Instituto Médio Técnico Profissional – CATMOZ Resolução de Conflitos entre trabalhadores Um trabalho do fim do curso apresentado em cumprimento parcial como requisito para a obtenção de Diploma Técnico Médio em Gestão de Recursos Humanos. Gestão de Recursos Humanos Belarmina Camilo Macôo Beira, Agosto 2016 Instituto Médio Técnico Profissional – CATMOZ Resolução de Conflitos entre trabalhadores Um trabalho de conclusão de curso a ser apresentado no Instituto Médio Técnico Profissional CATMOZ- Beira como requisito parcial para a obtenção do grau de Técnico Médio em Gestão de Recursos Humanos. Gestão de Recursos Humanos Supervisor: ____________________________________ (Msc. Samuel Tomas Mugadui, Mphil, MA) Beira, Agosto 2016 Índice Pág. Declaração de honra ................................................................................................................. III Dedicatória................................................................................................................................ IV Agradecimentos ......................................................................................................................... V Resumo .....................................................................................................................................VI Abstract ................................................................................................................................... VII Listas de abreviaturas/ siglas e entrevistados ........................................................................ VIII Glossário ...................................................................................................................................IX CAPITULO I 1. Introdução ............................................................................................................................... 1 1.1. Problematização .................................................................................................................. 2 1.2. Hipóteses ............................................................................................................................. 2 1.3. Justificativa .......................................................................................................................... 2 1.4. Objectivos ............................................................................................................................ 3 1.4.1. Objectivos Gerais ............................................................................................................. 3 1.4.2. Objectivos específicos ...................................................................................................... 3 CAPITULO II 2. Metodologia ............................................................................................................................ 4 CAPITULO III 3. Revisao de leitura ................................................................................................................... 6 3.1. Resolução de conflitos entre trabalhadores ......................................................................... 6 3.1.2. Conceituação de conflitos................................................................................................. 6 3.2. Possíveis factores para a existência e/ou eclosão dos conflitos entre os trabalhadores ...... 8 3.3. Resolução dos conflitos ..................................................................................................... 10 3.4. Como resolver o conflito ................................................................................................... 13 3.5. Noção e Natureza............................................................................................................... 14 3.6. Vantagens e Desvantagens do Conflito ............................................................................. 14 3.7. O Papel dos gestores na Resolução de Conflitos............................................................... 15 3.8. O Papel de um gestor na Resolução de Conflitos .............................................................. 17 3.8.1. Diferentes papéis de executivo ....................................................................................... 17 3.8.2. Habilidades dos executivos ............................................................................................ 18 CAPITULO IV 4. O Meu Parecer final: como gestor de RH na resolução de conflitos .................................... 20 5. Considerações finais ............................................................................................................. 22 Bibliografia ............................................................................................................................... 23 Declaração de honra Eu Belarmina Camilo Macôo, declaro que este trabalho de diploma é resultado da minha investigação e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, na bibliografia final. Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer diploma. Beira, ao de Outubro de 2016 ____________________________________ Belarmina Camilo Macôo III Dedicatória Dedico este trabalho aos meus pais Camilo Macôo (em memória) e Maria de Lurdes por terem me criado e por terem contribuído de forma incansável no meu percurso académico para me tornar o que hoje sou; as irmãs Franciscanas Missionarias de Maria, por terem me dado este oportunidade de me formar e aos meu irmãos pelo apoio e companheirismo e aos meus colegas e amigos que estiveram presente sempre que os precisei. IV Agradecimentos Quero em primeiro lugar agradecer a Deus Todo-Poderoso pelo Dom da vida que me concedeu e por estar sempre presente na minha vida; aos meus pais Camilo Macôo e Maria de Lurdes pela paciência e confiança em mim pelo o contributo que prestaram durante a minha formação; as irmãs Franciscanas Missionarias de Maria, por terem me dado este oportunidade de me formar e aos meus irmãos e os mais alem que contribuíram de forma directa e indirecta e a todos pelo companheirismo. Ao supervisor, que me induziu-me de forma plausível para a culminação deste trabalho final: Ao todos os docentes do curso de Gestão de Recursos Humanos que ao transmitir seus conhecimento me tornaram-me um profissional capaz de exercer o cargo de Gestora. Por fim, agradeço à IMTP-CATMOZ pelo ensino de qualidade que me ofereceu. V Resumo Nas organizações os conflitos ocorrem com muita frequência, chegam a fazer parte do quotidiano. O conflito é característico do ser humano e sua resolução não é uma tarefa fácil. Na maioria das vezes, não são resolvidos correctamente, gerando perdas, tanto para as organizações como aos funcionários. Porém, essas divergências fazem parte do método de evolução dos seres humanos e são indispensáveis para o desenvolvimento e o crescimento de qualquer organização. Para um entendimento mais preciso sobre a dinâmica dos conflitos, devemos ter uma visão mais abrangente de suas inúmeras possibilidades, pois, para algumas pessoas o termo conflito pode ocasionar um medo intenso, no entanto, se faz necessário reconhecer que existe um modo destrutivo e um modo construtivo de proceder. Na diferença em se tratar o conflito pode estar o sinal do saudável, podendo se fazer representar por duas possibilidades para uma acção mais efectiva, uma negativista, que percebe o conflito como algo prejudicial, devendo ser evitado a todo custo, e a segunda alternativa é trabalhá-lo, procurando os benefícios que as diferenças de opiniões e os posicionamentos contrários podem gerar a nível de aprendizagem pessoal e profissional. Como resultado, espera-se que esta pesquisa sirva como subsídio e alusão para que qualquer pessoa possa utilizá-lo em suas organizações, solucionando seus problemas. Palavras-chave: Resolução; Conflitos; trabalhadores. VI Abstract In organizations conflicts occur too often come to be part of everyday life. The conflict is characteristic of the human being and its resolution is not an easy task. Most of the time, are not resolved properly, generating losses for both organizations and employees. However, these differences are part of the method of evolution of humans and are essential for the development and growth of any organization. For a more accurate understanding of the dynamics of conflicts, we must have a more comprehensive view of its many possibilities, because for some people the conflict term can cause an intense fear, however, it is necessary to recognize that there is a destructive way and constructive way to proceed. The difference in treatment conflict can be the sign of healthy and can be represented by two possibilities for more effective action, an oppositional, which perceives the conflict as something harmful and should be avoided at all costs, and the second alternative is work it, looking for the benefits that differences of opinions and contrary positions can generate the level of personal and professional learning. As a result, it is expected that this research will serve as a resource and reference for anyone to use it in their organizations, solving their problems. Keywords: Resolution; conflicts; workers. VII Listas de abreviaturas/ siglas e entrevistados CATMOZ – Consultoria, Auditoria e Treinamento de Mozambique CHA – Conhecimento, Habilidade e Atitude GRH – Gestão de Recursos Humanos IMTP – Instituto Médio Técnico Profissional RH – Recursos Humanos VIII Glossário Doables – as ideias que têm maior chance de sucesso. Eclosão – Ato de vir à luz, de surgir; aparecimento; Ato de desabrochar, brotar, abrir; Crescimento, desenvolvimento. IX CAPITULO I 1. Introdução Diariamente, as pessoas se deparam com conflitos dentro de suas organizações e na maioria das vezes não sabem como devem proceder para que haja soluções para esses problemas. Esses conflitos são dos mais variados, pode-se citar alguns deles como: interesses pessoais acima dos interesses do grupo, ou seja, o individualismo, ciúmem, inveja, os quais são muito comuns nas organizações. A acomodação também figura dentre eles, porque o indivíduo fica na sua zona de conforto e muitas vezes não permite que a tirem desse conforto, principalmente se ouvem a palavra mudança, a pressão por resultados, as diferenças pessoais, problema de comunicação e problemas com o gestor, dentre outras. O ambiente é uma força que tem impacto positivo ou negativo nas organizações, é o meio físico, é o local onde as pessoas estão inseridas. O ambiente organizacional é definido por Daft (2002, p.122) como sendo: “todos os elementos que existem fora dos limites da organização e que têm o poder de afectá-la como um todo ou parte dela”. É importante frisar, que o papel dos parceiros sociais nas relações de trabalho na qual são os gestores de recursos humanos, assenta-se na convergência e complementaridade de interesses, daí que a ausência de diálogo constituí um dos principais factores que afecta o ambiente de trabalho conduzindo à conflitos de trabalho. Visto que a organização é a união de pessoas com ideias e finalidades em comum que buscam atingir os mesmos objectivos. Isto vai ao encontro com o que Meireles (2003, p.46) diz: a organização é um artefacto que pode ser abordado como um conjunto articulado de pessoas, métodos e recursos materiais, projectado para um dado fim e balizado por um conjunto de imperativos determinantes (crenças, valores, culturas). 