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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
MARKETING CRIATIVO
Por: Maria Silvia Mitidieri Tanus
Orientador
Prof. Mário Luiz Trindade Rocha
Rio de Janeiro
2008
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
MARKETING CRIATIVO
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Marketing
Por: Maria Silvia Mitidieri Tanus
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AGRADECIMENTOS
A tudo e a todos. Aos que me fazem pensar. Aos que
me fazem não ter palavras para demonstrar a minha
gratidão. E só em saber de que o amor vale. Aos que
contribuem para o meu crescimento. E acima de tudo
aos que depositam confiança em mim. Aos meus Tios
Cidoca
e
Marilu
que
sempre
ouviram os meus
desabafos. E que proporcionam meus encontros com
Suely. Que me fazem acreditar e querer levar toda esta
loucura de viver adiante.
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DEDICATÓRIA
A minha família o maior bem que tenho. Ao meu Pai por
ter sido o homem mais criativo e ousado que conheci. Ao
meu Tio Cidoca por acreditar em mim e ter uma
inteligência tão inovadora quanto qualquer outro grande
homem. Ao amor e carinho sempre expressos por Tia
Marilu. A minha avó Hortência uma eterna inspiração. A
perspicácia de Kiki quanto à dica da escolha do curso.
Aos momentos fraternos com minha Mãe. Ao meu gato
Tito. E, principalmente, ao incentivo constante de Suely
Engelhard. E a todos que contribuíram para que eu
chegasse até aqui.
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RESUMO
A abordagem sobre o assunto, Marketing Criativo, surgiu pelo
incentivo e curiosidade sobre os aspectos, que fazem despertar o interesse
do cliente e as normas aplicadas a ele.
Mas muitas vezes podemos observar regras que se tornam inúteis. E
os interesses dos consumidores dispersos Não se dando valor a própria
informação que eles mesmos, ali tão perto estão gerando.
O que fazer para criar novas perspectivas? Possibilidade em políticas
arrojadas de atendimento para cumprimento de metas? Fazer o que todo o
mercado esta fazendo não parece a solução. E por isto que não é à toa que o
assunto criatividade esta tão em alta. E se alia tão bem a dinâmica do
diferencial em marketing.
O trabalho propõe um novo olhar através do Marketing Criativo para
alavancar os negócios. Sobre as teorias dos estudiosos e através de modelos
que demonstram que o investimento, a partir de práticas criativas, pode ser
muito menos dispendioso do que se imagina.
E também como programas de ações com preocupação social e
ambiental podem estar associados a iniciativas de sucesso e aliados as
exigências do mercado consumidor cada vez mais consciente e informado.
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METODOLOGIA
Nada mais apropriado em falar de inovação ao utilizar métodos
contemporâneos e experiências registradas na história para se adequar a
pesquisa.
Além do recurso pautado em livros, também foi de grande importância
a leitura de revistas especializadas e de conteúdos extremamente aliados as
tendências.
As aulas de endomarketing foram de grande ajuda para a definição do
tema, as constantes vinculações de matérias impressas e através de mídia
eletrônica (televisão e conteúdos de sites na internet sobre a criatividade). É
que foi possível identificar a referência de um Marketing Criativo.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I - VISÕES CRIATIVAS - O que dizem os especialistas
1.1 - Conceitos que evidenciam táticas de processos criativos
CAPÍTULO II - O QUE FAZ A DIFERENÇA? – Estratégias criativas de
Marketing
2.1 - Estar atento aos pequenos detalhes para expandir e lucrar mais
2.2 - Pouco investimento e muita criatividade
CAPÍTULO III - AGREGAR VALORES - A importância das marcas
3.1 - A construção de uma marca se faz pelo reconhecimento de seus serviços
CAPÍTULO IV - ARRISCAR PARA INOVAR - Necessidade de mudança
4.1 - Não existem inovação, ações criativas sem mudanças
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANEXOS
ÍNDICE
FOLHA DE AVALIAÇÃO
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INTRODUÇÃO
No ar uma necessidade de mudança. Mas para muitas empresas este
é um processo difícil, que acaba se perdendo com o posicionamento da
direção a ser tomada. O fato é que a necessidade de inovação é
fundamental. E acaba acontecendo a partir dos avanços que ocorrem com o
passar do tempo. Mas para inovar e fazer ações para se destacar no mercado
é preciso: criar.
A criatividade funciona para solucionar problemas, adequações. E nem
sempre estas novas iniciativas exigirão um alto investimento financeiro. A
ousadia, e uma estratégia simples podem dar muito resultado, e mudar o
quadro de vendas, fazendo com que a empresa fature mais.
Para ilustrar um pouco mais esta idéia, podemos nos pautar em
exemplos simples, corriqueiros ao dia-dia como um: mercado popular. Uma
feira é um exemplo concreto de marketing criativo. Agilidade nas informações,
ofertas, propagandas e negócios.
Ações de negócio, em uma feira livre acontecem a todo o momento.
Encontra-se de tudo de maneira organizada, peculiar e na maioria das vezes
o atrativo pelo diferencial acaba por concluir a venda. Um exemplo simples,
que parece banal. Mas vamos analisar o exemplo: uma banca de maças de
uma feira.
Numa feira livre são várias as bancas de maça. Mas o que fará o
freguês comprar maça naquela ou em outra banca? Afinal, maças são maças.
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Começamos a pensar o ato da compra. Nem sempre (maças são
maças). Vamos pensar o seguinte. Eu sou cliente, eu preciso de maças, mas
como vou decidir a minha compra?
Na feira começo a procurar por maçãs. Olhos para um lado vêem
maçãs, para o outro, maçãs também. Como vou me decidir a que direção
tomar? Vários fatores. Aí começam as ferramentas de um marketing criativo.
Atrativos visuais poderão influenciar e muito na minha tomada de
decisão sobre que direção seguir. Um cartaz, uma frase, o preço explícito, a
arrumação da banca.
Outros fatores de estratégias de vendas podem contribuir para a
conclusão da compra. Como por exemplo: se eu puder experimentar a maçã
– seria ótimo; se eu soubesse mais informações sobre a maçã de onde vem,
se no plantio são usados produtos fertilizantes – seria ótimo; e se ainda
soubesse que estaria pagando mais barato, ou negociar uma promoção a
partir da quantidade – seria melhor ainda.
Estes são pontos diferenciais que fazem uma boa estratégia de venda.
O bom atendimento, fez com que aquela maçã se diferenciasse das outras e
tivesse sido escolhida por mim para fazer parte do consumo da minha família.
Portanto, um exemplo de como o ato da venda conta muito com
aspectos criativos e que podem se distinguir de tantos outros. O interesse a
atenção em informar o cliente sobre o produto, farão com que outras vezes
que eu precise comprar maçãs vá procurar o mesmo lugar, como resultado de
uma boa e agradável experiência.
