3ª SÉRIE, 1º BIMESTRE

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CONTEÚDO DE FILOSOFIA PARA O TESTÃO (3ª SÉRIE, 1º BIMESTRE)
1. Demócrito de Abdera (teoria cosmológica).
2. Características do período antropológico.
3. Concepção filosófica dos Sofistas.
4. Sócrates.
5. Platão (apenas a teoria das Ideias).
OBS. O conteúdo sobre as Características do período antropológico, a concepção filosófica dos Sofistas e
sobre as ideias de Sócrates estão contidas no arquivo que vocês estudaram para fazer o simulado e a
primeira prova específica de filosofia.
Este arquivo contém apenas a teoria de Demócrito (eu havia esquecido de colocar isso no arquivo
anterior) e o pensamento de Platão (mas apenas a teoria das Ideias será cobrada, os demais conteúdos
sobre Platão não irão cair no “Testão”).
DEMÓCRITO DE ABDERA (460-370 A.C.)
Demócrito: tudo o que existe no universo é formado por minúsculas partículas, chamadas de átomos.
Essas partículas diferem entre si apenas pela forma geométrica e pela dimensão.
Os átomos possuíam vários formatos, se diferenciavam entre si e podiam ser reaproveitados: por
exemplo, quando um animal morresse seus átomos participariam da constituição de outros corpos.
O átomo é uma partícula indivisível, eterna e imutável.
Sendo em números infinitos, os átomos formam uma grande multiplicidade de seres.
Quando os átomos se agregam eles provocam o nascimento das coisas, e quando se desagregam eles
ocasionam o envelhecimento e a morte dos seres.
PLATÃO (427-347 a.C.).
DIALÉTICA PLATÔNICA.
Diálogo: embate entre teses (não apenas interrogação e refutação, como era o socrático).
Suba progressivamente do plano relativo e instável das opiniões até a construção de formas mais seguras
de conhecimento, rumo à conquista da verdade.
Uma dialética ascendente: o embate dos argumentos aperfeiçoa a tese.
PLATÃO: TEORIA DAS IDEIAS.
Platão propõe que se afirme hipoteticamente a existência de “formas” ou “essências” ou “ideias”, que
seriam os modelos eternos das coisas sensíveis. Essas essências seriam incorpóreas e imutáveis, existindo
em si mesmas.
Mundo Sensível: corresponde à matéria, é o mundo físico. As coisas e fatos do mundo sensível são
temporárias, mutáveis e corruptíveis (o mundo de Heráclito);
O Mundo Inteligível (Formas ou Ideias): mundo das essências, das ideias imutáveis, das formas perfeitas,
eternas, verdadeiras (o mundo de Parmênides).
O que encontramos no mundo físico são exemplos imperfeitos, cópias, imitações, sombras de Formas
absolutas imutáveis que existem no Mundo das Ideias.
Cada coisa corpórea e mutável seria o que ela é (uma cadeira, por exemplo) porque participa da essência
que lhe serve de modelo (a cadeira-em-si, a essência ou “ideia” de cadeira).
Uma cadeira que vemos ou tocamos pode ser de madeira ou metal, desta ou daquela cor, deste ou daquele
formato; ela muda, envelhece, é destruída com o tempo. Já a essência de cadeira permanece sempre a
mesma.
Não podemos apreender com os sentidos a essência ou “ideia” incorpórea e intemporal, pois nossos
sentidos só captam o material. Mas podemos alcançá-la com o intelecto: ela é inteligível.
Existe outra classe de Formas compostas de ideais normativos tais como Beleza, Bondade, Justiça e
Verdade. Por exemplo, nós aplicamos a palavra BELO a muitos atos humanos particulares. O que baseia
julgamentos como esse? A resposta de Platão é que nós já temos uma ideia da Forma ou padrão de
BELEZA em nossa mente.
TEORIA DA REMINISCÊNCIA: CONHECIMENTO COMO RECORDAÇÃO.
Teoria da Reminiscência: Sócrates dialoga com um jovem escravo e consegue com que ele demonstre
sozinho um difícil teorema de geometria (o teorema de Pitágoras).
O conhecimento é inato, já nascemos com ele (concordando com a maiêutica, na maiêutica o indivíduo
também já possui o conhecimento verdadeiro).
Platão afirma que nós nascemos com a razão e com as ideias verdadeiras, e a Filosofia nada mais faz do
que nos relembrar essas ideias.
O corpo é finito, mas a alma humana é imortal.
A alma tem existência própria, ela existe independente do corpo.
Platão apresenta uma posição dualista da realidade: defende a oposição entre o Mundo Sensível e o
Mundo Inteligível (Mundo das Ideias).
Conhecimento do Mundo Sensível é ilusório.
Conhecimento verdadeiro está no Mundo Inteligível (das Ideias): somente quando ascendemos ao Mundo
das Ideias é que alcançamos o conhecimento verdadeiro.
Processo de conhecimento: passagem progressiva do Mundo Sensível para o Inteligível.
Por meio da razão.