1 1.1. Problematização Os conflitos estão inseridos nas sociedades tanto como nas instituições, visto que os conflitos entre os trabalhadores cada vez mais têm evoluído devido a divergência das ideias entre os trabalhadores. Este é um dos casos concretos verificados. 1.2. Hipóteses 1.2.1. Hipótese primária Uma vez que se sabe o que de fato aconteceu para gerar o conflito é hora de entender a relação dos factores com o problema. Por que ocorreu? Quem estava envolvido? Qual a frequência? Quais as circunstâncias? Onde ocorre? 1.2.2. Hipóteses Secundários Reúna dados, comparando o que deveria ser ou o que vocês esperavam um do outro com o que realmente aconteceu. Expresse a declaração inicial do problema como uma relação desfavorável entre o que vocês esperavam um do outro e o que de fato aconteceu. 1.3. Justificativa A escolha do tema foi devido os conflitos verificados nas instituições governamentais assim como nas privadas entre os funcionários devido vários motivos pessoais assim com laborais. E também, esta abordagem sobre o a resolução dos conflitos entre trabalhadores, tem como objectivo enriquecer os gestores de Recursos Humanos, a ter noções sobre as técnicas mais essenciais e eficaz para a boa resolução dos conflitos. 2 1.4. Objectivos 1.4.1. Objectivos Gerais Conhecer quais métodos podem ser utilizados nas organizações para a resolução de conflitos com os trabalhadores; Conhecer as causas dos conflitos entre trabalhadores numa organização. 1.4.2. Objectivos específicos Identificar as causas que dão origem os conflito entre os trabalhadores; Saber os modos de resolução de conflitos; Saber os métodos eficaz para a resolução dos conflitos entre as partes envolvidas. 3 CAPITULO II 2. Metodologia O trabalho desenvolvido para alcançar os resultados propostos, teve como base, principalmente o apoio de pesquisas bibliográficas. Conforme Lakatos e Marconi (2003, p. 183): À pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas. Primeiramente, foram realizadas leituras em livros físicos e electrónicos sobre resolução de conflitos. Em seguida foi definido o meio a ser utilizado como fonte de pesquisa e alicerce desse artigo. A escolha foram os livros Weeks, D.(1992): tradução Thereza Cristina (2013, p. 69-234) “Os oito passos essenciais para resolver os conflitos: preservar as relações no trabalho” e o livro de Weiss, D. H. (1936): tradução Reinaldo Guarany (1994) “Como resolver ou evitar problemas no trabalho”. Para obter mais conhecimento sobre o assunto também foram utilizados os livros “Negociação e Soluções de Conflitos”, dos autores Dante P. Martinelli e Ana Paula de Almeida, e “Administração: mudanças e perspectivas” do autor Stephen P. Robbins. Por último, foram utilizados os “oito passos essenciais para resolver os conflitos” e “Como resolver ou evitar problemas no trabalho” como estrutura para explicar e 4 dar o passo a passo na resolução dos conflitos. A metodologia além de estudar os métodos procura definir as etapas a serem seguidas. Segundo Alvarenga (2001, p.16) menciona que: “Metodologia estuda, descreve e explica os métodos. Dessa maneira, proporciona ao pesquisador um norte para alcançar seus objectivos”. Foram tema desse artigo os métodos utilizados para resolução de conflitos no ambiente organizacional. O artigo procurou descrever o passo a passo para a resolução dos conflitos organizacionais em 8 etapas. 5 CAPITULO III 3. REVISAO DE LEITURA 3.1. Resolução de conflitos entre trabalhadores 3.1.2. Conceituação de conflitos Segundo dicionário e Martinelli e Almeida (apud Ferreira, 1986:363) descrevem que O conflito provém “do latim Conflictu; embate dos que lutam; discussão acompanhada de injúrias e ameaças; desavenças; guerra; luta; combate; colisão; choque; o elemento básico determinante da acção dramática, a qual se desenvolve em função da oposição e luta entre diferentes forças”. Segundo o dicionário conflito é algo negativo, ruim, destrutivo, algo desagradável, indesejável e que gera um impasse entre as partes. Os conflitos, porém, existem desde o início da humanidade, fazem parte do homem e de seu processo de evolução. Buscouse definir a origem dos conflitos para melhor exemplificar o assunto, Robbins (2005, p. 326) define conflito como um processo que tem início quando uma das partes percebe que a outra parte afecta, ou pode afectar negativamente alguma coisa que a primeira considera importante. Esses conflitos são dos mais variados, pode-se citar alguns deles como: interesses pessoais acima dos interesses do grupo, ou seja, o individualismo, ciúmem, inveja, os quais são muito comuns nas organizações. A acomodação também figura dentre eles, porque o indivíduo fica na sua zona de conforto e muitas vezes não permite que a tirem desse conforto, principalmente se ouvem a palavra mudança, a pressão por resultados, as diferenças pessoais, problema de comunicação e problemas com o gestor, dentre outras. Para dar ênfase ao comentário acima, Martinelli e Almeida (1998, p.47) dizem que: As organizações constituemse em verdadeiras arenas para conflitos individuais ou grupais, na qual os participantes lutam por recursos limitado, possibilidade de progresso na carreira, privilégios e outras recompensas que possam ser proporcionadas pela empresa. 