MARCELO CARDOSO HIDROTERAPIA DIMINUI

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MARCELO CARDOSO
HIDROTERAPIA DIMINUI ATIVIDADE DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Tubarão, 2006
MARCELO CARDOSO
HIDROTERAPIA DIMINUI ATIVIDADE DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao curso de Fisioterapia com
o requisito a obtenção do grau de
Bacharel em Fisioterapia.
Orientador temático: Aderbal Silva Aguiar Júnior
Tubarão, 2006
DEDICATÓRIA
Aos meus amigos Caiano Fornasari e
Gustavo Zomer, que durante meus quatro
anos de faculdade foram as pessoas com
que convivi e aprendi a gostar. E a todos
que de alguma forma ou de outra puderam
contribuir para me ajudar na elaboração
deste trabalho.
AGRADECIMENTOS
Para que este trabalho possa ter sido
concluído,
várias
importantes
para
pessoas
a
sua
foram
conclusão.
Agradeço ao professor Aderbal Silva
Aguiar Júnior por ser o mentor principal,
minhas colegas Anaelisa Speck e Carolina
Mazucco que participaram juntas comigo
no projeto Fisiologia do Exercício e que
me ajudaram na coleta dos dados, e não
poderia deixar de citar a Carolini, que
sempre esteve comigo, nos bons e maus
momentos, alem de ser minha namorada
ela é a pessoa que mais amo nesta vida.
RESUMO
Espondilite Anquilosante (EA) trata-se de uma condição, não rara, e que afeta
principalmente adultos jovens do sexo masculino. Seu quadro completo se caracteriza por
anquilose das articulações sacro-ilíacas, artrite inflamatória das articulações sinoviais da
coluna, e ossificação dos ligamentos espinhais. Nosso objetivo geral vai medir evolução da
função e disfunção da EA e os objetivos específicos vão verificar as limitações funcionais,
atividade da doença e o escore global da doença em pacientes acometidos de EA. Foram
estudados 3 pacientes adultos com diagnóstico de EA em diferentes estágios da doença
diagnosticados de acordo com os critérios de Nova Iorque para EA. Os pacientes receberam
tratamento no projeto de extensão de fisiologia clínica do exercício, na piscina da Clínica
Escola de Fisioterapia da UNISUL. Através do questionário BASDAI pode se verificar o
índice de atividade da doença, onde o mesmo constatou que a progressividade da doença é
diminuída significativamente através do exercício físico em piscina. Desta forma se
estabilizarmos a atividade da doença estaremos evitando futuras complicações aos
pacientes acometidos de EA. A hidroterapia no tratamento da EA mantém a função destes
pacientes acometidos, pois a mesma pode ser controlada e mantida e diminui
significativamente a atividade da doença.
Palavras-chave: Espondilite, piscina, Fisioterapia.
ABSTRACT
Ankylosing Spondylitis is about a condition, not rare, and that it affects mainly adult young
of the masculine sex. Its complete picture if characterizes for anchylosis of the sacro-ilíacas
joints, inflammatory artrite of the sinoviais joints of the column, and ossificação of the
spinal ligaments. Our general objective goes to measure evolution of the function and
disfunção of the Ankylosing Spondylitis and the specific objectives go to verify the
functional limitations, activity of the illness and props up it global of the illness in
acometidy patients of Ankylosing Spondylitis. 3 adult patients with diagnosis of
Ankylosing Spondylitis in different periods of training of the illness had been studied
diagnosised in accordance with the criteria of New Iorque for Ankylosing Spondylitis.
patients had received treatment in the project from extension of clinical physiology of the
exercise, in the swimming pool of the Clinical School of Physioterapy of the UNISUL.
Through questionnaire BASDAI the index of activity of the illness can be verified, where
the same it evidenced that the progressive of the illness is diminished significantly through
the physical exercise in swimming pool. In such a way to stabilize the activity of the illness
we will be preventing future complications to the acometidy patients of Ankylosing
Spondylitis. The hidroterapy in the treatment of the Ankylosing Spondylitis keeps the
function of these acometidos patients, therefore the same one can controlled and be kept
and significantly diminishes the activity of the illness.
Key-words: Spondylitis, swimming, Physioterapy.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................8
2 ESPONDILITE ANQUILOSANTE...............................................................................10
2.1 Conceito..........................................................................................................................10
2.1.1 Etiologia ......................................................................................................................11
2.1.2 Diagnóstico ................................................................................................................12
2.1.3 Prognóstico...................................................................................................................13
2.1.4 Manifestações extra-articulares ...................................................................................14
2.1.5 Manifestções clinícas...................................................................................................15
2.1.6 Manifestações laboratoriais .........................................................................................16
2.2 Limitação na espondilite anquilosante........................................................................16
2.2.1 Limitação da rotação da coluna....................................................................................17
2.2.2 limitações cardiorrespiratórias ....................................................................................17
2.2.3 Limitações de atividades de vida diária.......................................................................17
2.3 Distúrbios funcionais....................................................................................................18
2.3.1 Função pulmonar..........................................................................................................18
2.4 Hidroterapia..................................................................................................................19
2.4.1 Efeitos fisiológicos ......................................................................................................19
2.4.2 Efeitos terapêuticos......................................................................................................20
2.4.2.1 Aumento do movimento articular.............................................................................20
2.4.2.2 Redução da sensibilidade à dor.................................................................................20
3 DELINEAMENTO DA PESQUISA...............................................................................22
3.1 Tipo de pesquisa............................................................................................................22
3.1.1 Quanto à abordagem....................................................................................................22
3.1.2 Quanto ao procedimento utilizado...............................................................................23
3.2 Amostra .........................................................................................................................23
3.3 Protocolo de treinamento.............................................................................................26
3.4a Instrumentos utilizados para coleta de dados..........................................................26
3.4b Procedimento utilizados para coleta de dados ........................................................28
3.4c Procedimentos..............................................................................................................28
3.5Tratamento dos dados....................................................................................................28
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS......................................................................39
5 CONCLUSÃO..................................................................................................................32
REFERÊNCIAS..................................................................................................................33
ANEXO................................................................................................................................35
APÊNDICE..........................................................................................................................37
1 INTRODUÇÃO
Espondilite Anquilosante (EA) trata-se de uma condição, não rara, e que afeta
principalmente adultos jovens do sexo masculino. Seu quadro completo se caracteriza por
anquilose das articulações sacro-ilíacas, artrite inflamatória das articulações sinoviais da
coluna, e ossificação dos ligamentos espinhais. Por vezes acomete as articulações
periféricas, e produz irite e aortite. Do ponto de vista clínico manifesta-se por dor e rigidez
na região lombar com imobilidade progressiva da espinha e algumas vezes doença
constitucional, perdendo assim a mobilidade dos músculos respiratórios, principalmente o
diafragma o qual é o principal músculo da respiração. Na EA os objetivos consistem no
alivio da dor, da inflamação, manutenção da postura e da função articular. O tratamento da
EA
envolve
medidas
educacionais
farmacológicas,
físicas
ou
reabilitacionais,
radioterápicas e cirúrgicas, ( GOLDING, 1984 ).
