Mural Boletim semanal do Instituto de Tecnologia do Paraná - Tecpar Ano 7 - nº 184 - 4 de setembro de 2006 Linux: Política da qualidade É política do Tecpar incorporar a gestão da qualidade a todos os seus processos, produtos e serviços com o objetivo de satisfazer as necessidades de seus clientes, da comunidade e do meio ambiente. O desenvolvimento de seus processos e funcionários é premissa para a consecução desses objetivos. você ainda vai se apaixonar por esse pingüim Os especialistas afirmam que aderir ao sistema de software livre é uma questão de tempo É perfeitamente possível obter os mesmos resultados utilizando software livre. É isso que os especialistas dizem. E tem mais: o argumento deles inclui economia – “por que pagar por várias licenças só para executar um único programa?” De acordo com os técnicos, nas grandes empresas é necessário que cada máquina possua no mínimo um sistema operacional (Windows) e um pacote de programas de escritório. No caso dos softwares da Microsoft, estamos falando de um editor de textos (Word), de planilhas eletrônicas (Excel), de apresentação de slides (PowerPoint) e gerenciador de e-mails (Outlook), o que representa um gasto aproximado de R$ 3,5 mil por equipamento, isso somente em software. “É aí que entram os computadores utilizando o Linux e programas de escritório como Open Office, com tanta praticidade quanto o sistema da Microsoft. Existe compatibilidade entre os arquivos gerados em ambas as plataformas, ou seja, a comunicação entre empresas via troca de arquivos e e-mails não fica comprometida”, explica o analista de sistemas da Divisão de Gestão de Tecnologia da Informação Roberson Araújo. Questão de tempo Apesar das resistências iniciais, comuns em qualquer mudança, o chamado software livre – programa de computador cujos códigos são abertos para uso, cópia e modificação – não assusta mais, pelo contrário. Alguns estão em plenas condições de substituir os softwares proprietários, outros, como programas de tratamento de imagens, por exemplo, ainda precisam de ajustes. A questão colocada por Araújo é: “Se é possível reduzir o número de máquinas com software pago e economizar, por que não fazer?” Em média, uma empresa atualiza seu parque de informática a cada dois ou três anos, ou seja, é preciso adquirir máquinas e softwares. Adotado pelo governo paranaense em 2003, o programa do software livre já alcançou uma economia na ordem de R$ 127,3 milhões; no Tecpar a troca dos programas contabiliza mais de R$ 1 milhão. O assunto, porém, ainda é polêmico; muitas pessoas dizem que existe um custo alto com suporte e treinamento, mas estão enganadas, pois há um movimento mundial de quebra do monopólio do sistema operacional fornecido pela empresa Microsoft com a utilização de programas “livres” que a cada dia ganha novos adeptos e soluções. No Brasil, empresas como as Casas Bahia, a Renner, o Banco do Brasil e o grupo Carrefour já utilizam os softwares livres com sucesso. Para o espanhol especialista em Tecnologia da Informação José Molina, o futuro da área está aí. Edição: Assessoria de Imprensa Textos: Jussara J Voss Fotos e diagramação: Silvane Bonetto Revisão: Patrícia Carla Rodrigues Jornalista responsável: Jussara J Voss MTb 3616/14/28 Marola O cenário ficou ainda mais agitado com uma notícia veiculada na mídia no final de junho. A Microsoft anunciou o término do suporte para Windows 98 e seus programas anteriores; a política da empresa é que, com o fim do ciclo de vida de seus produtos, acaba também o suporte técnico e público e as atualizações de segurança dessas versões, que passam a ser um risco para os usuários. A Microsoft diz que os produtos estão desatualizados e recomenda a aquisição de uma versão mais nova e segura de seu sistema, como o Windows XP, que também já está com os dias contados. Mas quem compara os sistemas migra para o software livre. “A diminuição de custos explica o interesse geral pelo software livre como alternativa para combater os altos custos de aquisição e, principalmente, atualização, que caracterizam o mundo proprietário”, afirma Araújo. Sem traumas “Um caminho gradual e interativo”, assim Frederico Martins, gerente do Laboratório de Software Livre da DGTI, define a migração para o sistema Linux, e o Setor de Contabilidade do Tecpar é a prova. Começou com máquinas sem uso que foram transformadas já em 2003 e agora colabora com a definição dos programas. Desenvolver suas próprias soluções garante o domínio completo sobre a tecnologia empregada. A disponibilidade do código fonte permite que os sistemas sejam adaptados às condições e necessidades dos usuários. “Velocidade das máquinas e segurança são as principais vantagens da troca do sistema”, afirma Martins. O gerente da DGTI, Luiz Domingos Caleffi, ressalta também a economia e a agilidade nas rotinas diárias. Quanto ao uso da nova ferramenta, para o estagiário da área de administração Diego Henrique Vaolli a receita é praticar: “No editor de textos a maior diferença está na barra de ferramentas, mas depois de usar um tempo a pessoa se acostuma”. Origem O criador do sistema operacional GNU(licença pública geral) / Linux, conhecido só como Linux, foi Linus Benedict Torvalds, um finlandês que nasceu em Helsinque, em 28 de dezembro de 1969. Hoje vive na Califórnia (EUA) e trabalha no Open Source Development Lab (Laboratório Aberto de Desenvolvimento), uma fundação criada para ajudar no desenvolvimento do Linux. Fazem parte dessa fundação várias grandes empresas do ramo de informática, como IBM, Sun, Nokia, dentre outras. Saiba mais sobre o assunto lendo a matéria mais completa no endereço www.tecpar.br. Para visualizar as contas do Tecpar na internet basta acessar a página www.gestaododinheiropublico.pr.gov.br Dica Consulte o endereço eletrônico http://debian.tecpar.br, que oferece respostas às dúvidas mais freqüentes apresentadas pelos usuários e dicas de uso. Curso sobre utilização do software livre: 20 turmas foram formadas. “O treinamento foi válido, ajudou, por exemplo, a usar ferramentas como a de apresentação de trabalhos”, afirmou Diego Vaolli, do Setor de Contabilidade. Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior GOVERNO DO PARANA´