UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A COMUNICAÇÃO CORPORATIVA PLANEJADA ESTRATEGICAMENTE CONTRIBUI NO PROCESSO DE EVOLUÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES Por: Mara Cristian Godoy Silva Orientador Prof. Fernando Lima Rio de Janeiro 2010 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A COMUNICAÇÃO CORPORATIVA PLANEJADA ESTRATEGICAMENTE CONTRIBUI NO PROCESSO DE EVOLUÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Comunicação Empresarial. Por: Mara Cristian Godoy Silva 3 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, a minha mãe, ao meu irmão e a minha madrinha que sempre me incentivaram e apoiaram ao longo da minha jornada. Aos novos amigos que conquistei e às amizades que se firmaram ao longo do curso de pós-graduação. 4 DEDICATÓRIA A minha madrinha Jussara e a minha mãe, pelo apoio e incentivo constante. 5 RESUMO Esta monografia retrata a importância da Comunicação Corporativa como ferramenta estratégica para o crescimento e desenvolvimento das organizações. As organizações são dependentes de seus públicos, e o seu sucesso depende das habilidades de comunicação estabelecidas entre eles, caso contrário, o futuro da organização estará destinado ao fracasso. Deve-se considerar que a organização que evidencia a comunicação com uma postura mais direcionada ao desenvolvimento de relacionamentos, é valorizada pelos clientes, proporcionando a criação de confiança e comprometimento destes em relação à empresa. Este trabalho retrata como a Comunicação Corporativa se trabalhada estrategicamente, pode alavancar resultados positivos, através da integração das comunicações interna, externa e institucional. Com base nesse contexto, o objetivo desse trabalho é analisar como a comunicação pode ajudar na construção e manutenção da imagem e reputação das organizações, desde que a comunicação interna e externa estejam articulada, influencia no relacionamento com seus públicos de interesse, e é fundamental para o gerenciamento de crises. O estudo baseou-se numa pesquisa bibliográfica e num estudo de caso do Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher – CEPEM, apontando como a Comunicação pode ser vista e considerada ferramenta estratégica, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento organizacional e na consolidação de relacionamentos efetivos com seus públicos interno e externo, priorizando uma boa imagem e reputação no mercado atuante. Palavras-chave: Comunicação; Comunicação Corporativa; Comunicação Interna; Comunicação Externa, Comunicação Institucional; Estratégia. 6 METODOLOGIA A metodologia utilizada neste trabalho foi pesquisa bibliográfica em livros de comunicação empresarial. O Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher – CEPEM foi também um objeto de estudo, através de observações cotidianas, a partir da minha vivência como funcionária. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Comunicação Corporativa 09 CAPÍTULO II - A Comunicação como Ferramenta Estratégica para as Organizações 25 CAPÍTULO III – Estudo de Caso : CEPEM 45 CONCLUSÃO 55 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 56 ÍNDICE 58 FOLHA DE AVALIAÇÃO 60 8 INTRODUÇÃO Em meio à globalização, é importante que as empresas se conscientizem sobre como a Comunicação é primordial para o crescimento e desenvolvimento organizacional. As empresas estão buscando intensamente investir em estratégias com ações balizadas pelos novos paradigmas de qualidade, produtividade e competitividade, pois reconhecem que a realidade atual, é caracterizada por rápidas mudanças e avanços tecnológicos. Essas mudanças afetam todos os relacionamentos da empresa com seus públicos, portanto as organizações necessitam mais do que nunca de uma comunicação completa que preencha suas necessidades e as dos públicos. A Comunicação deve ser vista pelas empresas como um investimento e fator importante para o planejamento e desenvolvimento da organização, pois qualquer organização que queira se manter no mercado, é indispensável à troca de informações, pois a comunicação tem como objetivo despertar o interesse dos públicos com os quais a empresa se relaciona, gerando uma imagem satisfatória da organização. A Comunicação Empresarial deve ser sistêmica. Ela não existe para resolver problemas momentâneos, ela deve fazer parte da empresa, da estrutura organizacional. Precisa ser considerada como ferramenta estratégica e, um instrumento que constante e incessantemente auxilia as organizações a atingir suas metas e objetivos. Comunicar é preciso, principalmente nos dias de hoje, pois vivemos numa era de ritmo acelerado de transformações e contextos cada vez mais complexos, onde as organizações precisam buscar novas lógicas de gestão para enfrentar a competitividade. 9 CAPÍTULO I COMUNICAÇÃO CORPORATIVA A Comunicação Corporativa surge como importante ferramenta de gestão, assumindo a responsabilidade de relacionar-se com seus diversos públicos, de forma eficiente e eficaz, além de ajudar na construção e preservação da imagem da empresa, e de seus produtos e serviços. “A comunicação corporativa ou corporate affairs, como é denominada internacionalmente, é uma nova função da administração que macroambiente dos busca conhecer negócios o para micro e identificar oportunidades e recomendar ações de comunicação que possam resultar em identidade imagem e reputação positivas para as empresas.” (NETO, 2010, p.1) Atualmente, é vista como uma ferramenta estratégica para alavancar os negócios, e fundamental para os relacionamentos estratégicos com seus públicos. “Comunicação Empresarial implica uma estratégia a ser praticada de modo competente. (BAHIA, 1995, p.13) A empresa se comunica e interage com a sociedade, passando a ser um pólo de informações, por isso quanto mais esclarecida for a organização sobre seu papel social, mais apta estará para informar. Nos últimos anos, as empresas gradativamente aumentaram o nível de preocupação com seus funcionários, os mesmos passaram então a serem chamados de colaboradores corporativos, cidadãos corporativos entre outros nomes, onde aproxima e integra mais o funcionário com a empresa. Atualmente as empresas constataram que, para ter um bom resultado, não é necessário apenas investir em alta tecnologia para as máquinas, mas 10 também é preciso investir no corporativo, e para dar início a essa mudança de visão, o primeiro passo é obter uma comunicação eficaz. “A nova ordem, agora, é a das ações estratégicas e integradas (consequentemente, eficazes) capazes de encantar os públicos de interesse, captá-los e retê-los, por meio do estabelecimento de uma verdadeira relação de parceria, regida pela troca de valores.” (KELLER, 2006, p14) Melhorar o fluxo de mensagens dentro da organização é uma tarefa que requer entender as relações interpessoais, a mensagem, a forma como ela é transmitida e qual a maneira que seu público-alvo tomará conhecimento, evitando as distorções na interpretação das informações. Segundo Bahia (1995, p.17): ”para que sejam eficazes, sistemas ou estruturas de comunicação empresarial precisam ter consistência profissional, adequada apresentação, compatibilidade de pensamento e ação, bi-direcionamento. Esse processo dever ser genuinamente benéfico para a empresa, os empregados e os consumidores (ou público externo).” A Comunicação Corporativa possui uma grande importância estratégica para se trabalhar a imagem e a reputação da empresa, desde que muito bem planejada, e será mais do que comunicação, se souber gerar um relacionamento com seus públicos, de maneira eficiente e eficaz, através de uma relação transparente e sólida, gerando um vínculo emocional. 1.1 – A Importância da Comunicação nas Organizações Em uma sociedade em constantes mudanças, observar a importância da comunicação nas organizações, é estar atento aos esforços e aos 11 investimentos realizados para a criação e manutenção de uma boa imagem junto à sociedade e à opinião pública. Assim, estar apto a participar deste mundo de comunicação, é regra básica para as organizações que querem se manter ativas. As empresas passam por transformações crescentes ligadas aos avanços científicos e tecnológicos. Essas transformações levam às modificações, não apenas de equipamentos, mas também nos processos de trabalho e na gestão de pessoas. Se as empresas investirem em Comunicação e esta for bem planejada, ajudará a resolver possíveis entraves e a buscar alternativas para a solução de problemas e para a melhoria de produtos e serviços com os quais trabalha. “Tendo por objetivo a melhoria do produto ou de serviços, a valorização dos recursos humanos ou a construção da imagem compatível com a confiança do mercado, a empresa pode investir para ser bem informada e informar bem.” (BAHIA, 1995, p.16) A comunicação não é só a palavra-chave que move a sociedade atual, pois deve ser vista como resposta para grande parte dos problemas enfrentados pelas instituições. O ato vai além de dizer algo que está sendo feito ou informar alguém sobre alguma coisa, representa a congregação de todos os envolvidos em um processo. Comunicar significa criar canais, abrir redes, propagar dados, tonar público, divulgar, valorizar, apoiar, entre outras atitudes que vão acontecendo e fazem com que as organizações ganhem crédito de todos os públicos que estão envolvidos por suas ações. Isso significa contar com um grande aliado que irá antecipar as mudanças, trabalhando para que as mesmas sejam abordadas positivamente. “ (...) conhecer o funcionamento e as técnicas de comunicação, observar, pensar e aprender sobre elas é, sem dúvida, necessário.” (PIMENTA, 2004, p.29) As ferramentas e as estratégias vão se complementando e oferecendo também novos cenários e possibilidades de inserção. Os investimentos nesta 12 área retornam através de reconhecimento, valorização do trabalho realizado e composição de uma nova imagem institucional. As empresas precisam focar não somente o seu produto, mas o mercado como um todo, com isso a Comunicação está intimamente ligada à competitividade da empresa e a sua sobrevivência. Bahia (1995, p.26) afirma: “ (...) a empresa busca apoio na comunicação ora para se revelar, ora para justificar, ora para participar.” A importância da comunicação no processo de desenvolvimento organizacional tem intenção de criar condições, para que os gestores percebam que os processos comunicacionais não são apenas estabelecidos por emissor e receptor. Eles são responsáveis pelo compartilhamento de idéias e sucesso dos trabalhos em equipe tão requisitados na atualidade. O foco das preocupações empresariais é enfrentar a competitividade e sobreviver no mercado globalizado. Os gestores que conhecerem mais detalhadamente os processos comunicacionais, terão maior facilidade de enfrentarem problemas, e deixarão para trás a idéia de que a comunicação apenas envolva emissor e receptor. Argenti (2006) afirma que, as empresas devem desenvolver uma estratégia geral, estimando seu esforço de comunicação com base na sua missão e visão organizacionais. “A comunicação dentro da empresa contribui para definição e concretização de metas e objetivos, além de possibilitar a integração e equilíbrio entre seus componentes (departamentos, áreas, funcionários, etc).” PIMENTA (2004, p.58) Com a concorrência existente hoje no mercado, as empresas foram obrigadas a aumentar a qualidade dos serviços prestados, e para uma organização passar por uma fase de crise, seja ela financeira, de imagem ou qualquer outro tipo, é necessário um envolvimento completo e intenso de todo quadro de funcionários, pois cada um terá uma função diferenciada, e que consequentemente, fará a diferença na recuperação da empresa. 