A EA é uma patologia severa que atinge as articulações, que dependendo da
articulação acometida provoca alterações posturais graves, com perda da mobilidade e pode
evoluir para a fixação das articulações ( anquilose ). Dependendo do grau de acometimento
da articulação pode haver uma diminuição da qualidade de vida do paciente e uma
diminuição global da funcionalidade.
Os pacientes acometidos de EA tem como queixa principal a diminuição de
atividades de vida diária, funções simples para algumas pessoas como amarrar sapatos são
impossíveis para acometidos graves de EA. A função destes pacientes são diminuídas
continuamente e progressivamente, desta maneira pode se dizer que ela diminui as
atividades de vida diária continuamente e progressivamente.
Diante do exposto pergunta-se quais são as principais alterações dos pacientes
com EA no que se diz respeito a função e atividade da doença?
A EA causa efeitos adversos em todo o sistema do nosso corpo, pois a
doença é progressiva e acumulativa. Um dos efeitos mais importantes causados pela EA
está na função destes pacientes, onde ocorre diminuição progressiva na função dos
mesmos..
Os pacientes mais acometidos não conseguem subir escadas, amarrar sapatos,
escovar os dentes e caminhar. Estes pacientes são gravemente atingidos pela doença,
desta maneira este estudo tem o propósito de demonstrar que o exercício poderá manter
a função destes pacientes e a atividade da doença diminuída.
O objetivo geral é medir evolução da função e disfunção da EA. Os objetivos
específicos são: BASFI verificar as limitações funcionais de pacientes com EA, segundo o
questionário adaptado ao português, BASDAI verificar atividade da doença em pacientes
com EA, segundo questionário adaptado ao português e BAS-G verificar o escore global da
doença, segundo questionário adaptado ao português.
2 ESPONDILITE ANQUILOSANTE
2.1 Espondilite anquilosante
De acordo com Salter (2001), espondilite anquilosante é uma forma de
espondiloartrite crônica e que se caracteriza-se por um comprometimento das articulações
sacroilíacas e vertebrais, podendo ocorrer ossificações nestas articulações.
Trata-se de uma condição, não rara, e que afeta principalmente adultos jovens do
sexo masculino. Seu quadro completo, se caracteriza por anquilose das
articulações sacro-ilíacas, artrite inflamatória das articulações sinoviais da
coluna, e ossificação dos ligamentos espinhais. Por vezes acomete as
articulações periféricas, e produz irite e aortite. (GOLDING, 1999, p. 125).
¨Doença de natureza inflamatória, que acomete mas a bacia e a coluna vertebral,
atingindo mais os indivíduos jovens do sexo masculino e levando a rigidez da coluna [...]¨.
(CRUZ, 1980, p. 267).
Salter (2001), relata que a entidade clínica espondilite anquilosante é uma forma
de espondiloartrite crônica soro-negativa que é caracterizada por acometimento progressivo
das articulações sacroilíacas e vertebrais com uma possível ossificação nestas articulações e
ao seu redor.
A espondilite anquilosante difere tanto da artrite reumatóide em relação a sua
imunogenética, idade de início, incidência de sexo, distribuição clínica, aspectos
radiográficos e resposta à terapia que é corretamente considerada uma doença
separada do tecido conjuntivo mais do que uma expressão ou variante de doença
reumatóide. (SALTER, 2001, p. 245).
Para Moreira e Carvalho (2001), a EA é definida como uma doença
inflamatória crônica que acomete principalmente as articulações sacroilíacas, em graus
variáveis a coluna vertebral e com menor extensão as articulações periféricas.
2.1.1 Etiologia
Diante dos relatos de Salter (2001), a causa precisa é desconhecida, mas
ultimamente tem-se se relacionado a um fator genético, onde tem sido enfatizado pela
descoberta que 96% de caucasianos que sofrem de espondilite anquilosante são portadores
de um antígeno tissular herdado HLA-B27. Em algumas raças onde o HLA-B27 é
extremamente raro, a espondilite anquilosante também é rara.
Para Golnding (1999), a espondilite anquilosante acomete de 6 para cada 1000
adultos do sexo masculino. A maior freqüência é entre os 15 e 40 anos, mas pode ocorrer
em qualquer idade. A proporção entre homens e mulheres é de 5:1.
“Foi encontrada alta incidência de infecções prostáticas na espondilite
anquilosante quando comparadas ao controle [...].” (GOLDING, 1999, p. 126).
Do ponto de vista etiopatogênico Cruz (1980), admite que fatores precipitantes
como a colite ulcerativa ou outras doenças associadas, como infecções genitais ou até
mesmo traumatismos e exposição a condições climáticas desfavoráveis possam precipitar o
aparecimento de EA em indivíduos geneticamente predispostos, marcados com o HLAB27. Desta maneira acredita-se que a doença possa ser perpetuada por um mecanismo
imunológico não identificado.
Devido à notável associação ao HLA-B27, acredita-se que a EA ocorre em
conseqüência a uma resposta imunológica, geneticamente determinada, a algum
fator ambiental. Embora o HLA-B27 seja encontrado em cerca de 80 a 98% dos
pacientes caucasianos portadores de EA, acredita-se que outros fatores,
relacionados ou não com os antígenos leucocitários humanos, tenham
participação na suscentibilidade individual à enfermidade. (MOREIRA;
CARVALHO, 2001, p. 405).
