INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM) 1) DEFINIÇÃO - “É um foco de necrose decorrente da inadequada perfusão tissular; ela é acompanhada de conseqüente hipóxia, acúmulo de metabólicos deletérios, bem como sinais e sintomas indicativos de morte celular.” - área infartada → apresenta fluxo zero ou muito pequeno → não mantém a função do músculo cardíaco - O m. cardíaco → 1,3 ml de oxigênio por 100g de tecido muscular por minuto para permanecer vivo - ventrículo esquerdo normal em repouso → 8% ml de oxigênio por cada 100g por minuto - fluxo sanguíneo de 15 a 30% do normal em repouso → suficiente para o músculo cardíaco não morrer → Importância das colaterais 1 - 900 mil indivíduos nos EUA por ano, sendo fatal em cerca de 25% dos casos - fatores de risco para o infarto agudo do miocárdio: • • • • • • Tabagismo; Obesidade; Altos níveis de colesterol no sangue; História familiar de infarto agudo do miocárdio; Sedentarismo; Alimentação irregular, entre outros. - Sintomas: • sintoma inicial dor muito forte no esterno Outros sintomas incluem: • • • Dor forte no pescoço e região esquerda da mandíbula; Dormência e sensação de formigamento no braço esquerdo; Palpitação, taquicardia e escurecimento da visão 2) Causas de morte após IAM 2.1) DIMINUIÇÃO DO DÉBITO CARDÍACO – Choque cardíaco 2 - capacidade global de bombeamento do ventrículo afetado apresenta-se reduzida - a força global de bombeamento → diminuída → DISTENSÃO SISTÓLICA - partes normais do músculo ventricular se contraem → músculo isquêmico → não sofre contração → forçado p/fora pela pressão que se desenvolve no interior do ventrículo → protrusão da área de músculo cardíaco não funcional → força de bombeamento dissipa-se 3 - força de bombeamento insuficiente → Qtidade insuficiente de sg p/ árvore arterial → Insuficiência Card. → isquemia periférica (Ins. Card. de Baixo Débito) → falência órgãos 2.2) Acúmulo de sangue no sistema venoso - bombeando inadequado sg → coração acumulando sg → vasos sanguíneos dos pulmões ou na circulação sistêmica → ↑ pressão atrial → ↑ pressão capilar, particularmente nos pulmões - Após alguns dias, c/ ↓ DC → ↓ fluxo sg p/ rins → ↓ excreção de urina → ↑ volumes sanguíneos e os sintomas congestivos → quadro de EAP 2.3) Fibrilação do ventrículo após infarto do miocárdio - 4 fatores podem contribuir: A) Perda aguda do suprimento sanguíneo para o músculo → rápida perda de potássio da musculatura isquêmica → ↑ [ ] 4 potássio nos líquidos extracelulares → ↑ irritabilidade cardíaca e assim ↑ probabilidade de fibrilação B) Isquemia do músculo causa “corrente de lesão” - musculatura isquêmica não pode repolarizar suas membranas → superfície externa desse músculo permanece negativa em relação à membrana do m. cardíaco normal em outros pontos do coração → fibrilação C) DC está baixo após infarto maciço → Desenvolvimento de potentes reflexos simpáticos → ↑ irritabilidade do músculo cardíaco, predispondo à fibrilação D) Dilatação do Ventrículo → ↑ extensão da via de condução de impulsos no coração → vias anormais de condução em torno da área infartada do músculo cardíaco → fibrilação 2.4) Ruptura da área infartada - fibras musculares mortas começam a se degerar após poucos dias do IAM → tecido morto torna-se muito delgado 5 → músculo morto faz grande protrusão para fora a cada contração cardíaca → distensão sistólica torna-se cada vez maior → coração se rompe 3) Recuperação do infarto agudo do miocárdio - Substituição do músculo morto por tecido cicatricial → as áreas normais do coração sofrem hipertrofia gradual → tenta compensar musculatura cardíaca perdida → recupera-se parcial ou totalmente (depende da área afetada) 6 4) ECG no IAM 7