SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE MARIA NEIDE MIKSZA VENCENDO AS DIFICULDADES DA MATEMÁTICA BÁSICA ATRAVÉS DE NOVAS TENDÊNCIAS: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS IBAITI – PR. 2011 MARIA NEIDE MIKSZA VENCENDO AS DIFICULDADES DA MATEMÁTICA BÁSICA ATRAVÉS DE NOVAS TENDÊNCIAS: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS Trabalho de produção didática pedagógica como quesito parcial de participação do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) na área de Matemática da Secretaria de Estado da Educação – SEED – Superintendência de Educação Profª. Orientadora: Anália Maria Dias de Gois IBAITI – PR. 2011 SUMÁRIO 1 FICHA PARA CATÁLOGO............................................................................ 04 2 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 06 3 ATIVIDADES MATEMÁTICAS........................................................................... 3.1 NÚMEROS NATURAIS .................................................................................. 08 09 3.1.1 Adição de Números Naturais ...................................................................... 09 3.1.2 Propriedade da Adição ................................................................................ 10 3.1.3 Multiplicação de Números Naturais .............................................................. 10 3.1.3.1 Propriedades da Multiplicação ................................................................... 10 3.1.3.2 Subtração .............................................................................................. 3.2 DIVISÃO DE NÚMEROS NATURAIS ......................................................... 11 12 3.3 RELAÇÕES FUNDAMENTAIS NUMA DIVISÃO DE NÚMEROS 12 NATURAIS .................................................................................................. 3.3.1 POTENCIAÇÃO .......................................................................................... 13 3.3.1.1 Propriedades da Potenciação ................................................................ 13 3.4 NÚMEROS INTEIROS ................................................................................... 14 3.4.1 PROPRIEDADES DA ADIÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS .......................... 15 3.5 MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS ............................................... 16 3.6 PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS ........... 17 3.7 POTENCIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS .,................................................ 18 3.8 RADICIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS ................................................................. 18 4 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS ................................................ 19 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 23 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 24 4 FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA Título: PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA Autor MARIA NEIDE MIKSZA Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA MARGARIDA FRANKLIN GONÇALVES-EFM Município da escola IBAITI Núcleo Regional de Educação IBAITI Orientador ANÁLIA MARIA DIAS DE GOIS Instituição de Ensino Superior UENP-JACARÉZINHO Disciplina/Área (entrada no PDE) MATEMÁTICA Produção Didático-pedagógica PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA - 1 Público Alvo ALUNOS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO Localização COL. EST. Profª. MARGARIDA FRANKIIN GONÇALVES DISTRITO DE CAMPINHOS – MUN. DE IBAITI – PR. Apresentação: Justifica-se esta proposta em proporcionar um maior rendimento no ensino posterior onde o aluno possa superar o medo que ora se apresenta em relação à disciplina, existe