13 “Em cenários de competitividade e em ambientes onde a informação é considerada um dos principais ativos da empresa, como parte essencial do capital intelectual, é preciso pensar em processos de comunicação que considerem o desafio da pluralidade existente em organizações. (...)” KUNSCH (2008, p.125) As empresas devem estar aptas a informar suas atividades, expor suas idéias e opiniões à sociedade, com o intuito de esclarecer suas ações, a fim de obter compreensão e reconhecimento para seus produtos e / ou serviços. 1.2 – Comunicação Interna Pimenta (2004) afirma que, a estrutura tradicional de uma empresa é burocrática, técnica, racional e normativa, não havendo espaço para sentimentos e emoções, e que essas características tendem a impedir a expressão, participação e engajamento dos trabalhadores. Como resultado a motivação pode diminuir, comprometendo o processo produtivo. Segundo Bahia (1995), a Comunicação Interna deriva-se da necessidade de transmitir ao público da casa, ou seja, transmitir a todos os funcionários, com freqüência e clareza, o pensamento e a ação da empresa, destacando-se as posições que assumem seus dirigentes e a consciência da função social que têm. Demorou um pouco, mas os empresários estão percebendo que de nada adianta agir com autoritarismo ou descaso com os funcionários de sua empresa, pois esse tipo de atitude só prejudicará a ele mesmo. No novo mundo corporativo, os gerentes antes vistos como autoridade inquestionável, agora tendem a serem vistos como líderes, pessoas que fazem parte da corporação e têm o papel de ouvir seus subordinados e transmitir as informações e decisões da empresa de forma clara. Os líderes da empresa, conforme citado acima, também são cidadãos corporativos e devem estar preparados para exercer sua liderança, devem ter conhecimentos técnicos, ser 14 bons gestores e negociadores, além de capacitados para ter um relacionamento com os demais cidadãos corporativos, principalmente os subordinados a eles. Segundo Kunsch (2008, p142) “ a fala exerce grande influência sobre as atitudes e o comportamento dos outros.” Kunsch (2008) afirma que o diálogo é uma prática de comunicação, que visa transformar os que nela se envolve, e que, quando as organizações começarem a integrar esta prática as suas operações, serão alteradas as formas de trabalho do século XXI. Matos (2009, p.105) confirma que “a empresa que incentiva a manifestação de idéias e o franco diálogo entre os seus funcionários tem grande potencial para superar crises e ser bem-sucedida em seu segmento de atuação.” Há alguns anos, o RH (Recursos Humanos) era o único departamento que representava as pessoas nas empresas, todos os outros se isentavam de quaisquer responsabilidades sobre a questão das pessoas dentro da organização. As grandes corporações perceberam a necessidade da criação do Departamento de Comunicação, não apenas com a atribuição de comunicar, transmitir informações, mas também ser responsável por mudar o comportamento dos cidadãos corporativos, a fim de que eles realizem um desempenho melhor, chegando assim, mais rápido as suas metas. Este departamento é implantado devido a necessidade que as organizações perceberam na hora de dialogar, pois segundo Kunsh (2008), o diálogo exige conversação e consome tempo. Ela afirma que o diálogo dentro das organizações envolve três aspectos importantes que são: a comunicação, o desenvolvimento de líderes e a transformação da estrutura organizacional. A comunicação, em geral, envolve uma mensagem emitida por uma pessoa para uma ou mais pessoas, resultando no entendimento comum da mensagem, porém, Kunsch (2008, p. 142) ressalta que “apesar de sua recorrente importância e de seu peso nas relações interpessoais, pouco os executivos sabem a respeito de seu uso adequado e do lugar que ela ocupa no mundo do trabalho.” 15 A liderança é um processo social no qual se estabelecem relações de influência entre as pessoas. Toda pessoa é capaz de exercer influência sobre as outras. “(...) pessoas que realmente lideram apresentam grande capacidade de adaptação e estilo de liderança às necessidades das situações e de seus seguidores. (...) O desenvolvimento de executivos e o treinamento de liderança são práticas correntes nas organizações, mas é necessário verificar o quanto eles conseguiram aplicar nas suas rotinas profissionais, afetando o comportamento das pessoas e promovendo mudanças reais e duradouras.” (KUNSCH, 2008, p.143-144) Kunsch (2008, p.149 e p.151) afirma que “a base da comunicação de líderes e liderados se dá por meio de relacionamentos”, e que “o diálogo exige investimentos em lideranças (...).” Em relação a estrutura organizacional, as empresas vêem a necessidade constante de acompanhar mudanças mercadológicas e manterem se competitivas no mercado, e para isso é evidente um amplo conhecimento da cultura e clima organizacional, e a comunicação se utilizada de forma adequada, será um veículo facilitador nas diferentes questões organizacionais e ajudará a amenizar os diferentes impactos gerados pelas mudanças nas empresas. Kunsch (2008, p.144) diz que “relacionar e sobrepor comunicação, liderança e culturas de colaboração e parcerias são fundamentais para obtermos uma análise do todo de forma abrangente.” A comunicação pode e dever ser usada para criar ou reforçar relacionamentos com os funcionários. Matos (2009, p.102) diz que “o ambiente organizacional favorável à gestão participativa facilita a troca de idéias e o surgimento de soluções inovadoras.” 16 Argenti (2006, p.167) afirma que “ (...) o ambiente em constante mudança do mundo dos negócios criou a necessidade de uma comunicação interna mais sólida.” Na comunicação interna, é possível trabalhar motivação, integração, clima favorável, imagem forte, agir em grupo, por exemplo. O processo de atribuir à comunicação uma função estratégica nas empresas contribui na capacidade de gerar resultados que transformam todo o ambiente empresarial, desde que haja um trabalho contínuo, na melhoria da qualidade dessa comunicação. 1.2.1 – Comunicação Administrativa Em uma organização a comunicação flui de maneira formal ou informal. A comunicação formal é toda e qualquer forma de comunicação oficial, ou seja, mensagens enviadas diretamente da presidência, gerências, ou do departamento de comunicação. É caracterizada por ordens, mensagens repassadas por relatórios, circulares, memorandos, trazendo formalidade à informação, desenvolvida pelos níveis gerenciais e dentro dos parâmetros da empresa. “ (...) circulam as mensagens oficiais e legitimadas pela estrutura da empresa (...) (PIMENTA, 2004, p.68) A comunicação Informal é aquela em que não podemos confiar totalmente no conteúdo e na fonte, a forma mais comum de comunicação informal é o chamado „rádio peão‟ também chamado de „rádio corredor‟. Esse tipo de informação não é muito aceita pelos empresários, mas com a ajuda dos profissionais de comunicação já estão sabendo contornar esse problema e fazendo dela uma ferramenta aliada aos objetivos da empresa. 17 “Os canais de informais de comunicação das empresasuma rede que inclui desde conversas particulares nos corredores entre curiosidades dois funcionários até contadas no refeitório – as últimas devem ser considerados um veículo de comunicação empresarial tanto quanto o são os boletins ou as reuniões ou as reuniões com os funcionários, (...) afirma que os canais informais são responsáveis por mantê-los a par de grandes mudanças na empresa distribuindo mensagens de maneiras mais rápidas e confiáveis do que os canais formais, tornam-se ainda mais crucial que os gerentes se valham deles.” (ARGENTI, 2006, p.186) Para Pimenta (2004) „Rádio Peão‟ é uma rede de comunicação complexa, informal e muito eficiente, onde circulam diversas informações notícias e rumores de interesse dos funcionários profissional ou status. Na maioria das vezes, o „rádio-peâo‟ somente torna-se um veículo de comunicação interna se a empresa não está preparada para o assunto. Se a empresa não tem um conhecimento das ferramentas que podem ser utilizadas para se comunicar com o funcionário, ou não as utiliza de forma adequada, as informações oficiais se tornarão informações não-oficiais e não serão transmitidas de forma clara e abrangente. Os fluxos de comunicação são determinados pelo caminho percorrido pelas mensagens, desde quando saem do emissor até chegar ao receptor, que pode ser pela direção descendente, ascendente, horizontal. O fluxo descendente vem de cima para baixo na estrutura organizacional, dos níveis mais altos para os níveis mais baixos, ou seja, da parte superior ao subordinado. O fluxo ascendente são informações que os subordinados emitem aos seus superiores. O fluxo horizontal acontece entre as pessoas com atribuições equivalentes. 18 1.3 – Comunicação Externa A comunicação empresarial externa trata de toda a comunicação voltada ao ambiente externo da empresa. Quando uma organização se propõe a oferecer um produto ou serviço, automaticamente estabelece um diálogo com o seu público-alvo, com a comunidade, governo, fornecedores, colaboradores, entidades e sociedade de modo geral. Uma estratégia de comunicação externa eficaz pode ser determinante para o sucesso de uma organização. Bahia afirma que: “Nesse processo se incluem toda a veiculação de informações e todos os comunicados emitidos pela organização empresarial para um público ou uma opinião pública fora dos limites internos. Em geral, o uso que a empresa faz dos meios de comunicação para o fim de tornar conhecidas as suas mensagens.” BAHIA (1995, p.33) É necessário que as empresas invistam na comunicação externa, mas para isso, devem-se definir seus públicos prioritários, ou seja, investir em pesquisas para conhecer melhor o público com o qual quer se comunicar. “A pesquisa de opinião desenvolvida junto aos públicos externos, também desempenha papel fundamental na vida de uma organização.” (KELLER, 2006, p.27) Para Luppetti (2007) a comunicação mercadológica tem diversos públicos, e é necessário estabelecer objetivos para se comunicar, e consequentemente, criar um relacionamento duradouro com os mesmos. Ela afirma ainda, que a escolha dos stakeholders não é uma tarefa fácil e que dependerá dos objetivos e as prioridades a ser tratados, como por exemplo: trabalhar um novo posicionamento para atingir a liderança de mercado; fidelizar a marca; mudar o hábito do público-alvo; tentar usar o produto de outras maneiras; reforçar a idéia de pioneirismo e qualidade da empresa. Cabe a empresa priorizar os stakeholders de acordo com o interesse da organização. 