HOMENAGEM DA RBB A RUBENS BORBA DE MORAES Existem muitlls razões que justificam a publicação deste número da Revista de Bi. blioteeonomia de Brasilia em homelUlgem a Rubens Borba de Moraes, que, em dezembro de 1978. completou seu octogésimo aniversário. A principal delas são os "ínculos que o ligruam. nos últimos anos de sua carreira acadêmica, aos bibliotecários de BrasíliJl e à própria Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal. Além disso. desde o primeiro número desta remta. ele faz parte de seu Conselho Redatorial. tendo sido um de seus grandes incentilladores a partir do instante em que lhe apresentei a idéia de publictí-lo. JIÍ em 1975 os biblioteaúios de Brasllitl puderam expressar seu apreço por Rubens Borbtl de Momes ao escolhê-lo presidente de honra do 8Q Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Doa.unentllção. E todos os que compareceram à solenidade de abertura do congresso certamente ainda se recordam de seu discurso, escrito com a mDmJl acumdtl percepçiio. o mesmo sentido da realidade e o mesmo humor com que sempre tratou dos problemas das bIbliotecas neste paú. • Nos anos em que trabalhou na Universidade de Brasllitl, niio foi apenas o professor enulito e resporuável. o amigo e orientador de alunos e colegas. Sempre preocupado com a melJroris da Biblioteca Central da UnB. niio se recusava a contribuir com . . ""Bf!SIiJes e até mesmo com seu trabalho. Não se furtou, por exemplo, a pos. . wírios ditu na poeirentll saIIl. que era apenas um depósito de livros velhos, no . . prédio da Biblioteca Central da UnB. e dentre eles selecionar aqueles exem~ que vieram ti constituir. de fato, a coleção de obras raras da biblioteca. ~ neua tIItridode que se constituiu. para mim, na melhor aprendizagem filie podDia ter recebido $Obre brasiliana e livros raros. Cada item de valor que era eteont1rldo ltUCittll1a de Rubens Borba de Moraes comentários muito bem funda"""tIIdos que justificavam !lUa inclusão entre os livros raros. E, durante esse traba//to clIIUIltíPo. em condições de desconforto, 1IIXJ lhe faltava o espírito para uma tllleJota ou um comentlirio desl:ontraüio .wbre autores. livros e bibliotecas. •. BibI....... 8raII1. 7 (1) jan./Jun. 1979 3 SUIl panicipoção foi indispenS/Ível junto à equipe de arquitetos e bibliotectírios que trabalhou no projeto de construção do atual prédio da BiblioteCtl Central da UnB. SwJs opiniões. ent50. sempre se pautlUllm pela necessidade de que se tivesse um prédio funcionlll e simples. Se soube aprecitu o que se conseguiu em tennos de dUtribuiç80 funcio1tlll do eqHIfO físico. soube tmnbém procla17llU repetidas vezes o geIl desIlcordo em reIt1I;iio à tIpQI'incia exterior do edifício. NunCtl perdoou ao arquiteto principDl que niio tit>eDe distribuído tmlPlos janelas na altz ocu[Jflda pelo Deptvtamento de Biblioteconomitl e das qwzis se terio visiio do lago PamnOtÍ. Por iDo JeI!IIf11R dizia que o prédio mais ptJTeCia uma BIockhaus que urna biblioteCtl. Rubens Borba de Moraes é um construtOf'. .De CQSQs e biblioteCtlS. Quando melhor estudtlTmos a história da Biblioteconomia no Brasil certamente constataremos que poucos bibliotecários conseguiram contribuir tonto ptITtI mudanças substonciais na aptl1'êncitJ e 1fIl essêrria desta nOS3ll profissão. E. iftCtlftsavelmente. aos oitento anos de idtIde. acabou de nos entregai' mais urna de suas Tf!fl1izaçÕt!S que é a obra Livros • BibIiotBcas no Brasil CoIonilII. ANTÔNIO AGENOR BR/QUEr DE LEMOS R. Bílllio1lICOn. BnlIIi. 7 (1) janJjun. 1SN