uma barreira natural do aluno em relação ao raciocínio, a facilidade de assimilação de outras disciplinas faz com que a própria Matemática “canse” de certa forma mais rápido o estímulo mental do educando e para tanto há que se contribuir para o crescimento da auto estima, da auto confiança, tanto do professor como e, principalmente, do aluno, em provocar mudanças significativas desses conceitos em relação à Matemática aliada na interdisciplinaridade com outras disciplinas, como exemplo, a Física. O objetivo desse material didático é possibilitar 5 aos alunos do 1º ano do Ensino Médio do Col. Estadual Profª. Margarida Franklin Gonçalves – EFM., que apresentam grande defasagem em relação ao conhecimento da Matemática básica que é pré requisito para toda a aprendizagem das séries posteriores. Palavras-chave MATEMÁTICA BÁSICA, RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 6 2 INTRODUÇÃO Os alunos de hoje estão vivendo a era tecnológica, da velocidade de informação e da dispersão que fazem parte da vida dos mesmos. Antes mesmo de falar a criança já sabe como funciona o controle remoto e outras multifacetas diferentes em todos os setores de nossa sociedade. Os professores desses alunos tecnológicos muitas vezes não passaram por estes novos conhecimentos, as várias fases de transições e, muitos, não chegaram, portanto, a ter uma aproximação de qualquer nova metodologia que estimule que motive que auxilie e que traga o aluno mais perto da Matemática, este sim, neste momento, sendo um dos maiores predicados do professor da atualidade. Cabe à escola e ao educador assegurar-lhe um ambiente educativo prazeroso, coerente, atualizado, colaborativo e interessante. Para isso, faz-se importante a utilização de novas ferramentas em sala de aula, principalmente na disciplina de Matemática. Novos métodos, novos sistemas, novas metodologias, mais criatividade, uso das multimídias, e outros atrativos que veremos e apresentaremos no decorrer deste estudo em questão. Justifica-se esta proposta em proporcionar um maior rendimento no ensino posterior onde o aluno possa superar o medo que ora se apresenta em relação à disciplina, existe uma barreira natural do aluno em relação ao raciocínio, a facilidade de assimilação de outras disciplinas faz com que a própria Matemática “canse” de certa forma mais rápido o estímulo mental do educando e para tanto há que se contribuir para o crescimento da auto estima, da auto confiança, tanto do professor como e, principalmente, do aluno, em provocar mudanças significativas desses conceitos em relação à Matemática aliada na interdisciplinaridade com outras disciplinas, como exemplo, a Física. Para tanto e para a viabilidade dessas atitudes em relação aos alunos, o professor deve estar atento à novas práticas e novas metodologias, acompanhando as mudanças de comportamento tanto social e, principalmente, dentro do âmbito escolar. A proposta desse material didático é possibilitar aos alunos do 1º ano do Ensino Médio do Col. Estadual Profª. Margarida Franklin Gonçalves – EFM., que apresentam grande defasagem em relação ao conhecimento da Matemática básica que é pré requisito para toda a aprendizagem das séries posteriores. 7 O projeto de intervenção se dará no 2º semestre de 2011 e dará subsídios ao professor PDE para a implementação do projeto de intervenção na escola. Na elaboração das atividades propostas será utilizada a tendência de Resolução de Problemas promovidas pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná. Serão retomados conceitos e atividades relacionados à matemática básica, sendo que aqui entendidos “fundamentais”. Pretende-se trabalhar as operações com números naturais e com números inteiros, cuja defasagem torna-se verdadeiros entraves para o ensino e aprendizagem dos conteúdos propostos para a série em que esses alunos se encontram. 