19 Conhecer valores, conceitos culturais, padrões socioeconômicos e comportamentais do consumidor – alvo orienta na montagem de estratégias e ações que serão utilizadas para se comunicar com o público-alvo. Por isso, a pesquisa é uma ferramenta de grande utilidade para as organizações. A comunicação externa cumpre um papel importante no gerenciamento da imagem institucional, e abrange as atividades de assessoria de imprensa, relações públicas, promoção, publicidade e propaganda, jornalismo empresarial e os programas de identidade visual. 1.4 – Comunicação Institucional A Comunicação é vital para qualquer tipo de organização ou instituição, seja ela do varejo, prestadora de serviços ou filantrópica. É através da comunicação, que uma organização se manifesta e tem a sua imagem destacada junto à opinião pública. É a forma pela qual mantém um relacionamento com seus diversos públicos, tanto interna quanto externamente, e consegue gerar influência e defender seus interesses. A Comunicação Institucional precisa ser muito bem elaborada, pois prioriza a imagem da organização. E para isso, precisa ser mais entendida e mais compreendida pelo próprio corpo da organização. “A comunicação institucional é o conjunto de ações, que visa divulgar informações aos públicos de interesses sobre os objetivos, as práticas, as políticas e ações institucionais da organização. O objetivo principal é construir, manter ou melhorar a imagem da empresa no mercado perante esses públicos.” (TAVARES, 2009, p.62) Kunsch (2008) considera vital para as organizações a gestão cuidadosa da imagem corporativa, revelando claramente os aspectos dessa imagem para os públicos. 20 Nos dia de hoje, em que o mercado é extremamente competitivo, o que diferencia uma organização da outra é exatamente a maneira como ela se relaciona com seus públicos e a imagem que esses públicos têm dela. Matos confirma: “Que a empresa moderna necessita estar presente junto a seus públicos, seja para divulgar o que produz, seja para fortalecer a sua imagem e firmar a sua marca no mercado. A vantagem competitiva de uma empresa está hoje diretamente relacionada à estratégia de comunicação com seus públicos.” MATOS (2009, p. 81) A imagem da organização forma o seu maior patrimônio, que deve ser construído e preservado a qualquer preço, pois dessa manutenção, dependerá a sobrevivência da mesma. É seguramente um dos ativos intangíveis mais valorizados pelas empresas, devendo ser gerenciado minuciosamente para que a mesma se beneficie permanentemente dessa imagem. A postura das organizações perante a uma situação de crise é um aspecto que vem sendo valorizado pelo cliente, nos dias de hoje, pois dependendo da posição da empresa, o consumidor passa a confiar mais na organização, minimizando os efeitos da crise. “A crise é um evento específico e inesperado, que cria altos níveis de incerteza e ameaça às empresas e aos seus públicos e geram grande pressão por respostas sobre as suas causas e conseqüências.” (NETO, 2010, p. 179) Tavares (2009) esclarece que a comunicação é imprescindível no gerenciamento de crises e emergências, já que a crise é um acontecimento inesperado, que pode desestabilizar uma organização, comprometendo sua imagem perante aos públicos de interesse. A imagem organizacional é um dos motivos, na atualidade, da constante preocupação das empresas, pois é importante manter uma imagem positiva junto à opinião pública. 21 A comunicação se planejada estrategicamente, torna-se uma ferramenta eficaz, que a organização terá para interagir com o ambiente onde atua, por ser responsável pela criação e / ou manutenção de uma boa imagem perante o mercado. Neto (2010) explica a chamada comunicação de risco, prioriza um conjunto de técnicas desenvolvidas, para ajudar as empresas e seus dirigentes a se comunicarem com seus públicos, em situações reais ou potencias de conflito de interesses. Agenti (2006, p.284 a 288) considera a comunicação fundamental durante a crise, desde que, saiba se lidar com o problema ocorrido, seguindo os seguintes passos: 1) “Assumir o controle da situação; 2) Coletar o máximo de informação possível; 3) Montar um centro de gerenciamento de crise; 4) Comunicar-se com rapidez e freqüência; 5) Entender a missão da mídia em uma crise; 6) Comunicar-se diretamente com o público afetado; 7) Lembrar que os negócios devem continuar; 8) Fazer planos para evitar outra crise imediatamente.” Ele considera ainda, que as empresas emergem mais respeitadas após uma crise bem administrada, e para isso, a tomada de decisões coerente é que determinará o resultado final da situação. 1.5 - Comunicação Integrada A comunicação empresarial assume um papel preponderante nas organizações, seja por sua comunicação interna ou externa. Diante da necessidade de integrar a comunicação empresarial, tanto interna quanto externamente, surge a comunicação integrada a fim de atingir os objetivos estratégicos da organização. 22 Segundo Matos (2009), a comunicação empresarial assume uma dimensão estratégica, mas essa comunicação deve ser de forma integrada, permanente e sistêmica. A construção de uma comunicação integrada passa a envolver conteúdos múltiplos, equipes multidisciplinares, integração informatizada de processos, comunicação em tempo real, atividades virtuais e impõe maior necessidade de planejamento. “(...) deve haver total integração entre a comunicação interna, a comunicação institucional e a comunicação mercadológica para a busca e o alcance da eficácia, da eficiência e da efetividade organizacional, em benefício dos públicos e da sociedade como um todo e não só da organização isoladamente.” KUNSCH (2008, p. 115) A comunicação integrada é uma realidade atual, que as empresas precisam considerar como fator estratégico de sobrevivência das organizações, ou seja, não podendo mais fazer uma separação entre a comunicação institucional, a comunicação mercadológica e a comunicação interna, assim como não se pode separar o produto ou o serviço da organização. Segundo Kunsch (2008) a Comunicação Institucional visa criar relações confiantes e construir reputação positiva junto aos seus públicos; já a Comunicação Mercadológica ao objetivar persuadir o consumidor para adquirir um bem ou serviço, tem uma manifestação discursiva de natureza mercadológica, e em relação a Comunicação Interna é necessário um diálogo contínuo com os funcionários. Ela ainda destaca que na prática essas ações comunicativas se misturam e interconectam. Empresas têm adotado a Comunicação Integrada, que envolve diversas ações analisadas e planejadas em conjunto. Para trabalhar a imagem do cliente por meio da Comunicação Integrada é necessário um plano estratégico. E para tal, deve ser realizado um diagnóstico da empresa. Não existem receitas ou fórmulas prontas que possam ser aplicadas nas diversas 23 organizações. Cada planejamento deve ser exclusivo, pois as empresas apresentam peculiaridades que influenciam o processo de Comunicação. O que se procura atualmente é o desenvolvimento de ferramentas de Comunicação e Marketing, tais como Assessoria de Imprensa, Comunicação Interna, Produção de Publicações Corporativas, Mala Direta, Realização de Eventos, Publicidade e Propaganda, dentre outras. São ações que ocorrem de acordo com a demanda e o público-alvo de cada empresa, levando ainda em consideração a ética e a conduta coerente com a filosofia da instituição. Ações isoladas sugerem resultados dispersos e de pequeno alcance. Kunsch (2008) defende uma filosofia de comunicação integrada e da nãofragmentada, pois esses três pilares da comunicação, que são a comunicação interna, a comunicação mercadológica e a comunicação institucional, interagem a todo momento formando um conjunto harmonioso, e com a soma de todas as atividades pertinentes a cada área redundará na eficácia da comunicação organizacional. A comunicação organizacional integrada segundo Kunsch (2008), deixa de ter uma função meramente tática e passa a ser considerada estratégica, pois precisa agregar valor às organizações, ou seja, essa comunicação precisa estar atrelada à missão, visão, valores e à política da organização. A integração dessas atividades será possível pela atuação conjunta desses três pilares de comunicação, garantindo coerência da linguagem adotada e racionalizando as atividades. Assim, as atividades integradas de comunicação representam a melhor forma de atingir a complexidade dos públicos organizacionais. “(...) As ações comunicativas devem ser resultantes de um processo de planejamento estratégico, fundamentado em pesquisas e precisam ser guiadas por uma filosofia e uma política de comunicação organizacional integrada que levem em conta as demandas, os interesses e as exigências dos públicos estratégicos e da sociedade.” (KUNSCH, 2008, p.115) 24 O emissor (a empresa) deve estar atento e aberto às opiniões, críticas e sugestões do receptor (públicos de interesse) para que a organização atenda as necessidades e desejos de seu público-alvo, sempre com coerência, atitude que se tem tornado palavra-chave no processo de Comunicação Corporativa. 25 CAPÍTULO II A COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA PARA AS ORGANIZAÇÕES 2.1 – Estratégias Com a globalização e as constantes mudanças no mundo, as empresas se viram obrigadas a obter recursos que as ajudem a competir no mercado atual, pois com o grande desenvolvimento científico e tecnológico, a competitividade tornou-se acirrada entre as empresas que precisam acompanhar os processos de mudanças em todos os sentidos, para se manterem no mercado. As organizações percebem que é necessária uma renovação organizacional constante, pois sucesso no passado não garante sucesso no futuro. Atualmente as empresas, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, perceberam a importância de criarem estratégias para se tornarem competitivas. Em suma, estratégia é um dos diversos conjuntos de ações para atingir um ou mais objetivos, a partir de uma análise ambiental, ou seja, leva-se em consideração todo um cenário de oportunidades, ameaças, pontos fortes e pontos fracos. A partir dessa análise, a empresa irá direcionar suas ações para atingir seus objetivos. Lupetti explica estratégia mais especificamente para a área de gestão comunicacional: “O termo „estratégia‟ será entendido como ações planejadas e executadas a partir da análise ambiental interna e externa, de análise dos pontos fortes e fracos da organização, das ameaças e oportunidades do mercado, do diagnóstico de comunicação, dos públicos envolvidos, dos objetivos de comunicação determinados e dos 26 posicionamentos estratégico e específico da gestão da comunicação.” LUPETTI (2007, p. 89) A visão estratégica dá unidade aos esforços que a organização realiza para melhorar a qualidade de seus produtos e serviços, porém deve ser atrelada a missão (declaração sobre o que a organização é, ou seja, sua razão de ser); a visão (uma projeção de futuro, como se pretende que a organização seja vista e reconhecida) e os valores (que são as características, virtudes e qualidades da organização, através das idéias fundamentais em torno das quais se constroem a organização). Para Matos (2009, p. 80), “no mundo dos negócios é unânime o reconhecimento da comunicação empresarial como função estratégica de resultados.” Para se relacionar com seus públicos de interesse, uma organização precisa conhecê-los muito bem. 2.2 – Pesquisa de Mercado A pesquisa de mercado é uma ferramenta que vem sendo utilizada pelas empresas, com o intuito de se conhecer e avaliar melhor os públicos com os quais se quer relacionar. Torna-se fundamental, para o conhecimento e avaliação de atitudes dos consumidores, clientes potenciais, formadores de opinião, influenciadores, decisores de compra, etc. “Essa ferramenta dota as estratégias e ações táticas do gestor de processos comunicacionais de uma organização de eficiência e eficácia, pois oferecem suporte sólido, parâmetros gerais e referências para o êxito dos trabalhos.” (KELLER, 2006, p.27-28) A pesquisa de mercado e opinião ajuda as organizações, não somente no sentido de obter e acumular informações, mas no saber interpretá-las e utilizá-las adequadamente e de forma criativa. 