VÍRUS DO PAPILOMA BOVINO EM TRATO GENITAL FEMININO EM BOVINOS AFETADOS POR PAPILOMATOSE CUTÂNEA. Carvalho C1, Freitas AC1,2, Brunner O1, Leal A1, Pinto APR1,Lindsey CJ3, Stocco dos Santos RC1, Beçak W1. 1Depto de Biologia,UNITAU,Taubaté,SP, 2Lab.Genética-I.Butantan,SP/SP, 3Depto de Biofísica UNIFESP,SP/SP. [email protected] Os papilomavirus bovinos (BPV) estão associados a diferentes tipos de lesões e a processos carcinogênicos em bovinos. O contágio pode ocorrer de maneira direta ou indireta, sendo descrita a detecção do DNA de BPV em diferentes fluidos corpóreos, dentre eles o sangue periférico e o sêmen. Aberrações cromossômicas estruturais foram descritas em culturas temporárias de linfócitos de bovinos afetados por hematúria enzoótica, ou inoculados, via intramuscular, com o sangue de animais doadores infectados. O linfócito tem sido discutido como sítio de latência para o vírus do papiloma. A presença de DNA de BPV em sêmen já foi descrita por nós e é importante devido a possibilidade de transmissão vertical do vírus e do fato do processo de melhoria dos rebanhos utilizar a Inseminação Artificial (I.A.). Entretanto, nenhum relato foi feito com relação a presença de BPV no trato genital de fêmeas de bovinos. No intuito de averiguar a presença de BPV no trato genital de fêmeas de bovinos afetadas, por papilomatose cutânea, foi feita uma lavagem do trato genital desses animais. As fêmeas estudadas apresentaram níveis aumentados de aberrações cromossômicas em linfócitos cultivados de sangue periférico.O produto desta lavagem foi submetido a uma separação por centrifugação diferenciada. O sedimento e o sobrenadante resultantes foram analisados por PCR para os tipos virais: BPVs 1, 2 e 4. O resultado desta análise mostrou a presença de produtos de amplificação de tamanho esperado para BPV-1. O controle de betaglobina bovina indicou presença de DNA celular somente no sedimento. Os dados apresentados aqui indicam a presença de DNA de BPV-1 no trato genital de fêmeas de bovinos afetadas com papilomatose,sugerindo que este vírus possa estar infectando células epiteliais da mucosa ou presente em linfócitos nesta região. É interessante a ausência de amplificação com beta-globina no sobrenadante o que indica ausência de DNA celular e desta forma sugere que a amplificação obtida para o DNA de BPV-1 deva ser oriunda de partículas virais. Órgão Financiador : FAPESP/UNITAU.