8 3 ATIVIDADES MATEMÁTICAS É um certo privilégio de muitas de nossas escolas públicas estaduais, através das políticas públicas recentemente implantadas, para melhorar as condições de acesso às tecnologias, a organização de laboratórios de informáticos e outros coadjuvantes para a interação de alunos e professores com acesso livre para o mundo da informação para ampliar o rol de motivação no processo do ensino e da aprendizagem, além da dinâmica na prática pedagógica dos professores. Um dos problemas enfrentados pela maioria dos alunos e principalmente dos professores, quando estudam Matemática, o percentual de dificuldade se torna elevado, é uma barreira a ser enfrentada por professores da disciplina, que se manifesta já no início do Ensino Básico, principalmente devido à abstração da disciplina e, também, à ausência de metodologias mais atraentes que a relacionem com o mundo real. Os exercícios serão apresentados como atividades de treinamento de habilidades e conhecimentos de habilidades e conhecimentos; já os problemas propostos necessitarão de uma invenção ou criação significativa destas habilidades. Segundo Polya (1978): Resolver problemas é uma habilidade prática, como nadar, esquiar ou tocar piano: você pode aprendê-la por meio de imitação e prática. [...] se você quer aprender a nadar tem que ir à água e se você quer se tornar um resolvedor de problemas, tem que resolver problemas. É necessário que o aluno saiba construir seu conhecimento para ter entendimento sobre o que estuda e de que maneira irá aplicar em sua vida. Necessário faz-se também que o professor busque alternativas educativas para que essa construção se efetive. Pode-se citar os “dez mandamentos para professores de matemática” de Polya: 1º - Tenha interesse por sua matéria; 2º - Conheça sua matéria; 3º - Procure ler o semblante de seus alunos; procure enxergar suas expectativas e suas dificuldades; ponha-se no lugar deles; 4º - Compreenda que a melhor maneira de aprender alguma coisa é descobrir você mesmo; 5º - Dê a seus alunos não apenas informação, mas know-how (habilidade), atitudes mentais, o hábito de trabalhar metodicamente; 6º - Faça-os aprender e dar palpites; 9 7º - Faça-os aprender e demonstrar; 8º - Busque, no problema que está abordando, aspectos que possam ser úteis nos problemas que virão – procure descobrir o modelo geral que está por trás da presente situação concreta; 9º - Não desvende o segredo de uma só vez – deixe os alunos darem palpites antes – deixe-os descobrir por si próprios, na medida do possível; 10º - Sugira; não os faça engolir à força. O professor deve ter em mente que um problema, mesmo sendo simples, pode fazer com que o aluno tenha gosto em trabalhar com a mente, desde que esse problema desafie sua curiosidade. Segundo Chi e Glaser (1983): “o problema é uma situação na qual um indivíduo atua com o propósito de alcançar uma meta utilizando para tal alguma estratégia em particular”. Em síntese será fornecido aos alunos participantes da implementação da proposta uma apostila com o conteúdo das operações básicas nos conjuntos dos Números Naturais e dos Inteiros. 3.1 NÚMEROS NATURAIS O conjunto dos números naturais é representado pela letra maiúscula N e é construído com os algarismos indo-arábicos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Representamos o conjunto entre chaves e com reticências, pois é um conjunto infinito, pois todo número natural tem sucessor. N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ... } As duas principais operações possíveis no conjunto N são: adição e multiplicação. 3.3.2 ADIÇÃO DE NÚMEROS NATURAIS Tem por finalidade reunir todas as unidades de dois ou mais números em um só número. 10 3.3.3 Propriedade da Adição 1º Fechamento: A soma de dois ou mais números naturais é um número natural. 