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Neste exemplo foi estabelecida uma relação entre freguês e
comerciante e não apenas uma venda. Assim podemos identificar a
importância em perpetuar a volta do freguês que se tornará um cliente, mas,
também de todo um aparato fundamental para chegar até ele. Um exemplo
simples, fácil de fazer a alusão a um contexto comum e permitir através da
referência o uso da imaginação.
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CAPÍTULO I
VISÕES CRIATIVAS
O que dizem os especialistas
“O empreendedor precisa buscar resolutamente as
fontes de inovação, as mudanças e seus sintomas que
indicam oportunidades para uma inovação de sucesso.”
Peter Drucker
Idéias e seus determinados conceitos, a partir de uma linguagem
básica e geral, fazem a concepção do Marketing Criativo. A partir da definição
das palavras e visões conceituais de especialistas em marketing podemos
estabelecer o porquê da necessidade de se tomar medidas para ações pouco
convencionais e conseguir inovar pela originalidade.
1.1- Conceitos que evidenciam táticas de processos criativos
O Marketing Criativo gera uma cadeia construtiva de idéias e conceitos
singulares que juntos sintetizam o propósito de sua definição. Portanto seu
conceito está atrelado às idéias de: Inovação – Criatividade – Marketing.
A Inovação significa: “concepção proposição e/ ou realização de algo
novo; novidade”, segundo definição no dicionário Houaiss de Língua
Portuguesa (2003, p. 298). A Criatividade “talento para criar” (p. 138). E
Marketing: “séries de medidas para melhorar a difusão de produtos no
mercado consumidor” (p.342).
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Podemos ir além e buscar o conceito da palavra criar, que significa:
“conceder ou inventar, instituir, causar, dar condições de existir, alimentar,
educar, adquirir e crescer” (p. 138). E ainda da palavra mercado: “lugar onde
se comercializa produtos. Relação estabelecida entre a oferta e a procura de
mercadorias. Conjunto de consumidores”. (p. 349)
Devemos conhecer como se cria uma novidade através do
marketing para atingir o mercado. Para criar é necessário que se tenha
liberdade e consciência da percepção. Presos a modelos enxutos ou a
fórmulas prontas como receita de bolo será difícil avançar num conceito de
inovação. Para atingir a possibilidade de se estruturar através de adequações
estratégicas para se atender as exigências do mercado consumidor.
É preciso buscar discernimento e clareza para aprimorar nossas
idéias com o constante recurso da informação, conceitos, aspectos e
experiências diferenciadas. Afinal se não procurarmos atualizar e lapidar
nossas idéias, elas não deixaram de serem apenas idéias.
Neste contexto podemos nos referenciar a concepção do sociólogo
Domenico de Masi que diz: “A criatividade, para mim, não é só ter idéias, mas
saber realizá-las: é unir fantasia e concretude”. (de Masi, 2000, p. 301)
Em Marketing, muitos autores descrevem estes mesmos conceitos de
maneiras diversas. Principalmente quando se trata de Inovação. Aqui, serão
citados alguns deles, como representantes das décadas, para que assim
possamos analisar suas visões.
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Para Peter Druker, caracterizando a década de 50, e que se eternizou
como o grande mestre da administração moderna. Inovação “é a ferramenta
própria dos empreendedores; que encara as mudanças como algo normal e
saudável”. (Druker, 2000, p. 74)
Como tinha proposto há 30 anos antes, em 1954 com a publicação de seu
pensamento em Prática da Administração de Empresas, Drucker em 1984
escreveu Inovação e Espírito Empreendedor, que continua sendo um manual
sobre práticas e princípios da Inovação. Para ele: “o estudo da inovação serve
para transformar idéias inovadoras em uma atitude lucrativa” (Druker, 2000,
p.74). E que a “inovação podia ser abordada pela procura por mudanças”
(Druker, 2000, p.75).
Theodore Levitt com referência em seu artigo datado de 1969, “Miopia de
marketing”, propõe uma “drástica reorganização dos setores empresariais
para evoluir”. Salienta o erro que existe por parte das organizações com a
“preocupação apenas com o produto, em vez de se preocuparem com o
cliente”.
Para demonstrar a lógica do seu pensamento Levitt dá este exemplo: “a
razão pela qual erraram na definição de seu ramo foi estarem com o espírito
voltado para o setor ferroviário e não para o setor de transportes”. Ou seja, é
preciso se ter uma visão mais ampliada do segmento ao qual pertencem para
que ocorra expansão, caso contrário o mercado receberá mais um produto e
a insatisfação do cliente.
“É preciso pensar grande”, assim deixa claro quando diz: “a organização
precisa aprender a considerar sua função, não a produção de bens e
serviços, mas a aquisição de clientes, a realização de coisas que levarão as
pessoas a querer trabalhar com ela”.
14
Ainda na década de 60, Philip Kottler, diz que o importante: “é o desejo
por parte de alguém de conseguir de outra pessoa uma reação ou ação:
atenção, interesse, desejo, compra, uma boa divulgação boca-boca”.
Este tipo de marketing que não propõe grandes despesas como forma de
investimento de uma empresa, é um dos fatores principais que contribuem
positivamente para a boa imagem empresarial. Tanto para o cliente quanto
para os concorrentes.
Tom Peters, exemplo na gestão de gerenciamento e referência da
década 80, se referencia a “liberdade de gerencia”, por volta de 1992, quando
lançou o livro Rompendo as Barreiras da Administração. Dizia às empresas:
“abandonem a hierarquia e adotem estruturas flexíveis e soltas com redes
eficientes.”
No conceito de inovação mostrou a importância das “idéias inovadoras
que vêm de fora”. Chamado por ele de “movimento criativo”. Em que: “devese captar e adaptar as idéia de todos os lugares, mesmo dos concorrentes.
As equipes não precisam elaborar longas propostas apoiada em dados”. Em
vez disso, sugere: “testes rápidos e práticos feitos em campo”.
Portanto realizar enquetes, questionários que graduem a satisfação do
cliente, é uma forma eficaz de gerar informações sobre o que os clientes
esperam ou acham da empresa.
Criar um canal, interagir com quem está do lado de fora, mas também com
os funcionários. Proporcionar atendimento de qualidade, contar com
profissionais capacitados, satisfeitos com o trabalho e a empresa que estão.
Capazes de gerar informações, progredirem e fazerem da marca e da
empresa uma extensão de sua marca pessoal.
15
Representando a década de 2000, Seth Godin, ficou conhecido pela
originalidade como se referencia em seus livros a ideologia do marketing. Sua
ideologia propõe o fim da indústria da TV; e um mercado onde os
consumidores têm mais poder.
Demonstra também, a importância em se espalhar uma idéia como sendo
memorável. E se refere a um produto novo ou serviço memorável como “Vaca
Roxa”. Em que atribui como sendo um novo P aos elementos do composto de
Marketing já existentes (produto, preço, praça e promoção).
