Sandoval Carlos Wanderley Observação

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Sandoval Carlos Wanderley
Teatrólogo
Deputado Estadual 1934
WANDERLEY, Sandoval Carlos - Nasceu em Açu, a 27.09.1893, filho de Luís Carlos Lins Wanderley (1)
e d. Maria Amélia Wanderley, vindo para Natal em 1905. Trabalhou no comércio e na Capitania dos Portos.
Entre 1914 e 1924 fundou os jornais “A Avenida” e “O Combate”, dirigiu “A Opinião” e editou “A Folha do Povo”.
Por questões políticas transferiu-se para a Paraíba, ali criando “O Correio do Povo”. Voltou ao Rio Grande do
Norte com um grupo de insurretos, na Revolução de 30, sendo preso após escaramuças. Elegeu-se Deputado
Estadual pelo PSN-Partido Social Nacionalista (1934-1937) e, mais tarde, foi Vereador à Câmara Municipal de
Natal pelo PSP-Partido Social Progressista (1948). Foi Chefe de Polícia, em Natal, e Diretor da Imprensa
Oficial, editando “A República”. Quanto ao teatro, iniciou-se como ator na peça “Dedicação” (1914), dirigida
pelo seu tio Ezequiel Wanderley. Protagonizaria outros papéis antes de estrear como autor (1939), com a peça
“Taberna Azul”. Em 1941 criou o Conjunto Teatral potiguar cujo espetáculo inaugural deu-se com a peça
“Binidito”, de sua autoria. Escreveu versos satíricos, publicando-os nos livros Farpeadas e Abra e Leia.
Fundou novo grupo, o TAN-Teatro de Amadores de Natal (1951). No ano seguinte publicou um livro de
memórias, Minha Luta Política. Era incansável: escreveu cerca de 31 peças, dentre as quais “Coronel no
Passo” (1948), “Julgai-me, Senhores” (1952), “Os Culpados” (1954), “Tinha Que Acontecer” (1961), “Beco da
Quarentena” (1965), “Um Marido Mais ou Menos Fiel” (1967), “Padre Miguelinho” (1968), “Por Causa de Uma
Mini-Saia” (1970), “Todo Pai Tem Uma Filha Que é Uma Brasa” (1971) e sua última, “Um dos Três é o Pai”
(1972). Com Sandoval encerra-se a cadeia de prodigiosa produção e inestimável participação dos Wanderley
(Luís Carlos, Ezequiel, Manoel Segundo e Sandoval Carlos) no processo de desenvolvimento do teatro norterio-grandense. Faleceu a 10 de agosto de 1972 (no ano seguinte o “Teatrinho do Povo”, localizado no Alecrim,
passou a denominar-se “Teatro Sandoval Wanderley”, por decreto municipal).
(1)
O pai de Sandoval Wanderley tem o mesmo nome do avô, Luís Carlos Lins Wanderley, cujo verbete encontra-se na página 171).
O “agitador” Sandoval Wanderley
Natural da cidade de Assu, interior do Rio Grande do Norte, se mudou para Natal com doze anos, em
meados 1905. Seguiu a carreira de jornalista e logo se tornou uma das figuras mais provocadoras da cidade.
Declaradamente oposicionista, Sandoval Wanderley foi bastante perseguido pelo governo estadual, sendo o
primeiro jornalista do estado preso por crime de imprensa.
Presidente do primeiro sindicato dos trabalhadores do Rio Grande do Norte, chegou a ir morar na cidade
de João Pessoa devido à perseguição política. Retorna para Natal em 1930 comandando uma coluna militar de
João Pessoa para Natal, para apoiar o governo revolucionário.
Quando abandona a carreira política, se dedica apenas à dramaturgia. Nas artes cênicas demonstrou ter
um grande talento, chegando até a ser presidente da Academia Potiguar de Letras. Sua estréia foi no então
Teatro Carlos Gomes, hoje Teatro Alberto Maranhão, em outubro de 1941, com a peça “Binidito”, escrita pelo
próprio Sandoval. Apesar de sua obra conter 31 peças, entre dramas, comédias e revistas musicais, apenas
uma foi publicada: Julgai-me, Senhores, em 1967.
FONTE:http://revistacatorze.com.br/2010/o-problematico-sandoval-wanderley
Observação
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enriquecer este verbete, favor encaminhá-las à Fundação José Augusto através do seu
Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, situado na Rua Jundiaí, 641,
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