perfil da clientela com feridas crônicas: em um hospital privado do df.

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Curso de Enfermagem
Artigo Original
PERFIL DA CLIENTELA COM FERIDAS CRÔNICAS: EM UM HOSPITAL PRIVADO DO
DF.
PROFILE CUSTOMERS WITH CHRONIC WOUNDS IN CONNECTION WITH MANAGEMENT COSTS: IN
A PRIVATE HOSPITAL OF DF
Douglas Wendell Carvalho da Silva 1, Fernando Rodrigues Melo da Silva2, Judith A. Trevisan3
1 Acadêmicos de Enfermagem do ICESP.
2 Acadêmicos de Enfermagem do ICESP.
3 Enfermeira.Professora ICESP - Doutoranda na UCB -DF Área Educação 2014. Mestre em Gestão de serviços de saúde – ISTCPortugal - UnB
Resumo
Objetivo: Caracterizar o perfil da clientela com lesões tissulares crônicas atendidas no Ambulatório de lesões cutâneas do Hospital
Anchieta, segundo as variáveis: idade, sexo, doença de base, tipo de ferida, localização e tempo desde seu surgimento. Materiais e
Métodos: Estudo de caráter quantitativo de natureza descritiva, exploratória, e análise de prontuários, a população do estudo foi
constituída por 60 prontuários de pacientes, atendidos pelo enfermeiro no ambulatório, durante Agosto de 2015 a outubro de 2015.
Resultado: Constatou-se que no serviço de saúde em questão, o perfil identificado caracteriza por indivíduos do sexo feminino
(56,7%), com faixa etária entre 70 e 79 anos de idade (46,7%). Em relação aos aspectos clínicos, 36,7% deles apresentavam diabetes
mellitus, 26,7% dos pacientes possui diabetes mellitus associado à hipertensão arterial sistêmica, 15,0% deles apresentavam alguma
cardiopatia e 10,0% hipertensão arterial; 87% com lesão nos membros inferiores, sendo que 42% eram de úlceras diabéticas e 34% de
úlceras venosas; com um tempo de evolução superior a um ano e inferior a três anos, em 35% dos casos. Conclusão: A assistência
continua do paciente com lesão é indispensável para que se estabeleça não só o tratamento da ferida, mas o controle das doenças de
base. Percebeu-se um interesse crescente da enfermagem no que concerne às feridas crônicas, entretanto os registros referentes ao
perfil são escassos. Recomenda - se estudos para se obter um perfil mais representativo desta população.
Palavras-Chave: ferida crônica; perfil de cliente; gestão de custos.
Abstract
Objective: To characterize the profile of clients with chronic tissue injuries treated at the Clinic of skin lesions Anchieta Hospital, according to the variables: age, sex, underlying disease, type of wound, location and time since its inception. Materials and Methods: Quantitative character study of descriptive and exploratory nature, and analysis of records, the study population consisted of 60 charts of
patients seen by the nurse at the clinic, during August 2015 to October 2015. Results: Constatou- that the health service in question,
identified profile characterized by females (56.7%), aged between 70 and 79 years old (46.7%). With regard to clinical, 36.7% had
diabetes mellitus, 26.7% of patients have diabetes mellitus associated with hypertension, 15.0% had some disease and 10.0% hypertension, 87% with injury in the lower limbs, and 42% were diabetic ulcers and 34% of venous ulcers, with a time of evolution over one
year and less than three years, in 35% of cases. Conclusion: The service continues with the patient injury is essential for not only
providing for the treatment of the wound, but the control of underlying diseases. It was noticed a growing interest of nursing in relation to
chronic wounds, however the records relating to the profile are scarce. Studies are recommended to obtain a more representative profile of that population.
Keywords: chronic wound; customer profile; cost management.
Contato: [email protected]
Introdução
Cuidar de feridas é um processo dinâmico,
complexo e que requer uma atenção especial
principalmente quando se refere a uma lesão
crônica. Deve-se levar em consideração que as
feridas crônicas evoluem rapidamente, são
refratárias a diversos tipos de tratamentos e
decorrem de condições predisponentes que
impossibilitam a normal cicatrização. (BRITO et
al.,2013)
Consideram-se feridas crônicas aquelas que não
cicatrizam seguindo uma série de etapas
ordenadas e previsíveis, no limite de tempo
expectável. Habitualmente as feridas que não
cicatrizam num período de três meses são
consideradas crônicas. Estas feridas podem nunca
cicatrizar ou demorar anos para o fazer. Não
obstante os enormes avanços na compreensão
dos processos e fenômenos envolvidos nas
diversas fases da reparação tissular e o constante
desenvolvimento de recursos e tecnologias com o
objetivo de favorecer esses processos, a
incidência e prevalência de úlceras crônicas é
ainda extremamente alta, repercutindo-se em
elevados custos
financeiros e profundas
conseqüências sociais para os doentes (BORGES
et al., 2010).