A idéia proposta pressupõe “o encantamento que as vacas todas iguais
exercem diante de nossos olhos, mas que depois de um tempo se torna
tedioso, comum.” (Godin, 2003, p.15). Assim como acontecem com produtos
e suas multiplicações reproduzidas em série no mercado.
Em seu livro “Vaca Roxa” significa o notável. Esta proposta do diferencial
denota como podemos ter a iniciativa de ousar e criar uma maneira ou
propostas que se distinguem da mesmice. De forma simples, mas que
surpreenda as expectativas dos clientes. Ter mais atenção aos consumidores,
que atualmente são informados e exigem qualidade em seus atendimentos.
É importante que tenhamos uma base nos conceitos que marcaram a
trajetória para que se possa, hoje, ter uma visão solidificada e com conteúdo
referencial. Só através destes dados e informações é que poderemos pautar
novas estratégias para o futuro. E até mesmo para novas descobertas. E
quanto ao “futuro” Peter Druker aconselhava: “Inove para o presente!”
Como vimos através dos conceitos sobre inovação, nem sempre é preciso
se criar algo novo para se adaptar ao mercado e as suas tendências. Faz-se
necessário estarem atento as necessidades dos consumidores.
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Em tempos modernos, estamos vendo e ouvindo palavras como:
reinventar,
reciclar,
readaptar,
redescobrir,
recriar...
Estampadas
em
campanhas publicitárias modernas e de apelo visual bem cuidados,
associadas a marcas de produtos e serviços.
Resultados como estes verificam que a mensagem e atitude de certas
marcas empresariais refletem um novo caráter de identificação. Consumidores
conscientes e preocupados com as questões sócio-ambientais.
No século XVIII, Antoine Lavoisier, químico francês foi o primeiro cientista
a enunciar o princípio da conservação da matéria. É dele a frase e proposta de
que: “NADA SE CRIA TUDO SE TRANSFORMA”.
Incrivelmente, sua definição e descoberta permanecem atemporais. E seu
pensamento, ecoa em palavras citadas anteriormente (como: redefinir,
reeditar) que estão estampadas em slogans de grandes empresas, e em
lançamento de produtos.
A proposta de concepção de uma idéia em associar a grandes marcas
empresariais, a preocupação com questões sociais e com o meio-ambiente.
Já que o consumo irá depender da análise do público. Que atribui a sua
escolha com a imagem e ideologia apresentadas.
Podemos definir como Marketing Criativo um entendimento que vai além
das estratégias administrativas. E ampliar sua definição para se torne viável e
de real compreensão se ampliamos nossa visão aos segmentos científicos e
sociológicos. A ponto de que quando nos deparamos com fundamentos
através dos séculos que se adaptam perfeitamente ao contexto de
reaproveitamento tão citado nos dias atuais, fazendo consenso, amarrando e
exemplificando a idéia.
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Em um contexto sociológico, podemos nos remeter novamente, ao
sociólogo italiano Domenico de Masi que aborda questões relevantes em
relação ao trabalho e a criatividade. Através de seu trabalho e citações,
podemos verificar que quanto maior a dificuldade de um povo mais criativo ele
é. Pois terá que de alguma forma se adaptar as situações da realidade.
Questionado em entrevista na Revista Época Negócios (Edição nº5, Ano
2007, p.35) sobre as peculiaridades do Brasil e as possibilidades de se
apresentar como “modelo brasileiro de gestão”? Responde: “A cultura
brasileira é baseada no acolhimento, na sensualidade, fantasia e oralidade;
todos os ingredientes essenciais para uma organização baseada no ócio
criativo, liberada do monopólio intelectual da escola de negócios americana.”
De Masi, define como “ócio criativo” a capacidade de desenvolvermos
nossas potencialidades no tempo livre. Mas adverte que: “o ócio pode
transformar-se em violência, neurose, vício e preguiça, mas pode também
elevar-se para a arte, a criatividade e a liberdade.”
Sendo assim, se prestarmos atenção de que se não tivermos o trabalho
como um fardo, teremos a chance de enxergar maneiras de avançar de
contornar problemas e criar novas oportunidades diante dos desafios.
Porém, mesmo diante de tantas perspectivas, O Brasil é um país pouco
inovador, como mostra a matéria “Por que o Brasil é ruim de Inovação?”, de
Clemente Nóbrega, na Revista Época Negócios (Edição nº8, Ano 2007, p.
75).
O físico, escritor e pesquisador de gestão e estratégia, constata “que as
empresas brasileiras investem menos do que deveriam em inovação – que
vem sendo apontada como o principal motor do crescimento empresarial.
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E que neste caso “dinheiro não é tudo”. Relata que “os campeões da
inovação reúnem uma série de práticas que, no Brasil, permanecem
incipientes: meritocracia, reciprocidade, instituições que não funcionam,
transparência”. E sintetiza: “nos países inovadores prevalece um alto nível de
confiança nas relações entre indivíduos”. Confiança. Transparências nas
relações. Ou seja, fica difícil ter inovação onde não se estabeleça uma
relação de confiança.
Para podermos avançar será necessário rever aspectos de base. Como
valores de educacionais, que contribuem para formação de um indivíduo. Que
é consciente sabe das suas responsabilidades, e quer crescer, tendo uma
visão adiantada de que o que será bom para ele será conseqüência para ser
bom para a sua família, para sua empresa, para o seu país.
Mas se continuarmos com uma visão tacanha em que vence quem burlar
mais, para receber consideradas vantagens sem nenhum critério ético.
Continuará sendo um considerável desperdício para todos. Desta forma,
ficará muito difícil avançar o ranking da inovação, da criatividade.
Quem sabe se começarmos a libertar os caminhos para uma criatividade
sã, produtiva e preocupada com o bem comum. Não estaremos desfazendo a
regra de que já que é proibido, precisamos fazer de outro jeito. A partir daí, a
que se ter um cuidado criterioso para não se confundir liberdade com falta de
respeito.
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CAPÍTULO II
O QUE FAZ A DIFERENÇA?
Estratégias criativas de marketing
“A maioria estará simplesmente muito ocupada e
ignorará
a
sua
comunicação,
independente
da
quantidade de anúncios que você produzir.”
Seth Godin
Podemos constatar muitos exemplos de como se ter um Marketing
Criativo no mercado atual. Devido à globalização e a singularidade de padrão
que ela remete. Percebemos a necessidade, mesmo de grandes empresas,
de “reinventar-se”. Tendo que levar em considerarão questões sociais,
ambientais para que não percam espaço no mundo dos negócios.
Quanto a novos conhecimentos os inovadores precisavam fazer “uma
análise
cuidadosa
dos
conhecimentos
já
disponíveis
e
dos
ainda
necessários”. Com este exemplo, podemos perceber que nem sempre
grandes investimentos são a solução.