6 Para Martinelli e Almeida (1998, p.47): As organizações constituem-se em verdadeiras arenas para conflitos individuais ou grupais, nos quais os participantes lutam por recursos limitados, possibilidade de progresso na carreira, privilégios e outras recompensas que possam ser proporcionadas pela empresa. Os conflitos entre grupos são muito comuns, tanto dentro quanto fora das organizações. Segundo Hampton, (1991, p.297) o conflito pode surgir da experiência de frustração de uma ou ambas as partes, de sua incapacidade de atingir uma ou mais metas. A seguir, a parte frustrada interpreta a situação projectando suas consequências, passando a comportar-se à luz da situação imaginada. A outra parte envolvida reage a este comportamento, com base em suas próprias percepções e conceitualizações da situação, que podem ser bem diferentes daquelas imaginadas pela outra parte. Tem-se então, os resultados do conflito, que podem ser de natureza completamente diversa para cada um dos negociadores, ou seja, um ciclo de frustrações ocorre em virtude da má interpretação ou incompreensão dos interesses ou necessidades das partes, fazendo com que cada um interprete a situação ao seu modo. Quanto antes houver a resolução dos conflitos, tomando-se medidas adequadas, melhor será, tanto para a organização quanto para os funcionários, pois quanto maior o conflito maior serão as dificuldades. Esses embates se resolvidos adequadamente geram amadurecimento, maior atenção aos objectivos, comprometimento, melhora na convivência, e surgem novas ideias. Quando mal resolvidos afectam a qualidade e desenvolvimento do trabalho, o ambiente fica pesado, criam-se problemas de relacionamento na equipe, diminui-se a motivação pessoal e do grupo, aumenta-se o stress pessoal e da equipe, perdem se funcionários e a empresa tem prejuízos. Os conflitos fazem parte da natureza dos seres humanos e não se pode evitá-los, então se deve saber como contorná-los para que se possa viver em harmonia nos ambientes de trabalho. Em seguida, serão apresentados alguns métodos utilizados para resolver esses embates, ou seja, esses conflitos. 7 3.2. Possíveis factores para a existência e/ou eclosão dos conflitos entre os trabalhadores Os conflitos podem surgir através de uma incompatibilidade entre vários tipos de conteúdo: Opiniões: Incompatibilidade de pontos de vista sobre o mesmo facto (diferenças em relação àquilo que pensamos); Métodos: Incompatibilidade entre formas de agir (diferenças em relação às formas como costumamos fazer as coisas); Objectivos: Incompatibilidade de resultados desejados (diferenças em relação àquilo que queremos). É importante dar a voz a cada um dos envolvidos e resolver o conflito em conjunto). Existe vários factores que contribuem para o surgimento de conflitos laborais numa organização, destacando-se de entre outros os seguintes: Questões salariais diferentes dos trabalhadores de mesmo sector de trabalho entre eles; Desconhecimento da legislação laboral vigente ou o seu incumprimento; Não observância dos procedimentos de negociação; Falta de sensibilidade dos parceiros sociais para o diálogo permanente, aberto e franco; Violação dos direitos dos trabalhadores; Má interpretação da legislação laboral pelas partes. Segundo DIMITRIUS (2000), para resolver e/ou minimizar o conflitos dentro de um organização entre os trabalhadores é preciso que conheçamos os níveis de conflito. Pois, pode surgir de uma pequena diferença de opiniões, podendo se agravar e atingir um nível de 8 hostilidade que chamamos de conflito destrutivo. A seguir, é possível acompanhar a evolução dos conflitos e suas características: Nível 1 - Discussão: é o estágio inicial do conflito; caracteriza-se normalmente por ser racional, aberta e objectiva; Nível 2 - Debate: neste estágio, as pessoas fazem generalizações e buscam demonstrar alguns padrões de comportamento. O grau de objectividade existente no nível 1 começa a diminuir; Nível 3 - Façanhas: as partes envolvidas no conflito começam a mostrar grande falta de confiança no caminho ou alternativa escolhidos pela outra parte envolvida; Nível 4 - Imagens fixas: são estabelecidas imagens preconcebidas com relação à outra parte, fruto de experiências anteriores ou de preconceitos que trazemos, fazendo com que as pessoas assumam posições fixas e rígidas; Nível 5 - Loss of face (“ficar com a cara no chão”): trata-se da postura de “contínuo neste conflito custe o que custar e lutarei até o fim”, o que acaba por gerar dificuldades para que uma das partes envolvidas se retire; Nível 6 - Estratégias: neste nível começam a surgir ameaças e as punições ficam mais evidentes. O processo de comunicação, uma das peças fundamentais para a solução de conflitos, fica cada vez mais restrito; Nível 7 - Falta de humanidade: no nível anterior evidenciam-se as ameaças e punições. Neste, aparecem com muita frequência os primeiros comportamentos destrutivos e as pessoas passam a se sentir cada vez mais desprovidas de sentimentos; Nível 8 - Ataque de nervos: nesta fase, a necessidade de se auto-preservar e se proteger passa a ser a única preocupação. A principal motivação é a preparação para atacar e ser atacado; 9 Nível 9 - Ataques generalizados: neste nível chega-se às vias de fato e não há outra alternativa a não ser a retirada de um dos dois lados envolvidos ou a derrota de um deles. 3.3. Resolução dos conflitos Na busca da solução dos conflitos organizacionais, Weeks, D.(1992, p.290): tradução Thereza Cristina (2013, p. 69-234) apresenta os oito passos essenciais para resolver os conflitos, são eles: Passo 1 – Crie uma atmosfera efectiva: A criação de uma atmosfera efectiva é um passo muito importante no processo de resolução de conflitos. É mais provável que se chegue a acordos mútuos quando se considera a atmosfera, lembre-se desta ideia: 1. Preparação pessoal – fazer o possível para se preparar de modo positivo para abordar problemas honestamente e abertamente. 