54º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 54º Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2008 Bahia Othon Palace Hotel • Salvador • BA • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2 Avaliação de efeitos genotóxico e citotóxico dos extratos etanólicos de Cordia echaliculata e Echinodorus grandiflorus utilizando o ensaio cometa e o teste do micronúcleo in vivo da Silva, CJ1; Takahashi, CS1,2; Bastos, JK3 Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo- Ribeirão Preto-SP-Brazil 2 Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo- Ribeirão Preto-SP-Brazil 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo- Ribeirão Preto-SP-Brazil 3 [email protected]; [email protected] Devido a sua extensa diversidade de espécies vegetais, o Brasil é considerado uma farmácia natural. Os biomas brasileiros disponibilizam importantes drogas vegetais para aliviar os males, principalmente, da população menos assistida. O consumo de drogas vegetais é ascendente, ora motivado pelo fácil acesso, ora por modismo naturalista. O que se percebe é o uso extensivo destes produtos com finalidades terapêuticas, baseando-se apenas no conhecimento tradicional; havendo carência de respaldo cientifico. Portanto, as drogas vegetais para serem consumidas com segurança, devem passar pelos mesmos testes indicados às sintéticas. Este estudo objetiva prospectar efeitos genotóxico e/ou citotóxico dos extratos etanólicos da Porangaba (Cordia echaliculata) e do Chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus), espécies utilizadas, principalmente, no auxilio à redução de massa corporal. Para tal propósito utilizamos os testes de curta duração Ensaio Cometa e Teste do Micronúcleo. Como modelo experimental utilizamos camundongos Swiss machos expostos aos tratamentos durante 24 horas. Para cada tipo de tratamento utilizamos 6 animais, e para cada espécie vegetal testamos 3 diferentes concentrações do extrato (500; 1000 e 2000 mg/kg m.c*). Como controle positivo utilizamos a Doxorrubicina (5 mg/kg m.c), e como controle negativo utilizamos água estéril (10 ml/kg m.c); os animais foram tratados via gavagem, exceto o grupo controle positivo, tratado por injeção intraperitonial. No Teste do Micronúcleo, utilizando células do sangue periférico, e analisando as três concentrações supracitadas do extrato de Porangaba, obtivemos as respectivas freqüências de micronúcleos, por 2000 eritrócitos analisados: 22,17; 21,50 e 21,17. Para o Chapéu-de-couro obtivemos as freqüências: 27,50; 26,33 e 26,33. No controle negativo obtivemos: 18,00, e no positivo: 37,67. No Teste do Micronúcleo, utilizando células da medula óssea, obtivemos as seguintes freqüências de eritrócitos policromáticos micronucleados por 2000 eritrócitos policromáticos analisados, nos tratamentos com extrato de Porangaba: 8,17; 10,50 e 8,67. Para o Chapéu-de-couro: 8,83; 10,50 e 9,50. No controle negativo obtivemos: 7,67 e no positivo: 35,00. No Ensaio Cometa, realizado em sangue periférico, avaliamos os índices de danos no DNA para as mesmas concentrações de extratos usadas no Teste do Micronúcleo, e obtivemos para Porangaba os seguintes índices, por 50 cometas analisados: 21,33; 20,83 e 21,83. Para o Chapéu-de-couro obtivemos os seguintes índices: 20,83; 19,50 e 20,50. No controle negativo obtivemos: 19,50 e no positivo: 37,33. Para as análises estatísticas recorremos aos testes ANOVA e teste t de Student. Para avaliação citotóxica usamos a relação entre eritrócitos policromático e eritrócitos normocromáticos. Nas condições de execução desta investigação científica, não verificamos atividades citotóxicas nem genotóxicas dos extrato etanólicos da Porangaba e do Chapéu-de-couro. Apoio financeiro: CNPq,CAPES, FAEPA e Depto. Genética- FMRP. 9 *m.c = massa corporal