As relações ecológicas - Tudo o que você faz conta

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Material de Aperfeiçoamento de Estudos – MAE
6ª série – 1º Bimestre
Professora MaristelA Borges
As relações ecológicas
Os seres vivos que formam uma comunidade relacionam-se entre si e com o ambiente
Entendendo as relações ecológicas
Em todos os ecossistemas da Terra, observamos que os indivíduos se relacionam uns com os outros,
sejam da mesma espécie ou de espécies diferentes.
Quando dois indivíduos interagem, essa relação pode: trazer benefícios para ambos; ser vantajosa
apenas para um deles, prejudicando o outro; ou, ainda, beneficiar um deles sem interferir no desenvolvimento
do outro.
Comensalismo
O comensalismo é a associação entre
espécies diferentes na qual apenas uma se
beneficia sem, contudo, prejudicar a outra. O
principal recurso procurado é o alimento.
Um exemplo de comensalismo ocorre
entre a rêmora e o tubarão. A rêmora é um peixe
que consegue fixar-se ao corpo do tubarão.
Além de ser transportada pelo tubarão, a rêmora
aproveita os restos da alimentação dele. O
tubarão não é prejudicado.
Inquilinismo
O inquilinismo é a associação em que apenas uma espécie, o
inquilino, se beneficia, procurando abrigo ou suporte no corpo de outra
espécie, o hospedeiro, sem prejudicá-lo.
As epífitas são exemplos de plantas inquilinas que crescem
sobre os troncos e galhos maiores das árvores, as hospedeiras, sem,
necessariamente, prejudicá-las.
Portanto, as epífitas não são plantas parasitas, pois não retiram
alimento de seu hospedeiro.
As orquídeas e as bromélias são exemplos de epífitas.
Muitas aves constroem seus ninhos em galhos e troncos de
árvores e, assim, estabelecem com elas uma relação de inquilinismo.
Mutualismo
O mutualismo é uma relação em que indivíduos de
espécies diferentes se beneficiam mutuamente. No
mutualismo, o vínculo entre as espécies envolvidas é
obrigatório, ou seja, se estiverem separadas uma da outra não
conseguem sobreviver.
Os liquens são um exemplo de mutualismo. Liquens
são associações entre certas algas e fungos. São vistos
frequentemente em troncos de árvores e sobre as rochas.
As algas produzem seu próprio alimento. O fungo
utiliza o excesso de matéria orgânica (alimento) produzida
pela alga. Em troca, esses fungos protegem as algas, além de
fornecer a elas água e gás carbônico que retiram do ar e sais
minerais que retiram da superfície.
Sem a alga, esse fungo não sobreviveria, pois não
consegue produzir o seu próprio alimento. Já sem o fungo, essa alga não sobreviveria, pois não conseguiria os
elementos básicos usados na fotossíntese nem se fixaria no substrato. Juntos, porém, eles conseguem
sobreviver em diversos ambientes.
Protocooperação
A protocooperação ou cooperação é a associação não
obrigatória entre seres de espécies diferentes, em que ambos se
beneficiam.
Alguns exemplos de protocooperação são: a polinização das
flores por insetos e aves e a dispersão de sementes por aves e
morcegos.
Certos insetos e aves se alimentam do néctar de algumas plantas
e, quando fazem isso, levam o pólen, que é uma estrutura reprodutiva da
planta, de uma flor para outra, permitindo a produção de frutos e
sementes. Nessa associação, todos são beneficiados – plantas e aves, ou
plantas e insetos –, mas, se essa relação não ocorrer, todos conseguem
sobreviver de outra forma.
Competição
A competição pode ocorrer entre indivíduos da
mesma espécie ou entre indivíduos de espécies
diferentes. É a disputa por recursos do meio, como a
água, o alimento, o espaço, a luminosidade e até mesmo
refúgio, quando eles não são suficientes para todos da
comunidade ou população.
Por exemplo, o pardal (Passer domesticus) e o
tico-tico (Zonotrichia capensis) são aves que ocupam o
mesmo nicho ecológico. Eles têm hábitos alimentares
similares e constroem seus ninhos em locais
semelhantes. Assim, se eles estiverem em um mesmo
hábitat, provavelmente irão competir por alimentos e
local para construção do ninho, caso esses recursos não
sejam suficientes para todos os indivíduos.
Predação
A predação é a relação em que um indivíduo se alimenta de outro indivíduo, de outra espécie. Nessa
relação, o indivíduo que se alimenta de outro indivíduo é o predador e o indivíduo que serve de alimento é a
presa. Os predadores são geralmente maiores em tamanho, porém em menor número que suas presas. São
exemplos de predadores os animais carnívoros e os onívoros.
Camuflagem x mimetismo
Se os predadores têm estratégias que os ajudam a capturar suas presas, estas também apresentam
estratégias de defesa contra a predação.
Se a presa se assemelha em cor e padrão a organismo que são evitados por predadores, por serem
venenosos ou por não serem apreciados como alimento, a presa não será predada com facilidade. Essa
estratégia chama-se mimetismo (do grego mimetós, imitar) e é encontrada, por exemplo, na serpente falsacoral e nas borboletas vice-rei e monarca.
A camuflagem é uma estratégia em que uma espécie procura confundir suas presas ou seus
predadores, assemelhando-se a aspectos do ambiente, como cor ou forma. O louva-a-deus, que é um predador,
se assemelha a folhas ou galhos.
Parasitismo
O parasitismo é a relação em que um indivíduo de uma espécie, o parasita, se instala no corpo do
indivíduo de outra espécie, o hospedeiro. O parasita retira alimento do corpo do hospedeiro e, como
conseqüência, causa danos que podem levar o hospedeiro à morte, mas, de modo geral, essa morte não é
conveniente ao parasita.
O parasita pode se instalar na superfície externa do corpo do hospedeiro, como é o caso de pulgas,
pulgões e piolhos. Pode também se instalar dentro do organismo do hospedeiro, como é o caso de vermes
intestinais.
Colônias
A colônia é o agrupamento de vários indivíduos da mesma espécie, que apresentam um elevado grau
de dependência entre si, uma vez que são unidos fisicamente uns aos outros, sendo-lhes impossível a vida
quando isolados do conjunto. Como exemplo temos os corais.
Sociedades
A sociedade é o agrupamento de indivíduos da mesma espécie, organizados de modo cooperativo,
com divisão de trabalho, facilitando a sobrevivência do grupo. Eles não estão unidos fisicamente uns aos
outros.
É comum a ocorrência de castas, que são as divisões sociais, como a rainha, o zangão, o soldado e a
operária, muito comuns em formigueiros, colmeias e cupinzeiros. As formigas, as abelhas e os cupins são
conhecidos como insetos sociais.
O esquema a seguir mostra os tipos principais de interações ecológicas entre os seres vivos.
Intra Específica
Inter Específica
Interações Harmônicas Interações Desarmônicas
Colônia (+)
Competição (-)
Sociedade (+)
Mutualismo (+ +)
Competição (- -)
Cooperação (+ +)
Parasitismo (+ -)
Comensalismo (+ 0)
Predatismo (+ -)
Inquilismo (+ 0)
Amensalismo (+ -)
Epifitismo (+ 0)
O sinal (+) indica vantagem para a espécie, o sinal (-) indica prejuízo para a espécie, e o sinal (0) indica que a espécie não é
beneficiada nem prejudicada.
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