Mudança de classe de imunoglobulina

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Mudança de classe de
imunoglobulina
Funções dos anticorpos
Classes de imunoglobulina
Classes e subclasses de anticorpos em humanos
Classes de imunoglobulina
Classes de imunoglobulina
Expressão de IgM e IgD
A expressão de IgM ou IgD é determinada por splicing alternativo do transcrito
primário policistrônico.
A expressão de IgM na sua forma secretada ou de membrana também é
determinada por splicing alternativo dos exons que codificam a região
transmembrana ou domínios protéicos de secreção. IgD permanece na
membrana.
Classes de imunoglobulina
Anticorpos multiméricos
Anticorpos IgA e IgM formam, respectivamente, dímeros e pentâmeros quando
secretados. Estes multímeros são formados com o auxílio de uma proteína
chamada cadeia J (não confundir com região J do gene). Esta propriedade está
relacionada com a funcionalidade destas classes de anticorpos.
Fases da resposta de células B
Mudança de classe de imunoglobulina
Evento de recombinação independente de enzimas RAG e
dependente da enzima AID (activation induced cytidine deaminase)
?
Mudança de classe de imunoglobulina
Evento de recombinação independente de enzimas RAG e
dependente da enzima AID (activation induced cytidine deaminase)
Mudança de classe de imunoglobulina
Evento de recombinação independente de enzimas RAG e
dependente da enzima AID (activation induced cytidine deaminase)
A mudança de classe de
imunoglobulina ocorre
durante a reação
germinativa. Ela é
dependente da ativação do
linfócito B, que induz
ativação de AID e estimula a
produção de imunoglobulina.
A abertura de uma das fitas
de DNA, necessária para
trancrição gênica libera os
sítios onde a AID pode agir.
Esses sítios são as switch
regions, sequências
palindrômicas ricas em pares
GC
(GAGCTnGGGGGTnGAGCT...)
No entanto, o que determina qual classe de
imunoglobulina será induzida?
As citocinas secretadas por linfócitos T no momento da interação T:B estimulam
fatores de transcrição específicos, que têm afinidade por sequências nos
promotores de cada um das diferentes porções constantes da cadeia pesada de
imunoglobulina. A indução da transcrição de uma das cadeias propicia interação
física entre AID e o DNA, iniciando o processo de recombinação.
Mudança de classe de imunoglobulina
Funções dos anticorpos
Funções dos anticorpos
Distribuição no organismo
IgG e IgA são os anticorpos mais
abundantes no corpo e os anticorpos
com maior relevância clínica.
IgG presente no sangue e IgA nas
mucosas e fluidos exócrinos.
Funções dos anticorpos
IgA e IgG
Os plasmócitos
produtores de
IgA se alojam no
tecido linfóide
associado as
mucosas,
principalmente
IEL (lâmina
própria, abaixo da
membrana basal)
e placas de peyer.
Dímeros de IgA, conseguem atravessar o epitélio através de transcitose mediada
por pIgR, um receptor presente em células epiteliais basolaterais. Na luz, estes
anticorpos podem participar apenas de processos de neutralização. O mesmo vale
para IgA adquirida através da amamentação. IgM também pode atravessar epitélios
por esse mecanismo. No entanto plasmócitos que produzem IgM se localizam
principalmente na medula óssea.
Funções dos anticorpos
IgA e IgG
Neutralização
de toxinas
Neutralização
de patógenos
intracelulares
(virus,
bacteria,
protozoários)
Funções dos anticorpos
Fixação de complemento – IgG e IgM
A ativação clássica do
complemento ocorre
pela fixação de C1q.
Cada domínio globular
de C1q é capaz de
seligar em uma cadeia
pesada de Ig e a
tivação de C1 só ocorre
caso pelo menos duas
moléculas de C1q
formem um dímero.
Anticorpos IgG e
principalmente IgM
fazem isso com maior
eficiência.
Funções dos anticorpos
Dependentes de receptores da porção Fc
Funções dos anticorpos
Dependentes de receptores da porção Fc – opsonização
Funções dos anticorpos
Dependentes de receptores da porção Fc – ADCC (andibodydependent cellular citotoxicty)
Células NK, macrófagos e granulócitos são células que possuem receptores
Fc e induzem ADCC em outras células ou patógenos recobertos por
anticorpos.
Caso clínico 1
D. F., 49 anos, deu entrada no serviço médico com alucinações, cefaléia forte e
perda de consciência intermitente. Não foi observada nenhuma indicação de doença
degenerativa neurológica. Exames sorológicos indicaram positividade para
anticorpos anti-treponêmicos do tipo IgG. Do ponto de vista epidemiológico, este
paciente apresenta capacidade de transmissão sifilítica?
Caso clínico 2
A. H., 5 anos apresenta sinusite aguda severa. Sua mãe informa que
este paciente tem sinusite recorrente desde os primeiros 10 meses de
vida. Este paciente também teve um episódio de pneumonia por
Pneumocystis jirovecii aos 3 anos de idade. Este episódio de sinusite
está relacionado a streptococci b-hemolítico.
No entanto, seu hemograma não indicou leucocitose, com número de leucócitos em 4200/ul
(normal: 5000-9000/ul), sendo destes 16% neutrófilos, 56% linfócitos e 28% monócitos.
Após 10 dias de internação e a regressão do quadro após tratamento com antibióticoterapia, o
paciente foi testado para presença de anticorpos anti-estreptolisina O, com resultado
negativo. Seus níveis totais de imunoglobulinas foram IgG 25mg/dl (normal 600-1500 mg/dl),
IgA não detectada (normal 75-150 mg/dl) e IgM 210 mg/dl (normal 75-150 mg/dl). Uma
biopsia do linfonodo submandibular foi feita e os resultados estão mostrados na figura abaixo:
paciente
controle
Entre seus linfócitos circulantes 11% eram linfócitos B, 87% linfócitos T, 2% linfócitos NK,
ou seja havia um desequilíbrio entre as populações T e B. Seus linfócitos T exibiam respostas
proliferativas, no entanto eram incapazes de se ligar a CD40 quando ativados. A. H. foi tratado
com gama globulina até os 15 anos de idade sem acometimentos, quando contraiu uma diarréia
severa associada a infecção com Cryptosporidum parvum. A despeito do tratamento com
azitromicna, veio a falecer por colestase e cirrose hepática associada à infecção.
Síndrome hiper-IgM
No caso apresentado, o paciente tem uma síndrome
imunológica congênita, a síndrome hiper-IgM. Este fenótipo
pode estar relacionado a vários defeitos congênitos
relacionados a deficiência de mudança de classe de
imunoglobulinas. O diagnóstico preciso, depende da avaliação
do fenótipo dos órgãos e/ou células que compreendem o
sistema imune. O tratamento pode ser através de terapia
celular, transferência passiva de imunidade ou TMO.
Neste caso, a síndrome parece estar associada a uma
deficiência na expressão de CD40L.
Outras possibilidades são:
Deficiência de expressão de CD40;
Deficiência de AID;
Síndromes associadas a linfócitos T
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