Utilizando estes valores e as fórmulas mencionadas anteriormente, foram obtidos os valores: Tabela de variáveis calculados utilizando os valores do REAP da amostra “A”. Velocidade x t dx/dt 15 mm 24 h 0,31 mm/h Absorção %V de Água 1,456 Tempo TTF p/ Falha 571,410 h Para a tinta “C”, foram encontrados os seguintes resultados: 47 Figura 8 - Gráfico de Nyquist inicial da amostra da tinta “C” (Freqüência inicial: 500 Hz; freqüência final: 0,2 Hz; EOC: -6,79438 V; AC Pot: 300 mV(rms) e Área: 16 cm2). Figura 9 - Gráfico de Nyquist após 24 horas da amostra da tinta “C” (Freqüência inicial: 500 Hz; freqüência final: 0,2 Hz; EOC: -0,613931 V; AC Pot: 300 mV(rms) e Área: 16 cm2). Tabela de variáveis calculados pelo REAP para a amostra “C”. Inicial Final (24 horas) Rsol* 1,005 1,080 Rcor* 105,600 0,201 Rpo* 108,100 1388,000 1/Ccor* 1,64x1015 1,59x1015 n* 1,000 1,000 1/Cc* 82,910 25,830 m* 1,000 0,292 Todos os resultados são valores médios (*Todas as unidades estão apresentadas na lista de símbolos). 48 Utilizando estes valores e as fórmulas mencionadas anteriormente, foram obtidos os valores: Tabela de variáveis calculados utilizando os valores do REAP da amostra “C”. Velocidade x t dx/dt 13 mm 24 h 0,27 mm/h Absorção %V de Água 26,614 Tempo TTF p/ Falha 914,944 h 49 4.2 - Análise dos Resultados Analisando os resultados, pode-se verificar que cada empresa emprega tecnologias de revestimento diferentes, tendo suas vantagens e desvantagens. Para uma melhor visualização destes resultados, a tabela abaixo serve como parâmetro para comparação. Tabela comparativa dos valores do REAP iniciais. Rsol* Rcor* Rpo* 1/Ccor* n* 1/Cc* m* Tinta “A” 1,007 513,700 530,150 987700000 1,000 7,887 0,548 Tinta “B” 1,014 76,990 79,783 444153333 1,000 8,998 0,503 Tinta “C” 1,005 105,600 108,100 1,64x1015 1,000 82,910 1,000 *Todas as unidades estão apresentadas na lista de símbolos. Tabela comparativa dos valores do REAP após 24 horas. Rsol* Rcor* Rpo* 1/Ccor* n* 1/Cc* m* Tinta “A” 1,093 7,504 8,539 1935800 1,000 7,399 0,221 Tinta “B” 1,005 0,201 0,941 0,656 9,406x10-13 1,221 1,000 Tinta “C” 1,080 0,201 1388,000 1,59x1015 1,000 25,830 0,292 *Todas as unidades estão apresentadas na lista de símbolos. Os resultados apresentados, em uma primeira inspeção são sugestivos de que todas as tintas poderiam estar satisfazendo as necessidades do cliente por igual, porém, apenas a tinta do tipo “A” pode ser considerada como uma tinta bastante satisfatória, por apresentar parâmetros realmente atrativos e que serão descritos nesta discussão. Todavia, a existência de diferenças 50 significativas entre os parâmetros medidos (velocidade de desprendimento, tempo para falha, porcentagem de água absorvida e o gráfico de desprendimento principalmente) pede por uma analise detalhada dos fatos. Inicialmente tentamos estabelecer um ranking entre as tintas, permitindo colocar a tinta “A” como a que apresentou melhores resultados, seguida da tinta “C” e depois pela tinta “B”. Isto se deve, visto que as tintas “A” e “C” possuem parâmetros atrativos e que sugerem serem estas detentoras de características advindas de tecnologias mais avançada, que garante uma real proteção do substrato (confirmado com os fabricantes que atestaram para a utilização de agentes passivadores orgânicos). Parece que este aditivo constitui-se em uma propriedade muito importante, já que com a utilização de aditivos com novas características tecnologias o substrato mesmo em pontos de pintura insuficiente, cantos vivos, risco na pintura e trincamento da tinta, ficou completamente isento de pontos de corrosão, pois o revestimento possuindo maior potencial de corrosão passa a atuar como passivador, mantendo o substrato catódico. Sendo assim, o substrato exposto mantem o brilho metálico e fica inerte ao ataque corrosivo. Além destas propriedades, a tinta “A” aparenta ter em sua composição, selantes permitindo a que seu valor de porcentagem de absorção de água seja muito baixo. Estas propriedades passivadoras podem ser observadas nos gráficos abaixo (figura - 10), onde estão identificadas nas curvas os pontos de passivação e os pontos de corrosão intensos. Fica claramente evidenciado de que a passivação oferecida pela tinta “A” é de três à quatro ordens de grandeza maior que a da tinta “C”, e em comparação com as tintas “A” e “C” que apresentam passivação de sete à três ordens de grandeza maiores do que da tinta “B”. Também pode ser constatado pela observação das amostras, após o teste de 24 horas de desprendimento da tinta, que estas saíram intactas no que diz respeito ao aparecimento dos pontos de corrosão alem de se manterem com a superfície bem limpa (figura - 11). 