Rever e readaptar as próprias estratégias pode ser um produtivo e
satisfatório
início.
Como
também,
atenção
aos
pequenos
detalhes
(atendimento; comunicação) trarão respostas significativas aos resultados das
vendas.
2.1- Estar atento aos pequenos detalhes para expandir e lucrar
Na perspectiva do comércio de varejo, o atendimento já é o diferencial.
Estar atento a necessidade e desejos dos clientes; a forma como gostam de
serem tratados; os benefícios que gostariam que a empresa lhe oferecesse,
tais como: forma de pagamento, produtos, brindes, descontos.
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Prestar atenção aos detalhes e focar na informação passada pelos
consumidores, já estará sendo feito um grande investimento. Usar os cinco
sentidos que possuímos: tato, olfato, audição e visão.
Começar pela audição estaremos com uma poderosa ferramenta de
identificação
para
descobrirmos
o
que
os
clientes
querem
e
conseqüentemente como fazer para se vender e lucrar mais.
Depois se passarmos para a visão e expandirmos não só para os
acontecimentos internos, mas, para enxergar o que está acontecendo do lado
de fora. O que está surgindo, no que os concorrentes estão apostando.
E num sentido menos literal, usar o tato para estabelecer uma relação
com o cliente. E por fim, estimular o olfato como forma de descontração.
2.2 - Pouco investimento e muita criatividade: exemplos de contextos
criativos que se distinguem pela originalidade
Pela ótica de empresas atentas ao mercado podemos citar alguns
exemplos de como se tem um Marketing Criativo. Que tem muito mais haver
com detectar uma tendência e sutileza para perceber para onde o consumidor
caminha. Do que com grandes despesas em novos investimentos.
2.2.1 Rede de Supermercados Sendas
A Rede de Supermercados Sendas, visto que donas de casa eram
consumidoras que pesquisavam os preços na hora de comprar e que faziam
parte de uma significativa fatia do mercado consumidor. Criaram a função:
“economistas do lar”.
21
Visto que: persistentes e informadas em irem à busca dos preços mais
baixos. Poderiam se tornar excelentes formadoras de opinião. Assim,
instituíram que as donas de casa, que antes iam ao supermercado apenas
para fazer as compras, se tornariam consultoras de vendas das Sendas.
O trabalho estaria em auxiliar outras donas de casa ao fazer as
compras no supermercado. Demonstrar quais os produtos e marcas com
melhores preços. E ainda dar dicas de receitas para reaproveitamento dos
produtos.
A iniciativa da rede de supermercados Sendas serve como um exemplo
de Marketing Criativo. Denota um diferencial poderoso em relação à
concorrência. Inserção de donas de casa no mercado de trabalho,
atendimento exclusivo e um adicional muito eficaz em se tratando de relações
pessoais e atribuição de um de serviço.
2.2.2 - No mercado da Moda Brasileira
Estilistas brasileiros investem em artesanato e cooperativas. E marcam
pontos ao vincularem custos acessíveis para produção de suas coleções a
ações sociais.
O mercado da moda brasileira começou a ter destaque há pouco
tempo e vem crescendo. Adquirindo significativas projeções de negócios e
mídia tanto nacional quanto internacional.
Existe uma série de profissionais que se misturam em suas
determinadas funções, não só durante o ano, mas principalmente quando
acontecem os grandes eventos de lançamento de coleções no eixo Rio de
Janeiro e São Paulo.
22
Porém, abriremos atenção para quem produz e confecciona peças e
materiais não só para os dois grandes eventos, mas para toda uma coleção.
Podemos citar alguns exemplos, de como acontece esta fusão que
proporciona além de tudo uma visão de negócios aliado a benefícios sociais.
Uma forma de Marketing criativo, sutil, engajado, preocupado com as
questões sociais.
Em seu último desfile no São Paulo Fashion Week, o estilista Ronaldo
Fraga, contratou senhoras moradoras de favelas para confeccionarem 1.000
(mil) barquinhos de papel, que fariam parte do cenário de sua coleção que
teve como referência a bossa – nova. A partir daí podemos perceber uma
demanda de novas possibilidades que agregam idéias positivas de um
mercado promissor e criativo.
Outro exemplo é a estilista Isabela Capeto, citada em reportagem no
site da Revista Época Negócio. Cujo título demonstra uma linha consciente de
raciocínio, “Ela costura com a baixa renda”, em que ao montar uma rede de
bordadeiras (adolescentes e donas de Casa, à procura de um dinheiro extra,
ou mães solteiras que têm nessa profissão uma saída para trabalhar em casa
e cuidar dos filhos ao mesmo tempo) ajudou a melhorar a qualidade de vida
de centenas de mulheres do Rio e Minas Gerais.
Em meio ao caráter social da rede de bordadeiras, montada pela
estilista, e o glamour das passarelas como vimos anteriormente, existe um
negócio. Em que é preciso se montar uma logística para fazer a ponte entre
os dois universos (social – negócio).
Portanto, como mostra a reportagem é a “união da estética com a
preocupação social”. Antes criticada, hoje a moda brasileira: “amadureceu, já
tem identidade própria e busca alternativas menos massificadas” como diz a
consultora de moda Constanza Pascolato.
23
2.2.3 – Banco Real
Como citamos no início deste trabalho, muitas empresas estão
adotando como fórmulas para um Marketing consciente e criativo, palavras
com sentido de incorporar a imagem da empresa questões ambientais e
sociais. Um dos exemplos de “reinventar-se”, abordando este tipo de ação no
setor ambiental. É vinculado ao Banco Real que tem recebido importantes
reconhecimentos dentro e fora do país.
A frente do Banco Real está o executivo paulista, Fabio Barbosa, de 52
anos presidente do banco ABN Amro Real. Ele é uma das figuras do setor
empresarial
que
tem
como
hobby
seguir
práticas
ambientalmente
responsáveis levanto esta ideologia para os negócios. Em seu perfil
apresentado pela Revista Época Negócios, ficamos por dentro de como
surgiu esta iniciativa do Banco Real e assim poderemos tirar nossas próprias
conclusões.
O executivo é responsável por adotar no Real a estratégia dos “três P’s
– people, planet e profit – ele quer provar que a combinação sócio-ambiental
dá dinheiro e garantirá lucros para a organização em longo prazo”.
2.2.4 – Tetra Pak – Embalagens
Criou uma tecnologia inovadora para resolver um nó da reciclagem de
lixo. A separação do alumínio e do plástico da caixinha longa vida. A Tetra
Pak em parceria com a fabricante de papéis Klabin, a produtora de alumínio
Alcoa e a TSL Ambiental, conseguiu desenvolver a tecnologia inédita no
mundo para a reciclagem total da embalagem.