Entre essas lesões, que denominaremos de
úlceras, destacamos as que acometem os
membros inferiores. Essas úlceras são recorrentes
e incapacitantes e repercutem de forma severa na
deambulação
dos
portadores.
Demandam
tratamento duradouro e complexo, são causa de
lesões prolongadas e, muitas vezes, responsáveis
por significativos índices de morbidade e
mortalidade (MORAIS, et al,2008)
As condições crônicas são responsáveis por
60% de todo o ônus financeiro decorrente de
doenças do mundo com significativo crescimento.
Cerca de 80% da carga de doença dos países em
desenvolvimento deve advir de problemas
crônicos, em 2020. Contudo, até hoje, em todo o
mundo, os sistemas de saúde não possuem um
plano de gerenciamento das condições crônicas;
simplesmente tratam os sintomas quando
aparecem. (OMS, 2005)
No Brasil, as feridas acometem a população
de forma geral, porém, são escassos registros
estatísticos sobre a prevalência ou incidência das
feridas na população brasileira, principalmente de
feridas crônicas. Estudos comprovam que a
qualidade de vida em pacientes portadores de
feridas crônicas em membros inferiores (MMII),
afetam seu estilo de vida devido à dor, dificuldade
de mobilidade, depressão, perda da autoestima,
isolamento social, inabilidade para o trabalho e
frequentemente altera a imagem corporal,
proporcionando uma diminuição na qualidade de
vida. (MORAIS, et al,2008)
O elevado número de pessoas com úlceras
contribui para onerar o gasto na saúde pública,
além de interferir na qualidade de vida da
população. Para evitar que isso ocorra, a equipe
multiprofissional deve propiciar uma assistência
global,
atendendo
as
necessidades
biopsicossociais, para melhorar as condições de
vida. (BRASIL, 2002). As úlceras crônicas,
atualmente chamadas de feridas complexas, são
consideradas um problema de saúde pública. Elas
contribuem para o aumento do número de
aposentadorias precoces, fazendo com que haja
perda de mão-de-obra ativa. (DEALEY, 2008)
Uma enfermidade crônica interfere nas
adaptações da vida em andamento, ao fazer com
que a realização de tarefas rotineiras se torne
mais desafiadora. O meio social e o ambiente
físico no qual o indivíduo vive podem afetar as
capacidades, a motivação e a manutenção física
da pessoa (POTTER, 2008; SILVA, 2007). A ferida
pode representar uma agressão à integridade,
produzindo um desequilíbrio psíquico; também
podem gerar frequentemente, momentos de
depressão que dificultam a realização de ações de
autocuidado (PEREIRA, 2011). Nesse contexto,
sabe-se que o profissional de enfermagem possui
um papel fundamental no que se refere ao cuidado
holístico ao paciente, e desempenha um relevante
trabalho ao tratar feridas, pois é responsável por
acompanhar a evolução da lesão, orientar e
executar o curativo de forma eficiente e
humanizada. Como este profissional está
diretamente relacionado ao tratamento de feridas,
seja em serviços de atenção primária, secundária
ou terciária, deve-se ressaltar a responsabilidade
de manter a observação intensiva com relação aos
fatores locais, sistêmicos, psicossociais e externos
que condicionem o surgimento da ferida ou
interfiram no processo de cicatrização. Portanto, é
necessária uma visão clínica que relacione alguns
pontos importantes que influenciam neste
processo, como o controle de patologia de base
presente (hipertensão arterial, diabetes mellitus),
aspectos
nutricionais,
infecciosos,
medicamentosos e, sobretudo, abordar o lado
emocional de se possuir uma ferida crônica (SILVA
LUCAS, et al.,2008).