Sato (2004), diz que alguns agentes infecciosos, assim como a Klebsiella
pneumoniae foram relacionados a EA. Ele acredita que a doença vem a ser considerada o
estágio final de múltiplos episódios de artrite reativa à bactéria. Assim a base desta história
é a reação cruzada da bactéria com o HLA-B27.
2.1.2 Diagnóstico
Para Cruz (1980), o diagnóstico da espondilite anquilosante é baseado
fundamentalmente em: sintomatologia clínica, alterações radiológicas e a determinação do
HLA-B27. Relata ainda que nos quadros clínicos bem desenvolvidos o diagnóstico se torna
fácil firma-se, e nos atípicos é que surgem as dificuldades.
¨A doença deverá ser suspeitada em todo indivíduo do sexo masculino, jovem e
com dores lombares que piorem pela madrugada. Ou em todo indivíduo jovem com
talalgia, esternalgia ou uveíte anterior aguda, sem causa definida, principalmente se for do
sexo masculino¨[...] ( CRUZ, 1980, p. 284).
De acordo com Golding (1999), afirmou que o diagnóstico é descrito com
movimentos lombares limitados, dor na coluna lombar e toracolombar e expansão torácica
diminuída.
“O paciente, geralmente uma pessoa jovem, experimenta inicialmente uma dor
lombar, de início gradual, que se agrava por movimentos súbitos, mas não é aliviada por
repouso [...].” (SALTER 2001, p. 246).
Snider (2000) diz que o antígeno HLA-B27 está presente em 90% dos pacientes
com espondilite anquilosante, além de resultados negativos para o fator reumatóide (FR) e
anticorpo antinuclear (AAN). O teste para o HLA é utilizado para para confirmar os
diagnósticos clínicos e radiológicos. Na espondilite anquilosante, a velocidade de
sedimentação dos eritrócidos (VSE) vem a ser habitualmente normal ou levemente elevada,
a menos que a moléstia seja altamente sintomática.
O exame radiográfico nos estágios iniciais revela estreitamento do espaço
cartilaginoso sacroilíaco e esclerose subcondral. Uma cintigrafia óssea, embora
não específica, pode ser positiva mesmo num estágio mais inicial.
Eventualmente essas articulações podem ossificar. Mais tarde a ossificação do
anel fibroso das sínfises intervertebrais produz a imagem radiográfica clássica de
coluna de bambu. E estágios tardios, um tipo de osteoporose de desuso poderá
aparecer e levar a fraturas patológicas de compressão com um aumento da
deformidade da coluna resultante. (SALTER, 2001, p. 247).
2.1.3 Prognóstico
Para Cruz (1980), o prognóstico de um portador de EA deve ser encarado com
cautela, uma vez que a doença em qualquer estágio de sua evolução poderá sem razão até
então inexplicáveis estabilizar. Cruz ressalta que estas evoluções poderão dar-se por surtos
intercalados por períodos assintomáticos ou continuamente, embora quase que sempre com
oscilações.
Parece que a espondilite anquilosante não altera, de modo significativo a
expectativa de vida, mas é certo que a capacidade funcional do paciente reduz
gradativamente. Quando ocorre incapacidade, geralmente a rigidez dos quadris é
o fator preponderante. De um modo geral, as formas escandinavas acarretam
maior incapacidade, em sua maior parte relacionada com o acometimento
coxofemural [...] ( CRUZ, 1980, p. 287).
O prognóstico de acordo com Golding (1999), dos pacientes com EA é de
evolução gradual, com rara progressão descontrolada da doença. Alguns pacientes referem
pouca dor ou rigidez da coluna, outros relatam dor intensa, com comprometimento de suas
capacidades.
Com relação ao prognótico funcional Cruz (1980), relata que são decisivas
algumas complicações que venham a ocorrer, mas que dependem de fatores como: idade ao
início da doença, sexo, constipação, acometimento periférico e visceral.
¨A doença apresenta um curso clínico variável com exacerbações e remissões,
sendo geralmente favorável [...]¨. (SATO, 2004, p. 254).
Relata Sato (2004), que a pessoa pode permanecer ativa por muitos anos mesmo
que provavelmente não reduza a expectativa de vida, podendo desta forma determinar
incapacidade funcional grave, comprometimento da qualidade de vida e incapacidade para
o trabalho.
2.1.4 Manifestações extra-articulares
¨Apesar da predisposição pelo acometimento articular, a EA é uma doença
sistematizada [...].¨ (MOREIRA; CARVALHO, 2001 p. 407).
Relatou Golding (1999), que as manifestações extra-articulações de maior
acometimento é atrofia dos músculos, dilatação do anel aórtico e insuficiência, fibrose
pulmonar que é rara, mas acomete principalmente os lobos superiores, que inicia com
pneumonia irregular e leva a fibrose alveolar.
De acordo com Moreira e Carvalho (2001), os olhos são afetados em cerca de
20 a 30% dos pacientes, ocorrendo assim uma uveíte anterior aguda, não-granulomatosa,
unilateral e recidivante.
¨As manifestações cardiorespiratórias mais observadas são os distúrbios de
condução do ritmo cardíaco, insuficiência aortica, pericardite, miocardite e uma fibrose
pulmonar apical [...]”. (MOREIRA; CARVALHO, 2001 p. 408).
¨No aparelho genitourinário, a manifestação mais comum é a prostatite,
representada clinicamente por uma piúria estéril [...]”.(MOREIRA; CARVALHO, 2001 p.
408).
¨A sindrome de cauda eqüina é complicação rara, possivelmente secundária a
uma aracnoidite, e se traduz por um quadro insidioso de dor nas nádegas e nas faces
internas das coxas e pernas [...].¨ (MOREIRA; CARVALHO, 2001 p. 409).
As manifestações viscerais que acometem na EA, particularmente
cardiorrespiratórias e neurológicas, embora possam preceder as manifestações
clinicas articulares, geralmente ocorrem em fases evolutivas subseqüentes, e o
perfeito controle da doença articular não tem relação com o aparecimento e a
gravidade das articulações viscerais [...].¨ (MOREIRA; CARVALHO, 2001 p.
409).
