Gestão de Sistemas e Redes Comutação em Redes Locais Paulo Coelho 2005 Versão 1.0 1 Comutação em LANs Sumário Comutadores Store-and-Forward Comutação de circuitos vs Datagramas Bridges e segmentação de LANs 2 Redes Escaláveis Comutador Faz o forward dos pacotes da porta de entrada para a porta de saída Selecciona a porta baseando-se no endereço existente no cabeçalho do pacote T3 T3 STS-1 Portas entrada T3 T3 STS-1 Portas saída Comutador Vantagens Maior escalabilidade do que os meios partilhados (tolera atrasos) Suporta uma grande quantidade de nós (Largura de banda escalável) 3 Source Routing 0 Switch 1 3 0 1 2 Switch 2 2 3 0 1 3 3 1 1 2 1 3 0 0 Host A 0 1 3 1 0 Switch 3 3 2 Host B 4 Comutação de Circuitos Virtuais Estabelecimento de conexão (fase de ligação e fim de conexão) Os pacotes seguintes seguem pelo mesmo circuito Modelo orientado à conexão (Connection oriented) 0 Switch 1 3 1 2 Analogia: Chamada telefónica 3 5 11 2 Switch 2 1 0 Host A 7 Cada comutador mantém uma tabela de VCs 0 Switch 3 3 1 4 2 Host B 5 Comutação de Datagramas Não existe fase de estabelecimento de conexão Cada pacote é encaminhado independentemente Modelo não orientado à conexão (connectionless) Host D Analogia: sistema postal Cada comutador mantém uma tabela de encaminhamento Host E 0 Switch 1 3 Host C Host F 1 2 Switch 2 2 3 1 0 Host A Host G 1 0 Switch 3 Host B 3 2 Host H 6 Modelo de Circuitos Virtuais É necessário esperar o tempo de estabelecimento de conexão (round trip time delay) antes de se poder enviar o primeiro pacote de dados. Enquanto o pedido de conexão contém o endereço completo do nó de destino, cada pacote contém apenas um identificador (VCI), fazendo com que o overhead no cabeçalho dos pacotes seja pequeno. Se um comutador ou link numa conexão falha, a conexão é perdida sendo necesssário estabelecer outra. A fase de estabelecimento de conexão fornece uma oportunidade para reservar recursos. 7 Modelo de Datagramas Não existe atraso RTT para se poder estabelecer a conexão; um host pode começar a enviar dados assim que estiver pronto. O host de origem não tem forma de saber se a rede é capaz de distribuir o pacote. Uma vez que os pacotes são encaminhados independentemente, é possível contornar falhas que ocorram em links ou nós. Uma vez que cada pacote contém o endereço de destino, o overhead por pacote é superior. 8 Comutação de pacotes Modo datagrama – s/ ligação Comutação de pacotes Circuitos virtuais – c/ ligação C. Virtuais Entrega ordenada Garantia de entrega Vantagens Datagramas Flexibilidade Robustez É preciso enviar sempre o end. de origem (+ Overhead) Desvantagens 9 Bridges e LANs Extendidas As LANs têm limitações físicas (até 2500m) Ligar duas ou mais LANs com uma bridge Estratégia store and forward Conexão no nível 2 (Não adiciona cabeçalho aos pacotes) A B C Porta 1 Bridge Porta 2 X Y Z Comutador Ethernet = Bridge multi-porta 10 Bridges Só fazem o forward quando necessário Mantêm uma tabela de forwarding A B C Porta 1 Bridge Porta 2 X Y Z Host Porta A 1 B 1 C 1 X 2 Y 2 Z 2 Aprendem as entradas na tabela baseado no endereço de origem A Tabela é uma optimização; não necessita estar completa Faz sempre o forward de tramas de broadcast 11 Segmentação de LANs Porquê segmentação de LANs ? Isola o tráfego entre segmentos. Permite mais largura de banda por utilizador, criando dominios de colisão menores 12 Segmentação de LANs com bridges A segmentação permite ter menos utilizadores por segmento As bridges armazenam e depois fazem o forward das tramas baseado nos endereços de nível 2 Aumenta os atrasos na rede 13 Segmentação de LANs com routers Mais fácil de gerir, maior funcionalidade, multiplos caminhos activos Dominios de colisão menores Opera no nível 3 e 4 14 Segmentação com comutadores Os comutadores eliminam o impacto das colisões através de microsegmentação Atrasos baixos e velocidades de comutação elevadas 15 Dois métodos de comutação O comutador verifica o endereço de destino e começa a transmitir de imediato A trama é recebida completamente e é verificado o CRC antes de ser feito o forward. 16 Algoritmo Spanning Tree A Problema: loops B B3 C B5 D B2 B7 E K F B1 G H B6 B4 I J As Bridges executam um algoritmo de spanning tree Selecciona quais as bridges que estão activas desenvolvido por Radia Perlman Especificação IEEE 802.1 17 Visão geral sobre o Algoritmo Cada bridge tem um ID único (B1, B2, B3,…) Selecciona a bridge com o menor ID como root Selecciona a bridge em cada LAN mais perto do root como bridge designada (usa o ID para desempatar) A Cada bridge encaminha as B tramas através da LAN B3 C B5 para a qual é a bridge D B7 K designada B2 E F B1 G H B6 B4 I J 18 Detalhes do Algoritmo As Bridges trocam mensagens de configuração O id da bridge que envia a mensagem O id do que a bridge que envia a mensagem pensa ser o root A distância (hops) desde a bridge que envia para o root Cada bridge guarda a “melhor” mensagem de configuração para cada porta Inicialmente, cada bridge pensa que é o root 19 Detalhes do Algoritmo (cont) Quando se apercebe que não é o root, pára de gerar mensagens de config Quando se apercebe que não é a bridge designada, para de enviar mensagens de config Num estado normal, apenas o root gera mensagens de configuração Num estado normal, apenas a bridge designada encaminha mensagens de configuração O Root continua periodicamente a enviar mensagens de config Se alguma bridge não receber mensagens de config após um determinado período, começa a gerar mensagens de config reclamando-se root 20 Limitações das Bridges Não são escaláveis O algoritmo spanning tree não é escalável Os broadcasts não são escaláveis 21 Bibliografia de suporte Larry Peterson - Computer Networks Págs. 171 - 197 ; 235 - 241 22