O QUE É DISLEXIA? Dificuldades de ler, soletrar ou até mesmo

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O QUE É DISLEXIA?
Dificuldades de ler, soletrar ou até mesmo identificar as
palavras mais simples. Muito mais do que preguiça, falta de atenção
ou má alfabetização, pessoas com esses sintomas podem ter dislexia.
Apesar da assustadora impressão do termo, dislexia não é uma
doença. Ela é um distúrbio genético e neurobiológico de
funcionamento do cérebro para todo processamento linguístico
relacionado à leitura. O que ocorre são falhas nas conexões cerebrais.
Assim, a pessoa disléxica tem dificuldade para associar o símbolo
gráfico e as letras ao som que elas representam e não consegue
organizá-los mentalmente numa sequência coerente. Por exemplo, a
palavra “superinteressante” pode ser vista e entendida por um
disléxico como “suprinteressãmt”.
“Os mesmos sintomas da dislexia podem aparecer para vários
outros quadros, como hiperatividade ou lesões cerebrais. Assim, um
diagnóstico preciso deve ser feito por uma equipe multidisciplinar”,
diz Maria Ângela Nogueira Nico, coordenadora científica da Associação
Brasileira de Dislexia. O distúrbio pode ser tratado com exercícios de
assimilação de fonemas, desenvolvimento de vocabulário e
acompanhamento de psicólogos e fonoaudiólogos. Estudos sugerem
que, se tratada ainda cedo na vida escolar, uma criança pode corrigir
as falhas nas conexões cerebrais a ponto de elas quase
desaparecerem.
Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da
Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem
Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na
Linguagem Corporal e Social. Não tem como causa falta de interesse,
de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com
acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no
aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica
evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.
Crianças disléxicas apresentam combinações de sintomas, em
intensidade de níveis que variam entre o sutil ao severo, de modo
absolutamente pessoal. Em algumas delas há um número maior de
sintomas e sinais; em outras, são observadas somente algumas
características. Quando sinais só aparecem enquanto a criança é
pequena, ou se alguns desses sintomas somente se mostram
algumas vezes, isto não significa que possam estar associados à
Dislexia. Inclusive, há crianças que só conquistam uma maturação
neurológica mais lentamente e que, por isto, somente têm um quadro
mais satisfatório de evolução, também em seu processo pessoal de
aprendizado, mais tardiamente do que a média de crianças de sua
idade.
A dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção,
desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela
pode atingir igualmente pessoas das raças branca, negra ou amarela,
ricas e pobres, famosas ou anônimas, pessoas inteligentes ou aquelas
mais limitadas.
Pesquisas científicas neurobiológicas recentes concluíram que o
sintoma mais conclusivo acerca do risco de dislexia em uma criança,
pequena ou mais velha, é o atraso na aquisição da fala e sua
deficiente percepção fonética. Quando este sintoma está associado a
outros casos familiares de dificuldades de aprendizado - dislexia é,
comprovadamente, genética, afirmam especialistas que essa criança
pode vir a ser avaliada já a partir de cinco anos e meio, idade ideal
para o início de um programa remediativo, que pode trazer as
respostas mais favoráveis para superar ou minimizar essa dificuldade.
A dificuldade de discriminação fonológica leva a criança a
pronunciar as palavras de maneira errada. Essa falta de consciência
fonética, decorrente da percepção imprecisa dos sons básicos que
compõem as palavras, acontece, já, a partir do som da letra e da
sílaba. Essas crianças podem expressar um alto nível de inteligência,
"entendendo tudo o que ouvem", como costumam observar suas
mães, porque têm uma excelente memória auditiva. Portanto, sua
dificuldade fonológica não se refere à identificação do significado de
discriminação sonora da palavra inteira, mas da percepção das partes
sonoras diferenciais de que a palavra é composta. Esta a razão
porque o disléxico apresenta dificuldades significativas em leitura,
que leva a tornar-se, até, extremamente difícil sua soletração de
sílabas e palavras. Por isto, sua tendência é ler a palavra inteira,
encontrando dificuldades de soletração sempre que se defronta com
uma palavra nova.
Porque, frequentemente, essas crianças apresentam mais
dificuldades na conquista de domínio do equilíbrio de seu corpo com
relação à gravidade, é comum que pais possam submete-las a
exercícios nos chamados "andadores" ou "voadores". Prática que,
advertem os especialistas, além de trazer graves riscos de acidentes,
é absolutamente inadequada para a aquisição de equilíbrio e
desenvolvimento de sua capacidade de andar, como interfere,
negativamente, na cooperação harmônica entre áreas motoras dos
hemisférios esquerdo-direito do cérebro. Por isto, crianças que
exercitam a marcha em "andador", só adquirem o domínio de andar
sozinhas, sem apoio, mais tardiamente do que as outras crianças.
Além disso, o uso do andador como exercício para conquista da
marcha ou visando uma maior desenvoltura no andar dessa criança,
também contribui, de maneira comprovadamente negativa, em seu
desenvolvimento psicomotor potencial-global, em seu processo
natural e harmônico de maturação e colaboração de lateralidade
hemisférica-cerebral.
Dislexia é um transtorno genético e hereditário da linguagem,
de origem neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de
decodificar o estímulo escrito ou o símbolo gráfico. A dislexia
compromete a capacidade de aprender a ler e escrever com correção
e fluência e de compreender um texto. Em diferentes graus, os
portadores desse defeito congênito não conseguem estabelecer a
memória fonêmica, isto é, associar os fonemas às letras.