27 Kunsch (2008, p. 187) afirma que “a pesquisa de mercado propicia observar tanto indivíduos como unidades organizadas, a exemplo de família, empresas e entidades.” É a ferramenta certa para suprir a necessidade de desenvolver estratégias para valorizar marcas, conhecer melhor os consumidores, identificar a estrutura da concorrência, enfim, obter informações que possam orientar não só a formulação de um plano de marketing, como as tomadas de decisões mais cotidianas. Keller (2006) afirma que o estudo de mercado, é um dos principais orientadores das decisões do gestor de processos comunicacionais, pois norteia sobre o que, como, quando, onde e a quem será comunicado, como por exemplo, a imagem desejada pela organização. A pesquisa de mercado é a melhor e mais confiável ferramenta representativa sobre determinado público-alvo. Além de permitir o teste de novas hipóteses, conceitos ou produtos, a pesquisa de mercado auxilia na identificação de problemas e oportunidades e ajuda a traçar perfis de consumidores e mercados. A pesquisa visa atender à crescente necessidade das empresas em identificar os consumidores e entender suas expectativas e razões de escolha, pontos fundamentais para o ganho e a manutenção de mercado. Nas organizações as pesquisas mais comuns são as de satisfação e clima organizacional, que visam coletar informações dos colaboradores a fim de conhecer o perfil dos funcionários, e poder direcionar ações motivacionais e melhor se comunicar com eles. Segundo Matos (2009, p. 111-112), “a pesquisa de clima reflete o modo como a empresa lida com seus colaboradores, influenciando o comportamento dos indivíduos.” Keller (2006) confirma que a pesquisa é capaz de revelar informações documentais para traçar o perfil do público-alvo, neste caso o público interno da empresa, e consequentemente, saber que tipo de linguagem pode ser usada para se comunicar com eles. 28 2.3 – Planejamento Estratégico de Comunicação A comunicação pode ser considerada como uma ferramenta de Inteligência Competitiva no mercado atual. A identificação do público – alvo é a partida do processo de planejamento estratégico de comunicação. E a base desse programa eficiente está na definição clara de princípios e valores, da missão e visão, bem como um pleno conhecimento da cultura interna da organização. Os objetivos e as metas precisam estar atrelados a missão, visão e valores da organização favorecendo uma visão sistêmica da empresa. “(...) O planejamento se desenvolve ao longo de um conjunto de fases sucessivas, sistêmicas e interativas, que determinam conscientemente o curso das ações a serem realizadas no presente com vistas ao futuro.” (KUNSCH, 2008,p.108) A Comunicação precisa ser vista como vital para o crescimento, funcionamento e projeção da organização para o futuro. Para Tavares (2009) a comunicação precisa ser encarada como negócio e estrategicamente, e não ser vista como operacional. 2.3.1 – Ferramentas da Comunicação Interna 2.3.1.1 – Endomarketing Primeiramente, é preciso definir o marketing para se ter o entendimento do endomarketing: “Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas, obtêm aquilo que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros.” (KOTLER, 2004, p.30) Nesse sentido, podemos entender o marketing como a busca pela satisfação recíproca num processo de troca. O marketing, portanto, visa criar condições para a satisfação das necessidades. Endomarketing é o conjunto de ações de marketing dirigida ao público interno, visando favorecer a integração dos funcionários com a empresa. 29 Tavares (2009) explica que é impossível falar sobre comunicação interna sem falar em endomarketing, pois esses dois conceitos andam praticamente juntos. O Endomarketing precisa ser visto como uma ação estratégica do gerenciamento da comunicação, pois é de vital importância para o crescimento dos negócios. É uma ação estratégica que visa trabalhar a integração dos funcionários com a empresa, através do desenvolvimento de uma cultura favorável, estimulando a motivação e a auto-estima dos funcionários, tornandoos mais comprometidos com o sucesso da empresa. O principal objetivo do Endomarketing é fazer com que todos os colaboradores tenham uma visão compartilhada sobre o negócio da organização, através de programas internos, com ações de forma que os empregados se sintam motivados a assumir o comportamento como multiplicadores da organização. “Os bons resultados e desempenho da empresa dependem diretamente do grau de entusiasmo e dedicação do seu público interno.” (MATOS, 2009, p.101) Com a crescente concorrência e o ritmo acelerado de mudanças no mundo corporativo, as empresas buscam uma comunicação efetiva com seus funcionários, como recurso cada vez mais fundamental para a eficiência da organização, e como forma construtiva de explorar o desempenho, entusiasmo e as idéias dos funcionários. “A integração do público interno é fundamental, pois quando as pessoas dispõem das mesmas informações e compreendem que são parte integrante da vida organizacional, que possuem valores comuns e que compartilham dos mesmos interesses, os resultados fluem.” (MATOS, 2009,p.101) O gerenciamento de comunicação deve estabelecer um sistema de informações capaz de dar subsídios para que todos os funcionários possam cumprir suas tarefas com eficiência. Todos devem conhecer e compreender perfeitamente “o negócio” da empresa e suas rotinas de trabalho. Assim é 30 possível melhorar o fluxo da informação, e consequentemente estabelecer vínculos mais fortes com os funcionários. O Endomarketing, é uma ferramenta que proporciona um diferencial à empresa que o adota, favorecendo o alcance de uma posição competitiva, ao mesmo tempo, que proporciona aos seus colaboradores, melhores condições de qualidade de vida no trabalho. A empresa que entende a importância do endomarketing encontra mecanismos capazes de conquistar o funcionário, motivando-o e tornando-o um parceiro comprometido com os objetivos da organização. 2.3.1.2 – Canais de Comunicação Interna A escolha de canais deve ser associada ao porte da organização, aos tipos de públicos que se quer atingir e a peridiocidade das mensagens. Argenti (2006) afirma que as empresas devem ter diferentes canais de comunicação, garantindo que os funcionários estejam recebendo informações verdadeiras sobre o que acontece na organização, com uma apresentação mais interessante possível. A Comunicação Interna pode ser feita por diversos veículos de comunicação, sendo que cada um deles terá uma funcionalidade diferente, afinal com vários tipos de ferramentas fica mais fácil atingir o público de maneira geral nos diversos níveis hierárquicos da empresa. As empresas precisam se dar conta de que suas publicações estão competindo com a mídia nacional e local pela atenção de seus funcionários. “ O funcionário de hoje é um consumidor de informação mais sofisticado, mais interessado (...)” (ARGENTI, 2006, p.181) Para cada ferramenta, haverá um tipo de linguagem, alguns serão sucintos, outros mais extensos, outros com mais figuras e gráficos. Para cada veículo é necessário um estudo para saber seu público direcionado, assim, trabalhando a linguagem fica mais fácil o entendimento das mensagens internas. 31 House Organ O Jornal da Empresa, que pode ser em formato de tablóide, a quantidade de páginas dependerá muito do conteúdo de notícias que a empresa produzir. Seu conteúdo pode ser mais extenso que as mensagens do jornal mural, e ter informações mais relativas à empresa. Já a periodicidade dependerá da empresa. Tavares (2009) sugere que o conteúdo do house organ ofereça matérias de interesse do público interno, com fundamental importância que leve ao interesse da leitura, e que pode ser um conteúdo segmentado. Informa ainda, que é um canal que ajuda a propiciar um melhor relacionamento entre os funcionários e a empresa. “As vantagens de uma publicação interna podem ser medidas sob diversos aspectos. Ao ler uma publicação interna o funcionário pode desenvolver um estado psicológico favorável ao bom desempenho das suas atividades.” (MATOS, 2009, p.98) Jornal Mural Esse tipo de ferramenta pode conter mensagens apenas informativas, com um conteúdo enxuto para que a leitura não passe de aproximadamente cinco minutos. Sua atualização tem que ser praticamente diária, para que sempre chame a atenção dos funcionários que passa pelo local. É uma ferramenta de baixo custo e fácil acesso. As matérias a serem impressas deverão despertar o interesse da leitura nos empregados, através de um layout com cores vibrantes, linguagem adequada e divertida. A escolha do local para fixar o jornal mural é tão importante quanto a sua confecção, afinal deve-se levar em consideração a visibilidade para o sucesso da ferramenta. Tavares (2009) explica que é importante fazer um trabalho de conscientização junto aos colaboradores para lerem o jornal mural, criando assim hábitos positivos de comunicação. 32 Revistas A Revista da empresa pode ter um conteúdo mais extenso que o house organ e o jornal mural, usando várias cores e imagens. Através desta ferramenta podem ser circuladas diversas notícias como, confraternizações, cobertura de eventos profissionais realizados pela empresa, entre outras notícias que não tenham a necessidade de serem informadas com rapidez ao seu público. Sua circulação poderá ser bimestral ou trimestral. “Enviar revistas para o endereço residencial dos funcionários em vez de distribuí-los no trabalho, ajuda a tornar a empresa uma parte da família, algo que será fonte de orgulho para o seu funcionário e seu conjugue.” (ARGENTI, 2006, P.182) Circulares Através da Circular, são veiculadas mensagens informativas de atividades, convites e agradecimentos da empresa. Tavares (2009) informa que a estrutura da circular de conter timbre, epígrafe, data, contexto, assinatura, pois tem amplo objetivo e é dirigida a vários destinatários e normalmente recomenda ou ordena algo. Caixa de Sugestões O principal propósito dessa ferramenta é fazer com que os empregados se sintam a vontade para ressaltar os fatos que julgarem importantes, estimular a criatividade e aumentar o interesse pela empresa. Através da caixa de sugestões os empregados poderão fazer sugestões, críticas ou reclamações. É importante os líderes de cada área, que atualmente são os gestores das reuniões, possa transformar essas sugestões em temas para serem tratados e discutidas em reuniões. Dessa forma, os fatos não serão somente escritos e os empregados terão um feedback sobre o que possuem interesse, criando assim maior credibilidade na ação perante os mesmos. 