24
A nova tecnologia “aquece o alumínio e o plástico a uma temperatura
mais quente que a da superfície do sol. A separação é total as substâncias
podem ser reutilizadas e o processo tem emissão de gases quase nula”.
(Revista Época Negócios, Edição nº2, p. 50)
2.2.5 - Droga 20
Um exemplo que parece corriqueiro, mas que serve de referência para
aumentar o fluxo de um mercado local, de bairro. É o do empresário Flávio
Franco, dono de uma farmácia, em São Paulo. Com intuito de aumentar as
vendas, pensou em alternativas para concorrer com as grandes redes do
setor, segundo relata em artigo ao site do empreendedor.
(www.sitedoempreededor.com.br)
No dia das crianças obteve resultados positivos e surpreendentes ao
tomar a iniciativa de contratar palhaços e distribuir bolas com o logo da
farmácia. E repetiu a proposta com outros recursos nos anos seguintes. E
assim em datas comemorativas bolava uma estratégia para se tornar um
diferencial e aumentar as vendas.
Desta forma percebendo e avaliando a rotina dos consumidores ações
como estas podem ser eficazes. Como relata o consultor e chefe do
Departamento de Marketing da ESPM, Ismael Rocha Júnior: “estamos falando
de uma comunicação em baixa freqüência, ou seja, eu não fico martelando o
meu produto noite e dia na televisão. Por isso, a linguagem deve ser direta,
inteligente, fácil e acessível. O público deve captá-la sem esforço”.
2.2.6 – Nokia
25
Como exemplo de busca em inovação podemos citar: a finlandesa
Nokia. Líder no segmento de celulares e considerada uma das empresas
mais inovadoras no mundo. E que “já se prepara para mais um passo
estratégico, enfrentar a Apple e o Google na Internet”.
2.2.7 - Característica de que o Brasil tem um povo com aspectos
criativos. Mas que nem se dá conta. E não têm incentivos.
Calor de quase quarenta graus - passando pelo bairro de São Conrado,
no Rio de Janeiro. De um lado condomínios de alto luxo, do outro a favela da
Rocinha. Praticamente uma cidade dentro de outra.
Diante daquele calor, uma idéia surgiu para espantá-lo. Parecia até
brincadeira de criança. E por que não? Um chuveirão, daqueles de sauna de
clubes e residências luxuosas não tão distantes dali, fora instalado no pé do
morro. A solução coletiva para o problema do calor.
E para nós, ditos aculturados, é tão difícil instalar um chuveirão destes
no próprio condomínio. Assim podemos questionar: quem tem mais
criatividade? Aquele que instala um chuveiro ao ar livre para ele e todos de sua
vizinhança espantar o calor? Ou aquele que pega o seu carro e vai para um
clube, ou para a praia? Qual dos dois tem a solução mais rápida e prática?
Pensa se este cidadão tivesse a chance de aprimorar as suas idéias,
aprendendo, vendo conceitos diferenciados. Mas sabemos muito bem que ele
conta com uma educação que deveria ser eficiente, mas é precária.
26
CAPÍTULO III
AGREGAR VALORES
A importância das marcas
“Deve-se oferecer algo que a pessoa receba como tendo
um
valor,
de
modo
que ela, em troca produza
voluntariamente a reação e ação. Portanto, a troca
emerge como conceito central subjacente ao marketing”.
Philip Kottler
Quanto mais tivermos valores agregados a nossa marca mais teremos
vantagens competitivas no mercado. Atribuir excelência em estratégias que
identificam uma marca forte, é sinônimo de segurança que o cliente deposita
ao adquirir um produto. E com isto a dinâmica do retorno positivo por parte do
empreendedor.
3.1- A construção de uma marca se faz pelo reconhecimento
de seus serviços
E que serviços são estes? Apenas atenção ao desejo dos clientes.
Parece simples, mas não é tão fácil assim. É preciso um trabalho constante
às mudanças no mercado global e as perspectivas dos clientes. No que eles
confiam, o que eles esperam que sua marca faça, não só por ele, mas para
contribuir para resolução de problemáticas de quesitos mundiais e locais.
27
Não é por acaso que vemos o lançamento de “suvenir” (pulseiras,
camisetas, broches) associado a grandes marcas, com 30% ou metade de
seu faturamento arrecadado com as vendas, doado a países como África em
prol de causas ligadas a fome, pobreza, AIDS e câncer. Uma forma de
associar positivamente o nome da marca a causas nobres, que merecem a
atenção e contribuição de todos.
Certamente a criação de serviços deve ser eficiente para respaldarem
a relação de confiança e tranqüilidade do cliente em relação à marca (prazo
de garantia oferecida, eficiente assistência técnica e atendimento). O fator
qualidade irá influenciar a compra mesmo se o produto tiver um preço mais
alto no mercado.
Faz-se necessário, em se tratando de serviços oferecidos como um
diferencial de uma marca, estar atento a comunicação da empresa. Como as
informações estão chegando aos clientes. E que precisam ser orientadas e
chegando a todos os setores. Para que não se tenha dúvidas no atendimento
ao cliente.
O endomarketing (gerenciamento da comunicação interna) de uma
empresa é fundamental para que não ocorram ruídos (informações erradas)
quando for necessário se transmitir algo novo ou mesmo esclarecer dúvidas
existentes.
Por isto o funcionamento inteligente do Sac. (Serviço de Atendimento
ao Consumidor). E a interação por parte de todos os setores da empresa
através do Saci (Serviço de Atendimento ao Cliente Interno), e da Intranet
(facilidades oferecidas pela tecnologia e que agilizam a circulação das
informações) muitas vezes esquecido ou estabelecido como difícil.
28
Não vai adiantar nada passar ao cliente os benefícios que ele terá
adquirindo tal produto daquela marca, se na hora que ele precisa esclarecer
um problema no final de semana e liga para um Sac. que toca, mas ninguém
atende. E o problema do cliente não é resolvido.
É preciso que se pense bem e de maneira eficaz antes de oferecer um
serviço,
do
que
perder
por
incompetência.
Usar
recursos
como
benchmarketing (exame dos padrões de operação de outras empresas para
melhorar o próprio desempenho). E se atentar em saber como outras
empresas do setor oferecem este tipo de serviço.
Levar em consideração investir no valor patrimonial da marca. James
Bruke, ex-CEO da Johnson & Johnson, definiu marca como: “o valor
capitalizado da confiança entre empresa e o cliente”. (John Quelch e David
Harding, 2000, p.45)
Segundo, artigo “Fidelidade à brasileira”; da coluna “Novo Mundo de
Consumo”, de Don Peppers e Martha Rogers, apresentada na Revista Época
Negócios (Edição nº8, 2007, p.154).
“Antigamente as marcas de bens de consumo “falavam para o cliente”.
