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A IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS
PARA O NÍVEL FUNDAMENTAL(1)
Maria Eduarda Castelhano de Campos(2), Brasilia Castelhano Soares(3), Rafael
Roehrs(4), Geovana da Cruz Pereira(5)
(1) Trabalho
executado com apoio material e financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior – CAPES – Brasil.
(2)Acadêmica do Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza; Bolsista PIBID; Universidade Federal do Pampa –
Campos Uruguaiana, Uruguaiana, Rio Grande do Sul; [email protected];
(3) Acadêmica do Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza; Bolsista PIBID; Universidade Federal do Pampa –
Campus Uruguaiana, Uruguaiana, Rio Grande do Sul; [email protected]
(4) Orientador; Universidade Federal do Pampa – Campus Uruguaiana
(5)
Coorientadora; Universidade Federal do Pampa – Campus Uruguaiana
Palavras-Chave: problematização, educação, prática.
INTRODUÇÃO
Wanderley (2007) afirma que “a falta de interesse dos alunos é devido à maneira na qual é transmitido
o ensino, onde os conceitos são ensinados usando exclusivamente a teoria. O que é para a maioria dos
estudantes entediante, não se aplicando a diversos aspectos do cotidiano, sendo algo considerado apenas
a ser memorizado.”
Docentes em período de formação precisam conhecer e saber como utilizar práticas de ensino
alternativas para diminuir as dificuldades da aprendizagem dos alunos.
Se não há, na formação docente, uma preparação adequada para lidar com a experimentação, e
também é ausente, na escola, uma infraestutura de qualidade para a prática, consequentemente não haverá
total aproveitamento da parte do aluno ao aprender o conteúdo dado. Justificando o receio e, muitas vezes,
resistência do professor, de efetuar atividades experimentais usando reagentes em lugares inadequados,
sem segurança e espaço apropriado. Acaba-se por levar o laboratório à sala de aula, ao invés de levar os
estudantes da sala de aula para o laboratório.
Percebe-se a existência de um conjunto de fatores que dificultam o aprendizado do ensino de
ciências, não podendo responsabilizar apenas o professor, como também o desinteresse dos estudantes, a
falta de laboratórios, salas de aula lotadas, a infraestrutura da escola, dentre muitos outros fatores. Para
mudar tal situação, é indispensável que o professor esteja sempre em processo de aprendizagem para
proporcionar novidades em suas aulas, despertando a motivação, buscando o interesse do aluno. Aplicando
teoria e prática, o estudante terá uma melhor assimilação do conteúdo, relacionando com seu cotidiano.
Diante de tais posicionamentos, o presente trabalho busca demonstrar a importância da inserção da
experimentação de maneira problematizadora no ensino de Ciências no nível fundamental, bem como
realiza uma revisão sobre o assunto utilizando de artigos, leis, parâmetros e programas nacionais e como os
mesmos referem-se ao Livro Didático e ensino fundamental ligados à experimentação.
METODOLOGIA
Propõe-se, com a revisão bibliográfica através de uma pesquisa bibliográfica (GIL, 2008). Esta
pesquisa foi feita nas bases de dados das seguintes fontes: Scielo (Scientific Electronic Library Online),
Banco de Teses da Capes e Google acadêmico, de onde foram coletados artigos científicos, teses e
dissertações sobre o referido tema (utilizando de termos como: Experimentação; Ensino Fundamental;
Ensno Tradicional; Ensino de Ciências.), para leitura e análise a fim de angariar dados para a referente
pesquisa.
Buscou-se artigos que discutiam o tema do trabalho, com destaque na importância do uso da
experimentação no ensino, identificando os efeitos do recurso metodológico nos estudantes e sua
contribuição no processo de aprendizagem. E colocando também fatores que limitam a aplicação da
experimentação no ensino, como também possíveis mudanças para a situação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Anais do 8º Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Universidade Federal do Pampa
Visto que os próprios PCN’s trazem a crítica a um ensino tradicional e conservador, onde o aluno
reproduzia o que era apresentado em sala de aula, a ciência era tida como incontestável e uma atividade
prática era como uma receita onde o aluno seguia os passos para obter um único resultado correto, sem
reflexão. A Lei de Diretrizes de Bases da Educação (LDB/1961) estabelece um melhor ensino de Ciências
em todas as séries do ensino fundamental, ainda que apresentasse um modo de experimentação
meramente reprodutivo de informações.