7 é natural 7 + 5 = 12 5 é natural 12 é natural 2º Associativa: Na adição de três ou mais parcelas de números naturais é possível associar as parcelas de qualquer modo, ou seja, pode-se somar o primeiro com o segundo e o resultado do terceiro que será igual a soma do primeiro com o resultado da soma do segundo com o primeiro. (2+3)+5=2+(3+5) 5+5=2+8 10 = 10 3º Elemento Neutro: Na adição de qualquer número natural com o zero, o resultado será o próprio número natural. 15 + 0 = 15 4º Comutativa: Na adição de números naturais, a ordem das parcelas não altera a soma. 3+2=2+3 3.1.3 MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS NATURAIS A operação tem por finalidade somar o primeiro número (multiplicando), tantas vezes quantas são as unidades do segundo número (multiplicador). 4x 3 = 3 + 3 + 3 + 3 = 12 3.1.3.1 Propriedades da Multiplicação 1º Fechamento: O produto de dois números naturais sempre será um número natural. 11 7 é natural 7 x 3 = 21 3 é natural 21 é natural 2º Associativa: Na multiplicação de três ou mais fatores é possível multiplicar o 1º com o 2º e o resultado pelo 3º que teremos o mesmo resultado ao multiplicar o 1º pelo produto do 2º com o 3º. (5x2)x3=5x(2x3) 10 x 3 = 5 x 6 30 = 30 3º Elemento Neutro: Na multiplicação de qualquer número natural por um (1), o produto será sempre o próprio número, portanto, o elemento neutro da multiplicação é o número 1. 10 x 1 = 10 1 x 15 = 15 4º Comutativa: Na multiplicação de números naturais a ordem dos fatores não altera o produto. 4x3=3x4 5º Propriedade Distributiva: Podemos multiplicar um número natural pela soma de outros dois números naturais que o resultado será o mesmo que multiplicar o fator por cada uma das parcelas da soma e adicionar os resultados. 4x(2+3)=4x2+4x3 4 x 5 = 8 + 12 20 = 20 Temos ainda a subtração e a divisão, que nem sempre são possíveis no conjunto de números naturais. Vejamos a seguir: 3.1.3.2 Subtração A operação tem por finalidade retirar uma quantidade (subtraendo) de outra quantidade (minuendo). 12 10 – 3 = 7 Nem sempre esta operação é possível no conjunto dos naturais. Veja: 3 – 10 = ? Portanto, a propriedade do fechamento não é válida para a subtração no conjunto N. Pode-se observar também que se mudarmos a ordem dos termos na subtração não teremos o mesmo resultado como na adição. Vejamos: 5–22-5 Logo, a propriedade comutativa não é válida para a subtração no conjunto N. Na subtração também não é possível associar os termos e manter o mesmo resultado. Observemos: (5–2)–1 5–(2–1) 3–1 5-1 2 4 Observamos que a propriedade associativa não é valida. 10 – 0 = 10 0 – 10 = ? A subtração de números naturais também não apresenta elemento neutro, na adição o zero não interfere na soma, mas na subtração o mesmo não ocorre. 3.2 DIVISÃO DE NÚMEROS NATURAIS A operação é empregada com a idéia de repartir em partes iguais uma quantidade ou com a idéia de calcular quantas vezes cabe uma quantidade (dividendo) em outro (divisor). No conjunto dos naturais nem sempre é possível dividir um número natural por outro e neste caso dizemos que a divisão não é exata. Vejamos: 15 ÷ 3 = 5 3.3 mas 10 ÷ 3 = não é exata RELAÇÕES FUNDAMENTAIS NUMA DIVISÃO DE NÚMEROS NATURAIS a)- O divisor deve ser sempre menor que o dividendo: 13 10 ÷ 2 = 5 b)- Numa divisão exata, o dividendo é igual ao produto do divisor pelo quociente: 10 = 2 x 5 c)- Não é possível dividir qualquer número natural por zero: 10 ÷ 0 = ? Percebe-se que não é possível encontrar um número natural (quociente) que multiplicado por 0 (divisor) resulte em 10 (dividendo). d)- Quando a divisão não é exata usamos a seguinte relação: DIVIDENDO = QUOCIENTE X DIVISOR + RESTO 3.3.1 POTENCIAÇÃO Para representar multiplicações de fatores iguais podemos aplicar a operação denominada potenciação. Por exemplo: 