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno
acomete de 0,5% a 17% da população mundial, pode manifestar-se
em pessoas com inteligência normal ou mesmo superior e persistir na
vida adulta.
A causa do distúrbio é uma alteração cromossômica hereditária,
o que explica a ocorrência em pessoas da mesma família. Pesquisas
recentes mostram que a dislexia pode estar relacionada com a
produção excessiva de testosterona pela mãe durante a gestação da
criança.
Sintomas
Os sintomas variam de acordo com os diferentes graus de
gravidade do distúrbio e tornam-se mais evidentes durante a fase da
alfabetização. Entre os mais comuns encontram-se as seguintes
dificuldades: 1) para ler, escrever e soletrar; 2) de entendimento do
texto escrito; 3) para de identificar fonemas, associá-los às letras e
reconhecer rimas e aliterações; 4) para decorar a tabuada,
reconhecer símbolos e conceitos matemáticos (discalculia); 5)
ortográficas: troca de letras, inversão, omissão ou acréscimo de
letras e sílabas (disgrafia); 6) de organização temporal e espacial e
coordenação motora.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por exclusão, em geral por equipe
multidisciplinar (médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo,
neurologista). Antes de afirmar que uma pessoa é disléxica, é preciso
descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de
atenção,
escolarização
inadequada,
problemas
emocionais,
psicológicos
e
socioeconômicos
que
possam
interferir
na
aprendizagem.
É de extrema importância estabelecer o diagnóstico precoce
para evitar que sejam atribuídos aos portadores do transtorno rótulos
depreciativos, com reflexos negativos sobre sua autoestima e projeto
de vida.
Tratamento
Ainda não se conhece a cura para a dislexia. O tratamento
exige a participação de especialistas em várias áreas (pedagogia,
fonoaudiologia, psicologia, etc.) para ajudar o portador de dislexia a
superar, na medida do possível, o comprometimento no mecanismo
da leitura, da expressão escrita ou da matemática.
Recomendações
* Algumas dificuldades que as crianças podem apresentar durante a
alfabetização só ocorrem porque são pequenas e imaturas e ainda
não estão prontas para iniciar o processo de leitura e escrita. Se as
dificuldades persistirem, o ideal é encaminhar a criança para
avaliação por profissionais capacitados;
* O diagnóstico de dislexia não significa que a criança seja menos
inteligente; significa apenas que é portadora de um distúrbio que
pode ser corrigido ou atenuado;
* O tratamento da dislexia pressupõe um processo longo que
demanda persistência;
* Portadores de dislexia devem dar preferência a escolas preparadas
para atender suas necessidades específicas;
* Saber que a pessoa é portadora de dislexia e as características do
distúrbio é o melhor caminho para evitar prejuízos no desempenho
escolar e social e os rótulos depreciativos que levam à baixa-estima.
Depois de Diagnosticada a Dislexia.
Sendo diagnosticada a dislexia, o encaminhamento orienta o
acompanhamento consoante às particularidades de cada caso, o que
permite que este seja mais eficaz e mais proveitoso, pois o
profissional que assumir o caso não precisará de um tempo para
identificação do problema, bem como terá ainda acesso a pareceres
importantes.
Conhecendo as causas das dificuldades, o potencial e as
individualidades do indivíduo, o profissional pode utilizar a linha que
achar mais conveniente. Os resultados irão aparecer de forma
consistente e progressiva.
Ao contrário do que muitos pensam, o disléxico sempre
contorna suas dificuldades, encontrando seu caminho. Ele responde
bem a situações que possam ser associadas a vivências concretas e
aos múltiplos sentidos. O disléxico também tem sua própria lógica,
sendo muito importante o bom entrosamento entre profissional e
paciente.
Outro passo importante a ser dado é definir um programa em
etapas e somente passar para a seguinte após confirmar que a
anterior foi devidamente absorvida, sempre retomando as etapas
anteriores. É o que chamamos de sistema MULTISSENSORIAL e
CUMULATIVO.
Também é de extrema importância haver uma boa troca de
informações, experiências e até sintonia dos procedimentos
executados, entre profissional, escola e família.
AVALIAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
A equipe multidisciplinar, incluindo Psicólogo, Fonoaudiólogo e
Psicopedagogo Clínico inicia investigação detalhada e verifica a
necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista,
Oftalmologista e outros, conforme o caso. É muito importante o
parecer da escola, dos pais, o levantamento do histórico familiar e a
evolução do paciente.
Outros fatores deverão ser descartados, como déficit
intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões
cerebrais (congênitas e adquiridas), desordens afetivas anteriores ao
processo de fracasso escolar (com constantes fracassos escolares o
disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes são
consequências, não causa da dislexia).
A equipe multidisciplinar deve verificar todas as possibilidades
antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia.
Essa avaliação é importante tanto na identificação das causas das
dificuldades
apresentadas,
quanto
permite
orientar
o
encaminhamento adequado para o caso individualizado.
Não existe teste único, patognomônico (sinais/sintomas
constantes, caraterísticos da doença) de dislexia.
O diagnóstico deve ser realizado por profissional (ais) treinado
(s), empregando-se uma série de testes e observações, em geral,
trabalhando em equipe multidisciplinar, que analisará o conjunto de
manifestações de dificuldades
Testes auditivos e de visão podem ser os primeiros a serem
solicitados.
Entre as avaliações mais solicitadas encontram-se testes:
Cognitivos
Inteligência
Memória auditiva e visual
Discriminação auditiva e visual
Orientação
Fluência verbal
Testes com novas tecnologias
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