Agora têm de “falar com o cliente” ele. No passado, o trato você me passa
informações a seu respeito e eu lhe dou acesso a alguma coisa. Essa
“alguma coisa mudou”. O que as empresas de bens de consumo querem
proporcionar a seus clientes não são descontos, concursos e conselhos
respectivos. Hoje elas privilegiam algo mais tangível. Concursos na internet
impulsionados por códigos de compras ou a criação de marcas em parceria,
por exemplo. O marketing de relacionamento das empresas de bens de
consumo propõe agora experiências exclusivas e produtos que se adaptem
ao estilo de vida do consumidor. É uma espécie de “lealdade com
participação”.
29
Por se falar em lealdade e em se tratando da construção da marca
podemos constatar que: “marcas de prestígio conquistam a lealdade do
cliente.” Como vimos: “grande número de clientes exige essas marcas e
recusam substitutas, mesmo quando oferecidas a preços menores”.
(Fundamentos do Marketing, 2006, p.36)
Podemos identificar como essência de uma marca seus valores e
também personalidade. Os consumidores irão identificar como valores os
benefícios (os atributos funcionais e emocionais) ao adquirir um produto.
Conseqüentemente a aquisição de uma determinada marca irá projetar a
personalidade. Já que a pessoa irá associar sua imagem (real ou desejada) a
imagem da marca.
Em paralelo a esta definição podemos perceber que os próprios
funcionários tendem a refletir esta imagem positiva da marca da empresa a
qual escolheram para trabalhar. Através do pensamento de Druker quando
indaga: “Quais são os meus valores? A resposta indica em qual organização
“você deve trabalhar: os valores dela e os seus devem ser suficientemente
parecidos”. (Druker, 2000, p. 64)
Devemos focar que a marca é mais forte que o produto pelos níveis
de significado que ela oferece. “A marca tem maior valor quando os
compradores lhe são fiéis”.
Porém já existem propostas que atribuem “Consumidores Promíscuos”.
Segundo matéria “Tendências para a amanhã” apresentada, sobre “idéias do
futuro” pela Revista Época Negócios (Edição nº2, 2007, p. 28).
30
Os especialistas em consumo no mundo: Marian Salzman e Ira
Matathia identificam como “Consumidores Promíscuos” à falta de lealdade às
marcas. E dizem que: “fidelidade às marcas é coisa do passado”. E justifica
este conceito a velocidade das inovações. Como exemplo cita o mercado de
telefones celulares, como sendo os primeiros a se comportarem desta
maneira. “Trata-se, a rigor, da prostituição das marcas. É a era da
infidelidade.”
Agora basta continuarmos buscando informações, e estarmos atentos
as intenções do mercado. Para sabermos qual será a postura, que nós
também consumidores, iremos adotar no futuro.
31
CAPÍTULO IV
ARRISCAR PARA INOVAR
Necessidade de mudança
“A pessoa criativa e o homem de marketing criativo não
se
conformam
com
soluções
já
existentes.
Mas
evidentemente, não até o ponto de se transformarem em
criaturas excêntricas, sem objetivos. Esse inconformismo
é aquilo que já chamamos de atitude de trabalho."
Roberto Duailibi e Harry Simonsen JR
Como estamos vendo inovar requer mudanças e adaptações de uma
estrutura empresarial. Sejam elas por diversos fatores: desde se adaptar para
atender aos desejos dos clientes; até se reestruturar as exigências políticas e
tendências do mercado global.
4.1 - Não existem inovação, ações criativas sem mudanças
Peter Drucker percebeu que não existe possibilidade de inovação sem que
ocorram mudanças. Por isto é importante que se esteja sempre em busca.
Sendo de tentativas para se adequar melhor as possibilidades, sendo pela
curiosidade em saber as novidades que possa integrar como um resultado
para sua empresa. A constante busca por informações. E a possibilidade de
criar para inovar no setor de marketing.
Para W. Chan Kim, pesquisador de estratégias e co-autor do Best-seller
“A Estratégia Azul”, estratégias inovadoras são capazes de se transformarem
em sucessos comerciais.
32
E ainda que as empresas bem-sucedidas criem seus próprios mercados,
em vez de enfrentar a concorrência. Como é o caso de corporações de ramos
tão diversos que construíram trajetórias vitoriosas. Exemplos: Starbucks,
Apple, Pfizer, Samsung e a brasileira Casas Bahia.
Segundo Kim, uma característica de empresa inovadora não está só em
associar o conceito de inovação a tecnologias pioneiras e descobertas
científicas. Mas sim em “adotar estratégias de negócios diferenciadas.”
Empresas inovadoras buscam conquistar consumidores com idéias originais.
Para arrematar sua argumentação salienta que além da inovação, para as
empresas para crescerem devem contar com pessoas criativas. “Nenhuma
empresa conseguirá ir adiante se não oferecer a seus funcionários a liberdade
de ousar”. (Revista Época Negócios, Edição nº2, 2007, p.39)
Cada um deve exercer o seu papel para que o resultado do todo seja tão
satisfatório quanto ouvir a sintonia de uma bela orquestra. Por isto Druker
exemplificava a administração de uma empresa a uma orquestra. “Um
administrador deve pensar nos membros de sua equipe como um maestro
pensa nos músicos de uma orquestra: como indivíduos cujas habilidades
pessoais contribuem para o sucesso da obra.” (Druker, 2000, p. 59)
Atingir e concretizar mudanças não são uma atitude tão fácil quando se
procura estabilidade e só dar por satisfeito com os acertos obtidos. Mas para
arriscar pode ser necessário se aprender com os erros e deles tirar o
aprendizado, experiências.
Mas justamente pelo medo de arriscar ou não mirar em novas ações por
serem inovadores. Acabamos por assistir e perceber uma total falta de
criatividade. Onde tudo se repete e não se corre perigo em que: e se não der
certo? Acaba ganhando mais força do que: vamos tentar?
33
Como se só olhássemos com o olhar dos outros e deixamos nossos
sentimentos, estímulos para depois para nunca acontecer. Mas é preciso que
se busque e seja a ousadia e que esta ousadia se permita quando fazemos o
papel de: buscar, ser, ouvir e dizer. Como diz a música, Admirável Chip Novo,
da Pitty, do CD de mesmo título: “use, seja, ouça, diga”. E que soa como:
“busque seja ousadia”.