2 x 2 x 2 = 2³ potência de base 2 e expoente 3. fatores iguais Na potenciação, a base o fator que se repete e o expoente indica quantas vezes esse fator se repete. Logo: 2³ = 2 x 2 x 2 = 8 3.3.1.1 potência Propriedades da Potenciação 1º Uma potência de base 1 e expoente natural, será sempre igual a 1. Exemplos: a)- 1³ = 1 b)- 1¹º = 1 2º Toda potência de base natural de 0, elevada ao expoente 0 (zero) é igual a 1. Exemplos: a)- 5º = 1 b)- 27º = 1 14 3º - Toda potência cuja base é um número natural e o expoente é igual a 1, será igual a própria base. Exemplos: a)- 10¹ = 10 b)- 104 = 10.000 c)- 106 = 1.000.000 Na seqüência das operações matemáticas no conjunto dos números naturais, temos a radiciação. A radiciação é a operação inversa da potenciação. Ou seja, dada à potência e o expoente, a operação irá determinar a base. Vejamos: base² = 25 representa-se da seguinte forma: ² 25 = 5, logo a base seria 5, pois 5² = 25 seus termos são: índice ² 25= 5, logo a base seria 5, pois 5² = 25 radicando raiz quadrada Surgiu da necessidade de representar além das quantidades, o ganho ou a perda dessas quantidades, fazendo uso dos sinais positivo e negativo. O conjunto dos números inteiros é definido como sendo a reunião dos números naturais, o conjunto dos opostos dos naturais e o zero. É representado pela letra Z, e escrito da seguinte maneira: Z = { ... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ... } Para representar geometricamente o conjunto Z, podemos utilizar uma reta numerada, considerando o ponto 0 como origem e colocar os números inteiros da seguinte maneira: ____________________________ -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 15 Podemos observar que a ordem dos números inteiros é crescente da esquerda para a direita, podemos também afirmar que cada número inteiro possui um sucessor e um antecessor. Vejamos algumas operações no conjunto Z: a)- Adição de Números Inteiros Associando aos números inteiros positivos a idéia de ganhar e aos inteiros negativos a idéia de perder, teremos melhor entendimento. Exemplo 1: Ganhar 5 + ganhar 2 (+5) + (+2) = (+7) Exemplo 2: Ganhar 5 + perder 2 (+5) + (-2) = (+3) Exemplo 3: Perder 5 + perder 2 (-5) + (-2) = (-7) Exemplo 4: Perder 5 + ganhar 2 (-5) + (+2) = (-3) Podemos dispensar o sinal (+) antes de um número inteiro; o sinal (-) nunca pode ser dispensado. Exemplos: a) b) 5.3.1 - 10 + 4 = - 6 + 10 – 4 = 6 PROPRIEDADES DA ADIÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS 1º Fechamento: A soma de dois números inteiros é um número inteiro. - 10 é inteiro - 10 + 7 + - 3 onde + 7 é inteiro - 3 é inteiro 2º Associativa: É impossível na adição de 3 ou mais parcelas de números inteiros, associar as duas primeiras e somar seu resultado com a terceira que teremos o mesmo resultado ao somar a 1ª com a associação da 2ª com a 3ª parcela. (5 + 3) – 4 = 5 + (3 – 4) 16 8 – 4 = 5 + (-1) 4 = 4 3º Comutativa: Na adição de números inteiros a ordem das parcelas não altera a soma. (+5) + (-3) = (-3) + (+5) +2 = +2 4º Elemento Neutro: Todo número inteiro somado com zero será igual a ele mesmo. (-10) + 0 = - 10 5º Elemento Oposto: Para todo número inteiro positivo existe um número inteiro negativo que quando adicionados resultam em zero. (+8) + (-8) = 0 5.4 MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS A multiplicação de números inteiros é uma forma simplificada de representar uma adição de parcelas iguais. Exemplo: a) 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 = 7 x 2 = 14 b) (-3) + (-3) + (-3) + (-3) + (-3) = 5 x (-3) = - 15 Para realizar a multiplicação de números inteiros faz-se necessário obedecer a seguinte regra de sinais: (+1) x (+1) = +1 (-1) x (-1) = +1 (+1) x (-1) = - 1 (-1) x (+1) = -1 Podemos concluir que: - Sinais iguais - Sinais diferentes positivo negativo 17 5.5 PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS 1º Fechamento: A multiplicação de dois números inteiros tem como produto um, número inteiro. + 2 é inteiro (+2) x (-3) = -6 onde - 3 é inteiro - 6 é inteiro 2º Associativa: Na multiplicação de três ou mais fatores, associando os dois primeiros e multiplicando seu produto pelo terceiro, obtém-se o mesmo resultado ao multiplicar o primeiro pelo produto do 2º com o 3º fator. 