Rendimento - ECONOMICSTUDENTS

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Rendimento
Valor Acrescentado
Por exemplo, uma empresa de confecções produz casacos com tecidos, linhas, botões, etc.
Então transformou as matérias-primas através de trabalho e tecnologia, num bem com
utilidade superior (casaco). O casaco pronto então tem um valor e utilidade diferentes do que
tinha o conjunto de elementos que intervieram na sua produção.
A produção acrescentou algo aos elementos utilizados. Deste modo, podemos afirmar que no
acto de produção se criou riqueza, o que se deveu ao facto de se ter acrescentado valor aos
bens que as empresas transformaram durante o processo produtivo – valor acrescentado.
Primários: rendimentos gerados no processo produtivo
Rendimentos
Secundários: são as transferências que o Estado efectua para os
agentes económicos como é o caso dos subsídio
Repartição dos rendimentos
Repartição funcional dos rendimentos
Repartição funcional dos rendimentos é a análise da forma como os rendimentos se
repartem pelos factores produtivos de acordo com a função que cada um deles desempenha.
Factores produtivos
Rendimentos
Destinatário
Trabalho
Salários
Rendas
Juros
Lucros
Trabalhadores
Proprietário
Capitalista
Empresário
Capital
Salário
Salário é a parte do rendimento que é auferido ao trabalhador por este ter prestado a sua
força de trabalho no processo produtivo.
Tipos de salário
Directo  designa a remuneração pela participação directa do trabalhador no
processo produtivo.
Salário
Indirecto  são as transferências efectuadas pelo Estado para suprir as
necessidades dos trabalhadores quando estes não podem prestar a
sua força de trabalho.
Bruto (ou ilíquido)  salário ao qual ainda não foram deduzidos os impostos e
as contribuições sociais.
Salário
Líquido  salário deduzido de impostos e de contribuições sociais.
Nominal  quantidade de moeda que o trabalhador recebe como resultado
do seu trabalho.
Salário
Real  quantidade de bens e serviços que é possível adquirir com o salário
nominal.
Cálculo do salário real
Cálculo da variação do salário real
SR = SN x 100
IPC
∆SR = ∆SN x 100
IPC
Renda
Renda é a parte do rendimentos que cabe aos proprietários pelo facto de terem cedido bens
imóveis a terceiros.
Juros
Juros é a parte do rendimento que cabe ao capitalista pelo facto de ter cedido capital através
de empréstimo a terceiros.
Juro = Capital x Tempo x Taxa de juro
Lucro
Lucro é a parte de rendimento que cabe ao empresário pelo facto de ter investido o seu
capital na produção.
O lucro é um rendimento incerto e depende da forma como e feita a gestão da empresa e dos
condicionalismos favoráveis ou desfavoráveis à actividade económica.
Lucro = Preço de venda – Preço de custo
Repartição pessoal do rendimento
Repartição pessoal do rendimento é a análise da forma como os rendimentos se repartem
pelos agregados familiares independentemente da função que desempenham no processo
produtivo.
Medição das desigualdades das repartições dos rendimentos
Rendimento per capita
Rendimento per capita = Rendimento Nacional
População Total
Representa o rendimento médio por habitante
Limitações do rendimento per capita
 Por representar uma média, oculta desigualdades evidenciadas na repartição pessoal que
se devem:
 Diferenciação salarial  os salários não são todos iguais devido às diferentes
qualificações dos trabalhadores, á dimensão da empresa, ao sector de actividade,
sexo, idade, etc.
 Maior remuneração auferida pelo factor capital  devido a cada um dos
rendimentos do capital não ser remunerado da mesma forma, dependendo de
vários factores como o capital depositado, a dimensão da empresa, etc.
 Concentração de rendimentos em parcelas da população.
 Por ignorar o sector informal da economia que constitui uma parte substancial da riqueza
dos países subdesenvolvidos.
Leque salarial
Leque salarial = Salário máximo
Salário mínimo
Podemos concluir, que o salário máximo é y vezes superior ao salário mínimo.
Representa a relação existente entre o salário máximo e o salário mínimo num país.
Curvas de Lorenz
Recta E  Recta da equidistribuição: representa o rendimento repartido equitativamente
(10% do rendimento vai para 10% da população e assim sucessivamente)
Quanto maior for o afastamento da curva de Lorenz relativamente à recta da equidistribuição,
maiores são as desigualdades num país.
Redistribuição dos rendimentos
Redistribuição dos rendimentos é o processo através do qual o Estado procede à recolha
de rendimentos e à sua respectiva transferência.
Serve para garantir um melhor nível de vida aos cidadãos. Tem como objectivos:
 Corrigir as desigualdades provocadas pela repartição dos rendimentos;
 Cobrir colectivamente os riscos individuais;
 Pôr à disposição de toda a população um conjunto de bens e serviços.
Despesas públicas
Despesas públicas são todos os gastos efectuados pelo Estado.
Receitas públicas
Receitas públicas são os recursos obtidos pelo Estado para fazer face às despesas públicas.
Receitas públicas
Patrimoniais ou
voluntárias
Coactivas
Creditícias
Taxas
Impostos
Directos
Indirectos
Receitas públicas patrimoniais são aquelas receitas que originam de acordos negociais
entre o Estado e os particulares.