51 Surto de corrosão Surto de corrosão Passivação Passivação Figura 10 - Gráfico da Densidade Corrente vs. Tempo onde podem ser identificados dos pontos de corrosão e passivação, das amostras das tintas “A” e “C” respectivamente. Figura 11 - Fotos das amostras pintadas respectivamente com as tintas “A” e “C” respectivamente (a ferrugem que aparece na marca ocorreu posteriormente ao experimento devido ao ambiente). As vantagens que esta tecnologia, além das já mencionadas, são a de permitir que o revestimento em alguma parte do equipamento ao sofrer danos, manterá o material base intacto, livre de produtos de corrosão, permitindo que os defeitos possam ser retocados sem oferecer qualquer risco de futuros pontos de falha. Uma desvantagem é a de que as tintas que oferecem esta tecnologia apresentam uma certa fragilidade nas regiões onde foram submetidas a desprendimento, sendo este o motivo mascarado dos resultados de TTF menores. Já a tinta “B” apresentou uma elevada aderência ao substrato sendo este o motivo que a levou a alcançar as necessidades e exigências da Olsen. O método que a empresa usou para a 52 escolha data de uma época em que os testes eletoquimicos oferecidos pelo Laboratório de Eletroquímica e Corrosão de UFSC ainda não eram executados. Com as técnicas eletroquímicas a disposição, observa-se que na amostra ensaiada (figura - 13), há uma elevada corrosão no substrato e perda de material e de propriedades. No gráfico abaixo (figura - 12), onde se observa grande período de tempo de exposição em potenciais de corrosão e um rápido instante de passivação os dados podem nos levar a crer que esta tinta não utiliza a mesma tecnologia que as outras, sendo este um grande fator de desvantagem. Com isso, qualquer ponto de falha na de tinta seja o causado por risco, trincamento da tinta, pontos de furação para parafusos feitos depois da pintura e ponto de contato com desgaste da tinta, não estará protegido, pois a degradação do substrato contribui para a perda de suas propriedades e não possibilita a sua reutilização, exigindo a substituição da peça por uma nova. Isto pode ser verificado pelo gráfico a seguir e pela foto da amostra. Corrosão severa Surto de passivação Figura 12 - Gráfico da Densidade corrente vs. Tempo onde podem ser identificados dos pontos de corrosão e passivação, da amostra da tinta “B”. 53 Figura 13 - Foto da amostra pintada com a tinta “B” Todas estas informações são muito importantes, já que o mercado está cada vez mais exigente e, com os grandes avanços tecnológicos, as empresas que procuram a competitivade devem procurar estar sempre à frente dos concorrentes e assim oferecer vantagens à seus clientes. A incorporação de valor agregado aos produtos, como a tecnologia usada nas tintas A e C, permitem que o substrato seja passivado sempre que surgirem defeios, contribuindo para o desempenho da tinta, conferindo assim um importante diferencial para a tinta. Como mostrado na reportagem da “Revista Química e Derivados”, a tecnologia de passivação está avançando ainda mais nas tintas líquidas; tendo perspectivas de que em alguns anos a utilização de primers e de banho para a proteção do substrato não serão mais necessário, e apenas uma camada de 25 µm de tinta será suficiente, isto na Indústria Automobilística, onde como se sabe seus produtos sofrem fortes esforços de ambientes corrosivos, já que ficam expostos à intempérie, tendo uma vida útil a cumprir de 10 a 15 anos, em produtos de empresas que oferecem cinco ou mais anos de garantia contra a corrosão. Um outro ponto muito importante que deve ser enfatizado aqui, são os menores impactos ao meio ambiente, já que os banhos de proteção do substrato não serão mais necessários. Também, a economia que irá trazer para todo o processo produtivo, colocando em grande vantagem as empresas que empregarem esta tecnologia. 54 5 - CONCLUSÃO A Técnica REAP ao fornecer parâmetros relevantes para a avaliação das tintas, tais como o Tempo para Falha, Porcentagem de Água Absorvida, Velocidade de desprendimento e principalmente Densidade de Corrente vs. Tempo, mostrou-se satisfatório em qualificar tintas originárias de diferentes fabricantes, podendo se estabelecido um ranking de qualidade, onde as tinta “A” lidera seguida pelas tintas “C” e “B”. Essas informações não são obtidas através dos tradicionais ensaios de corrosão de nevoa salina. Os parâmetros de Rpo, Rcor, o gráfico de Z Real vs. Z Imaginaria e as fotos das amostras também colaboram com o ranking acima estabelecido. A avaliação da qualidade do revestimento orgânico deve ser analisado através de todos os parâmetros conjuntamente, para então se qualificar as tintas frente às diversas peculiaridades. É importante que se pondere no julgamento e que na decisão da compra ou melhoramento do produto junto ao fornecedor seja solicitado qual o parâmetro que a empresa deseja que seja melhorado no produto; e, quais devem ser as propriedades desejadas deste, para que se obtenha do fornecedor de tinta um atendimento mais personalizado, visando o aperfeiçoamento das tintas, seguindo diretamente as informações fornecidas pela técnica REAP. 55 6 – BIBLIOGRAFIA • Impedance Spectroscopy; Emphasizing Solid Materials and Systems , J.R. Macdonald, Wiley Interscience publications, 1987. • Electrochemical Methods; Fundamentals and Applications, A.J. Bard, L.R. Faulkner, Wiley Interscience publications, 1980. • Electrochemical Impedance: Analysis and Interpretation, J.R. Scully, D.C. Silverman, and M.W. Kendig, editors, ASTM, 1993. • Physical Chemistry, P.W. Atkins, Oxford University Press ,1990. • Signals and Systems, A.V. Oppenheim and A.S. 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