33 Correio Eletrônico É o método de enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de comunicação (internet e intranet). Segundo Tavares (2009), o correio eletrônico pode ser utilizado tanto entre o público interno quanto entre empresa e público externo. Explica que é uma ferramenta ágil visando passar informações úteis para os públicos de interesse. Newsletters São boletins informativos, geralmente enviados por e-mail ou pode estar disponíveis no site da empresa. Tavares (2009) explica que precisa ser objetivo e conciso, com uma única página e o texto deve focar a informação. Intranet Segundo Tavares (2009), a intranet é uma rede eletrônica com as mesmas características da internet. Essa rede local privada, visa facilitar a comunicação com o público interno de uma empresa, e deve apresentar um layout agradável, com assuntos bem distribuídos com interação constante com seu público. Essa ferramenta precisa ser revista e atualizada, para atrair a atenção das pessoas que a utiliza, e o usuário conseguir as informações que necessita com no máximo três cliques. Ele informa ainda, que essa ferramenta deve ter uma comunicação eficiente, e o conteúdo da informação deve conter variáveis como: manual dos funcionários, políticas e processos; informações sobre produtos, serviços, clientes, mercados, ações de marketing em geral; ações institucionais; nomes, ramais e endereços eletrônicos do público interno, mapa virtual da empresa, enfim, qualquer tipo de informação que seja relevante. Reuniões As reuniões presenciais têm o intuito de discutir algum assunto ou resolver algum problema, transmitindo informações, tomando decisões, como também saber a opinião das pessoas a respeito de determinados assuntos, 34 colhendo informações e sugestões, e ainda estimular a criatividade do grupo. É uma poderosa ferramenta de trabalho que pode ser realizada com o objetivo de alcançar diversos objetivos como obter informações, solucionar problemas e apresentar idéias inovadoras. Argenti (2006) diz que as reuniões devem ocorrer com freqüência e devem ser usadas como oportunidades para a gerência comunicar resultados e o progresso da empresa em iniciativas importantes. Essas reuniões devem oferecer oportunidades para os funcionários fazerem perguntas para os gerentes em fórum aberto. Ouvidoria Interna Uma das estratégias comunicacionais está baseada no sistema de ouvidoria interna. A dinâmica que tem levado as organizações a ouvir seus clientes internos é um dos muitos aspectos que são reflexos das mudanças organizacionais. Tavares (2009, p. 72) define ouvidoria: “ (...) pessoa ou departamento em uma organização que tem por objetivo ser o representante dos públicos de interesse perante a mesma.” O sistema de ouvidoria é por si só estático. Portanto, é necessário que os gestores incentivem a participação, seja divulgando o sistema, mostrando os benefícios potenciais da participação e constantemente fornecer o feedback aos envolvidos. Qualquer que seja a reclamação ou sugestão, o feedback é indispensável para a existência saudável de um sistema de ouvidoria interna. Tavares (2009, p.12) afirma que “ (...) as ouvidorias internas ajudam a colher informações (críticas e sugestões) do cliente interno para o melhor desenvolvimento do negócio da empresa e motivação desse público.” A ouvidoria pode ter o papel comunicacional de integração. Para tanto, necessita de uma adequada organização das informações coletadas a fim de viabilizar o desenvolvimento de estratégias. 35 Eventos Os eventos internos têm o objetivo de integrar a empresa ainda mais com os seus funcionários. Tavares (2009) explica que o evento é uma ação do endomarketing, objetivando a integração dos funcionários. Os eventos podem ser esportivos, sociais, culturais, congressos entre outros. 2.3.1.3 – Atuação dos Gestores O sucesso de uma boa comunicação dentro das organizações está ligado diretamente a um conjunto de fatores, que tem como ponto base o Gerente, onde está concentrado um volume significativo de comunicação, sendo esta a base de uma forte estrutura de comunicação. Esses fatores estão interligados atitudes do gerente para consigo, para com o assunto e para com o receptor. Se o gerente não estiver informado com os assuntos a serem abordados, em suas comunicações interpessoais ou grupais, o resultado será muito negativo. As atitudes do gerente em relação ao receptor estão ligadas à sua maturidade em receber uma crítica de seus subordinados e não deixar que tais críticas o descontrolem, ocasionado uma pré-disposição negativa para seus receptores, influenciando, assim, na eficácia da mensagem. “ (...) o fator mais importante na comunicação interna começa com o gerente que se responsabiliza por seus funcionários. Essa responsabilidade é ouvir o que eles têm a dizer e os conhecer realmente como indivíduos.” (ARGENTI, 2004. p.189) Para confirmar a importância da atuação dos gestores, Neto explica por que a comunicação de liderança é estratégica: 36 “Primeiro, porque o líder deve exercer seu papel de formador de opinião naturalmente e com constância, reforçando em seu discurso e atitudes a identidade da empresa (missão, visão e valores). Adicionalmente, cabe a ele demonstrar ao seu time como cada um pode contribuir com tais conceitos e vivenciá-los. É dessa forma que se confere veracidade e credibilidade ao discurso da empresa. Segundo, porque, para o time, o líder imediato personifica em si a própria corporação.” (NETO, 2010, p.61) A divulgação das informações é de suma importância e o gerente deve assegurar o fluxo adequado para qualquer informação relativa a toda organização seja feita com qualidade. “ O líder é competente quando sabe ouvir, e principalmente,quando reconhece a constante necessidade de aperfeiçoamento.” (KUNSCH, 2008, p.143) Quando o gerente e seus colaboradores se defrontam com problemas difíceis e juntos os resolvem, o processo cria um sentimento de solidariedade. O relacionamento entre o gerente e funcionários se torna livre e aberto à comunicação. Os gestores que sabem dialogar eficazmente com suas equipes, a comunicação será uma ferramenta útil de trabalho para garantir o entendimento dos objetivos e perfeita integração do colaborador à sua rotina profissional. O desenvolvimento da habilidade comunicacional impacta diretamente na melhor performance de trabalho dos funcionários. Assim, o gestor tem papel preponderante como o "primeiro comunicador" entre sua equipe e a organização. Uma comunicação eficaz promove satisfação e impulsiona os resultados nas organizações. 37 2.3.2 – Ferramentas da Comunicação Externa As ações mercadológicas são determinadas a partir de um estudo realizado sobre o produto e / ou serviço que se quer vender. A partir de estudo detalhado, identificam-se os pontos fortes, definindo o diferencial do que está sendo oferecido para seu público-alvo, que também deve ser identificado através de um estudo (perfil, poder aquisitivo, preferências, gostos, valores, etc). Com base na identificação do público-alvo, se estabelece as ações que serão empregadas para persuadi-lo à compra. As ações são desenvolvidas no sentido de reforçar a imagem de suas marcas, produtos e serviços, criar e consolidar a imagem da organização junto aos públicos de interesse, além de construir e manter relacionamentos. Tavares (2009) explica que os consumidores evoluíram e mudaram seus comportamentos de compra, comunicação, percepção e valores. É importante que as organizações percebam que novos conceitos tomam conta do cenário de comunicação. Essas ações de comunicação estão cada vez mais agregando valor tanto para produtos, serviços e marcas, quanto para seus investidores. Surge então a Comunicação Integrada de Marketing, que consiste em utilizar de forma planejada e adequada as mais diversas formas de comunicação disponíveis para a organização. Propaganda Os investimentos em propaganda como ferramenta de comunicação de marketing são essenciais para que os consumidores tenham conhecimento de um produto ou marca. Assim, buscar-se persuadi-las a efetuarem a aquisição dos produtos. As empresas podem tratar essa ferramenta de formas diferentes. Nas grandes empresas existem departamentos de propaganda que cuidam de todo o processo desde o planejamento até a mensuração dos resultados. Segundo Tavares (2009), a propaganda tem como objetivo alcançar uma grande quantidade de pessoas ao mesmo tempo, tendo um alto impacto. 38 Os veículos a serem utilizados devem ser estudados de acordo com os objetivos mercadológicos da organização. É direcionada basicamente para vender um produto e/ ou serviço, como também ajuda no posicionamento e / ou reposicionamento de produto, serviços e marcas. Seja qual for o objetivo de uma propaganda, uma coisa é certa, a propaganda sempre terá o objetivo de estimular o comportamento do consumidor em relação à marca ou produto, despertando uma necessidade, oferecendo possibilidades de satisfazê-las. A propaganda assume um papel importante com o objetivo de fazer com que um maior número de pessoas tome conhecimento de um produto ou marca levando a decisão de compra. Isso dependerá do tipo de mídia escolhido, normalmente as propagandas televisionadas obtêm esse tipo de resultado. Promoção de Vendas Esta ferramenta tem como principal objetivo gerar vendas imediatas. Por isso, o seu tempo deve ser limitado a um curto espaço, de forma que as vendas sejam bem concentradas e os resultados fáceis de mensurar. Os tipos de promoção de vendas utilizados podem ser: cupons, ofertas especiais, brindes, premiações, descontos, amostras, datas promocionais, degustação de produtos, displays em ponto de venda, entre outros. O tipo de promoção estará ligado ao público a ser direcionado, os tipos citados acima normalmente são utilizadas para os consumidores finais. Tavares (2009) explica que a criatividade e o impacto da ação são essenciais para garantir o sucesso da utilização desta ferramenta, considerando alguns pontos como, a exploração das imagens e o uso de palavras imperativas. A vantagem da promoção de vendas é a diversidade de ações voltadas para o público consumidor. Com o crescimento do varejo no Brasil, a promoção de vendas está cada vez mais sendo utilizada. Afinal, o ponto de venda é o ponto de contato mais próximo com o consumidor. 