Taxas são pagamentos efectuados pelas famílias e pelas empresas em troca da utilização de
um serviço.
Impostos são prestações pecuniárias pagas ao Estado pelos particulares.
Impostos directos são os que recaem sobre os rendimentos e sobre o património obtido
pelos contribuintes.
Impostos indirectos são os que incidem sobre o consumo.
São vária as políticas de redistribuição levadas a cabo pelo Estado, entre as quais se referem:
- política fiscal
- política social
Política fiscal
Política fiscal consiste na aplicação de impostos directamente sobre os rendimentos das
pessoas ou indirectamente que incidem sobre os bens e serviços.
Rendimentos mais elevados  Impostos mais elevados
Reduz a diferença entre rendimentos. Tem como objectivo de assegurar a melhoria da vida da
população.
Política social
Política social consiste na atenuação das desigualdades sociais existentes entre cidadãos.
O Estado fornece à comunidade bens e serviços indispensáveis, gratuitamente ou a preços
inferiores aos do mercado.
Fornece subsídios para garantir protecção em situações de desemprego, velhice, etc.
Rendimento Disponível dos Particulares (RDP)
Rendimento Pessoal =
= [Salários] + [Rendas + Juros + Lucros] + Transf. Internas + Transf. Externas
RT
REP
Subsídios
Remessas dos imigrantes
Rendimento Disponível dos Particulares =
= Rendimento Pessoal – Impostos Directos – Contribuições sociais
Utilização dos rendimentos
Rendimento tem duas aplicações possíveis: Consumo e Poupança
Poupança
A Poupança pode ter os seguintes destinos:
 Entesouramento
 Depósitos
 Investimento
Entesouramento
Entesouramento é a conservação de valores monetários por parte dos agentes económicos.
Os valores entesourados ao serem retirados do circuito económico constituem riqueza
improdutiva.
Depósitos
Os depósitos consistem na colocação das poupanças em depósitos à ordem ou a prazo nas
instituições bancárias mediante uma remuneração: o juro.
Investimento
Investimento é a aplicação da poupança na actividade produtiva, através da aquisição de
meios de produção, com o objectivo de aumentar a produção dessa economia.
Importância do investimento
O investimento, ao aumentar o capital técnico do país, faz aumentar as possibilidades de
produção no futuro, contribuindo para o crescimento da economia.
Funções do investimento
Investimento de substituição é constituído pelas despesas efectuadas em bens de
produção que têm como objectivo de substituir o material danificado ou obsoleto.
Investimento de inovação tem objectivo de melhorar e modernizar o processo produtivo,
quando aplicado na compra de novas tecnologias.
Investimento de aumento da capacidade de produção tem objectivo de aumentar a
capacidade produtiva da empresa através de aquisições de mais equipamentos, por exemplo.
Tipos de investimento
Investimento material é o investimento destinado à aquisição de bens de produção.
Investimento imaterial é o investimento realizado com a melhoria das condições de
trabalho, com a qualificação dos recursos humanos, com a educação, formação e investigação,
com o objectivo de melhorar a produtividade e a competitividade da economia.
Investimento financeiro é o investimento em valores mobiliários, por exemplo, obrigações e
acções.
Formação de Capital
Formação de capital = Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – Variação de Existências (VE)
FBCF  Capital fixo (meios de trabalho)
VE  Capital circulante (objectos de trabalho)
Financiamento à actividade económica
Capacidade de financiamento  financiamento interno ou autofinanciamento (a empresa
possui recursos financeiros necessários à sua actividade)
Necessidade de financiamento  financiamento externo (a empresa não possui recursos
financeiros necessários à sua actividade)
Directo: proporcionado pelo mercado de capitais.
Financiamento externo
Indirecto: proporcionado por intermediações das instituições
financeiras.
Crédito
Crédito é a cedência temporária de valores monetários mediante uma remuneração, o juro.
Juro é o custo da utilização de recursos monetários alheios.
Bancos
Operações passivas consistem na captação de poupança de diversos agentes económicos,
sob a forma de depósitos que podem ser à ordem ou a prazo.
Operações activas consistem na concessão de crédito.
Funções do Crédito
O Crédito tem como objectivo de promover o consumo e estimular a produção.
Modalidades de crédito
Quanto à finalidade:
Crédito ao consumo – é contraído pelas famílias e destina-se à aquisição de bens para
consumo.
Crédito à produção – é concedido às empresas:
Crédito ao financiamento quando a empresa apresenta numa falha temporária de
liquidez (serve para pagamento de matérias-primas ou pagamento de salários)
Crédito ao investimento quando se destina à aquisição de bens para o aumento de
produção.
Quanto à duração:
Crédito a curto prazo – quando é concedido por um período de tempo inferior a um ano.
Crédito a médio prazo – quando é concedido por um período compreendido entre um e
cinco anos.
Crédito a longo prazo – quando é concedido por um período superior a cinco anos.
Quanto ao tipo de beneficiário:
Crédito público – quando se destina ao Estado.
Crédito privado ou particular – quando se destina a famílias e empresas.
Quanto à origem:
Crédito interno – quando o beneficiário e o credor residem no mesmo país.
Crédito externo – quando o beneficiário reside em país diferente do credor.
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