Ciente da importância do levantamento de dados
que possam dar aporte às intervenções e prática
profissional do enfermeiro, este estudo tem como
objetivo caracterizar o perfil da clientela com feridas crônicas relacionado ao tempo de tratamento
e á gestão de custos, atendidos no Ambulatório de
lesões cutâneas do Hospital Anchieta, segundo as
variáveis: idade, sexo, doença de base, tipo de
ferida, localização da ferida e tempo desde o surgimento.
Materiais e Métodos
Caracterização do Estudo: Trata-se de um
estudo de caráter quantitativo de natureza
descritiva e exploratória através de uma revisão de
literatura, e análise de prontuários, realizado após
autorização dos enfermeiros responsáveis pelas
respectivas unidades do hospital (coordenação de
assistência, pelo Instituto Anchieta de Ensino e
Pesquisa - IAEP e pela gestão do pronto socorro).
A população do estudo foi constituída por
60 prontuários de pacientes, com feridas tissulares
crônicas, atendidos pela equipe de enfermagem
no ambulatório de lesões cutâneas do Hospital
Anchieta, Taguatinga - DF, durante o período de
Agosto de 2015 á outubro de 2015. Após
autorização formal da instituição para a realização
do estudo, foi encaminhado o projeto ao Comitê
de Ética da ICESP (Instituto cientifico de ensino
superior e pesquisa - ICESP) para apreciação. Foi
aprovado em Julho de 2015 pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da Faculdade com o CEP/ICESP nº40537815.70005141.Uma vez aprovado
o projeto pelo Comitê de Ética, foi agendada com
o enfermeiro do ambulatório a data para a coleta
dos dados.
Critérios Éticos: Foi garantido a todos os
pacientes seu anonimato e a inexistência de
qualquer ônus financeiro ao paciente e a
instituição. Por se tratar de um estudo através de
levantamento de dados de prontuários e evolução
de enfermagem, os riscos referentes ao trabalho
são mínimos. Não está sendo confeccionando o
termo de consentimento livre e esclarecido
(TCLE), por se tratar de um estudo retrospectivo
de análise de prontuários, pois o estudo tem
enfoque nos dados como um todo e não
individualmente, sendo solicitada a dispensa do
termo de consentimento livre e esclarecido. Além
disso, garantiu-se o sigilo acerca de qualquer
informação coletada que pudesse identificar os
pacientes e foram assegurados os aspectos éticos
conforme a Resolução do Conselho Nacional de
Saúde (CNS) 196 de 1996. Ressaltando ainda que
todos os resultados obtidos serão utilizados para
fins de pesquisa.
Procedimentos do estudo: A coleta de dados foi
realizada pelos próprios pesquisadores, baseada
na leitura de prontuários médicos, evolução de
enfermagem, na interpretação de exames
complementares. Excetuando-se a observação
direta, e todas as outras técnicas utilizadas foram
trabalhadas por meio do auxílio de impresso
(protocolo de prevenção e tratamento de lesões
cutâneas e escala de Braden)
A Escala de Braden integra seis subescalas:
percepção sensorial, atividade, mobilidade,
umidade, nutrição, fricção ou cisalhamento. Essas
escalas são pontuadas de um a quatro, exceto
fricção ou cisalhamento, cuja medida varia de um
a três. O escore total pode variar de 6 a 23 pontos,
sendo os pacientes classificados da seguinte
forma: risco muito alto (escores ≤ 9), risco alto
(escores de 15 a 18 pontos) e sem risco (escores
≥ 19). (SERPA LF et al.,2011).
Segundo ROGENSKI e KURCGANT e
SILVA et al,2010) recomenda-se o uso da escala
para auxiliar o profissional a identificar os
pacientes de risco já na admissão, norteando a
adoção das medidas preventivas no cuidado. A
mensuração tem como objetivo apresentar o risco
do paciente de desenvolver ulcera por pressão UP e fornece subsídios para a elaboração do
diagnóstico de enfermagem de risco da
integridade da pele, o que pode reduzir a
incidência dessas lesões em até 50% dos casos.
O instrumento de coleta de dados era
preenchido e atualizado após o enfermeiro realizar
a revisão do prontuário do paciente. Este
instrumento, contendo itens relativos ao perfil
epidemiológico, clínico e à ferida (presença de
patologias, aspectos clínicos, características da
lesão e tratamento), foi baseado em um
instrumento validado, utilizado por (MACIEL, 2008)
em sua pesquisa e adequando á realidade da
instituição estudada. A clientela é encaminhada
para ambulatório de lesões cutâneas, através do
serviço de triagem do pronto socorro, e realizada
uma consulta pela equipe médica (Clínica e
Cirúrgica), caso haja necessidade de curativos, é
solicitado um parecer para o enfermeiro
especialista em curativos. Os pacientes são
acompanhados pelo enfermeiro do ambulatório, a
cada cinco curativos, devem retornar ao pronto
socorro para reavaliação medica e liberação dos
demais.
