Neuroanestesia para Ressecção
de Tumor Cerebral por Craniotomia
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1- Servin, F. S.. TCI compared with manually controlled infusion of propofol: a multicentre study [Target Controlled Intravenous
Anaesthesia using 'Diprifusor']. Anaesthesia 1998; 53(suppl 1): 82-86. 2- Coates D.. “Diprifusor” for general and day-case
surgery. Anaesthesia, 1998; 53(suppl 1): 46-48. 3- Gray J. M.; Kenny G. N. C.. Development of the technology for ˝Diprifusor˛
TCI systems. Anaesthesia, 1998; 53(suppl 1): 22-27.
Leonardo Teixeira Domingues Duarte
CREMESP: 140597
CONTROLE E PRECISÃO
AO SEU ALCANCE1
Sao Paulo Servico Médico de Anestesia
(SMA) – Hospital Sírio Liba nes
CASO CLÍNICO
Me mbro da Comissao Exa minadora do Título Superior
de Anestesiologia (TSA) – SBA
Neuroanestesia para Ressecção de Tumor
Cerebral por Craniotomia
Me mbro da Comissao Científica da Sociedade
de Anestesiologia do Estado de Sao Paulo (SAESP)
Mestre e m Ciencias da Rea bilitacao
DADOS DEMOGRÁFICOS
Feminino, 63 anos, 78kg, 1,63m, ASA II.
CIRURGIA PROPOSTA
Ressecção por meio de Craniotomia Bifrontal.
CASO CLÍNICO
MFS, 63 anos, feminino apresenta queixa de cefaleia
nos últimos meses, náuseas e visão turva. Apresentou
um episódio isolado e autolimitado de convulsão
tônico-clônica há 3 dias. Sua história clínica inclui
hipertensão arterial, diabetes mellitus e hipotiroidismo.
Faz uso regular de losartana, metformina e levotiroxina.
Ao exame, apresenta-se em bom estado geral, lúcida e
orientada. Peso 78 Kg e 163 cm de altura. Pressão
arterial 175x100 mmHg e frequência cardíaca 90 bpm.
Exame cardiopulmonar normal.
Não apresenta alterações de força ou sensibilidade no
exame neurológico. Realizou ressonância nuclear
magnética que demonstrou grande tumoração cerebral,
sugestiva de meningeoma, próxima ao seio sagital. Foi
indicada ressecção por meio de craniotomia bifrontal
realizada sob anestesia geral com infusão alvo
controlada de propofol e infusão contínua de
remifentanil. A ventilação foi mantida controlada com
PaCO2 em torno de 32 mmHg.
Apresentou sangramento de cerca de 500 mL e a
hidratação foi feita apenas com soluções cristaloides.
Foi extubada no final do procedimento e encaminhada
à UTI acordada e orientada para acompanhamento
pós-operatório.
Craniofaringiomas e tumores hipofisários com extensão
supraselar podem requerer dissecção próxima ao
hipotálamo ocasionando respostas simpáticas e
alterações do balanço hídrico (ex. diabetes insípidus).
1- Quais as principais características do paciente com
tumor cerebral que influenciam a escolha da técnica
anestésica?
É importante saber antecipadamente se existe
hipertensão intracraniana (HIC) e como a autoregulação
pode estar alterada. Enquanto a maioria dos pacientes
com tumor cerebral não apresenta HIC, a ausência de
sinais neurológicos não significa pressão intracraniana
(PIC) normal. Como o crescimento do tumor é
habitualmente lento, há tempo para que o volume dos
compartimentos intracranianos se adapte e se reduza
de forma a manter a PIC estável.
A localização e tamanho do tumor são determinantes
para definir o posicionamento do paciente, os
monitores, vascularização e potencial de sangramento,
a adequação das linhas venosas, arterial e de
ventilação, além de também poder antecipar déficits no
pós-operatório secundários à manipulação cirúrgica e,
ocasionalmente, o risco de embolia aérea.1
compensatório, qualquer aumento no volume de um
dos compartimentos (tecido cerebral, liquor e sangue)
terá enorme impacto sobre a PIC.1
O diagnóstico de HIC requer exame clínico neurológico
e a realização de exames de imagem.