Assim, é necessário problematizar o conhecimento dos professores sobre o papel investigativo que a
experimentação propicia. Os professores precisam de preparo teórico e prático sobre os valores da
experimentação e os métodos de implementá-la no dia-a-dia. Precisam inteirar-se de que os PCN’s tratam
experimentação de forma investigativa e comunicativa como fundamental aos objetivos propostos para o
ensino de Ciências, indicada (aliada à observação) como estratégia didática que auxilia na construção de
conhecimento dos alunos.
Buscar uma abordagem diferenciada, no ensino de Ciências, onde o lúdico a prática são inseridos
(jogos com cartas de baralho, atividades práticas, experimentação de forma reflexiva), de forma que o
próprio estudante construa seu conhecimento, não apenas motiva o aluno a aprender sempre mais como
também é torna-se uma ferramenta que o professor dispõe sempre. Ainda seguindo este pensamento,
conciliado ao que consta nos PCN’s, Pereira (2010) cita que “O uso da experimentação com auxílio para
desenvolver a compreensão de conceitos leva o aluno a participar de seu processo de aprendizagem”.
Tornando a experimentação de enorme relevância.
Sabe-se que ações de melhoria no ensino de Ciências não dependem apenas da parte docente. São
necessárias aplicações governamentais na educação, na infraestrutura das escolas e na formação
acadêmica dos professores.
É neste ponto que se dá a importância de problematizar tais aspectos. Uma vez que, quando há uma
cobrança, por parte significativa da população a respeito de visibilidade para este assunto, a educação e os
métodos de ensino são valorizados e, consequentemente, professores e alunos também.
Mortimer et.al (2000) ainda afirmam que de nada aditanta o professor desenvolver atividades práticas
em sala de aula se, posteriormente, nesse ambiente, não for oportunizado o momento de discussão teóricoprática que transcende o conhecimento de nível fenomenológico e o conhecimento comum dos estudantes.
CONCLUSÕES
Se um ensino tradicional não é mais apropriado como melhor meio de aprendizagem aos estudantes,
sua permanência em sala de aula acaba por tornar-se prejudicial aos alunos e, até mesmo, aos
professores.
A vista disto, melhorias no ensino de Ciências, na inserção da experimentação de modo investigativo e
na formação de professores qualificados, se mostram necessárias e de extrema importância para uma
educação de qualidade. Ademais, essas mudanças estão associadas à valorização do papel do professor e
do investimento nas escolas, para obtenção de um melhor aproveitamento escolar. Com isso, é concluído
que a construção de um espaço em que os fatores problemáticos (como a falta de infraestrutura nas
escolas) para o ensino de Ciências devem receber atenção de forma coletiva.
REFERÊNCIAS
LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasil, 1996.
MORTIMER, E. F.; CARVALHO, A. M. P. de. Referenciais teóricos para análise do processo de ensino de Ciências. Caderno
de Pesquisas, n. 96, p. 5-14, 1996.
PCN, Parâmetros Curriculares Nacionais 1ª a 4ª séries – 5ª a 8ª séries. Ministério da Educação (MEC). Brasil.
PEREIRA, B. B. Experimentação no ensino de ciências e o papel do professor na construção do conhecimento. In:
Cadernos da FUCAMP, Brasil, v. 9, n. 11, 2010.
WANDERLEY, Kaline Amaral. et al. Pra gostar de química: um estudo das motivações e interesses dos alunos da 8ª
série do ensino fundamental sobre Química. Resultados Preliminares. Anais... I CNNQ, 2007.
Anais do 8º Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Universidade Federal do Pampa
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