Neste ambulatório, são realizadas em média 120
marcações de consultas de enfermagem mensais.
Este se destina a realizar avaliação e
procedimentos de curativos seriados, em lesões
pós-cirúrgicas, traumáticas, queimaduras e feridas
crônicas, que apresentem complicações ou
resistências ao processo de cicatrização. O
hospital foi escolhido por ser considerado
referência em gestão de saúde. A consulta de
enfermagem neste setor tem por objetivo trazer ao
indivíduo o restabelecimento de sua condição de
saúde, o conhecimento sobre sua doença,
orientações para o autocuidado e o apoio
emocional e informativo à família, buscando ainda
a melhoria da qualidade de vida do mesmo.
Critérios de Inclusão: Os critérios para a seleção
da amostra foram: a) ter idade igual ou superior a
18 anos; b) ser portador de ferida tissular crônica;
c) não possuir doença psiquiátrica ou amnésia
senil, que dificultem a compreensão da prescrição
de enfermagem para realização do curativo.
Análise Estatística: Os dados coletados foram
organizados em tabelas, analisados através do
software Excel 2007 para Windows. Também
foram confeccionados tabelas e gráficos para a
evidência dos resultados.
Resultados
Para a realização desta pesquisa foram
utilizados os prontuários dos pacientes admitidos
no ambulatório de Lesões cutâneas entre o
período de agosto à outubro do ano de 2015.
Todos estes clientes foram atendidos por algum
dos membros da equipe de enfermeiros que
trabalha no ambulatório.
A Tabela 1 mostra os dados obtidos em relação às
variáveis sexos e idade.
O estudo mostrou que apesar de pequena, houve
predominância do sexo feminino (56,7%). Em
relação à idade o ambulatório atendeu no período
estimado para o estudo pessoas com idade entre
40 e 99 anos de idade, tendo uma média de 74,5.
A Tabela 2 nos mostra os dados obtidos em
relação às variáveis doenças de base e tipo de
tecido.
Com relação à doença de base houve um grande
número (36,7%), de pessoas com diabetes tipo ll e
cardiopatias (15,0%), e houve 6,7% de doenças
de base não especificadas. Quanto à variável tipo
de tecido foi verificado que a maioria tem
apresentado tecido de epitelização (33,3%), e
houve 13,3 com tecido necrótico.
Tabela 1 – Caracterização dos portadores de
lesões crônicas segundo características sóciodemográficas. DF, 2015.
Sexo
Idade (anos)
Variáveis
Masculino
Feminino
Total
40- 59
60-69
70-79
80-99
Total
N
26
34
60
8
15
28
9
60
%
43,3
56,7
100,0
13,3
25,0
46,7
15,0
100,0
Dos dados obtidos referentes à variável doença de base, 16 (26,7) pacientes apresentaram
associadas duas patologias (hipertensão e diabetes tipo ll), sendo que não houve incidência de HIV
como doença de base. Vale ressaltar que apenas
dois pacientes atendidos no ambulatório no período estipulado para a realização do estudo apresentaram tecidos com fibrina, o que corresponde a
3,3% dos pacientes.
Tabela 2 - Distribuição das características
clínicas de portadores de feridas crônicas. DF,
2015.
Figura 1: Localização das lesões crônicas segundo as regiões do corpo. DF, 2015.
8%
5% 0%
0%
Membro
Superior
87%
N
6
9
3
22
4
0
16
%
10,0
15,0
5,0
36,7
6,7
0,0
26,7
Tecido (Leito da ferida)
Granulação
Necrótico
Fibrina
Epitelização
Esfacelo
Granulação + Esfacelo
N
9
8
2
20
15
6
%
15
13,3
3,3
33,3
25
10,0
A figura 1 trata-se da localização das lesões
crônicas de acordo com as regiões do corpo. A
maioria (87%) dos indivíduos possui a lesão nos
membros inferiores. Ainda referentes aos dados
observa-se que não houve superveniência de
lesões cutâneas nas regiões cabeça e pescoço.
A figura 2 nos mostra a classificação das lesões
segundo a sua etiologia
Tronco
Cabeça
Quanto à etiologia das lesões, conforme
apresentado na figura 2, 42%, é de úlceras
diabéticas. Neste estudo, o segundo maior valor é
atribuído à úlcera venosa (34%). Verifica-se que
na variável tipo de úlcera 93% dos pacientes
portadores de feridas tiveram o tipo de úlcera
especificado e 7% não tiveram o tipo de úlcera
especificado.
Figura 2: Classificação das lesões segundo a
sua etiologia. DF, 2015.
Lesão
Traumática
7% 1%
Doenças de Base
Hipertensão
Cardiopatia
Câncer
Diabetes Tipo ll
Não especificada
HIV
Hipertensão + Diabetes ll
Membro
Inferior
34%
42%
Ulcera
diabética
Ulcera
isquêmica
7%
2% 7%
Ulcera
Neuropática
Quanto aos sintomas referidos pelos entrevistados, consoante apresentado a figura 3, a dor foi o
mais prevalente, caracterizada pelo uso da escala
numérica (EN) (0 a 10 pontos). De acordo com a
pontuação atribuída pelo paciente, a dor foi classificada em dor intensa (33%), e leve (17%).
Figura 3 - Características da intensidade da dor
(EN de 0 a 10 pontos), de portadores de feridas
crônicas. DF, 2015.
Discussão
O ambulatório onde foi realizado o estudo é
destinado a realizar avaliação e procedimentos de
curativos seriados, em lesões pós-cirúrgicas,
traumáticas, queimaduras e feridas crônicas, isso
é, portadores de algum tipo de ferida.
O estudo revelou que no ambulatório de
lesões cutâneas a mediana da idade dos
pacientes que foram admitidos no período em que
foi realizado o estudo é de 72 e a média é de 74,5.
Estudos realizados demonstraram que a idade dos
clientes atendidos em ambulatórios tem uma
média de idade de 70,5 (SANTOS, 2005).
Houve uma preponderância, do sexo feminino
embora a diferença não tenha sido muito grande.
Assim fica claro que as lesões cutâneas crônicas
acometem pessoas de ambos os sexos e, são por
isso um problema de saúde pública que exige
medidas que cingem tanto os homens quanto as
mulheres.Os resultados encontrados não se
diferenciam dos de outros estudos, onde também
houve uma prevalência do sexo feminino (DIAS,
2006).
Um maior número de indivíduos com úlcera
crônica possui uma idade avançada, pode estar
associado ao fato de que alterações provenientes
da idade e de complicações de doenças crônicas
serem os principais responsáveis pelo seu surgimento e agravamento de lesões na pele. (BORGES, 2007). Dentre estas alterações estão à redução da espessura da epiderme, redução da elasticidade dérmica pela diminuição do número de
fibroblastos, o que modifica as fibras de colágeno
e elastina, redução dos vasos sanguíneos e fibras
nervosas (BRANDÃO, 2006).
Já que muitas destas feridas possuem como
fator iniciante doenças de base crônicas, esta
também foi um perfil abordado. Neste sentido,
26,7% da clientela possui Diabetes Mellitus associado à Hipertensão Arterial Sistêmica, portanto,
há clientes que tem mais de uma doença base,
36,7% deles apresentavam Diabetes Mellitus, um
dado que contraria a literatura, pois algumas fontes falam que a maioria dos pacientes eram hipertensos (DIAS, F.M.;et al,2007). Sendo que 15,0%
associado á alguma cardiopatia. 6,7 % da amostra
estudada apresentavam com a doença de base
sem classificação, é porque não havia nada escrito
no prontuário destes clientes.
A associação entre a doença crônica, agravamento da ferida e do estado geral do paciente
pode culminar em danos maiores como a amputação de um membro ou até mesmo a morte. Junto
a isso, a gravidade das lesões, a ausência dos
dois pulsos distais e as idades superiores a 60
anos são consideradas fatores predisponentes
para a realização de amputações em doentes com
pés diabéticos, sendo esta, uma das principais
conseqüências do diabetes mellitus e das ulcerações nos pés (NUNES et al., 2006) Aproximadamente 85% dos diabéticos que apresentam feridas
crônicas nos pés evoluem para amputação e, des-
tes, metade sofrerá nova amputação em dois a
três anos (OLIVEIRA,2008).