4 x (3 x 2) = (4 x 3) x 2 4 x 6 = 12 x 2 24 = 24 3º Comutativa: A ordem dos fatores não altera o produto. (+3) x (-7) = (-7) x (+3) - 21 = - 21 4º Elemento Neutro: Todo número inteiro multiplicado por 1 (um) terá como produto seu próprio valor., (-10) x 1 = - 10 (+25) x 1 = + 25 5º Elemento Inverso: Para todo número inteiro existe seu universo que torna o produto igual 1 (um). 7 x 7-1 = 7 x 1/7 = 1 6º Propriedade Distributiva: Podemos multiplicar um fator por cada uma das parcelas da soma (ou diferença) e somar os produtos obtidos que o resultado será o mesmo ao multiplicar o fator pela soma (ou diferença). 4 x (5 + 2) = 4 x (5 + 2) 4x5+4x2 = 4x7 20 + 8 = 28 18 3.7 POTENCIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS A potenciação é uma operação que simplifica a multiplicação de fatores iguais. Seus elementos são: base, expoente e potência. Observemos: a) 3x3x3x3 = 3 = 81 onde b)- (-2) x (-2) x (-2) = (-2) = c)- (-5) + (+5) = (-5) = d)- (+5) + (+5) = (+5) 3 base 4 expoente 81 potência -8 + 25 = + 25 Com os exemplos apresentados podemos concluir que: - a potência de todo número inteiro elevado a um expoente par é um número positivo; - a potência de todo número inteiro elevado a um expoente impar é um número que mantém seu sinal. RESUMO ( + ) PAR = ( - ) PAR = POSITIVO POSITIVO ( + ) IMPAR = POSITIVO ( - ) IMPAR = NEGATIVO 3.8 RADICIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS A raiz de um número inteiro é a operação que resulta em outro número inteiro que elevado a um expoente resulta no número dado; ou seja, podemos defini-la como operação inversa à potenciação. Vejamos: (+5)² = + 25, logo √ 25 = 5 Onde Radical 2 Expoente 25 Radicando 5 Raiz Quadrada 19 Convencionou-se que o sinal que será usado junto à raiz de índice par e radicando positivo será o mesmo que antecede o sinal do radical. Observação: Não existe no conjunto dos números inteiros a raiz de índice par e radicando negativo, pois não existe em Z um número que elevado a um expoente par resulte em número negativo. Conclui-se, portanto, ao obedecer a regra de sinais para o produto de números inteiros que: - Se a raiz tiver índice par, não existe raiz para um radicando negativo; - Se a raiz tiver índice impar, o sinal que acompanha a raiz é o sinal do radicando. Exemplos: a)- √4=2 b)- 4 √ - 16 = não existe em Z c)- 3 √ 8 = 2 d)- 3 √ - 8 = - 2 4 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 1 Leia atentamente cada situação. Em seguida indique a operação mais adequada para resolve-las. a)- Uma fábrica tem 540 funcionários. Desses, 300 tem mais de 35 anos de idade. Quantos funcionários têm 35 anos ou menos? b)- Em uma sala de aula com 35 alunos, será organizada uma gincana. Cada grupo terá 5 alunos. Quantos grupos serão formados? c)- Uma bola de voleibol custa R$ 110,00. Antonio tem R$ 92,00. Quanto falta par Antonio comprar a bola? d)- Em um navio trabalham 74 tripulantes de nacionalidade brasileira e 320 de outras nacionalidades. Qual o total de tripulantes que trabalham nesse navio? e)- A parede lateral de uma piscina foi revestida com 13 linhas de 42 azulejos em cada linha. Quantos azulejos foram usados para revestir a parede? f)- Uma volta em uma pista de atletismo tem 400 metros. Numa corrida de 5.000 metros, quantas voltas um atleta terá que dar nessa pista? 