O MITO DA CAVERNA: A REPÚBLICA
O interior da caverna: Mundo Sensível (onde está o conhecimento ilusório).
O exterior da caverna: Mundo das Ideias (onde reside o conhecimento verdadeiro).
O Mito da Caverna: percurso que o indivíduo realiza para chegar ao conhecimento verdadeiro (progride
do Mundo Sensível para o Mundo das Ideias).
O Mito da Caverna: processo de emancipação intelectual que a filosofia é capaz de promover, libertando
o indivíduo das sombras da ignorância.
O prisioneiro que se liberta e contempla a realidade, e depois deve voltar para libertar seus companheiros,
representa o filósofo.
A HIERARQUIA DAS IDEIAS PERFEITAS: A IDEIA DE BEM, A “SUPERESSÊNCIA”.
Platão considera que, usando o conhecimento dialético, o filósofo pode atingir as essências eternas. E,
seguindo as articulações que ligam determinadas essências a determinadas essências, vai conquistando
essências cada vez mais gerais.
Até que, por fim, contempla aquele absoluto, uma superessência. Na República, Platão o denomina de
Bem. Ele seria a fonte de toda luz, fazendo com que os objetos possam ser conhecidos e que nós
possamos conhecê-los. É como o Sol.
Sócrates [a Glaucon] — [...] é minha opinião que nos derradeiros limites do mundo inteligível está a ideia
de Bem, [...] ela é a causa universal de tudo que existe de bem e de belo; que no mundo sensível é ela que
cria a luz e o dispensador da luz; e que no mundo inteligível é ela que desperta e ocasiona a verdade e a
inteligência, e que é necessário vê-la para se conduzir com sabedoria tanto na vida particular quanto na
vida pública (República).
O DEMIURGO E A CRIAÇÃO DO MUNDO SENSÍVEL
Para Platão, tudo o que foi feito deve ter tido um princípio originador, uma causa.
Mundo Sensível (o nosso mundo): Demiurgo (uma espécie de “grande construtor”, alguns pesquisadores
o traduzem como um “deus artesão”).
Esse Demiurgo teria se baseado nas ideias eternas e perfeitas do Mundo Inteligível, usando-as como
modelo para criar as coisas e seres do Mundo Sensível.
A CONCEPÇÃO ESTÉTICA DE PLATÃO: A ARTE COMO MÍMESIS (IMITAÇÃO)
Platão: atitude negativa diante da arte, considerando-a inferior à filosofia.
No livro décimo da obra A República, Platão considera toda expressão da arte uma „imitação‟ de
realidades sensíveis (homens, coisas, fatos e acontecimento diversos).
Realidades sensíveis (existentes no mundo sensível): são imagens, sombras, cópias das Ideias Verdadeiras
existentes no Mundo Inteligível.
Platão: a arte consiste numa imitação dos seres do mundo sensível que, por sua vez, são sombras das
Ideias do Mundo Inteligível, a arte representará uma cópia da cópia.
AS PARTES DA ALMA
Caminho da felicidade: abandono das ilusões dos sentidos em direção ao Mundo das Ideias, até alcançar
o conhecimento supremo da realidade, correspondente à ideia do Bem.
Felicidade: subordinação e harmonia das 3 partes da alma.
Alma concupiscente (cobiça): situada no ventre, ligada aos desejos;
Alma irascível (ira): situada no peito, vinculada às paixões (sentimentos, emoções);
Alma racional: situada na cabeça e relacionada com o conhecimento
Educação: equilíbrio hierárquico entre as 3 partes da alma
Alma racional controla as demais.
PLATÃO: ANALOGIA ENTRE O INDIVÍDUO E A CIDADE
Cidade: 3 grupos sociais.
Governantes (magistrados): guiados pela razão, responsáveis pelo governo da cidade, elaboração das leis
= alma racional.
Guardiões (guerreiros): responsáveis pela defesa e segurança da cidade (soldados) = alma irascível.
Produtores (trabalhadores): comerciantes, artesãos, agricultores, criadores de animais = alma passional.
Justiça da cidade: equilíbrio desses 3 grupos (cada grupo deve cumprir sua função).
OS REIS-FILÓSOFOS
Governantes: justo, conhece as implicações e mecanismos das ações justas (fornecidos pelo conhecimento
filosófico).
As classes (guerreiros e trabalhadores) se subordinariam aos governantes pelo bem comum da cidade.
Aristocracia: aristói (grego): melhores.
Aristocracia (não ligada a riqueza): ligada à sabedoria (saber legitima o poder).
Reis-filósofos: bem comum (justiça).
FELICIDADE EM PLATÃO: A ALMA RACIONAL
Vida feliz: alma racional regula a irascível, e esta controla a concupiscente;
Primazia da parte racional sobre as demais;
Preparação corporal e intelectual:
Ginástica: atividade física por meio da qual a pessoa dominaria as inclinações negativas do corpo;
Dialética: investigação dialógica (baseada no diálogo), uma técnica de investigação conjunta, feita através
da colaboração de duas ou mais pessoas, um instrumento de busca da verdade.
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