Em referência ao tempo volvido, desde o
surgimento da lesão, observou se que o maior
número de feridas já tinha um tempo de evolução
superior a 1 ano e inferior a 3 anos, com 35% dos
casos; passando posteriormente entre os 4 meses.
Um longo tempo decorrido desde o surgimento da
ferida é de se pressupor, já que as lesões crônicas
ocorrem num tempo prolongado e demoram mais
tempo que o habitual para cicatrizar, devido às
condições preexistentes como pressão, diabetes,
má circulação, estado nutricional precário
imunodeficiência ou infecção. Além dos fatores
mencionados, a evasão e a freqüente interrupção
da terapêutica acarretam no aumento de
permanência, além do mais, eleva os custos como
tratamento.
Segundo a tabela de honorários sugeridos
pelo do Conselho Federal de Enfermagem –
COFEN, o custo direto total do curativo constituiu
se de dois componentes: custo dos materiais
utilizados durante o procedimento e o valor de
mão
de
obra
por
procedimento,
independentemente ao tempo empregado em sua
execução, onde o custo médio total do curativo
limpo foi de R$32,50 e o custo médio total do
curativo infectado foi de R$45,54 (MATA PORTO,
& FIRMINO, 2011). Estes curativos, também
conhecidos
como
coberturas,
requerem
gerenciamento de custos pelos enfermeiros
responsáveis pelo cuidado das feridas, sejam
estes de instituições de saúde públicas, privadas
e/ou ensino. Este gerenciamento envolve gastos
com recursos humanos qualificados e gastos com
recursos materiais (BAPTISTA 2006).
A fase de reconstrução se caracteriza pelo
desenvolvimento de tecido de granulação, com
deposição da matriz extracelular, composto de
fibrina, colágeno e glicosaminoglicanos (MARTINS, 2008) Na Tabela 2, observa-se que 33,3 %
possuem tecido de epitelização, 15% de granulação, sendo que somente 3,3 % apresentaram tecido em fibrina.
Um aspecto relevante é apresentado na localização das lesões crônicas de acordo com as
regiões do corpo (figura 1). Preponderância (87%)
dos indivíduos possui a lesão nos membros inferiores. Do ponto de vista diagnóstico, a úlcera venosa faz parte do diagnóstico diferencial das úlceras crônicas dos membros inferiores, assim consideradas quando não cicatrizam dentro do período
de seis semanas. As demais causas de úlceras
crônicas nos membros inferiores são a insuficiência arterial, neuropatia, linfedema, artrite reumatóide, traumas, osteomielite crônica, anemia falciforme, vasculites, tumores cutâneos (carcinoma basocelulares e espinocelulares), doenças infecciosas crônicas (leishmaniose, tuberculose, etc).
(ABBADE, 2006).
Em relação à etiologia das lesões, em acordo com a (figura 2), 42% é de úlceras diabéticas.
Neste estudo, o segundo maior valor é atribuído à
úlcera venosa (34%), adverso a literatura, pois em
estudos revisados fala que as maiorias das úlceras
crônicas são classificadas como úlcera venosa,
justificado pelo grande número de pacientes hipertensos existentes no ambulatório (SANTOS, 2005;
LASSALA; MENEZES, 2005). A grande maioria
dos clientes hipertensos são também diabéticos.
Em alguns prontuários há relatos de que pessoas
diabéticas adquiriram a ferida após uma lesão
superficial que ao invés de melhorar, somente
piorou; o que é comum acontecer com pessoas
diabéticas, pois esta doença causa além de alterações metabólicas, complicações vasculares e
neuropáticas. (FIUSA; et al,2005).
A dor é uma das principais queixas de quem
tem uma lesão de continuidade na pele. Assim, é
comum que as pessoas que têm úlceras e freqüentam o ambulatório de feridas mencionem a
dor física. Isso, devido às modificações que ocorrem no organismo e são decorrentes de variações
das condições do estado da ferida e da vida de
cada pessoa durante o período entre uma visita e
outra ao ambulatório. (WAIDMAN., 2011)
Quanto às características da intensidade da dor, o
dado mais prevalente, e referido a 50% de dor
moderada, ante 17 % de dor leve, segundo (figura
03). Neste estudo, a classificação da dor, sendo
considerada a mais forte, chamada de dor intensa
(33%). Em uma pesquisa realizada com 40 idosos
de uma comunidade de Goiânia (GO), foi
identificada dor crônica em 25 idosos (62,5%),
sendo a intensidade da dor relatada como
insuportável (36%), leve (28%), moderada (20%) e
intensa (16%). (STIVAL, et al., 2012). Em outro
estudo, com 50 pacientes com UV atendidos no
ambulatório de angiologia, 88,0% dos pesquisados
queixavam dor e em 62,0% era intensa
(NOBREGA, 2009).