2. Hora – escolher a melhor hora para ambos os lados envolvidos. Uma hora em que ninguém esteja se sentindo pressionado de nenhum modo. 3. Localização – onde você se encontra é tão importante quanto quando você se encontra. É melhor seleccionar um local em que todas as partes possam sentir-se bastante confortáveis. 4. Frases de abertura – tentem iniciar de um modo bom. Boas maneiras para se iniciar são aquelas que demonstrem disposição e boa vontade para abordar conflitos com uma atitude de grupo que enfoque em fins positivos. Deve-se também, assegurar a confiabilidade das partes envolvidas. Passo 2 – Esclareça percepções: Esclareça percepções individuais envolvidas no conflito. Porque não se pode resolver um problema se não se sabe sobre o que o problema é. Neste caso deve-se: 10 Acerte as partes do conflito - pergunte sobre o que ele é; Evite conflitos fantasmas – vá ao centro do problema e evite questões laterais; Esclareça se há e quais são os valores envolvidos; Reconheça que os lados envolvidos precisam um do outro para ser mais efectivo. Além disso, esclareça suas percepções do outro lado, evitando extereotipo; ouvindo cuidadosamente os argumentos dos envolvidos; reconhecendo os valores e necessidades do outro; enfatizar e perguntar por que eles se sentem dessa forma; e esquecer as más concepções que possam ter um do outro. Passo 3 – Enfoque nas necessidades individuais e compartilhadas: Concentre-se em necessidades compartilhadas. Perceba que cada indivíduo precisa um do outro para resolver os conflitos e obter sucesso. Preocupe-se em ir ao encontro das necessidades dos outros assim como de suas próprias. Quando tiver tempo para observar, verá que os indivíduos sempre têm necessidades em comum. Passo 4 – Construa uma força positiva compartilhada: Poder, força é feito de ideias, convicções e acções de outros. Uma visão positiva de força, de poder torna as pessoas mais efectivas. No lugar de poder com, encoraja poder sobre. O poder positivo promove a construção e o fortalecimento de parcerias. Quando as partes em conflito têm essa visão, elas podem encorajar uma a outra a usar poder positivo compartilhado, o que dá uma vantagem a todos os envolvidos porque a energia positiva de cada um é dedicada à busca de uma solução que valha a pena. Passo 5 – Olhe para o futuro e aprenda com o passado: Não atenha-se a conflitos negativos passados, senão não será possível lidar positivamente com o presente ou com o futuro. Tente entender o que aconteceu no passado e evite repetir os mesmos erros. Não sinta-se preso; 11 aprenda a partir de conflitos passados e perdoe. Diga aos outros: não estou aborrecido com você, mas com o que você fez. Passo 6 - Gerar opções Cuidado com respostas preconceituosas; Procure dificuldades comuns; Assegure-se de que há opções possíveis para todas as partes envolvidas; Coloque os desacordos de lado e enfatize opções que pareçam mais executáveis. Evite conflitos do tipo parafuso, que possam acontecer pela transmissão de opções que não funcionam para todos os envolvidos. Ao gerar opções: Perguntar primeiro sobre as opções do outro, escute e aprenda; tentar opções que fluam: faça novas sugestões; escreva-as; espere para discuti-las até que estejam na mesa; junte as opções semelhantes; afunile a lista preveja possíveis resultados analise todas as ideias, mesmo que pareçam tolas Imagine; Identificar as opções chaves, são elas que vão: ao encontro de uma ou mais necessidades compartilhadas; ao encontro de necessidades individuais e são compatíveis com as necessidades dos outros; usar força e poder mútuo positivo; melhorar o relacionamento; ser aceitável, mas preferivelmente que satisfaçam a todos envolvidos; Ao olhar para as opções, não deixe experiências passadas atrapalharem decisões e percepções do presente. Passo 7 - Desenvolva "acções possíveis de serem feitas" – Passos para acção. “Doables” são acções específicas que têm uma grande chance de terem sucesso. Doables são: as ideias que têm maior chance de sucesso; passos que nunca promovam vantagens injustas para qualquer lado; encontradas em informações compartilhadas de todas as partes; construtoras de 12 confiança – elas acrescentam confiança em actuarem juntas; acções que vão ao encontro de necessidades compartilhadas. Passo 8 – Fazer acordos que tragam benefícios mútuos: Acordos que tragam benefícios mútuos devem oferecer soluções duradouras para conflitos específicos, em vez de demandas, enfoque no desenvolvimento de acordos e encontre objectivos e necessidades compartilhadas; construa sobre coisas "Doable" trabalhando nas menores soluções; atente-se ás necessidades do outro, além de seus próprios interesses; reconheça os “dados” – coisas básicas que não podem ser alteradas ou concedidas; esclareça exactamente o que é esperado de você no acordo – suas responsabilidades individuais; mantenha o processo de parceria do conflito usando e compartilhando essas habilidades com os outros; esclarecer exactamente o que se espera de você no acordo - suas responsabilidades individuais; mantenha o processo de parceria nos conflitos para usar e partilhar as habilidades com os outros. 3.4. Como resolver o conflito Muitas das vezes não é aconselhável resolver um conflito imediatamente quando ocorre, mas sim permitir um pequeno intervalo, para que as emoções fortes que aparecem na altura da sua ocorrência não façam com que digas coisas das quais te irás arrepender. Para além disso, este intervalo também te dá um tempo de preparação (pensares bem no que queres e como queres dizer as coisas). É também importante escolher uma altura em que haja tempo para se falar calmamente (p.e. não escolher um espaço de 10 minutos entre duas aulas) e em privado (deves escolher um local em que possam falar a sós, sem serem interrompidos). Sendo assim, e sabendo que não podemos evitar os conflitos, torna-se importante compreendê-los para os podermos resolver da melhor forma. De seguida dar-se-á pistas sobre a melhor forma de resolver os conflitos. 