UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA EMENTA DE DISCIPLINA Codigo Disciplina Ementa HS149 Carga Horária ANTROPOLOGIA E PATRIMÔNIO O patrimônio como um campo de estudo. O monumento como expressão patrimonial. Do patrimônio histórico ao patrimônio cultural. A Antropologia e a preservação. A institucionalização das políticas de preservação no Brasil. Teóricas 60 Pré-Requ Curso Práticas - Estágio - Total 60 HS 081 Ciências Sociais DOCENTE(S) Professor(a) EDILENE COFFACI DE LIMA Assist/Monitor VALIDADE Horário Segunda-feira 07h30 às 11h30 Validade 2º semestre / 2016 Objetivo Introduzir os alunos ao tema do patrimônio no Brasil, percorrendo suas definições pretéritas e contemporâneas. Desenvolver o tema da relação entre Antropologia e Patrimônio a partir de experiências recentes, particularmente àquelas relativas a definições múltiplas de patrimônio: cultural, lingüístico e genético, entre outros. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Programa Parte 1 O campo do patrimônio no Brasil Bibliografia Básica Anastassakis, Zoy. 2007. Dentro e fora da política nacional de preservação do patrimônio cultural no Brasil: Aloísio Magalhães e o Centro Nacional de Referência Cultural. Dissertação de Mestrado (Antropologia): Museu Nacional. GONÇALVES, J. Reginaldo Santos. O patrimônio como categoria de pensamento. In: ABREU, Regina; CHAGAS, Mário (Orgs.). Memória e Patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009. GONÇALVES, J. Reginaldo Santos. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ; MinC-Iphan, 2002. FONSECA, M. Cecília Londres. “Para além da pedra e cal: por uma concepção ampla de patrimônio cultural”. In. M. Chagas e R. Abreu (orgs.). Memória e patrimônio. Ensaios contemporâneos. 2 ed. Rio de Janeiro, Lamparina, 2009. KERSTEN, Márcia. Os rituais do tombamento e a escrita da história: bens tombados no Paraná entre 1938-1990. Curitiba, Editora da UFPR, 2000. VELHO, Gilberto. “Patrimônio, negociação e conflito”, Mana, 12 (1), 237-248, 2006. Bens tombados no Brasil: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Lista%20Bens%20Tombados%20Dez% 202015.pdf UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA Parte 2 Patrimônio imaterial ABREU, Regina. “A emergência do patrimônio genético e a nova configuração do campo do patrimônio”. M. Chagas e R. Abreu (orgs.). Memória e patrimônio. Ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro, Lamparina, 2009. ANDRELLO, Geraldo. “Nossa história está escrita nas pedras: conversando sobre cultura e patrimônio cultural com os índios do Uapés”. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2005, n. 32. BALL, Christopher. “Fazendo das línguas objetos: línguas em perigo de extinção e diversidade cultural”, Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2005, n. 32. BELAUNDE, Luisa Elvira. 2012. “Diseños materiales e inmateriales: la patrimonialización del kene Shipibo-Konibo y de la ayahuasca em el Peru”, Mundo Amazónico 3:123-146 CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. 2009. Cultura com aspas. São Paulo: Cosac & Naify, 2009. (Capítulo “’Cultura’ e cultura: conhecimentos tradicionais e direitos intelectuais”) CARVALHO, Ana. Os museus e o patrimônio imaterial. Estratégias para o desenvolvimento de boas práticas. Lisboa, Edições Colibri/CIDEHUS. (Introdução e Capítulo 1) FRANCHETTO, Bruna. “Línguas em perigo e línguas como patrimônio imaterial”, Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2005, n. 32. LIMA, Edilene. “Entre o mercado esotérico e os direitos de propriedade intelectual: o caso do kampô (Phyllomedusa bicolor). In. John Kleba e Sandra Kishi (orgs.). Dilemas do acesso à biodiversidade e aos conhecimentos tradicionais. Direito, política e sociedade. Belo Horizonte, Editora Fórum, 2009. Lima, Edilene C. 2014. “A internacionalização do kampô (via ayahuasca): difusão global e efeitos locais”. In. Carneiro da Cunha, M. e Cesarino, Pedro. Políticas culturais e povos indígenas. São Paulo: Cultura Acadêmica. pp. 91-112. Documentário: A cachoeira sagrada de Iauaretê. Dirigido por Vincent Carelli, Iphan/Foirn/Vídeo nas aldeias, 2006. 48 min. Documentário: LÍNGUA: vidas em português. Dirigido por Victor Lopes. Paris Filmes; TV Zero; Sambascope; Costa do Castelo Filmes, 2004. 91 min., son., color. Parte 3 Museus, lugares de alteridade CLIFFORD, James. “Museologia e contra-história: viagens pela Costa Noroeste dos Estados Unidos”. In. M. Chagas e R. Abreu (orgs.). Memória e patrimônio. Ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro, Lamparina, 2009. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA FABIAN, Johannes. 2010. “Colecionando pensamentos. Sobre os atos de colecionar, Mana, 16(1): 59-73. FREIRE, José Ribamar Bessa. “A descoberta do museu pelos índios”. M. Chagas e R. Abreu (orgs.). Memória e patrimônio. Ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro, Lamparina, 2009. Leopold, Robert. 2008. “The second life of ethnographic fieldnotes”. In Ateliers du LESC [online], v. 32, 2008. Disponível em <http://goo.gl/1gYbEF>. Lima, Edilene Coffaci. 2016. “De documentos etnográficos a documentos históricos: a segunda vida dos registros sobre os Xetá (Paraná, Brasil)”. Comunicação apresentada no VI Congresso da Associação Portuguesa de Antropologia, 02 a 04 de junho de 2016, Coimbra, Portugal. Oliveira Filho, João Pacheco. 2007. “O retrato de um menino bororo: narrativa sobre o destino dos índios e o horizonte político dos museus, séculos XIX e XX”, Tempo, Revista digital do Programa de Pós-Graduação em História da UFF. Disponível a partir de http://www.scielo.br/pdf/tem/v12n23/v12n23a06. ROCA, Andrea. 2015. “Museus indígenas na Costa Noroeste do Canadá e dos Estados Unidos: colaboração, colecionamento e autorrepresentação”. Revista de Antropologia, 58(2). Vincent, Nina. 2015. Paris, Maori: o museu e seus outros: a curadoria nativa no quai Branly. Rio de Janeiro: Garamond. METODOLOGIA Atividades O curso baseia-se na leitura orientada da bibliografia, a qual será objeto de análise em aulas expositivas e seminários (com apresentação oral e um trabalho escrito), realizados pelos alunos sob orientação da professora. Os horários para orientação individual deverão ser agendados diretamente com a professora. Formas de AVALIAÇÃO Avaliação Participação na discussão durante as aulas. Preparação e apresentação de seminário (em dupla), uma prova dissertativa sem consulta e trabalho final (individual) versando sobre tema de interesse do aluno, relativo ao programa do curso. Bibliografia Pequenas alterações na bibliografia poderão ser indicadas ao longo do curso. Bibliografia Complemen complementar será indicada durante as aulas. tar