Conclusão:
A realização deste estudo permitiu que
fosse traçado o perfil da população atendida no
ambulatório de lesões cutâneas, segundo
variáveis preestabelecidas, relacionadas ao
indivíduo que apresenta lesão de etiologia crônica.
A pesquisa mostrou que no serviço de
saúde em questão, o retrato identificado
caracterizou se por indivíduos em sua maioria, do
sexo feminino (56,7%), com faixa etária entre 70 e
79 anos de idade (46,7%). Quanto às
características clínicas, referente às doenças de
base presentes nestes indivíduos, 36,7% deles
possuem diabetes mellitus, 26,7% diabetes
associado à hipertensão arterial sistêmica, e
15,0% cardiopatia; 87% com lesão nos membros
inferiores, sendo que 42% eram de úlceras
diabéticas e 34% de úlceras venosas; com um
tempo de evolução superior a um ano e inferior a
três anos, em 35% dos casos.
Em relação à variável tecidos constatou
predominância de 33,3 % epitelização, 15% de
granulação, sendo que somente 3,3% de fibrina.
Dos clientes atendidos, 50% caracterizavam a
intensidade da dor em moderado, enquanto 33%
classificavam em dor intensa.
É de suma importância que o profissional que lida
diretamente com o tratamento de lesões cutâneas
estejam embasados em conhecimentos e técnicas
que envolvem a realização do curativo, ao
processo de cicatrização e aos produtos utilizados,
assim como suas funções terapêuticas.
O levantamento do perfil dos pacientes deste
estudo foi importante para se fazer identificar as
informações existentes nos prontuários dos
clientes atendidos no ambulatório, que servem
como registro e fonte de consulta para
subsequentes pesquisas. O registro do histórico
de enfermagem permite obter uma percepção de
todos os aspectos do cliente (social, sistêmico,
clínico, espiritual, crenças...) o que auxilia para a
inserção de ações mais direcionadas e precisas ao
autocuidado e ao tratamento do cliente
repercutindo na melhora do seu estado geral e
assim diminuindo o tempo de cicatrização da
lesão, garantindo assim uma melhor qualidade de
vida aos usuários do serviço.
O enfermeiro em especial deve estar atento para
identificar a historia da ferida desses clientes, pois
é imprescindível conhecer todo processo de
cicatrização. Neste entendimento, o enfermeiro
pode concorrer na viabilização de políticas de
saúde direcionadas à prevenção e ao combate
dos agravos relacionados ao surgimento de
feridas crônicas; ajudando assim, na melhora da
qualidade de vida destes indivíduos, família e
comunidade.
Diante dos dados apresentados e todo o
conteúdo abordado sobre feridas crônicas, é de
suma importância que a equipe de enfermagem
esteja empenhada em realizar uma assistência de
qualidade em prol da melhoria do quadro dessas
feridas, assim como atentando para o gasto, que
dependendo
do procedimento, técnica e
conhecimento do profissional envolvido, poderá
ser elevado ou coerente para cada tipo de ferida.
Parte daí a importância de um profissional
qualificado e com visão clínica que possua um
papel indispensável no cuidado ao paciente com
ferida crônica.
Com a amplitude desse tema, acredita se
que esta pesquisa possa trazer subsídios para o
desenvolvimento de novos estudos em âmbito
nacional com o aumento da clientela estudada,
permitindo assim obter maior representatividade
do perfil desta população.
Agradecimentos:
Nossos agradecimentos ao Hospital Anchieta e ao
Instituto Anchieta de Ensino e Pesquisa - IAEP,
pelas facilidades oferecidas na coleta de dados, e
em especial ao Enfermeiro Guilherme Alves,pela
colaboração e disponibilidade no ambulatorio de
lesões cutâneas.À nossa orientadora Judith Trevisan por todo apoio, paciência e acolhimento durante a elaboração desse artigo.Aos pacientes
com feridas crônicas, instrumento vital deste estudo
não
teria
conseguido
sem
vocês.
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