20 g)- Marta empresou 1 real a seu irmão e disse que a cada dia emprestado ele teria que de dar o dobro do que devia no dia anterior. Se a cobrança fosse válida, quanto Marta receberia após 15 dias? 5 Usando as operações definidas, resolva cada problema do item 1. 6 Sabendo que num quadrado mágico, a soma dos números que estão nas colunas é igual a soma dos números que estão nas linhas e também à soma dos números que estão nas diagonais, preencha as celas do quadrados a seguir, sendo sua soma igual a 2 - 8 3 5 2 -7 7 -5 -3 1 7 Em Janeiro de 2011, Cecília tinha saldo positivo de R$ 900,00 em sua conta bancária. Ela pagou algumas contas com quatro cheques no valor de R$ 120,00 cada; fez um depósito no valor de R4 50,00 e no mesmo dia pagou mais uma conta com um cheque no valor de R$ 200,00: a)- Como ficou o saldo bancário de Cecília após esses movimentos bancários? b)- Represente esse saldo usando números inteiros. 8 Para entender o expoente negativo, podemos usar o seguinte raciocínio: 2 -³ = 2 0 – 3 = 20 / 2/3 então 20 - 2/3 = 1/8 Como 20 = 1 e 23 e 23 = 2.ç2.2 Dessa forma podemos calcular: 3 -2 = 30 / 32 = 1/9 5 -1 = 50 / 31 = 1/5 2-5 = 20 / 25 = 1/32 Usando esse raciocínio, resolva o problema a seguir: - Um grão de feijão pesa 2,5. 10 ² g. Cada saco contém 5.10² g de grãos de feijão. Quantos grãos de feijão cabem em 920 sacos? 21 9 Os cálculos a seguir “demonstram” que 2 = 1. Descubra em que etapa está o erro. a)- 2 = 2 b)- 6 – 4 = 3 – 1 c)- 4 – 6 = 1 – 3 d)- 4 – 6 + 9/4 = 1 – 3 + 9/4 e)- 4 – 2 x 2 x 3/2 + 9/4 = 1 – 2 x 1 x 3/2 + 9/4 ( ) ² = ( (1 – 3/2 ) g)- √ (2 – 3/2 )2 = ( (1 – 3/2 ) f)- 2 – 3/2 h)- 2 – 3/2 = 1 – 3/2 i)- 2 – 3/2 + 3/2 = 1 10 A idade de Maria é √3249 anos. Guilherme tem atualmente 26 anos menos do que Maria tinha no ano passado. Qual a idade de Guilherme? 11 Vamos agora ler a lenda do mercador e o vaso, para em seguida resolver as questões: Durante sete séculos o gênio espera por aquele momento. Encerrado num vaso de cobre, no fundo do mar, sofrera cada dia a angústia de continuar preso. No início do cativeiro fez uma promessa: - Tornarei rico aquele que me libertar. Mas passaram-se duzentos anos e o vaso continuou no fundo do mar. O gênio reforçou seu voto: - Enriquecerei meu libertador e todos os seus descendentes. Foi em vão. Nos quatrocentos anos seguintes, nenhuma rede o apanhou, as ondas não o levaram à praia. Foi paciente mais uma vez: - Darei todos os tesouros da terra a quem me salvar. Passaram-se mais cem anos e nada aconteceu. O gênio enfureceu-se e gritou, contorcendo-se de ódio: - Matarei sem piedade aquele que me libertar. Mal acabou de tomar essa decisão, uma grande onda o atirou longe, no areal. - Que belo vaso! Exclama um mercador que passava. Com certeza poderei vende-lo a bom preço. Depois de algum esforço, consegue tirar a tampa. Assusta-se com a fumaça que sobe do vaso, mas pula de alegria quando vê no meio da névoa a figura do gênio. Ele tinha ouvido muitas histórias de gênios em vasos e das imensas fortunas que tinham ofertado a seus salvadores. Sua decepção foi ainda maior do que sua alegria. Para ele não havia dinheiro, nem jóias, nem tesouros sem fim. Seu único direito seria escolhera forma da sua morte. 22 Ficou paralisado de medo. Lágrimas, súplicas, lisonjas, nada adiantou. Ele ia mesmo morrer. Mas o mercador não desistiu. Era um comerciante esperto, acostumado a obter vantagem mesmo quando sua mercadoria era ruim ou o cliente não queria pagar. Tentou o último argumento: - Reflita, sábio gênio. Morto, nenhum proveito lhe trarei. Vivo, ao contrário, poderei servi-lo fielmente, trabalhar o resto da minha vida para lhe agradecer ter-me poupado. - Está bem. Concordou o gênio. - Diga o que me propõe. - Um acordo. Em troca de minha ida lhe darei todos os meses, cem moedas de ouro. Como esmola, Vossa Senhoria me dará uma moeda no 1º mês, duas no segundo, quatro no terceiro, oito