A maioria dos pacientes apresenta clínica inespecífica
(cefaléia, convulsão ou déficit focal). A TC (tomografia
computadorizada) pode mostrar edema peritumoral e
mecanismos compensatórios da PIC (diminuição dos
ventrículos, desvio da linha média e compressão das
cisternas basais). Sinais clínicos óbvios de HIC e
redução da pressão de perfusão cerebral (PPC)
(diminuição do nível de consciência, náusea, vômito,
hipertensão, bradicardia, anisocoria e papiledema)
ocorrem mais comumente na elevação aguda da PIC.
Quando ocorre exaustão desse mecanismo
2- Quais os exames pré-operatórios que devem ser
solicitados e por quê?
Hemograma completo com contagem de plaquetas e
avaliação da coagulação são importantes devido ao
risco de sangramento, necessidade de manter a oferta
de oxigênio ao cérebro e afastar discrasias sanguíneas.
Se há sinais de HIC, gasometria arterial indicará a
efetividade do mecanismo compensatório de
hiperventilação e permite avaliação da função
pulmonar e da oferta de oxigênio. ECG e RX de tórax
são parte da avaliação da condição cardiopulmonar do
paciente. A dosagem de eletrólitos é importante já que
poderão ocorrer grandes variações secundárias à
hiperventilação, terapia diurética, uso pré-operatório de
contrastes e corticoidoterapia. A função renal deve ser
avaliada devido ao uso de diuréticos e terapia
hiperosmolar, enquanto a glicemia deverá ser
controlada dada sua associação ao prognóstico e lesão
neurológica.1
3- A anestesia venosa total tem indicação para este
caso? Por quê?
A escolha entre agentes venosos e voláteis ainda é
motivo de grande debate em neuroanestesia. Todos os
anestésicos afetam o fluxo sanguíneo cerebral (FSC) e o
volume sanguíneo cerebral (VSC), taxa metabólica
cerebral (TMC) e a PIC. A maioria dos anestésicos
venosos promove vasoconstricção cerebral e mantém o
acoplamento entre o FSC e TMC enquanto os
anestésicos voláteis são, geralmente, vasodilatadores
diferença arteriovenosa de oxigênio são menores e a
PPC é maior em pacientes anestesiados com propofol e
fentanil do que naqueles tratados com isoflurano ou
sevoflurano de forma que se torna opção adequada
para pacientes com elevação da PIC.3
Além de interferir minimamente na monitorização
neurofisiológica, o perfil farmacocinético do propofol
pode ser vantajoso para o rápido retorno da função
cognitiva e avaliação neurológica pós-operatória
precoce. A infusão alvo controlada de propofol é
especialmente útil para titular a hipnose com
estabilidade hemodinâmica, sem variações importantes
da PPC.2
cerebrais, atenuam a autoregulação cerebral
aumentam o FSC de forma dose dependente.
e
Em pacientes com diminuição da complacência
intracraniana, a anestesia venosa total (AVT) com
propofol e opioide (remifentanil ou fentanil) pode ser a
melhor opção por reduzir a PIC, facilitar o acesso
cirúrgico e minimizar o risco de lesão cerebral
isquêmica.2
Enquanto a anestesia com sevoflurano, quando em
altas doses, promove aumento do FSC e perda da
autoregulação e resposta ao CO2, a anestesia com
propofol se associa a menor PIC com otimização da
PPC e redução do edema cerebral que a anestesia
inalatória.3 Antes e durante hiperventilação, a PIC e a
4- Como deve ser realizada a indução e a manutenção
para a realização de ressecção de tumor cerebral por
craniotomia? Por quê?
A indução da anestesia é momento crítico no qual o
paciente com tumor intracraniano pode ter pequena
capacidade
para
compensar
as
alterações
hemodinâmicas que comumente ocorrem.
A indução deve ser suave sem hipertensão ou
hipotensão súbita. Hipotensão pode resultar em PPC
inadequada e isquemia, enquanto ativação simpática e
hipertensão podem levar a hiperemia com aumento do
FSC e da PIC.
A técnica anestésica e os agentes usados serão menos
importantes do que como é mantida a estabilidade
hemodinâmica e o controle da PIC.4
AVT ou técnica balanceada inalatória e intravenosa
podem ser utilizadas com titulação das doses de
opioides e hipnóticos sem diferença com relação à
estabilidade hemodinâmica, tempo para despertar,
extubação e recuperação da função cognitiva, e
ocorrência de eventos adversos.4
Tiopental ou propofol são os agentes indutores de
escolha, associados a um opioide, como fentanil ou
sufentanil em doses aditivas, ou remifentanil em infusão
contínua, para bloqueio da resposta hemodinâmica à
laringoscopia e intubação, bem como à aplicação da
fixação craniana para posicionamento.