13 3.5. Noção e Natureza Os conflitos nascem em certos momentos, desenrolam-se produzindo um conjunto de efeitos e extinguem-se. Constituindo o conflito de trabalho uma disputa de interesses, ele assume-se como meio através do qual se lhe deve procurar soluções adequadas ou encontrar formas de concertar a anormalidade que lhe deu origem. Existe conflito colectivo de trabalho quando se manifesta uma divergência de interesses por parte de uma categoria organizada de trabalhadores, de um lado, e uma categoria também organizada de empregadores, de outro lado, em torno de regulamentação existente ou das futuras relações de trabalho que interessam às partes. Geralmente o conflito de trabalho constitui embaraço para criação e desenvolvimento de um ambiente de paz social. É importante frisar que embora a abordagem seja na vertente de conflitos colectivos, existe também os individuais. Porém, qualquer tipo de conflito de trabalho, individual ou colectivo, consubstancia conflitos de interesses, na medida em que tem lugar quando os interesses das partes são divergentes e incidindo sobre interesses opostos. 3.6. Vantagens e Desvantagens do Conflito Como já foi referido o conflito numa organização pode ser benéfico e construtivo originando criatividade e mudança, ou prejudicial e destrutivo originando situações negativas. Estas vantagens ou desvantagens dos conflitos variam consoante o conflito é bem ou mal gerido. Deste modo, um conflito bem gerido acarreta consequências positivas e um conflito mal gerido acarreta consequências negativas. Neste sentido, Baron (1986, citado por Cavalcanti, 2006, p. 36) afirma que, "A consequência do conflito é uma moeda de dois lados, sendo o lado negativo composto de efeitos como bloqueio da comunicação, redução da coordenação, potencialização dos estereótipos negativos, mudança na direcção de uma liderança autocrática e redução da habilidade de buscar outras perspectivas, e o lado positivo é composto de ideias 14 com mais consideração e cuidado com as novas ideias, atenção redobrada nos problemas chave, maior probabilidade de inovação e melhoria do acompanhamento da performance". Segundo Beck (2009, citando Robbins, 2005, p. 372), o conflito nem sempre é funcional, ou seja, nem sempre apoia os objectivos do grupo e melhora o seu desempenho. Desta forma, o conflito disfuncional ou desnecessário, além do desgaste que gera algumas vezes, pode ser evitado se a organização oferecer as condições adequadas para as pessoas que nela trabalham (Beck, 2009 citando Likert, 1979). Segundo CHIAVENATO (2002, citado por Beck, 2009, p. 19), o conflito construtivo ou funcional “desperta os sentimentos, estimula energias, fortalece sentimentos de identidades com os objectivos e interesses, chama atenção para os problemas e testa a forma como são ajustadas as diferenças entre as partes envolvidas”. Por seu lado, o conflito destrutivo ou disfuncional desperta aos envolvidos um sentimento de frustração, hostilidade e ansiedade, estimulando o bloqueio das actividades e acaba por desviar as energias para o conflito. Neste caso ganhar a disputa torna-se mais importante que resolver a divergência com eficácia. Portanto, o Conflito é construtivo ou positivo quando contribui para melhorar a qualidade das decisões, quando estimula a criatividade e a inovação, encoraja o interesse e a curiosidade entre os membros o grupo, fornece um meio para as tensões serem libertadas e cria um ambiente de auto-avaliação e mudança. O que se tem verificado é que os trabalhadores tendem a dar o seu melhor quando existe companheirismo e amizade (cooperação) no local de trabalho. 3.7. O Papel dos gestores na Resolução de Conflitos Segundo McIntyre (2000, p. 296) refere que: 15 Em qualquer organização a existência de conflito com baixos níveis deixa a organização vulnerável à estagnação, à tomada de decisões empobrecidas, mesmo à falta de eficácia, enquanto que possuir conflito em demasia encaminha a organização directamente ao caos. Nesta perspectiva convém lembrar que o conflito só por si não é “mau”, tendo que haver um certo nível de conflito para que a organização tenha níveis máximos e optimizados de eficácia. Assim, é a gestão do conflito que se revela necessária, podendo passar pela negociação ou por outras estratégias, e não a sua eliminação. Mas esta atitude levanta uma questão: Quem irá ajudar na gestão do conflito, quem tem poder e a influência necessários para criar uma situação em que o conflito se constitua positivo e não um fardo? A resposta mais óbvia é que este papel cabe aos gestores, uma vez que eles têm a formação adequada e o poder, bem como mais possibilidades de ajudar a gerir o conflito no local de trabalho. Fayol (1990, citado por Cavalcanti, 2006, p. 17) definiu que as funções do gestor de uma organização passam por prever, organizar, comandar, coordenar e controlar, defende que o papel do gestor é “fazer funcionar o corpo social de uma empresa”. Por seu lado, Bernard (1972, citado por Cavalcanti, 2006, p. 17) definiu que o papel do gestor é de “facilitar a conciliação de posturas conflituantes, adaptar as pessoas ao processo de cooperação, tomar decisões e incutir o senso moral”. Mintzberg (1973, citado por Cavalcanti, 2006) diferencia-se de Fayol, pois afirma que as funções definidas por este sobre o papel do gestor são escassas e pouco fundamentadas. 