no quarto e assim por diante, até o fim de meus dias na terra. O gênio ficou pensativo por um instante. De repente seu rosto se iluminou. Ao longo dos séculos, seus antepassados haviam sido enganados por humildes pescadores, pobres comerciantes ou simples alfaiates, que os libertavam e depois de infames truques os aprisionavam outra vez. E agora ele tinha a oportunidade de vingar todas essas humilhações. O mercador teria de trabalhar como um camelo para lhe pagar 100 moedas de ouro a cada mês. E ele, para mostrar que os gênios também sabem ser generosos, lhe daria uma esmola. E assim foi. No último dia do primeiro mês, o mercador chegou cabisbaixo, depositou 100 moedas aos pés do gênio e recebeu em troca 1 moeda. No segundo mês, o gênios orgulhoso e satisfeito deu 2 moedas ao mercador em troca das 100 moedas que recebeu. No terceiro mês, o mercador voltou para casa com 4 moedas. No quarto mês, 8 moedas. No quinto, 16 moedas, No sexto 32. Agora, responda: a)- Quem fez o melhor negócio: o gênio ou o mercador? b)- Após 2 anos, quantas moedas de ouro o mercador tinha recebido? E o gênio? c)- Através de qual operação matemática podemos representar o valor recebido pelo mercador? d)- Após que mês o gênio percebeu não ter feito um bom negócio? e)- Ao final de 2 anos, quantas moedas recebeu o comerciante a mais que o Gênio? f)- Ao findar esses mesmos dois anos, quantas moedas no total recebeu o gênio? E o comerciante? g)- Seria possível representar o total de moedas recebidos pelo comerciante através de uma operação matemática? 23 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para o bom desenvolvimento e sucesso do empreendimento, faz-se necessária uma prévia investigação junto aos alunos envolvidos quanto ao nível de seus conhecimentos matemáticos. Após a investigação será possível dar início e sequência à implementação das atividades propostas. A intencionalidade é a de rever e revisar conteúdos da matemática básica. Ao iniciar a resolução de problemas, através da pesquisa de novas propostas metodológicas serão apresentadas atividades resolúveis através dos conhecimentos adquiridos a partir da realidade do aluno e ampliando sua visão para que possamos motivar os mesmos para se apropriarem da idéia do trabalho a ser realizado e a importância do presente projeto. A partir do momento dessa apropriação, os problemas serão escalonados numa forma mais elaborada para sua solução e deverão ser apresentados pelos próprios alunos, permitindo assim, que percebam que este novo conhecimento poderá lhes servir em situações posteriores como suporte para outras aplicações práticas na sua vida civil. É importante que o professor reflita sobre o fato de que ele próprio não é um produto acabado, completo. A todo o instante ele se transforma, aprende. A qualidade da reflexão que faz sobre sua prática determina em que grau está melhorando seu desempenho como educador. Além disso, tudo a sua volta está mudando. É importante que ele procure se aperfeiçoar cada vez mais, buscando, através dos meios de informação pública e da troca intensa com seus colegas, novas referências para seu trabalho. 24 REFERÊNCIAS BARALDI, Ivete Maria. Matemática na escola: que ciência é esta? Bauru: EDUSC.1999. BARBOSA, J.C. Modelagem na Educação Matemática: Contribuições para o debate teórico. In: Reunião anual da Anped. 24ª. ed. Rio de Janeiro: Anped. 2001. FIORENTINI, D. LORENZATO, S. Investigação em educação matemática: percursos teóricos e metodológicos. Campinas: Autores Associados. 2006. PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência. 1978. SCHON, D.A. Educando o profissional reflexivo. Porto Alegre: Artmed. 2000. SIMÕES, Alcino. Dez Mandamentos Para Professores por George Polya in "Jornal da Matemática Elementar" nº 119. Set 97. Disponível em:. Acessado em: 06/ago/2011.