2.1.5 Manifestções clinícas
Para Cruz (1980), o quadro clínico de um portador de EA é altamente
característio, mas o quadro visto à época do exame possui grandes variações. Os sintomas
são dependentes da intensidade do processo, da rapidez de sua evolução e do estágio
evolutivo em que ele se encontrar. A doença pode ser leve, de intensidade moderada ou
grave. A sua localização pode ser na coluna ou em um de seus segmentos, nas articulações
periféricas ou até mesmo fora do aparelho locomotor. Sua moléstia inicia-se geralmente
pelas articulações sacroilíacas mas podem iniciar em qualquer segmento da coluna. Cruz
afirma ainda que é possível em casos raros que a doença se manifeste inicialmente nos
segmentos superiores e se expanda no sentido caudal.
A queixa principal pode ser dor ou limitação de movimentos. A dor pode situarse em uma ou várias das estruturas. A limitação de movimentos pode ser referida
em algum segmento da coluna ou em articulações periféricas, mais
especialmente ao nível das coxofemurais, onde pode se verificar dificuldade para
correr, agachar-se ou subir escadas ou rampas. ( CRUZ, 1980, p. 27).
¨De acordo com Moreira e Carvalho (2001) a progressão da doença é de forma
ascedente na coluna vertebral, e na coluna torácica poderá ocorrer além da dor redução da
expansibilidade e aumento da cifose [...].¨ (MOREIRA; CARVALHO, 2001, p. 406).
Snider (2000), relata que é comum ocorrerem dores nas articulações da coluna
vertebral e sacroilíaca. Diz ainda que é comum a entesopatia, ou dor e sensibilidade na
inserção dos ligamentos e tendões ao osso. A queixa mais comum é a rigidez matinal, onde
os pacientes acometidos precisam de pelo menos 30 minutos para se aquecerem.
¨ A rigidez matinal da coluna persiste durante todo o dia e, em contraste com a
dor lombar mecânica, a dor da espondilite anquilosante melhora com o exercício físico[...].¨
(SALTER, 2001, p. 246).
Pode ocorrer, no início da doença, dor nos calcanhares (talalgia), sendo algumas
vezes, o primeiro sintoma, podendo ter caráter uni ou bilateralidade. A talalgia
causa mais transtorno ao paciente porque interfere diretamente com a marcha,
limitando-a, pois que se acentua durante a deambulação. A palpação do
calcanhar há pontos determinador de dor, que tanto podem situar-se na
superfície plantar como nas áreas posteriores. ( CRUZ, 1980, p. 272).
Para Moreira e Carvalho (2001) as complicações mais comum do envolvimento
vertebral costumam a ser subluxação, deformidades vertebrais e fraturas sedentárias a
osteoporose.
2.1.6 Manifestações laboratoriais
Para Moreira e Carvalho (2001), os achados laboratoriais na EA são
inespecíficos e consistem de alterações que são comuns às doenças crônicas.
¨Podem ocorrer anemia normocitica e normocrômica ou hipocrômica,
leucocitose leve, aumento de hemossedimentação e de proteína C reativa e elevações de
fosfatase alcalina e de IgA [...].¨ (MOREIRA; CARVALHO, 2001, p. 409).
2.2 Limitação na espondilite anquilosante
Para Cruz (1980), a limitação de movimentos é vista como a queixa principal
dos pacientes acometidos com esponilite anquilosante. Relata ainda que a limitação não é
somente percebida em alguns segmento da coluna, mas também em articulações periféricas.
Moreira e Carvalho (2001), dizem que a limitação mais comum é nas grandes
articulações, tais como coxofemorais, joelhos, ombros, tornozelos e metatarsofalangeanas,
mas podem ocorrer eventualmente em qualquer articulação.
2.2.1 Limitação da rotação da coluna
Nos revela Cruz (1980), que um indivíduo normal é capaz de girar ao longo do
eixo do corpo cerca de 70º, sendo que a coluna lombar é responsável por 10º, desta maneira
vimos que pacientes acometidos de espondilite anquilosante são incapazes de girar.
O acometimento da coluna dorsal é associado com o acometimento já referido
das articulações costovertebrais e costotransversais. Isso leva, naturalmente, à
perda de movimentos nessas articulações e o tórax se enrijece, gradualmente. (
CRUZ, 1980, p. 276).
¨Em um paciente com espondilite anquilosante e comprometimento cervical a
rotação parcial entre o epistrofeu e o atlas é preservada por um longo período [...].¨
(CRUZ, 1980, p. 276).
Para Sato (2004), a distância occipito-parede, com o paciente em posição ereta e
posicionado com o dorso na parede, observa-se o afastamento do occipito em relação à
parede, demonstrando assim a limitação cervical adquirida gradativamente com o progredir
da doença.
2.2.2 limitações cardiorrespiratórias
Moreira e Carvalho (2001), ressaltam que as limitações cardiorrespiratórias são
vistos distúrbios de condução do ritmo cardíaco, insuficiência aortica, pericardite,
miocardite e fibrose pulmonar que com o desenlaçar da doença passa a ser bilateral.
¨O risco de insuficiência aortica aumenta com a idade, duração da doença e
presença de artrite periférica em outra localização além de ombro e quadril [...].
Podem ocorrer ainda problemas ventilatórios decorrentes da restrição à
movimentação da parede torácica causada pela inflamação das articulações e
junções do tórax [...]¨. (SATO, 2004, p. 251).
2.2.3 Limitações de atividades de vida diária
Hagen (2005), realizou um estudo com 152 pacientes, e revela que existe uma
barreira na atividades de vida diárias de portadores de espondilite anquilosante, pois
acabam que por limitar as atividades sociais destes indivíduos.
2.3 Distúrbios funcionais
Outros distúrbios funcionais na espondilite anquilosante avançada foram bem
descritos por Pierre Marie (1898), ¨Para levantar os pacientes... mantém os joelhos
algo flexionados. Na verdade sem esse expediente, o tronco inclina-se
notavelmente para a frente; como resultado dos quadris encurvados e fixos jogaria
o paciente para cima...a flexão das articulações do joelho previne isso; e é
compensada pela flexão dos quadris. Como resultado esses pacientes, em pé
lembram a letra Z. quando eles necessitam permanecer nessa posição por algum
tempo, são forçados a fazer uso de uma bengala... Na cama, não podem deitar
como gostariam, pois se deitarem de maneira plana com suas costas, a coluna
flexionada fixa tenderia a erguer para cima a pelve e os membros inferiores.