“Em todas as profissões existem os homens que apenas
seguem os caminhos já trilhados – e essa é a função do
conhecimento que eles adquirem sistematicamente – e
existem aqueles outros homens que agem criativamente,
isto
é,
que
descobrem
caminhos
novos
e
que,
considerando o conhecimento como um meio e não como
uns fins em si mesmo acrescentam a esse conhecimento
o resultado de sua criatividade, ampliando-o”. (Roberto
Duailibi e Harry Simonsen Jr., Criatividade: A formulação
de alternativas em marketing)
Portanto vivemos num mundo que muda o tempo todo. E nós temos que
buscar alternativas para responder as mudanças. Tom Peters propõe pensar e
agir de maneiras diferentes e desenvolver uma nova mentalidade para avançar
neste aspecto. “Ser criativo com seriedade”. E ainda um ajuste às ferramentas:
“Submeta processos e produtos a avaliações contínuas e impessoais e elimine
o que não se aplica mais.” (Peters, 2000, p. 105)
No aspecto da ação enfatiza a importância de se estimular novas idéias
e criar entusiasmo dentro e fora da empresa. Como já vimos um funcionário
estimulado (de bem com o seu trabalho com a sua empresa) e um cliente
satisfeito (bem atendido, desejo realizado e tranqüilidade com marca) são
capazes de gerar uma das mais fortes e eficazes fórmulas do marketing
criativo: a propaganda boca- boca.
34
O exemplo desta concepção, estimular novas idéias e fazer com que
cliente interno e externo tenha experiências satisfatórias, pode comprovar
através da citação:
“Enquanto a maioria das inovações tem curta existência,
aquelas que respondem a uma necessidade urgente e
satisfazem
um
desejo
verdadeiro
se
propagam
rapidamente e dura longo tempo.” (Gardner, 2007, p.164)
Suas experiências iram despertar em outras pessoas a curiosidade e o
futuro acesso de um futuro bom cliente a empresa. Aumentando assim, um
tanto que despercebidamente a propagação da marca e conseqüentemente
maiores resultados nos lucros. Afinal os objetivos esperados depois de tanto
trabalho estão sendo correspondidos.
De acordo com esta visão podemos concluir a fusão entre marketing e
criatividade, através desta definição em termos empresariais: “Marketing é,
essencialmente, a administração da criatividade – em busca da otimização do
lucro para a sobrevivência e expansão”. (Dualibi e Simonsen)
Para se adaptar as mudanças é preciso olhar para fora da empresa. Ver
o que está acontecendo no mundo lá fora, ampliar a visão e assim permitir que
ocorra a contribuição criativa, que significa o uso de idéias extraídas de fora da
empresa.
É preciso que se tenha “flexibilidade” para permitir “a transformação das
empresas em organismos capazes de reagir a mudanças externas imprevistas
por meio de estruturas adaptáveis nas quais os gerentes sejam capazes de
reagir com rapidez antiburocrática, operacional e do ponto de vista do
planejamento estratégico”. (Peters, 2000, pág108)
35
É no mínimo curiosa a referência e definição de uma “empresa maluca”.
Citada por Peters: “Empresas que não são montadas com base na rotina e na
continuidade, mas promovem “criatividade os entusiasmos” como propulsores
do lucro, do crescimento e do êxito econômico.” (Peters, 2000, p. 108)
Com isto passamos a entender o porquê a que se refere – “tempos
loucos exigem empresas malucas” – “o que parece não ter sentido é
perfeitamente sensato. Deixando de lado o exagero, o autor evidencia uma
importante mensagem: preparar-se para se reinventar e assumir a mudança”.
E ainda sobre mudança diz: “que o mercado atual valoriza o que é novo.
E que a única certeza no ambiente atual é a de que ele está em mutação. Para
satisfazer este desafio, devemos procurar elevar os níveis mais elevados de
eficiência e capacidade de adaptação.” (Peters, 2000, p.108)
A forma de pensar a criatividade migrou para os negócios quando
Edward de Bono enfatiza a importância do pensamento lateral, a capacidade
de mudar estruturas, assumir diferentes papéis e aparecer com soluções
engenhosas para um problema incômodo. De Bono, realça a importância do
pensamento sobre o pensamento, ou “metapensamento”, e por surgir com
problemas intrigantes pouco convencionais. (Gadner, 2007, p.164)
36
CONCLUSÃO
Este trabalho nada mais é do que uma forma de incentivo. Um incentivo
que busca encorajar, na busca em sempre querer estar atento e almejar um
sentido, uma proposta de melhora a vida profissional. A busca por informações
para saber que suas aspirações têm um fundamento, um sentido.
E que a partir daquela sua proposta exista a possibilidade em criar,
remodelar e até inovar. Um incentivo a que se faça valer as palavras ditas na
hora certa. E que se façam ouvidas e realizadas.
Uma forma para que as empresas reflitam sobre suas posturas, que
parem de inspirar medo aos seus funcionários. Que se tenha diálogo. Incentivo
as idéias para que se possam criar novas possibilidades. E contribuir para que
se façam estratégias de marketing baseada em fatos oriundos da própria
realidade, que correspondam aos desejos clientes, e que se solidifique a
confiança ao funcionário para que ele mesmo possa gerar estas tão preciosas
informações para a empresa.
Assim, a empresa sai ganhando, o funcionário sai ganhando e feliz por
ver que a sua capacidade esta sendo aproveitada, que ele está sendo ouvindo
e que seu crédito está sendo dado. Que sua eficiência poderá lhe fazer
crescer, não só no âmbito profissional, mas no como ser humano. Porque
existe uma troca entre o seu trabalho e o reconhecimento pela empresa.
A necessidade a busca de informações. Não só externas, mas inclusive
nas que estão sendo geradas internamente. Para que assim ela possa ousar e
fazer um Marketing Criativo.
37
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Conteúdo de revistas especializadas.
Anexo 2 >> >> Internet – Sendas.
38
ANEXO 1
REVISTA ÉPOCA NEGÓCIOS - Edição 8 - Outubro de 2007
Reportagem de Capa
Por que somos tão poucos inovadores
http://www.epocanegócios.com.br
Por que o Brasil é ruim de inovação?
Alta dose de confiança nas relações pessoais. Líderes pragmáticos. Meritocracia.
Transparência. Inovação. A falta deles explica por que estamos comendo poeira
nos principais rankings internacionais
POR CLEMENTE NÓBREGA
FOTOS THOMAS SUSEMIHL
Todos os estudos mostram que o Brasil é ruim de inovação.
Há exceções aqui e ali (não vou ficar citando estatísticas),
mas, no geral, é bem ruinzinho. Por que, hein? Quando os
editores de Época NEGÓCIOS pediram minha opinião,
fiquei inseguro – será que teria algo a declarar? Parecia
mais coisa para economista, e eu não sou da turma. Leio os
caras, é verdade, mas, desculpe a franqueza, acho-os chatos
(exceção: Eduardo Giannetti). Alguém ainda agüenta
debates sobre política monetária? Meta de inflação?
Reunião do Copom? Respostas pela ordem: não, não, não.