39 Marketing Direto Com a crescente oferta de produtos e serviços atual, principalmente impulsionada pela abertura dos mercados, se observa que os consumidores estão cada vez mais seletivos. Uma grande variedade de produtos é ofertada o que torna mais difícil a escolha por uma ou outra marca. Tavares explica que marketing direto é o tipo de “marketing efetuado através da propaganda em vários tipos de mídia que interagem diretamente com os consumidores, geralmente, solicitando-lhes que apresentem uma resposta direta. Exemplos: mala direta, telemarketing, comerciais de resposta direta, vendas por catálogo, TV digital, etc.” (TAVARES, 2009, p.79) Tavares (2009), explica que através do Marketing Direto pode ser direcionar a diversos públicos, a partir de uma redação que seja eficiente, desde que seja adequada ao público-alvo com o qual quer se comunicar, levando – se em conta a linguagem técnica e as características de cada meio de comunicação que pode ser desenvolvidos proporcionalmente às condições do negócio, tais como: cartas, catálogos, mala direta, encartes, telemarketing (ativo e receptivo), e-mail marketing, propaganda com respostas diretas, etc. Por meio de telemarketing a empresa pode prospectar clientes potenciais, com a oferta de produtos ou serviços, ou mesmo marcando visitas e realizando seu pré-cadastro para contato posterior. O marketing de relacionamento pode ser considerado como um grande segmento do marketing, na atualidade. É possível construir um relacionamento a longo prazo, com o objetivo de fidelizar a clientela da empresa. Construir um relacionamento duradouro pode envolver telefonemas para descobrir se os produtos foram entregues na hora certa e sem danos, se estão funcionando corretamente ou, simplesmente, para certificar-se de que os clientes estão satisfeitos. 40 Lupetti (2007, p.100) informa que “o marketing direto de relacionamento, quando bem elaborado, possibilita a aquisição do cliente certo, a elaboração de uma proposta de valor, motiva os colaboradores da empresa e ensina a reter clientes.” Com o marketing de relacionamento os clientes atuais e potenciais deverão estar constantemente sendo monitorados, suas necessidades e desejos devem ser conhecidos e identificados para que sejam atendidos satisfatoriamente. A Internet surge como uma ferramenta útil a diversos componentes do mix de comunicação de marketing, e em especial o Marketing Direto. A utilização do canal Internet para realização do marketing direto pode também ser denominada de marketing on line. Normalmente as empresas desenvolvem ambientes na Rede Mundial com a apresentação do seu negócio, produtos, promoções, serviços e informativos. Isso, além de meios de coletar informações de clientes, incentivando-os a cadastrar-se, solicitar orçamentos, responder as pesquisas, entre outros. A Internet ressalta o objetivo de comunicar-se da forma mais individual e única possível com o público-alvo. A Internet propicia uma nova forma de comunicação que envolve a interação, interligando informações em um novo contexto para difusão destas. O Marketing Direto pode representar uma ferramenta essencial no mix de comunicação, principalmente para empresas que já conhecem o perfil dos seus clientes e mantêm um banco de dados considerável. O que permite à organização, se comunicar de forma única e customizada, com o seu públicoalvo, tendo assim maiores chances de acertar na satisfação das suas necessidades. Relações Públicas Toda empresa está inserida em uma comunidade ou sociedade, formada por diversos públicos, ligados ou não ao seu negócio, que são: consumidores, fornecedores, revendedores, imprensa, entre outras. A organização deve se relacionar bem com todos os públicos. 41 A Relações Públicas (RP) pode aumentar a consciência da marca, gerar atitudes favoráveis em relação a uma empresa e seus produtos e encorajar o comportamento de compra. A diferença entre RP e propaganda é que a publicidade gerada por RP recebe espaço gratuito na mídia. O departamento de relações públicas é a principal fonte de contato da organização com a imprensa, pois atua como apoio em promoções e lançamento de novos produtos, reposicionando produtos, influenciando grupos específicos em relação a marca ou empresa. Segundo Tavares, as Relações Públicas objetiva: “a criação de boas relações com os vários públicos da empresa através da obtenção da publicidade favorável, a criação de uma imagem corporativa e o controle ou afastamento de rumores, histórias ou eventos desfavoráveis. As principais ferramentas de RP incluem relações com a imprensa, publicidade do produto, comunicações corporativas, lobbying e aconselhamentos.” TAVARES (2009, p.80) A Relações Públicas assume a função de construção da imagem da organização perante seus stakeholders. Para tanto, deverá ter uma rede de relacionamentos que possibilite contato com os públicos selecionados, por meio de publicações, eventos, notícias, entrevistas coletivas, atividades de serviço público e mídias de identidade. Merchandising Lupetti (2007) explica que Merchandising é conjunto de ações que visam construir um cenário favorável para a venda de um produto, em estabelecimentos comerciais, mais especificamente em lojas de varejo, tendo como objetivo expor ou apresentar o produto de maneira adequada a criar impulsos de compra na mente dos consumidores. Tavares (2009) explica que o merchandising possui várias aplicações conceituais, que podem ser no ponto-de-venda (gera no consumidor a compra 42 por impulso no ponto-de-venda); editorial em televisão (é trabalhado em programas televisivos e filmes de cinema, peças de teatro, rádio, games) e social (inseri mensagens sociais no cotidiano e é atrelado a comercias e telenovelas, por exemplo). Constata-se dessa forma que o merchandising tem elementos de propaganda e promoção. No momento em que se exibe uma marca ou produto em algum programa pode-se caracterizar como um tipo de propaganda, diferente. Vale ressaltar, que este, normalmente está inserido em algum programa específico e endossado por alguma “celebridade”, com a intenção de fortalecer a imagem e aceitação do produto ou marca. O merchandising assume o papel promocional quando existe a utilização de displays, cartazes, banners, placas, como o objetivo de promover os produtos. Eventos É um acontecimento criado com a finalidade específica de alterar a história da relação organização-público, em face das necessidades observadas Evento é um conjunto de atividades profissionais desenvolvidas com o objetivo de alcançar o seu público-alvo pelo lançamento de produtos, apresentação de uma pessoa, empresa ou entidade, visando estabelecer o seu conceito ou recuperar a sua imagem. É a soma de ações previamente planejadas com o objetivo de alcançar resultados definidos perante seu público-alvo, podendo ter finalidade mercadológica ou não. Tavares (2009, p.79) explica que “Eventos são ocorrências projetadas para comunicar mensagens ao público-alvo, tais como entrevistas coletivas, grandes inaugurações e outros.” Lupetti (2007) avalia os eventos como atividades de comunicação que precisam ser planejadas. São ações como megaeventos, feiras e exposições, congressos, convenções, visitas técnicas, seminários, lançamentos de produtos, desfiles, gincanas, campeonatos, etc. e informa ainda que os eventos possam ser realizados em parcerias, sozinhos e com intermediários. 43 Segundo Tavares (2009), a realização de um evento visa uma relação de identificação com o público-alvo da organização, facilitando o impacto da marca e aumentando o índice de lembrança. A comunicação de um evento precisa ser bem trabalhada antes, durante e depois do evento, pois um dos fatores é integrar o público com a marca da organização, geralmente através da diversão. Publicidade Publicidade tem o objetivo de divulgar, tornar público, ou seja, comunicação gratuita sobre a organização, produto ou serviço. As ações são voltadas para difundir idéias. Tavares (2009) avalia a publicidade como uma ferramenta que visa promover uma empresa, os seus produtos / serviços, através de inserção de notícias gratuitas na mídia. Ele esclarece ainda, que a publicidade gera para o consumidor uma credibilidade maior na imagem da organização, pois é vista como notícia e informação, ou seja, mídia espontânea. Ajuda na criação e manutenção da boa imagem organizacional, já que a publicidade pode abranger temas relacionado ao negocia da organização, enfatizando as pessoas que trabalham na empresa, produtos, serviços e ações. Comunicação Digital Com o avanço da tecnologia, a informação passou a ser rápida e abrangente, e a comunicação on-line tem a vantagem do crescimento da utilização da internet. Tavares (2009, p. 79) “define a comunicação pela internet como qualquer forma de comunicação pela internet visando a divulgação de produtos, serviços, marcas, etc. (...)” A Internet surge como uma ferramenta útil a diversos componentes do mix de comunicação. As empresas podem receber e enviar e-mails para clientes, obtendo as suas sugestões e reclamações; montar banco de dados (cadastros); proporcionar interatividade com entretenimento, como jogos e 44 concursos, ou seja, possibilita uma comunicação ampla com os públicos de interesse. Tavares (2009) explica que existe uma gama de possibilidades de integração da comunicação na internet, através de propaganda, publicidade, relações públicas, merchandising, promoções de vendas e marketing direto. Normalmente as empresas desenvolvem ambientes na Rede Mundial com a apresentação do seu negócio, produtos, promoções, serviços, informativos. Isso, além de meios de coletar informações de clientes, incentivando-os a cadastrar-se, solicitar orçamentos, responder as pesquisas, entre outros. A Internet ressalta o objetivo de comunicar-se da forma mais individual e única possível com o público-alvo. A Internet propicia uma nova forma de comunicação que envolve a interação, interligando informações em um novo contexto para difusão destas. Ela distingue-se como uma cultura, um artefato, conjunto de possibilidades de novos relacionamentos e identidades constituídas dentro da nova mídia. Esta nova mídia tem sido estudada não apenas como prática e relações sociais, mas como um espaço que constitui relações e práticas próprias. As organizações precisam reconhecer que é importante investir em presença institucional em ações de mídias sociais como: blog, twiter, Orkut, facebook entre outros. Kranz (2009) explica que na era da comunicação digital, é importante passar a mensagem certa, com clareza, pois é crucial para o sucesso da organização. 45 CAPÍTULO III ESTUDO DE CASO CEPEM 3.1 - A Empresa Há mais de 15 anos no mercado, o CEPEM é reconhecido como um grande Centro de Estudos voltado para diagnósticos femininos, com a preocupação em prestar serviços de alta qualidade objetivando sempre a extrema precisão nos resultados diagnosticados. Para isso, o CEPEM, conta com equipamentos de última geração e com profissionais altamente qualificados, preocupando-se sempre em manter sua equipe qualificada adotando uma filosofia de treinamento técnico, possibilitando o aperfeiçoamento e aprimoramento dos serviços prestados para a população feminina, se comprometendo em oferecer o que há de melhor para as suas pacientes. O Centro de Estudos é um dos centros mais sofisticados do Brasil, fazendo o Estado do Rio de Janeiro se destacar como um dos Estados mais desenvolvidos nesta área. O Dr. Henrique Alberto Pasqualete, mastologista e diretor do CEPEM, introduziu técnicas pioneiras no país, como a realização de exames de mamografia digital com detecção inteligente, que faz uma segunda leitura computadorizada da mamografia, indicando as áreas que devem ser analisadas com recursos especiais (como a magnificação da imagem e inversão de contraste), além de reduzir a dose de radiação necessária para o exame, e também a Estereotaxia digital, um método não-invasivo para estudar a mama, que serve para diagnosticar tumores quase invisíveis. Com esse equipamento, é possível definir a área, os detalhes da borda e de contraste do nódulo. Este tipo de procedimento é realizado nos casos de lesões nas mamas, indicado para realização de core biópsia, ou para marcar com o fio guia as pequenas lesões e microcalcificações difíceis de localizar. 