A única posição na qual o paciente consegue dormir é de lado... O caminhar
depende dos movimentos das articulações do joelho e do tornozelo, e os pacientes
paracem bonecos de madeira¨. (GOLDING, 1999, p. 128).
System (2002), realizou um estudo com 241 pacientes portadores de EA para
saber os custos a mais que esses pacientes obtinham. Sendo custos diretos: hospitalizações,
testes de diagnóstico, medicamentos, etc. Indiretos eram os dias de trabalho perdido. Os
custos indiretos resultaram em 73, 6% e os diretos 26,4%, sendo que apenas 95 dos
pacientes (33%) contribuíram aos indiretos. Assim conclui-se que a inaptidão funcional é o
agravante de custos totais, desta maneira intervenções fisioterápicas que ajudem ou
melhorem as habilidades funcionais diminuem os custos.
2.3.1 Função pulmonar
De acordo com Sahin et al (2004), a função pulmonar é alterada principalmente
pela restrição da caixa torácica, pois a mesma sofre um limitação no momento em que vai
se expandir, mas revela em seu estudo que se houver manutenção de atividade física diária
a função pulmonar pode ser mantida.
2.4 Hidroterapia
Para Ruoti e colaboradores (2000), a água começou a ser usada como meio de
cura há muitos séculos e a partir de 1890 a reabilitação aquática passou de uma modalidade
passiva para uma em que envolvia a participação ativa do paciente.
Koury (2000), relata que a hidroterapia é benéfica quando se deseja pouca ou
nenhuma sustentação de peso, casos inflamatórios, dor, perda de função e limitação da
amplitude de movimento.
Campion (2000), diz que as atividades funcionais que são promovidas no solo
devem ser também na água por causa da flutuabilidade. Cita ele que existem varias
vantagens na água como alivio da dor, aumento da capacidade caridorespiratória, entre
outras.
2.4.1 Efeitos fisiológicos
De acordo com Ruoti e colaboradores (2000), uma simples imersão com a
cabeça fora da água aumenta a freqüência respiratória e melhora a taxa de
ventilação/perfusão dos pulmões. A força e resistência dos músculos ventilatórios podem
ser melhoradas com treinamento, o que pode ajudar a prevenir doenças respiratórias.
“À medida que a pele se torna aquecida, os vasos sanguíneos superficiais
dilatan-se e o supromento sanguíneo periférico é aumentado [...].” (SKINNER;
THOMSON, 1985, p.39).
Os efeitos fisiológicos do exercício na água são semelhantes aos do exercício em
terra, no seco. O suprimento sanguíneo aos músculos em funcionamento é
aumentado, calor é dissipado com cada alteração química ocorrendo durante a
contração, e a temperatura muscular se eleva. Há metabolismo aumentado nos
músculos de dióxido de carbono. Estas alterações aumentam as alterações
semelhantes suscitadas pelo calor da água, e ambas contribuem para os efeitos
finais. (SKINNER; THOMSON, 1985, p.41).
De acordo com Bates e Hanson (1998), o exercício em uma piscina aquecida é
uma modalidade de tratamento para uma imensa variedade de patologias. Os efeitos para
um paciente imerso em água aquecida, depende de sua postura e de qualquer elemento que
possa alterar o estado neutro do corpo. Os elementos que possam influenciar o estado
neutro do corpo incluem a temperatura da água, tempo de aula, intensidade de exercício e
por ultimo a condição patológica do paciente.
2.4.2 Efeitos terapêuticos
Bates e Hanson (1998), relatam que as modificações fisiológicas que ocorrem
durante a imersão em água aquecida, oferecem muitas vantagens a diversos tipos de
patologias.
2.4.2.1 Aumento do movimento articular
Diz Bates e Hanson (1998), que as propriedades físicas da água apresentam um
papel significante no movimento articular, pois podem melhorar ou manter o movimento
articular. As propriedades da água diminuem as compressões sobre as articulações
doloridas, e desta forma acabam que por ajudar na realização do movimento.
2.4.2.2 Redução da sensibilidade à dor
Para Bates e Hanson (1998), na água aquecida os pacientes se sentem mais
confortáveis e acabam que por ter um alívios da dor. Relatam que a flutuação age contra a
gravidade e alivia o peso corporal, reduzindo assim a força de compressão sobre as
articulações.
A água providencia apoio para os membros lesionados, o que permite obter uma
posição confortável sem aumentar a dor. O ciclo da dor é interrompido. Os efeitos
estimulantes da água aquecida promovem o relaxamento dos músculos espásticos,
o que reduz o tensionamento muscular. A água aquecida distrai a dor,
bombardeando o sistema nervoso. O bombardeamento do estímulo sensorial viaja
através de fibras que são mais largas e mais rápidas e têm uma maior
condutividade que as fibras da dor. (KOURY, 2000).
Para Ruoti e colaboradores (2000), o objetivo final de qualquer tipo de
treinamento sendo ele na água ou não, tem por fins não somente boa saúde global, mas
funcionamento eficiente na vida diária.
3 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O delineamento da pesquisa, segundo GIL (1995, p. 70), “[...] refere-se ao
planejamento da mesma em sua dimensão mais ampla [...]”, ou seja, neste momento, o
investigador estabelece os meios técnicos da investigação, prevendo-se os instrumentos e os
procedimentos necessários utilizados para a coleta de dados. O delineamento também
considera o ambiente em que são coletado os dados e as formas de controle das variáveis
envolvidas. Considera ainda, que o delineamento de pesquisa ocupa-se do contraste entre a
teoria e os fatos e sua forma é a de uma estratégia ou plano geral que determine as
operações necessárias para fazê-lo.
3.1 Tipo de pesquisa
Este estudo pode ser classificado quanto:
•
ao procedimento: multi-caso
•
à abordagem: quantitativo
3.1.1 Quanto à abordagem
A pesquisa em estudo é quantitativa porque vai analisar números. Para Richardson
(1999) a pesquisa é quantitativa porque emprega técnicas estatísticas como média.
Para Almeida e Ribes (2000) a pesquisa quantitativa é aquela que utiliza
instrumentos de coleta de informações numéricas, medidas ou contatos, para fornecer
resultados probabilístico, numérico e estatístico.
3.1.2 Quanto ao procedimento utilizado
A pesquisa será do tipo multi-caso, que para Rauen (1999), é uma análise
profunda e exaustiva de um ou mais objetos de estudo de modo a permitir o seu amplo e
detalhado conhecimento. Tem como vantagens o estímulo a novas descobertas, a ênfase na
totalidade e na simplicidade dos procedimentos.
3.2 Amostra
Foram estudados 3 pacientes adultos com diagnóstico de EA em diferentes
estágios da doença diagnosticados de acordo com os critérios de Nova Iorque para EA. Os
pacientes estarão recebendo tratamento no projeto de extensão de fisiologia clínica do
exercício, na piscina da Clínica Escola de Fisioterapia da UNISUL.
A. Diagnóstico Clínico
1. Limitação da mobilidade lombar nos 3 planos: flexão, inclinação e
extensão.
2. História ou presença de dor na junção dorsolombar ou na coluna
lombar.
3. Limitação da expansibilidade
torácica para 1cm ou menos
no nível do 4º espaço
intercostal.
B. Graduação Radiográfica das Sacroilíacas
Grau 0 – Ausência de sacroileíte.
Grau 1 – Ausência de sacroileíte (pseudo-alargamento articular).
Grau 2 – sacroileíte leve (esclerose periarticular).
Grau 3 – sacroileíte moderada (erosão periarticular).
Grau 4 – sacroileíte grave (anquilose articular).
Espondilite Anquilosante Definida
Sacroileíte bilateral grau 3 ou 4, e no mínimo 1 critério clínico.
Sacroileíte unilateral grau 3 ou 4, ou sacroileíte bilateral grau 2 com
critério clínico 1 ou ambos critérios clínicos 2 e 3.
Espondilite Anquilosante Provável
Sacroileíte bilateral grau 3 ou 4, sem outro critério clínico.
Quadro 1 – Critérios de Nova Iorque para EA. Fonte : Meirelles, 1999
apud TAYLOR et al.
ID 1: 39 anos de idade, pesando 57Kg, medindo 1,74cm de altura, apresentando
índice de massa corporal (IMC) 0,19Kg/m², este paciente não teve dificuldades na
realização dos exercícios e dos testes, mas é possuir de um quadro instável da doença.
ID 2: 44 anos de idade, pesando 83Kg, medindo 1,53cm de altura, apresentando
IMC 0,34 Kg/m², este paciente apresentou dificuldades na realização dos exercícios
e
dos testes, pois possui um grande acometimento nas aticulações sacroilíacas e
coxofemorais.
ID 3: 47anos, pesando 80Kg, medindo 1,60cm de altura, apresentando IMC
0,31 Kg/m², este paciente não apresentou dificuldades na realização dos exercícios e dos
testes, apesar de possuir uma severa hipercifose.
3.3 Protocolo de treinamento
O programa de treinamento foi realizado numa piscina, com duração de 12
semanas e três atendimentos semanais com duração de uma hora. Os pacientes realizaram
alongamentos de membros superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII), exercício de
elevação de MMSS com auxílio de bastão, 3 vezes de 10 repetições cada, abdução de
MMSS com auxílio de bastão pequeno sendo 3 vezes de 10 repetições cada, exercícios de
subir e descer no step com caneleira de 1Kg em MMII, lúdico de arremesso de bola, com o
objetivo de hiperextender a coluna vertebral, deambulação subaquática durante 10min,
deambulação com caneleira de 1Kg, cada membro inferior com duração de 5 minutos
(min), deambulação lateral durante 5 min, deambulação de costas durante 5 min, e ao final
exercícios de rotação de tronco com auxílio do bastão, 3 vezes de 10 repetições para cada
lado.
3.4a Instrumentos utilizados para coleta de dados
Para coleta de dados será aplicado o índice de BATH, sendo um questionário
adaptado ao português por Aderbal Silva Aguiar Júnior. (Apêndice A).
O indíce de BATH providencia uma sinopse de:
(1) Índice Bath de Metrologia para Espondilite Anquilosante (EA) [Bath AS Metrology
Index (BASMI)], indicativo de limitação de movimento causada pela EA,
(2) Índice Bath Funcional para EA [Bath AS Functional Index (BASFI)], indicativo de
limitação de função causada pela EA,
(3) Índice Bath de Atividade da Doença EA [Bath AS Disease Activity Index (BASDAI)],
indicativo de disfunção causada pela EA, e o,
(4) Índice Bath de Escore Global do Paciente [Bath AS Patient Global Score (BAS-G)],
indicativo de severidade dos efeitos da EA na vida dos pacientes.
Todos quatro índices foram estudados quanto a critérios de habilidade, velocidade,
variabilidade, reprodutibilidade e sensibilidade.
3.4b Procedimento utilizados para coleta de dados
A coleta foi realizada nas dependências da Clínica Escola de Fisioterapia de
Tubarão. Conforme confirmado o diagnóstico clínico e radiológico de cada participante da
pesquisa através dos registros da instituição. Após a aprovação para execução da pesquisa,
inicia-se a coleta de dados, onde serão coletados pelo própria pesquisador, refletindo deste
modo maior fidedignidade ao estudo.
O primeiro contato com o participante foi para esclarecimento da pesquisa e
assinatura do termo de consentimento (Apêndice B).
Foram avaliados o pré e pós tratamento dos pacientes com EA que estarão
participando do projeto de pesquisa de fisiologia clínica do exercício, em ambiente
aquático.
3.4c Procedimentos
O questionário de BATH foi aplicado na avaliação dos apacientes com EA antes
e após o tratamento em piscina. Cada paciente recebeu um questionário e informações
sobre como deveria preencher devidamente o mesmo. Foi realizado 24hs antes do
tratamento e aplicado 48hs após o final do tratamento.
3.5Tratamento dos dados
Usamos de estatística descritiva, descrevendo as variáveis em média ± erro
padrão médio. O método estatístico utilizado foi o teste de distribuição de student pareado
(p<0,05).
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Tabela1. Efeitos do treinamento sobre índices de avaliação em portadores de EA. Os
valores estão expostos em média ± erro padrão médio.
Antes
Depois
BASMI 1
BASFI 1
BASDAI 1
BAS-G 1
BATH 1
4,3 ± 2,2
5,9 ± 3,0
3,8 ± 1,3
5,0 ± 1,7
19,1 ± 7,8
4,7 ± 2,4
NS
5,3 ± 2,9
NS
3,5 ± 1,3
S
2,7 ± 0,9
NS
16,2 ± 7,4
NS
1. valores adimensionais
O resultado no BASMI antes foi de 4,3 ± 2,2 e depois de 4,7 ± 2,4 sendo o
valor não significante. O BASFI antes foi de 5,9 ± 3,0 e depois 5,3 ± 2,9 sendo o valor não
significante. O BASDAI antes foi de 3,8 ± 1,3 e depois 3,5 ± 1,3 sendo o valor significante.
O BAS-G antes foi de 5,0 ± 1,7 e depois de 2,7 ± 0,9 sendo o valor não significante. O
BATH antes do treinamento foi de 12 semanas de exercícios 19,1 ± 7,8 e depois de 16,2 ±
7,4 sendo o valor não significante (p<0,05).
Para Ward MM (2005), queixa principal de pacientes com EA é a limitação de
movimentos. A dor pode se situar em uma ou várias articulações causando desta maneira a
limitação. A limitação de movimentos pode ser referida em algum segmento da coluna ou
em articulações periféricas.
No questionário de BATH, o índice mais alto de BASMI indica uma limitação
de movimento ainda maior. Descrevendo as variáveis em média ± erro padrão médio, o
projeto fisiologia de exercício mostrou que através do exercício em água foi possível
manter os movimentos já existentes nestes pacientes, pois a EA é patologia degenerativa.
Seckin (2000), afirma que a função de pacientes com EA é alterada, ocorrendo
desta maneira uma limitação em suas atividades de vida diária. Seu estudo mostra que a
tolerância ao exercício é semelhante em acometidos de EA e não acometidos. Isto porque a
tolerância ao exercício não é influenciada pela limitação de movimentos do paciente, e sim
pela manutenção de atividade física. moderada associada a um estilo de vida ativa.
Analisando as variáveis do BASFI, que foram medidas em graus variáveis o
índice funcional de cada paciente e mostra como resultados a inaptidão, chega-se ao
resultado de que a função em pacientes com EA pode ser controlada e mantida. Avaliando
os resultados antes e após o tratamento hidroterápico não houve ganhos e nem perdas, ou
seja, a função pode ser mantida. Para isso basta apenas que os pacientes continuem se
exercitando e que tenham em suas atividades de vida diária um estilo de vida mais ativo.
De acordo com Muhammad, Davis e Reveille (2005), a EA é uma doença
inflamatória, dolorosa, crônica e progressiva que afeta as articulações e ligamentos que
normalmente permitem uma pessoa flexionar e extender. Com o passar do tempo as
vértebras de uma pessoa podem fundir e causar perda completa de movimentos.
Com o questionário BASDAI pode se verificar o índice de atividade da
doença, onde o mesmo constatou que a progressividade da doença é
diminuída
significativamente através do exercício físico em piscina. Desta forma se estabilizarmos a
atividade da doença estaremos evitando futuras complicações aos pacientes acometidos de
EA.
Gráfico mostrando que o treinamento na água pode diminuir atividade
da doença.
De acordo com Rudwalelt (2006), a dor em pacientes com espondilite
anquilosante é um dos sintomas mais comuns, especialmente em sacroilíacas. Associa-se a
rigidez matinal quando for mais intensa e duradoura a atividade da doença. Relatam que no
inicio os pacientes irão apresentar quadros de piora e melhora, podendo desta maneira ficar
livre dos sintomas por dias ou até meses.
O BAS-G nos informa de um modo geral como os pacientes estiveram nos
últimos meses, e nos mostra os efeitos da espondilite anquilosante através de um escore
global. Quando a atividade da doença estiver agindo de forma ativa, ou seja, a meses,
iremos saber isto com o BAS-G, pois os pacientes estarão apresentando sintomas que nos
permitirão identificar a atividade da doença e sua limitação funcional.. Mas ele também nos
permitirá visualizar há quanto tempo o paciente esta sem os sintomas da doença. Nos
pacientes atendidos no projeto de fisiologia do exercício o BAS-G não demonstrou valor
significante.
5 CONCLUSÃO
● A hidroterapia no tratamento da EA mantém a função destes pacientes
acometidos, pois a mesma pode ser controlada e mantida.
● O exercício físico em piscina diminui significativamente a atividade da
doença.
● Analisando o escore global da doença através do BAS-G, não foi encontrado
nenhuma alteração significante, pois os resultados se mantiveram antes e após o tratamento
hidroterápico.
Sugestão: aumentar volume do tratamento.
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APÊNDICE
ÍNDICE BATH
ÍNDICE BATH
Março 2004
NASS – National Ankylosing Spondylitis Society
Versão no idioma português e adaptações de Aderbal Silva Aguiar Júnior
Introdução
Este trabalho providencia uma sinopse do:
(1) Índice Bath de Metrologia para Espondilite Anquilosante (EA) [Bath AS
Metrology Index (BASMI)], indicativo de limitação de movimento causada
pela EA,
(2) Índice Bath Funcional para EA [Bath AS Functional Index (BASFI)],
indicativo de limitação de função causada pela EA,
(3) Índice Bath de Atividade da Doença EA [Bath AS Disease Activity Index
(BASDAI)], indicativo de disfunção causada pela EA, e o,
(4) Índice Bath de Escore Global do Paciente [Bath AS Patient Global Score
(BAS-G)], indicativo de severidade dos efeitos da EA na vida dos pacientes.
Todos quatro índices foram estudados quanto a critérios de habilidade, velocidade,
variabilidade, reprodutibilidade e sensibilidade.
Bath AS Metrology Index (BASMI)
Tabela 1: Guia de obtenção de Mensurações BASMI
Mensuração
Inclinação
Lombar
Posição Inicial
Método
De costas para a parede,
joelhos esticados, escápulasglúteos-coxas contra a parede,
ombros nivelados, pés
paralelos afastados 30 cm.
1. Esticar braços, punhos, mãos
e dedos.
