Diretoria do Serpro manipula dados para empurrar sua proposta de baixo reajuste A diretoria do Serpro lançou uma nota no último dia 6 (em meio à paralisação de 48 horas) defendendo sua proposta de 6,54% de reajuste, já rejeitada em todas as regionais pelos trabalhadores da empresa. Assustada com a manutenção da paralisação de 48h e tentando empurrar o baixo índice oferecido, a diretoria manipulou informações e apresentou uma tabela que é, no mínimo, uma afronta à memória e à inteligência dos trabalhadores. Segundo a tabela, os trabalhadores somente tiveram perdas antes da atual gestão (governo Lula), no período anterior a2003. Para sustentar esta mentira, a tabela da diretoria divide o período que vai de maio de 2002 a abril de 2003 em duas partes, onde a primeira terminaria em dezembro de 2002 e não seria responsabilidade da, então, nova gestão. Esta lógica, que de lógica não tem nada, desconsidera que a database dos trabalhadores do Serpro é 1° de maio e que, neste dia, os salários devem ser reajustados conforme as variações dos doze meses anteriores, como um todo. Sendo assim, embora todos os trabalhadores já estejam “carecas” de saber, vamos relembrar a diretoria: na data-base de maio de 2003, cuja responsabilidade de negociação já era do atual governo, as perdas estavam calculadas em mais de 16% e o índice pago foi de somente 6%, acumulando uma perda de mais de 10%. Com notas como esta lançada no último dia 6, o objetivo da diretoria é um só: confundir os trabalhadores. Com esta postura, a direção do Serpro está modificando o famoso ditado para “Devo, nego e não pago, mesmo se puder”. Para derrotar essa política de desrespeito aos trabalhadores e à memória de nossa luta por melhores condições salariais, será preciso intensificar ainda mais o movimento dos trabalhadores que já vem grande e unido. Todos e todas à próxima assembléia, que estaremos marcando em breve. OLT/Serpro/RS e Sindppd/RS