COLCHÕES ESPECIAIS PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO: REVISÃO INTEGRATIVA Borges F, Inoue KC, Matsuda LM, Oliveira JLC. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM [email protected] INTRODUÇÃO: A prevenção de úlcera por pressão (UP) tem sido foco de preocupação da equipe de enfermagem, pois este é considerado um indicador de qualidade dos cuidados de enfermagem, relacionado ao gerenciamento de risco. Dentre as estratégias de prevenção de UP, tem-se contemplado o uso de superfícies de apoio em razão de que, esse agravo decorre da compressão capilar das estruturas que suportam a pele, sobretudo entre pacientes acamados e com longos períodos de internação. A saber, uma superfície de apoio de redistribuição de pressão compreende os colchões com sistema integrado de cama, colchões de substituição, colchonetes, almofadas ou sobreposições de assentos. JUSTIFICATIVA: Mesmo com o auxílio de protocolos e o desenvolvimento de tecnologias para prevenção de UP, sabe-se que a sua incidência e prevalência continuam elevadas. No Brasil, em especial, há pouco investimento em estudos sobre o uso de superfícies de apoio para prevenção de UP, o que também justifica esta revisão. OBJETIVO: Realizar uma revisão integrativa da literatura (RIL) sobre superfícies de apoio e sua relação com a prevenção de UP entre pacientes acamados. MÉTODO: Trata-se de uma RIL, cuja fonte de coleta de dados foi a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/Bireme), mediante uso dos termos superfície de apoio/colchões e úlcera por pressão nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram incluídos 6 artigos completos, publicados entre 2008 e 2012. Realizou- se Análise de Conteúdo, com apresentação dos resultados em três categorias: Tipos de colchões; Ocorrência de UP com diferentes tipos de colchões e; uso de colchões sob a perspectiva de custos. RESULTADOS: Todos os artigos tinham sido publicados na língua inglesa e analisaram a UP de forma epidemiológica, seja pela incidência ou prevalência. As superfícies de apoio são classificadas em reativas ou ativas, sendo que o maior enfoque dos estudos se relaciona às superfícies ativas. O colchão com pressão alternada se mostrou mais confortável e com possibilidade de melhor mobilização espontânea(1). A efetividade na prevenção de UP é equivalente entre os colchões de ar com baixa pressão alternante, independentemente da quantidade de estágios (2) . A utilização de superfície de apoio dinâmica é recomendada quando o indivíduo não pode ser reposicionado manualmente, sendo esta capaz de alternar a distribuição da carga. Para a decisão do tipo de superfície a ser utilizada, deve-se considerar além do custo-benefício, a facilidade de utilização e manuseio da superfície pela equipe (1). CONCLUSÃO: O paciente com risco elevado de desenvolvimento de UP deve ser acomodado sobre colchões com nada menos do que espuma de alta densidade. O uso de quaisquer dispositivos para alívio e redistribuição da pressão de interface corporal, deve ser avaliado individualmente pelo enfermeiro. BIBLIOGRAFIA 1. Ward C. The value of systematic evaluation in determining the effectiveness and practical utility of a pressure-redistributing support surface. J Tissue Viability. 2010;19(1):22-7. 2. Demarré L, Beeckman D, Vanderwee K, Defloor T, Grypdonck M, Verhaeghe S. Multi-stage versus single-stage inflation and deflation cycle for alternating low pressure air mattresses to prevent pressure ulcers in hospitalised patients: a randomised-controlled clinical trial. Int J Nurs Stud. 2012;49(4):416-26.