46 Os estudos e os projetos estão sempre voltados para o desenvolvimento de novas tecnologias, e também conta com uma equipe de médicas renomadas no mercado. Tanta dedicação fez com que o Centro de Estudos conquistasse 13 premiações científicas nacionais e publicasse mais de 50 trabalhos científicos no Brasil e no exterior. A empresa tem três unidades no município do Rio de Janeiro, sendo uma no bairro de Botafogo (zona sul), uma no Centro da cidade, e outra no bairro da Barra da Tijuca (zona oeste). É uma organização que presta serviços na área de saúde, atuando na área de serviços de imagem. O produto carrochefe é a mastologia, com os serviços de mamografia digital, ultrassonografia mamária e biopsias mamárias. Também realiza outros tipos de ultrassonografia, em praticamente toda a região do corpo humano, além de densitometria óssea, urodinâmica e vídeo-histeroscopia. O Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher - CEPEM é uma empresa prestadora de serviços, e como toda empresa, emerge-se a necessidade de manter os clientes satisfeitos, pois quanto mais satisfeito o cliente estiver, maior será a probabilidade de ele continuar a ser cliente, e também, de indicar o serviço para seus amigos, familiares e conhecidos. Isto significa a sobrevivência da empresa num longo prazo. Kotler explica que: “uma empresa ganhando ao prestadora executar um de serviços serviço de pode sair qualidade consistente superior à da concorrência, e superar as expectativas dos clientes. As expectativas são formadas pelas experiências anteriores dos clientes, pelo boca a boca e pela propaganda.” KOTLER (2004, p. 459) Os pacientes, são clientes como dos negócios tradicionais, passam a ser mais exigentes e a avaliar a qualidade das ofertas, para tomar as decisões de compras, neste caso, tomar decisões em relação aos serviços da área de saúde que deseja utilizar. 47 3.2 - Análise Situacional da Empresa em relação à Comunicação Atualmente a empresa tem problemas de comunicação no ambiente interno, pois a comunicação é confusa e não flui de forma formal, o que acaba acarretando alguns transtornos no dia a dia. A comunicação não é eficaz, não é vista como uma ferramenta estratégica que possa gerar resultados significativos. Muitos funcionários têm dificuldades de compreender o que lhes são solicitados, e na maioria das vezes esses funcionários criam barreiras na comunicação, o que acaba dificultando o relacionamento empresa x colaborador. Não existe um departamento de comunicação na empresa, onde poderia ser feito um trabalho em conjunto com os outros setores, que possa vir mudar esta realidade, visto que a organização cresceu e se expandiu, fazendo–se necessário gerar informações de qualidade, de forma estruturada e planejada. Existe uma estagiária de comunicação, que está atrelada ao departamento de marketing, e este departamento prioriza suas ações na área comercial. Essa estagiária faz alguns trabalhos relacionados a comunicação, porém não é um trabalho efetivo e amplo. As ferramentas de comunicação interna utilizadas na empresa são: Jornal Mural – abordam alguns assuntos, como informações de trabalho, comunicados. Não tem um nome específico que crie um vínculo com os funcionários. A comunicação nem sempre é clara e precisa, não tem interatividade com público interno, pois não são abordados assuntos que despertem interesse. Não são realizadas pesquisas junto aos colaboradores a fim de traçar o perfil desse público, e assim, abordar assuntos com uma linguagem direcionada a eles. Intranet – foi criada aproximadamente há um ano. Muitos funcionários não sabem utilizá-las por ser confusa, por ser complicada, ou seja, as informações não são encontradas de forma ágil, o que acarreta desinteresse por essa ferramenta. Desde quando foi criada a intranet, 48 existe uma enquete que nunca foi mensurada e o resultado mostrado. Não é atrativa, por isso não é bem aproveitada, porque não tem o tratamento necessário. E-mail corporativo – alguns funcionários têm e-mail. Vão se comunicando com outros funcionários, tratando de assuntos pertinentes ao trabalho. Muitos colaboradores não lêem os e-mails, ou quando lêem, muito tempo depois, o assunto o qual deveria ser tratado imediatamente, já se arrastou por diversos dias sem solução. Na comunicação gerencial existem problemas de centralização de informações, distorções e falhas no sistema de comunicação administrativa. Algumas mensagens são direcionadas de maneira difusa, não atingindo de maneira total o grupo de colaboradores, trazendo incompreensão dos fatos e prejudicando a produtividade da organização. Muitas normas e instruções não apresentam clareza e dificultam a compreensão dos próprios codificadores da mensagem. Muitas vezes a má interpretação da mensagem, causa discussões e uma má comunicação, ocasionando ruídos. Atualmente a comunicação gerencial não é eficiente e eficaz. As informações não são direcionadas as pessoas que realmente necessitam receber tais informações, o que acaba ocasionando tarefas mal executas e mal concluídas e diversos transtornos. A comunicação entre os departamentos se dá por e-mail, porém não são formais, a ponto de um comunicado ser realizado perante as normas básicas da comunicação escrita, usando a linguagem empresarial correta, sendo tratada com a importância merecida. Os assuntos são encaminhados para algumas pessoas, com cópias para outras, e as pessoas vão respondendo o que pensam, e por aí vai, e muitas vezes enviam para pessoas que não tem nada a ver com a questão, isso quando não esquecem, de enviar a alguém que deveria ser informado sobre o assunto tratado. Não existe um programa de marketing interno implantado para toda a organização, a fim de promover a integração entre os funcionários, por isso exercem suas funções, desmotivados. A comunicação interna é fria, pois não 49 há um entrosamento entre a empresa e o funcionário, logo a comunicação não flui adequadamente e o nível de satisfação e motivação cai. A comunicação externa se dá através de folders, site, eventos, assessoria de imprensa, visitação aos médicos parceiros e telemarketing. Folders – atualmente existem alguns folhetos explicativos sobre câncer de mama e endometriose e a realização de exames laboratoriais. Ficam disponíveis na recepção de cada unidade. Eventos – a empresa todo ano organiza um simpósio com o objetivo de interagir com os médicos parceiros e firmar relacionamentos. É um evento fechado destinado aos médicos da área de mastologia. A empresa faz confraternização de fim de ano com os médicos da casa e alguns convidados especiais. Também realizam palestras gratuitas esporadicamente, na unidade do Centro. Assessoria de Imprensa – é um serviço terceirizado realizada por uma jornalista. Site – o site da empresa tem um layout simples. Visitação aos médicos – Existe um grupo de cinco pessoas que “vendem” os serviços da empresa para os médicos de consultórios, ou seja, cada integrante atua em uma região designada, dentro da área do estado do Rio de Janeiro, projetando a empresa e os serviços que são prestados, oferecendo uma parceria junto a esses médicos que solicitam a realização exames, com o intuito de eles indicarem os serviços do CEPEM para suas pacientes. Telemarketing – é através do Call Center que se faz contato com a clínica. É destinado principalmente para marcações de exames, além de sanar dúvidas, informar e esclarecer sobre a realização de exames. 3.3 - Como a comunicação empresarial pode ser essencial para os negócios da empresa? A empresa precisa trabalhar o processo de comunicação, com o intuito de se obter uma melhor comunicação da sua gerência para com os seus 50 colaboradores, de forma que flua para um melhor entrosamento e compreensão entre todos os envolvidos na organização. A gerência deve se preocupar também com as informações impressas e os avisos que são direcionados aos funcionários, para cheguem através de canais corretos, para que o corpo de operadores que as utilize de maneira eficaz. Neto (2010), esclarece que as empresas que não treinam nem capacitam seus líderes para exercer o papel de comunicador, criam uma barreira uma entre a comunicação formal e os funcionários, e não conseguem criar uma base sólida e forte a ponto de gerar melhores resultados, pois gera descredibilidade, e ainda não consegue-se alinhar de maneira eficaz a missão e a visão da organização. Os líderes modernos que sabem detectar as necessidades de seu público (clientes), e pôr em prática os planos para que tudo saia bem, encontram na comunicação empresarial, um apoio positivo para a transparência na execução dos trabalhos. Para um diálogo eficaz tanto interno quanto externo, o emissor necessita direcionar a mensagem com responsabilidade e técnicas adequadas, de modo que o receptor seja atingido da maneira correta. “As organizações estão percebendo o quanto é importante estarem cada vez mais próximas do cliente e sentiram a necessidade de criar instrumentos que possam garantir uma comunicação mais eficiente. (...)” (MATOS, 2009, p. 85) Através da comunicação, uma empresa pode alcançar objetivos como: estimular o público interno a planejar suas atividades, buscar novas alternativas e ser mais motivado, e em relação ao público externo, projetar melhorias nos serviços prestados ou nos produtos oferecidos, ser transparente, gerar confiabilidade e credibilidade. Tanto o público interno quanto o externo, precisam estar cientes dos esforços da organização para a melhoria dos serviços prestados. No ambiente interno, apregoar a confiabilidade entre os funcionários é essencial. É através deles que a instituição irá desenvolver suas atividades. Uma comunicação 51 interna calcada no profissionalismo é o início de um relacionamento sadio entre direção e funcionários. Através do diálogo são captadas novas idéias, possíveis falhas, e soluções que podem ser colocadas em práticas. A troca de informações entre organização e cliente, seja ele interno ou externo, é um dos caminhos para a criação e manutenção de um relacionamento duradouro. Apresentar um site institucional com layout arrojado e moderno não é o suficiente. É necessário agregar dados relevantes com uma linguagem adequada e realizar uma atualização periódica das informações, pois são requisitos básicos, que provocarão o interesse do internauta pela página, e assim fidelizar o acesso. É necessário que a empresa