16 3.8. O Papel de um gestor na Resolução de Conflitos O gestor intervém na resolução de conflitos entre os trabalhadores no sector laborais através da conciliação, mediação e arbitragem. A liderança de um gestor é essencial agora mais do que nunca, porque a maior desafio actuais dos gestores de RH tende e/ou têm que possuir o CHA; diferentes papéis e habilidades dos executivos. De acordo com MASCARENHAS (2008, p.184), ao se definir competências, é fundamental perceber a singularidade que caracteriza cada evento e, como consequência, o exercício das competências. Assim, deve-se observar quais materiais necessários à elaboração de determinado trabalho, quais sistemas serão utilizados e as condições necessárias para exercer tal competência. Assim sendo, a competências será então um conjunto três elementos: Conhecimento = Saber: O conhecer não definitivo, ou seja, é uma busca constante em aprender, reaprender e sempre buscar aumentar o conhecimento; Habilidade = Saber fazer: Usar o conhecimento para resolver problemas e ter criatividade para resolver não só problemas, mas para criar novas ideias; Atitude = Competência = Saber fazer acontecer: É obter bons ou excelentes resultados do que foi feito com conhecimento e habilidade. O conjunto de CHA formam as competências, ou seja, as características, o que a pessoa aprendeu e ainda irá aprender, a busca dos resultados pessoais e da organização unificados e tudo aquilo que tem como postura para realização de todas as tarefas. 3.8.1. Diferentes papéis dos executivos na resolução de conflitos Bennis e Nanus (1988, P. 56 e 57) Os executivos realizam trabalho por meio de trabalho de outras pessoas. Eles tomam decisão, aplica recursos e dirigem as actividades e outro com intuito de atingir determinados objectivos. Os executivos trabalham em uma organização que é uma unidade social conscientemente coordenada, composta de duas ou mais pessoas, que 17 funciona relativamente contínua para atingir um objectivo comum. Os executivos desempenham papeis diferente, altamente interligados, ou conjuntos de comportamentos atribuíveis as suas funções. Estes papeis podem ser agrupados de acordo com suas características básicas reactivas ao relacionamento interpessoais; a transferência de informações e a tomada de decisões: a) Papel de relacionamentos interpessoais: o executivo precisa de realizar tarefa cerimonial e simbólica. Ex: quando um director de uma faculdade entrega diploma aos formandos na colocação de grau, ou quando um gerente de produção conduz um grupo de estudantes numa fábrica, ele desempenha o papel de figura de proa (proactividade); b) Papel de informação: todo os executivos, obtêm de alguma modo informações de outras organizações e instituições; c) Papel de decisão: refere que os gestores sejam empreendedor, gerênciador de turbulência e negociadores. Uma organização é constituída por pessoas com papel formalmente determinados que trabalharão em conjunto para alcançar os objectivos. 3.8.2. Habilidades dos executivos Segundo HUNTER (2004, p.23) “liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objectivos identificados como sendo para o bem comum”. Sabe-se, pois, que um gestor requer habilidades para persuadir, inspirar, enfatizar e articular sentimentos. Muitos indícios atestam-se que as pessoas emocionalmente competentes que conseguem lidar bem com seus sentimentos possuem grande capacidade de articulação nas lideranças e habilidades. Em ritmos de inovação técnica e das mudanças ambientais, o seguimento operacional da estrutura se concentra na carreira profissional na qual as organizações buscam administrador ou gestores cujo perfil tenha habilidades técnicas; 18 humana e conceituais: a) Habilidades técnicas: engloba a capacidades de aplicação de conhecimentos ou especialidade específica, quando pensamos nas habilidades de profissionais como engenheiros, geralmente temos em mente as suas habilidades técnicas, é o saber fazer consoante a sua formação, isto é, por meio de educação formal extensiva, ele obtiveram conhecimentos e as práticas especifica das suas áreas; b) Habilidades humanas: é a capacidade de trabalhar com outras pessoas, compreendendo-as e motivando-as, tanto na mente assim como em grupo, define habilidades humanas. Muitas pessoas são tecnicamente profissionais, mas incompetentes nos relacionamentos inter-pessoais, elas podem não ser bons ouvintes, incapaz de entender habilidades dos outros ou ainda ter dificuldade para administrar conflitos. Como executivos realizam coisas de trabalho de outras pessoas, eles precisam ter habilidades humanas para se comunicar, motivar e delegar; c) Habilidades conceituais: os administradores ou gestor precisa de entender com clareza como as partes e as funções de organização se ajustam e inter-relaciona. Os executivos precisam de ter capacidade mental para analisar e diagnosticar situações complexas. Um executivo pode possuir competências técnicas e humana, mas fracassar por incapacidade de processar e interpretar racionalmente as informações. 19 CAPITULO IV 4. O Meu Parecer final: como gestor de RH na resolução de conflitos De acordo com Caravantes (2004) o autor do texto: “Educação centrada no cliente” ele relata alguns requisitos necessários no perfil do gestor como indicador de sucesso como: 1. Conhecimento: Não importa qual seja o tipo de negócio, é necessário que busque maior volume de informações sobre os assuntos aos quais lhes são predestinados, esteja sempre sintonizado e actualizado com todas as informações possíveis por meio da tecnologia via internet e outros; 2. Motivação: Não há conhecimentos que possam ser aproveitável e aceitável em qualquer organização se o perfil do gestor não for direccionado aos grupos de forma motivadora. E essa motivação advém de várias formas: Como um bom dialogo, boa aceitação, treinamentos de forma motivadores, entre outras formas agradáveis dirigidas ao pessoal envolvido no processo organizacional em qualquer ambiente de trabalho; 3. Objectivos Claros e Desafiantes: São processos essenciais no perfil do gestor. Saber inserir a todos nas tomadas de decisões de forma clara com objectivos traçados e definidos, dando oportunidades a todos de irem a busca dos resultados desafiadores e concretos; 4. Acção: Falar menos e agir mais, Esse é um dito popular consagrado pelo povo. O gestor precisa de acções nas tomadas de decisões de forma positiva para obter rendimentos e sucessos. Seja equilibrado e insistente através da energia da motivação e da obstinação; 5. Resultados: Concentre-se no ponto final como meta prioritária. Em gestão o fazer deve necessariamente conduzir aos resultados previamente planejados. Concentre-se neles. O fazer de forma consciente e democrática irá conduzir previamente aos resultados. Como futura gestora de recursos humanos e segundo algumas experiencias pessoais, lidar com o conflito é uma tarefa nada fácil porque requeri grandes habilidades humanas 20 e intelectuais acompanhada com uma grande capacidade de escuta, avaliação e selecção. Pois os conflito surgem do nada ou as vezes de factos fundamentalmente aceitável como: grau académico, nível de vida, capacidade de integração e antipatia, divergência de ideias e metas entre outros. E para poder compreende-lo é necessário estar ao nível de cada parte envolvido nele pois isso facilitara o uso de uma linguagem eficaz de capaz de abranger todos os níveis e status dos integrados. Nunca se pode dar passos para minimização ou resolução do conflitos sem que antes se busque as reais causas do mesmo, pois seria cansativo gastar forças em resolver algo que se desconhece a sua origem Faz bem resolver um conflito dentro de um a organização, pois quando só quando se está em paz é possível trabalhar em harmonia para a maximização dos lucros para a organização e criação de uma atmosfera saudável entre os colaboradores que lhe motivara a trabalhar mais para o alcance das metas da organização e na realização dos seus projectos pessoais sem nada prejudicar a organização. É e deve ser sempre o papel de um gestor saber guardar sigilo das pessoas que a ele recorre em caso dos conflitos e procurar meios possíveis para que os conflitos não seja prejudicial ao organização. 21 5. Considerações finais O conflito faz parte da nossa vivência enquanto seres sociais em constante interacção com os outros, ele é parte integrante da vida dos seres humanos. A sua existência não é prejudicial, antes pelo contrário, promove o crescimento e desenvolvimento. A sua anulação ou inexistência não seriam de modo algum benéficas quer para os indivíduos quer para as organizações. O desenvolvimento do tema situa-se essencialmente no âmbito da gestão de conflitos e consequente satisfação dos trabalhadores no contexto empresarial, pretende-se especificamente analisar os estilos de gestão de conflitos e as diversas dimensões inerentes à satisfação no trabalho. Para responder ao objectivo geral definido aplicámos um questionário a 100 colaboradores de uma empresa do ramo das telecomunicações. Com o estudo efectuado concluímos que relativamente à estratégia de gestão de conflitos a que os colaboradores da amostra mais recorrem é a Partilha, o que significa que no geral os colaboradores quando enfrentam uma situação de conflito cedem sempre algo nas suas posições ou opiniões. De seguida, surge o estilo Colaboração que implica a colaboração entre as partes e, consequentemente, leva a uma maior abertura de negociação, pressupondo uma alta preocupação consigo próprio e com os outros. O estilo menos utilizado foi o de Evitamento, ou seja, o fugir ao problema pressupondo uma reduzida preocupação consigo mesmo e com os outros. Em relação à (in) satisfação no trabalho, as dimensões que registaram maiores níveis de satisfação foram: satisfação com o reconhecimento profissional, com o suporte organizacional, com o relacionamento afectivo no trabalho, com a utilidade social da organização e do trabalho e insatisfação com a sobrecarga de trabalho e com a falta de suporte psicossocial. Como resultado da análise inferencial confirmou-se a existência de relação estatisticamente significativa entre as variáveis vínculo profissional e os estilos de gestão de conflitos (colaboração, acomodação, partilha e evitamento). 22 Bibliografia ALVARENGA, M. A.; ROSA, M. V de F. p. do C. R.. Apontamentos de Metodologia para a ciência e técnicas de redacção científica. 3ª ed. - Porto Alegre: SAFE – Sérgio António Fabris Editor, 2003 p. 181. BENIS, Warren e NANUS, Burt, Líderes – estratégias para a verdadeira liderança. Trad. Auriphebo Berrance. São Paulo: Harbra, 1988 CHALVIN, Dominique; EYSSETTE, François. Como resolver pequenos conflitos no trabalho. São Paulo: Nobel, 1989. CHIAVENATO, I.. Introdução à teoria geral da administração. 6.ed. São Paulo: Campus, 2000. 640 p. CURY, A. Organização e métodos: Uma visão holística. – 7. ed. rev. E ampl. – São Paulo: Atlas, 2000. 608 p. DIMITRIUS, Jô-Ellan; MAZARELLA, Mark. Decifrar pessoas: como entender e prever o comportamento humano. São Paulo: Alegro, 2000. DAFT, R. L. Organizações: Teoria e Projecto. São Paulo, Pioneira, 2002. 632 p. FIORELLI, J. O.; FIORELLI, M. R.; MALHADAS, J., Mediação e solução de conflitos: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1° Ed. 2008. 312 p. GIL, A. C. 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