Bloqueador neuromuscular adespolarizante é usado
para auxiliar a intubação traqueal. Succinilcolina poderá
aumentar a PIC e deve ser evitada.
A manutenção da anestesia pode ser feita com baixas
doses de agente volátil (< 1 CAM) ou infusão contínua
de propofol, combinados a infusão contínua de
remifentanil ou doses em bolo de fentanil ou sufentanil.
Rápidas reduções da PaCO2 diminuem agudamente a
PIC e terão grande valor para o controle da HIC ou
protusão do cérebro.5 Todavia, é prudente limitar a
hipocapnia aguda a valores entre 30 e 35 mmHg já que
PaCO2 menor que 20 a 25 mmHg oferece benefício
adicional muito pequeno à complacência intracraniana
e poderá se associar a isquemia.
A indução por meio de infusão alvo controlada de
propofol traz a vantagem de permitir indução lenta da
hipnose, com titulação das concentrações plasmática,
minimizando
alterações
hemodinâmicas.
Hipoventilação, hipercarbia e hipóxia serão mal
tolerada pelo cérebro já isquêmico ou com reserva
marginal devido ao aumento do VSC. Indução venosa é
seguida por hiperventilação moderada enquanto, na
anestesia inalatória, a instituição de hipocapnia deve
preceder a administração do agente volátil para
minimizar seus efeitos sobre o FSC e PIC. Tosse nas
manobras de intubação resultará em grande elevação
da PIC.3
Como a autoregulação poderá estar alterada ou
abolida em pacientes com tumores cerebrais – situação
agravada pelo uso de concentração elevada de
anestésico volátil - hipertensão deve ser tratada
imediatamente para evitar sangramento e edema
cerebral. Não se deve confiar simplesmente nos limites
“clássicos” da autoregulação neste paciente.5
5- Como deve ser realizada a reposição volêmica?
A reposição volêmica em pacientes neurocirúrgicos tem
como objetivos manter a normovolemia e evitar
hipoperfusão sistêmica, além de evitar redução da
osmolaridade plasmática que poderá resultar em
edema cerebral.6
Como o movimento de água no cérebro é determinado
pela diferença nas concentrações de soluto de cada
lado da barreira hemato-encefálica (BHE), a
administração de grande volume de solução cristaloide
isotônica ou a restrição hídrica não afetam o conteúdo
de água cerebral ou a PIC.6 Ao contrário, a restrição
hídrica impõe risco de hipotensão, diminuição da PPC e
isquemia cerebral, além de distúrbios eletrolíticos e
prejuízo à perfusão renal. Apenas a infusão de soluções
hiperosmolares ou hiposmolares causa fluxo de água
através da BHE intacta.6
As soluções fisiológica e de Ringer com lactato são as
mais usadas para reposição do sangramento, diurese e
perdas do terceiro espaço ou insensíveis. Entretanto,
volêmica também deve incluir a administração de
soluções colóides quando da presença de sangramento
volumoso ou necessidade de manter as pressões de
enchimento para estabilidade hemodinâmica.
Sangramento excessivo é reposto com concentrado de
hemácias a fim de garantir a oferta de oxigênio ao
tecido cerebral.
6- Como se deve proceder ao final da anestesia? Quais
os critérios para extubação precoce?
Despertar e extubação precoces são objetivos sempre
perseguidos pelo anestesiologista a fim de permitir
avaliação neurológica precoce e afastar a presença de
complicações.
Todavia,
o
fast-trecking
em
neuroanestesia tem seus problemas inerentes devido à
quando usadas em grande volume, a solução fisiológica
poderá causar acidose hiperclorêmica e a solução de
Ringer - que é discretamente hiposmolar - poderá
causar ou aumentar o edema cerebral. Assim, a melhor
estratégia é alternar litro a litro os dois tipos de solução
quando houver necessidade de grandes volumes.
Soluções de dextrose devem ser evitadas, a menos que
o objetivo específico seja o tratamento da
hipoglicemia. Além da hiperglicemia exacerbar a lesão
isquêmica, a água livre, após metabolismo da glicose,
resultará em edema cerebral.
Na presença de lesão da BHE, mesmo pequenas
reduções da pressão oncótica podem aumentar o
edema cerebral. Por isso, a estratégia de reposição
ação das típicas alterações do despertar (pressão,
PaCO2, FSC e atividade autonômica) sobre o cérebro.7
A pressão arterial deve ser restaurada aos valores basais
e normocapnia deve estar presente antes do
fechamento da dura-máter a fim de verificar a
adequação da hemostasia e avaliar a complacência
cerebral, respectivamente.
O despertar da anestesia após craniotomia deve ser
suave, sem tosse, livre de esforço e sem hipertensão
arterial, pois são fatores que contribuem para a
ocorrência de sangramento intracraniano e edema
cerebral.
Agentes
anti-adrenérgicos
[labetalol
(bloqueador α e β) e esmolol (bloqueador β)] podem ser
administrados para atenuar a atividade simpática e
hipertensão do despertar.
Na prevenção da tosse e esforço antes da extubação, o
despertar só deve ocorrer após a colocação do curativo
a fim de evitar a reação decorrente da movimentação do
tubo traqueal. Doses suficientes de opioides, AVT e
lidocaína venosa se associam a despertar mais suave e
são eficazes na inibição da responsividade da via aérea. 7
Profilaxia anti-emética combinada é recomendada para
evitar as grandes elevações da PIC secundárias a
náuseas e vômitos.
O paciente é extubado apenas quando acordado e
respondendo aos comandos. Se o paciente não
responde, é mantido entubado. Espera-se que pacientes
apresentem despertar rápido após cirurgia sem
intercorrências. O despertar retardado pode representar
É necessário desenvolver e aplicar estratégia
sistematizada, individualizada e multimodal para a
avaliação e tratamento da dor pós-craniotmia.
A combinação de analgésicos e anti-inflamatórios não
hormonais a opioides potentes, como a morfina, nos
primeiros dias após a cirurgia é a estratégia mais
indicada e eficaz.
Analgesia controlada pelo paciente após craniotomia
supratentorial
promoveu
escores
de
dor
significativamente menores sem aumento na ocorrência
de efeitos adversos.
8- Quais os cuidados no pós-operatório do paciente
submetido a craniotomia?
complicação
vascular).
cirúrgica
(ex.
sangramento,
oclusão
7- Qual a técnica de analgesia pós-operatória que
pode ser utilizada?
A
dor
após
craniotomia
é
comumente
subdiagnosticada e tratada de forma inadequada
apesar das complicações a que pode se associar
(hipertensão, hemorragia, HIC). Até 75% dos pacientes
referem dor moderada a intensa após craniotomia.8
Interferência no exame neurológico, a presumida
ausência de dor e o risco de causar desfechos
desfavoráveis são argumentos usados para justificar a
subutilização de opioides.
O pós-operatório imediato ocorre comumente na UTI e
cuidados específicos são necessários, pois é período
com grande potencial de risco com elevada ocorrência
complicações (> 50%).9
Monitorização neurológica, hemodinâmica e da
ventilação são fundamentais para o reconhecimento de
complicações
graves
(depressão
respiratória,
necessidade
de
reintubação,
novos
déficits
neurológicos) e intervenção imediata em situações de
prejuízo à fisiologia cerebral (ex. hipertensão,
hipotensão).
Se o paciente é mantido entubado no pós-operatório, é
importante garantir a adequação da ventilação e impedir
esforço ou tosse devidos à presença do tubo traqueal.
Alterações ácido-base e eletrolíticas, hiperglicemia,
reposição das perdas sanguíneas e a fluidoterapia
devem ser corrigidas com base em exames laboratoriais
complementares.
Corticoidoterapia deve ser mantida no pós-operatório
para controle do edema cerebral.
O paciente é posicionado com a cabeceira elevada (15º
a 30º) com suplementação de oxigênio. Situações que
aumentem a TMC (convulsões, febre, tremores e dor)
devem ser evitadas e imediatamente tratadas.
A irritação da superfície cortical devido sangramento,
incisão cortical ou afastadores pode resultar em
convulsões após a cirurgia e, na ausência de
contra-indicações, administração de difenilhidantoína
pode ser advogada após craniotomias supratentoriais.