esteja atenta a outras mídias sócias que fazem interação mais direta e rápida com os clientes, como é o caso do blog. “A capacidade da internet em transformar o conteúdo em algo viral, ou seja, que se espalha de forma rápida pode fazer com que o blog seja conhecido e famoso. Os clientes que acessam os blogs estão mais abertos a serem conquistados e fidelizados, pois se o mesmo está acessando o blog ele quer conhecer melhor a empresa ou deseja interagir com a mesma.” NETO (2010, p.49) Neto (2010) explica ainda que o blog é uma mídia de comunicação pessoal e interativa, desde que tenha uma leitura agradável e cronológica, é interativo por permitir links e comentários, e por ser personalizada e permitir a criação de uma comunidade. Precisa ser inovador, criativo e o escritor ter conhecimento do tema que será desenvolvido, mostrando segurança, transparência e conhecimento já que o nome da empresa e seus objetivos estão sendo mencionados. O atendimento, que acontece em todos os âmbitos do serviço prestado pela empresa: atendimento telefônico, através do telemarketing; atendimento digital – através da internet; atendimento presencial – atendimento nas recepções - autorização de exames e o atendimento médico – realização do 52 exame solicitado pela paciente; devem ser vistos como uma forma de comunicação primordial com o cliente, pois é praticamente a primeira observação da imagem que se tem da empresa. O saber ouvir, a prática da simpatia, a agilidade e a seriedade no repasse das informações, garantem a confiabilidade e a credibilidade da organização pelo cliente. “Uma reputação sólida é criada quanto a identidade de uma organização e a sua imagem estão alinhadas.” (NETO 2010, p. 41) É importante que o CEPEM, realize um estudo do perfil dos seus diversos públicos de interesse, pois através de uma pesquisa, é possível desenvolver estratégias que atinjam diretamente seus públicos, e a empresa passará a se comunicar eficazmente. A empresa (emissor) precisa saber emitir a mensagem informando o que realmente quer, ou seja, passar a informação com coerência e saber usar os diversos canais para que a informação chegue de forma adequada aos seus públicos de interesse (receptores). Pesquisar a respeito da satisfação dos clientes é uma tarefa fundamental para a gestão das empresas, uma vez que seu entendimento pode proporcionar uma avaliação de desempenho sob a perspectiva do cliente, indicando decisões tanto estratégicas quanto operacionais que venham a influenciar no nível de qualidade dos serviços prestados pela organização. E com o crescente nível de competividade no mercado, pode-se inferir que a retenção de clientes é fundamental e que o grande desafio passa a ser o de reconhecer os clientes, mostrando-lhes o quanto a empresa os estima por terem lhe conferido sua preferência. Para se atingir a eficácia da Comunicação, o emissor deve procurar esclarecer suas idéias antes de comunicá-las, e além disso, deve conhecer bem o(s) tema(s) com o(s) qual (is) será (ão) trabalhado(s), para que haja sintonia entre a fonte e o tema, a fim de evitar falhas e distorções na comunicação. As possíveis melhorias com um trabalho de implementação de marketing interno, seria principalmente a motivação e a integração, pois assim os funcionários poderão ter uma maior satisfação em desempenhar suas funções, e consequentemente, o rendimento crescerá. 53 Tavares (2009) avalia o endomarketing, como uma ferramenta vital para as organizações, pois trabalha sobre dois enfoques, que são a comunicação e a motivação do público interno. Deve-se levar em consideração o clima organizacional, onde os costumes, as idéias e os valores são fatores essenciais para um bom clima interno, e esses fatores, ajudarão a conduzir na interligação das estratégias para uma boa execução das tarefas por todos os envolvidos na empresa, o que ajudará na eficácia da comunicação. “Um bom clima organizacional é construído, acima de tudo, com a facilitação de acesso dos funcionários às informações da empresa, dentro de um ambiente de abertura para o diálogo.” (MATOS, 2009, p. 97) A criação de um departamento de Comunicação para desempenhar atividades relacionadas a comunicação empresarial, é uma medida que pode ser considerada ideal para articular a comunicação interna e a externa da empresa tendo como foco a redução de conflitos, valorização dos funcionários, fidelização de seus públicos, atendimento de qualidade, e estreitamento de relações entre instituição e imprensa. “ (...) Comunicação é investimento, não despesa.” (KELLER, 2006 p.24) Algumas atividades que o departamento de comunicação pode tratar: Produção de releases para veículos impressos, rádio, Internet e TV, sobre resultado de atividades e projetos realizados pelo CEPEM; Realização de pesquisas junto aos públicos de interesse; Disseminar a marca, construindo a lembrança ao mercado – alvo, criando assim novas oportunidades de inserção; Criação de house organ; Aperfeiçoamento do Jornal Mural; Executar uma comunicação diferenciada junto aos stakeholders; Reuniões quinzenais entre assessoria de comunicação e os diversos setores, de modo a analisar o feedback dos funcionários com relação ao fluxo de informações dentro da instituição; 54 Treinamento da equipe de atendimento, em prol de uma comunicação eficiente; Treinamento da equipe de vendedoras, para uma melhor comunicação e negociação junto aos médicos parceiros; Criação de um programa de marketing interno juntamente com o RH da empresa; Produção de cartilhas de comunicação para distribuição interna, com o intuito de desenvolver e aprimorar o endomarketing; Coordenação e consultoria em projetos de divulgação do CEPEM, seja por meio impresso ou eletrônico; Criação de campanhas externas a partir do orçamento previsto; Realização de Eventos internos e externos; Direcionamento profissional no que diz respeito ao contato feito pela imprensa durante apuração de pautas e produção de matérias; Criação de informes semanais, com o objetivo de agilizar a comunicação descendente e interagir o público interno; Assessoramento à direção para o fluxo sadio de informações ascendentes; Atualização de conteúdo no site www.cepem.med.br, em busca de transparência e diversidade; Investir em presença institucional na Web, através de ações em mídias sociais, como blog, twiter, facebook, Orkut; Criação de newsletter eficaz e e-mail mkt; Apoio a ações sociais; Gerir gestão de relacionamento junto ao departamento de marketing; Organização de entrevistas coletivas à imprensa, quando se fizer necessário. 55 CONCLUSÃO Diante uma economia cada vez mais globalizada, trazendo consigo o aumento da competitividade, as organizações necessitam perseguir objetivos, tais como: melhorar sua participação no mercado, encantar clientes e incrementar a lucratividade. As atuais necessidades do mercado exigem uma atuação aprofundada no âmbito comunicacional dentro das organizações. Uma comunicação empresarial consistente, exercida com profissionalismo e criatividade, pode gerar em curto espaço de tempo, resultados que servirão de base para a organização modificar ou aprimorar seu modo de trabalho. Dentro das organizações, a comunicação tem forte papel na consolidação de bons relacionamentos, dinamização de impactos e, entrelaçamento de setores e diversos públicos. Externamente, a comunicação tem a funcionalidade de aproximar-se da comunidade, priorizando uma boa imagem, criando laços a fim de torná-los perpétuo. A gestão da comunicação eficaz tornou-se essencial para as empresas transformarem os seus objetivos em resultados. As empresas que desejam ser bem sucedidas nos dias atuais, precisam saber direcionar os seus esforços em comunicação corporativa de forma ampla e abrangente, alinhando a gestão da comunicação aos objetivos estratégicos da empresa, sabendo estruturar uma comunicação interna, que permita informar e envolver todos os funcionários de forma ampla e consciente sobre suas participações no processo de realização de estratégias e metas da empresa; alinhar a comunicação interna e externa da empresa, priorizando a imagem satisfatória da organização perante o público externo, em busca de confiabilidade e credibilidade. A comunicação tornou-se uma ferramenta essencial para estabelecer o diálogo entre a empresa e os seus públicos. No plano interno e externo, administrar estrategicamente a comunicação empresarial significa entre outros aspectos, a capacidade de antever possíveis focos de conflito, trabalhar os públicos que interagem diretamente com a organização objetivando um bom relacionamento e, criar e manter uma imagem positiva no mercado atuante. 56 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ARGENTI, Paul A.. Comunicação Empresarial: a construção da identidade, imagem e reputação. tradução de Adriana Rieche.Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. BAHIA, Benito Juarez. Introdução à Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995. KRANZ, Garry. Comunicação: use corretamente a linguagem empresarial. Tradução de Julia Helimuth. Rio de Janeiro: Ed.Senac Rio, 2009. KELLER, Kátia. Comunicação organizacional, sobrevivência empresarial. 2ª ed., São Paulo: Olho Dagua, 2006. KOTLER, Philip. Administração de Marketing: a edição do milênio. Tradução Bazán Tecnologia e Linguística, revisão técnica Arão Sapiro. São Paulo: Prentice Hall, 2004. KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas. São Caetano do Sul-SP: Difusão Editora, 2008. LUPETTI, Marcélia. Gestão Estratégica da Comunicação Mercadológica. São Paulo: Thomson Learning, 2007. MATOS, Gustavo Gomes de. Comunicação empresarial sem complicação: como facilitar a comunicação na empresa, pela via da cultura e do diálogo. 2ª ed rev. e ampl.. Barueri-SP: Manole, 2009. NETO, Belmiro Ribeiro da Silva. Comunicação Corporativa e Reputação: construção e defesa da imagem. São Paulo: Saraiva, 2010. 57 TAVARES, Maurício. Comunicação Empresarial e planos de comunicação: integrando teoria e prática. 2ª ed., São Paulo: Atlas, 2009. PIMENTA, Maria Alzira. Comunicação Empresarial: conceitos e técnicas para administradores. Campinas-SP: Editora Alínea, 2004. 58 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I COMUNICAÇÃO CORPORATIVA 09 1.1 – A Importância da Comunicação nas Organizações 10 1.2 – Comunicação Interna 13 1.2.1 – Comunicação Administrativa 16 1.3 – Comunicação Externa 18 1.4 – Comunicação Institucional 19 1.5 – Comunicação Integrada 21 CAPÍTULO II A COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA PARA AS ORGANIZAÇÕES 25 2.1 – Estratégias 25 2.2 – Pesquisa de Mercado 26 2.3 – Planejamento Estratégico de Comunicação 28 2.3.1 – Ferramentas de Comunicação Interna 28 2.3.1.1 – Endomarketing 28 2.3.1.2 – Canais de Comunicação Interna 30 2.3.1.2 – Atuação dos Gestores 35 2.3..2 – Canais de Comunicação Externa 37 59 CAPÍTULO III ESTUDO DE CASO - CEPEM 45 3.1 – A Empresa 45 3.2 – Análise Situacional da Empresa em relação à Comunicação 47 3.3 – Como a Comunicação pode ser Essencial para a Empresa 49 CONCLUSÃO 55 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 56 ÍNDICE 59 60 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito: