Novas oportunidades no mercado russo como resultado das sanções impostas pela UE e Rússia Em 31 de julho de 2014 a União Europeia aplicou sanções econômicas contra a Rússia que em 12 de setembro de 2014 foram ampliadas. As sanções implicam: 1. Proibição de qualquer interação econômica com entidades jurídicas e pessoas incluídas na lista de pessoas e empresas responsáveis pela integração da Crimea à Federação Russa. 2. Proibição de exportar armas, bens de duplo uso civil e militar, fornecimento de serviços e tecnologias em “apoio” aos projetos petrolíferos nas águas do controle russo do Ártico. 3. Proibição de acesso ao mercado de capitais com instrumentos de prazo maior que 30 dias. É proibido para investidores europeus realizar operações diretas ou indiretas com obrigações, ações ou instrumentos financeiros similares emitidos por qualquer grande banco russo. Como resultado, a Rússia introduziu contra-sanções. Em 6 de agosto, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto que proíbe a importação de alimentos e produtos agrícolas de todos os países que anteriormente tinham impostos sanções contra empresas ou/e cidadãos russos. O documento inclui carne de vaca, de porco, de aves, produtos do mar, leite e laticínios (incluindo queijo), legumes, frutas, embutidos e nozes. Tanto as sanções da UE, como as contra-sanções da Rússia criam oportunidades para empresas da América Latina, Ásia e outros países que não se juntaram às sanções contra a Rússia. O potencial do mercado russo continua forte: a) A Rússia é o maior mercado de consumo na Europa. b) O governo russo continuará a manter alto o nível do financiamento de grandes projetos da infraestrutura. Ao mesmo tempo, sanções da UE e dos EUA e contra-sanções russas criaram um vácuo no mercado, porque muitas empresas europeias e norte-americanas foram forçadas de cancelar suas operações na Rússia. Países da América Latina, da Ásia e da África do Sul podem aproveitar essas oportunidades no mercado russo. Setor Alimentício As contra-sanções russas significam grande redução da importação. De fato, 37% da importação de carne e 25% da importação de bebidas vêm da UE, outros 12% da importação de carne vêm dos EUA e 32% da importação de peixe vêm da Noruega. Muitos importadores certamente sofrerão perdas. Enquanto isso, varejistas russos estão à procura ativa de parceiros de outros países para substituir importação da UE, EUA, Canadá, Austrália e Noruega. Para diversificar o fluxo comercial, parcerias com países da Ásia, América Latina e BRICS estão sendo intensificadas. Varejistas russos não estão procurando soluções de curto prazo para preencher as prateleiras vazias, eles querem parcerias de longo prazo. Por isso, eles estão dispostos a investir em marketing e promoção de novos produtos, querem encontrar fornecedores que correspondam a suas necessidades. Outros setores Várias oportunidades também existem nos seguintes setores, que são tradicionais para a América Latina: 1. Minerais e metais. 2. Produtos químicos. 1 3. Indústria farmacêutica. 4. Biotecnologias. A influência ocidental está diminuindo em todos os setores, mesmo naqueles que não foram afetados pelas sanções da UE e dos EUA. Clientes russos estão procurando fornecedores de tecnologias, produtos e serviços que possam substituir tecnologias ocidentais e eles querem ter parcerias de longo prazo. (por exemplo, com localização na Rússia). Agora muitas empresas também pensam em reestruturar seus negócios para continuar a cooperação com empresas russas e diminuir efeitos severos de sanções mútuas, tomando as seguintes medidas: • Colaboração com empresas russas através de intermediários. • Criação de filiais em terceiros países. • Subcontratos com empresas em terceiros países. • Localização na Bielorrússia, Cazaquistão, Arménia. Para saber mais sobre os impactos das sanções e novas possibilidades para iniciar o seu negócio com a Rússia, por favor, entre em contato com a Lighthouse na Rússia (http://www.thelighthousegroup.ru/gb/contact/). 2