Bem, por vezes é conveniente ser franco-atirador. Sem o
pedigree dos ph.Ds., me senti liberado. Se dissesse
Falta de inovação não é culpa
besteira, teria a desculpa de não ser especialista. Fui
só
das empresas. O retorno no
pesquisar (veja referências no nosso site), anotei temas e
Brasil é incerto
explicações que pareciam definir um padrão, e fui
costurando fragmentos de idéias de outros. Baseei essa “costura” em evidências
sustentadas pelo que a ciência sabe da natureza humana. Acho que cheguei a algo, mas é
você quem julga. Uma coisa, de saída, pareceu certa: a “culpa” pela falta de inovação no
Brasil não é das empresas. Empresas são animais econômicos previsíveis – elas vão
aonde o dinheiro está. Se têm uma certeza razoável de que vale a pena investir em
inovação (ou em qualquer outra coisa), elas o farão. Se não fazem, é porque o retorno
disso é incerto. O que está por trás dessa incerteza é o seguinte: o nível de inovação de
um país depende de um certo tipo de software.
Todo grupo humano – seja um país, seja uma empresa – tem um sistema operacional
que define o que o grupo pode fazer. Que características deve ter o sistema operacional
de um país para que ele seja capaz de inovar? A lista que compilei tinha elementos que
estavam presentes em lugares tão diferentes como Suécia, Japão e Estados Unidos, por
exemplo. Como Tolstói poderia ter dito, os países inovadores são ricos de maneira
muito semelhante – têm sistemas operacionais que geram os mesmos efeitos.
39
ANEXO 2
Internet
Exemplo página da Sendas na Internet
www.sendas.com.br/default_economistas.asp
Sempre preocupada com a sua economia, a
Sendas traz até você as Economistas do Lar: são
donas-de-casa que pesquisam preços, sugerem
ofertas e fazem tudo para ajudar o seu dinheiro
render mais. Elas estão de segunda à sábado,
das 10:00 às 19:00 numa Sendas perto de você.
Quer economizar ? Fale com elas !
Reciclar é economizar ! Após usar ovos, deixe
secar as cascas. Bata as cascas no liquidificador
e coloque o pó que formará no seu feijão. Além
de ser uma fonte de cálcio, afia a lâmina do
liquidificador !
Zuleika Jacob - Economista do Lar na
Sendas de Nova Iguaçu.
40
Economizar é Preço e Prazo ! Quando fizer suas
compras, aproveite os preços das ofertas e
fique de olho nos prazos de pagamento ! Pagar
suas ofertas com prazo é o dobro de economia !
Maria Lúcia R. de Souza - Economista do
Lar na Sendas de Jacarepaguá
Sempre que for ao supermercado, verifique sua
dispensa
ou
armário.
Reponha
as
suas
necessidades, aproveite as oportunidades de
preço, mas não deixe de levar um agrado a
mais para a sua família ! Ela merece. Quando
chegar em casa, arrume suas compras de
acordo com a data de validade para usar
primeiro os produtos com data mais próxima.
Economize não desperdiçando seu estoque !
Núbia Ferreira Fernandes – Economista do
Lar na Sendas de Jacarepaguá
Embalagem amassada, estufada, violada ou
danificada não deve ser utilizada. Fique atenta
na hora de comprar, porque danos a saúde
podem causar. Mas se por uma distração você
levar, não precisa se preocupar: Leve ao local
onde foi comprado e solicite que seja trocado
por outro em perfeito estado. Sua saúde vem
em primeiro lugar. Por isto, para economizar, a
Qualidade você deve avaliar !
Yara B Nogueira – Economista do Lar na
Sendas da Praça Seca
Fazer render também é economizar ! Mergulhe
os limões em água quente durante 15 minutos
antes de espremer. Assim, irá render o dobro
de limonada !
Ediléa Batista Rangel – Economista do Lar
na Sendas de Campos
41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
HELLER, Robert. Entenda e Ponha em Prática As idéias de Peter Druker.
Coleção Empresários de Êxito. Tradução 2001 Publifolha. Título original:
Bussiness Masterminds: Peter Druker.2000,2007. Dorling Kindersley Limited.
HELLER, Robert. Entenda e Ponha em Prática As idéias de Tom Peters.
Coleção Empresários de Êxito. Tradução 2001 Publifolha. Título original:
Bussiness Masterminds: Tom Peters .2001,2007. Dorling Kindersley Limited.
GODIN. Seth. A Vaca Roxa. Editora Campus 2003
BASTA, Darci. MARCHESINI, Fernando Roberto. OLIVEIRA, José. SÁ, Luís
Carlos. Fundamentos do Marketing. Série Gestão Empresarial. 2006. Editora:
FGV.
TEIXEIRA, Elson. TOMANINI, Cláudio. MEINBERG José Luiz. PEIXOTO Luiz
Carlos. Gestão de Vendas. Série Marketing. 2007. Editora FGV.
REVIEW, Harvard Bussiness. Administração da Marca. 2000. Editora:
Campus.
42
HOUAISS, Dicionário de Língua Portuguesa. 2003. Rio de Janeiro. Editora
Objetiva.
MASI, Domenico. O Ócio Criativo. 2000. Editora: Sextante.
ÉPOCA NEGÓCIOS, Revista. Edição nº 2. Abril 2007. Editora Globo
ÉPOCA NEGÓCIOS, Revista. Edição nº5. Julho 2007. Editora Globo
ÉPOCA NEGÓCIOS, Revista. Edição nº 8 Outubro 2007.Editora Globo
DUALIBI, Roberto e JR. SIMONSEN, Harry. A formulação de Alternativas em
Marketing.
LEVITT, Theodore. Miopia em Marketing. In: O novo papel da Administração.
São Paulo. 1986. Editora Nova Cultura.
43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
2
AGRADECIMENTO
3
DEDICATÓRIA
4
RESUMO
5
METODOLOGIA
6
SUMÁRIO
7
INTRODUÇÃO
8
CAPÍTULO I
Visões Criativas - O que dizem os especialistas
1.1 – Conceitos que evidenciam táticas
11
de processos criativos
CAPÍTULO II
O que faz a diferença? Estratégias criativas de Marketing
2.1 - Estar atento aos pequenos detalhes para
expandir e lucrar mais
19
2.2 - Pouco investimento e muita criatividade
20
2.2.1 – Rede de Supermercados Sendas
20
44
2.2.2 - No mercado da moda brasileira
21
2.2.3 – Banco Real
23
2.2.4 – Tetra Pak
23
2.2.5 – Droga 20
24
2.2.6 – Nokia
24
2.2.7 – Característica de que o Brasil
tem um povo com aspectos criativos.
25
CAPÍTULO III
Agregar valores - A importância das marcas
3.1 - A construção de uma marca se faz pelo
reconhecimento de seus serviços
26
CAPÍTULO IV
Arriscar para inovar - Necessidade de mudança
4.1 - Não existem inovação, ações criativas
sem mudanças
31
CONCLUSÃO
36
ANEXOS
37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
41
ÍNDICE
43
45
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por:
Conceito:
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