2. Inclinar lateralmente o
tronco, deslizando as mãos na
coxa.
3. Coletar distância chão-ponta
do 3º dedo.
4. Repetir no outro lado.
Tragus-parede
Notas
Incentivar paciente a
manter extensão de
MMSS.
Evitar qualquer flexão,
rotação ou extensão de
tronco.
Pode ser necessário
corrigir a discrepância
de MMII, utilizando-se
de um calço nos pés, e
assim obter
nivelamento pélvico.
Manter-se na mesma posição acima, com a cabeça em
posição neutra, com o máximo de alinhamento.
Paciente em ortostatismo,
com pés alinhados afastados
30 cm.
Utilizar um lápis
demográfico.
Marca 1: ponto da coluna
vertebral correspondente a
altura das cristas ilíacas.
Marca 2: 10 cm acima do pt 1.
Marca 3: 5 cm acima do pt 2.
1.Paciente inclina-se para
frente com joelhos estendidos.
2.Coletar distância entre pt 1 e
pt 3.
3.Os valores acima de 15 cm
representam a quantidade de
movimento alcançado.
Evitar flexão de
joelhos.
Distância
Intermaleolar
Paciente deitado em supino
numa maca, com joelhos
estendidos.
1.Mantendo joelhos estendidos
e MMII encostados na maca.
2.Pedir ao paciente que afasta o
máximo possível um pé do
outro (abdução dos quadris).
3.Coletar distância entre os
maléolos.
Mensurar rapidamente
a distância, pois é um
movimento doloroso.
Rotação
Cervical
Paciente deitado em supino
numa maca, com a cabeça
numa posição horizontal e
cabeça neutra.
Pode ser necessário utilizar
travesseiros/apoios para esta
posição. Anotar isto, para
futuras re-avaliações.
1.Utilizar um
goniômetro/inclinômetro.
2.Mensurar rotação de cabeça,
para os dois lados.
Evitar flexão de
pescoço, pois aumenta
ADM de rotação,
causando um viés de
medida.
Flexão Lombar
(Schober
Modificado)
Tabela 2 : calculando os escores para cada mensuração do BASMI.
Classificação
Leve
Moderado
escore
0
1
Severo
2
Rotação Cervical
(Média direito & esquerdo)
> 70º
20-70º
< 20º
Tragus-Parede
(Média direito & esquerdo)
< 15 cm
15-30 cm
> 30 cm
Inclinação Lombar (Média direito & esquerdo)
> 10 cm
5-10 cm
< 5 cm
> 4 cm
2-4 cm
< 2 cm
Flexão Lombar
(Schobers modificado)
Distância Intermaleolar
> 100 cm 70-100 cm < 70 cm
Classificar como 0, 1 ou 2 para cada mensuração realizada. Assim, determina-se uma
graduação de 0 a 10, este é o escore BASMI. Quanto maior o escore BASMI, maior será a
limitação de movimento devido à EA.
Bath AS Functional Index (BASFI)
Favor marcar com um X nas linhas abaixo, que indica o seu nível de atividade, durante o ÚLTIMO
MÊS.
COMO VOCÊ ACHA?
1. Colocar suas meias ou sapatos sem ajuda de alguém ou sem auxílio (p.ex. calçadeira)?
Fácil ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Impossível
2.?
Fácil ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Impossível
3.?
Fácil ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Impossível
4.?
Fácil ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Impossível
5.?
Fácil ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Impossível
6.?
Fácil ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Impossível
7. Subir 12-15 degraus sem utilizar o corrimão ou auxílio (p.ex. um degrau de cada vez)?
Fácil ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Impossível
8. Olhar para trás, sobre seus ombros, sem girar seu corpo?
Fácil ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Impossível
9. Realizar atividades que necessitem de atividade física (p.ex. exercício físicos, jardinagem, marcenaria,
esportes)?
Fácil ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Impossível
10. Realizar TODAS as atividades em casa ou no trabalho?
Fácil ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Impossível
TOTAL DE ZERO A 100
TOTAL / 10 (ESCORE BASFI)
Bath AS Disease Activity Index (BASDAI)
a. Se no momento você está tomando alguma medicação para a Espondilite Anquilosante, favor dizer o nome
e a dose do remédio.
b. Favor marcar com um X na linha abaixo, indicando a eficiência de sua medicação na diminuição de seus
sintomas (queixas e desconfortos).
Sem efeito├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Muito efetivo
Favor marcar com um X nas linhas abaixo, que indica o seu nível de habilidade para cada uma das
seguintes atividades, durante a ÚLTIMA SEMANA.
COMO VOCÊ ACHA?
1. Como você descreveria de um modo geral os níveis de fadiga/cansaço que tem sentido?
Nenhum ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Muito Severo
2. Como você descreveria de um modo geral os níveis de dor no pescoço, costas e quadril que você tem
sentido?
Nenhum ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Muito Severo
3. Como você descreveria de um modo geral os níveis de dor/inchaço nas suas articulações além do pescoço,
costas e quadril que você tem sentido?
Nenhum ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Muito Severo
4. Como você descreveria de um modo geral o nível de desconforto que você sente quando seus pontos de dor
são pressionados ou tocados?
Nenhum ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Muito Severo
5. Como você descreveria de um modo geral o nível de desconforto que você sente quando levanta da cama
depois de dormir?
Nenhum ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Muito Severo
6. Quanto tempo sua rigidez matinal durou da última vez que você levantou da cama?
Não teve ├─ 0 ──── ½ hora ─────── 1 hora ──────── 1½ hora ──┤2 horas ou mais
MÉDIA DE 5 & 6
TOTAL DE 1 A 4 SOMADO A MÉDIA DE 5 & 6 (TOTAL ZERO A CINQUENTA)
TOTAL / 5 (ESCORE BASDAI)
Bath AS Patient Global Score (BAS-G)
1. Como você tem se sentido durante a última semana?
Muito bem ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Muito mal
2. Como você tem se sentido durante os últimos seis meses?
Muito bem ├─ 0 ── 1 ── 2 ── 3 ── 4 ── 5 ── 6 ── 7 ── 8 ── 9 ── 10─┤Muito mal
TOTAL DE ZERO A 20
TOTAL / 2 (ESCORE BAS-G)
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