As
questões
foram
respondidas
baseadas
nas
referências
bibliográficas listadas a seguir:
1- Drummond JC, Patel PM - Neurosurgical Anesthesia, em; Miller RD –
DF, Lee JH, et al - Efficacy of hyperventilation, blood pressure elevation, and
Miller’s Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Churchill Livingstone Elsevier,
metabolic suppression therapy in controlling intracranial pressure after
2010;2045-2087. 2- Hans P, Bonhomme V - Why we still use intravenous
head injury. J Neurosurg 2002;97:1045-1053. 6- Zornow MH, Scheller MS -
drugs as the basic regimen for neurosurgical anaesthesia. Curr Opin
Intraoperative fluid management during craniotomy, em: Cottrell JE, Smith
Anaesthesiol 2006;19:498-503. 3- Petersen KD, Landsfeldt U, Cold GE, et al -
DS - Anesthesia and Neurosurgery, 4th Ed, St. Louis, Mosby, 2001;237–243.
Intracranial pressure and cerebral hemodynamic in patients with cerebral
7- Bruder NJ - Awakening management after neurosurgery for intracranial
tumors: a randomized prospective study of patients subjected to
tumors. Curr Opin Anesthesiol 200215:477–82. 8- Mordhorst C, Latz B, Kerz
craniotomy
or
T, et al - Prospective Assessment of Postoperative Pain After Craniotomy. J
sevoflurane-fentanyl anesthesia. Anesthesiology 2003;98:329-36. 4- Lauta E,
Neurosurg Anesthesiol 2010;22:202–206. 9- Magni G, La Rosa I, Gimignani S,
Abbinante C, Del Gaudio A, et al - Emergence times are similar with
et al- Early Postoperative Complications After Intracranial Surgery.
sevoflurane and total intravenous anesthesia: results of a multicenter RCT of
Comparison Between Total Intravenous and Balanced Anesthesia. J
patients scheduled for elective supratentorial craniotomy. J Neurosurg
Neurosurg Anesthesiol 2007;19:229–234.
in
propofol-fentanyl,
Anesthesiol 2010;22:110-8. 5- Oertel M, Kelly
isoflurane-fentanyl,
Diprivan® 1% e 2% (propofol)
Diprivan® (propofol) é um agente de anestesia geral de curta duração com rápido início de ação de aproximadamente 30 segundos. Indicações: Diprivan
é um agente anestésico intravenoso de curta ação, adequado para indução e manutenção de anestesia geral em procedimentos cirúrgicos. Pode
também ser usado para a sedação de pacientes adultos ventilados que estejam recebendo cuidados de terapia intensiva e também para sedação
consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico. Contra-indicações: Diprivan é contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade
conhecida a qualquer componente de sua fórmula; para sedação em crianças com menos de 3 anos de idade com infecção grave do trato respiratório,
recebendo tratamento intensivo e para sedação de crianças de todas as idades com difteria ou epiglotite recebendo tratamento intensivo Cuidados e
Advertências: Advertências: Quando Diprivan é administrado para sedação consciente, procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico, os pacientes devem
ser continuamente monitorados para sinais precoces de hipotensão, obstrução das vias aéreas e dessaturação de oxigênio. Quando Diprivan é usado
para sedação durante procedimentos cirúrgicos, podem ocorrer movimentos involuntários dos pacientes. Durante procedimentos que requerem
imobilidade, esses movimentos podem ser perigosos para o local cirúrgico. A liberação do paciente da sala de recuperação requer atenção especial de
modo a assegurar a completa recuperação da anestesia geral. Assim como com outros agentes anestésicos intravenosos, deve-se tomar cuidado em
pacientes com insuficiência cardíaca, respiratória, renal ou hepática, pacientes hipovolêmicos ou debilitados. Diprivan não possui atividade vagolítica e
tem sido associado com relatos de bradicardia (ocasionalmente profunda) e também assístole. Deve-se considerar a administração intravenosa de um
agente anticolinérgico antes da indução ou durante a manutenção da anestesia, especialmente em situações em que haja probabilidade de
predominância do tônus vagal ou quando Diprivan for associado a outros agentes com potencial para causar bradicardia. Quando Diprivan for
administrado a um paciente epiléptico, pode haver risco de convulsão. Deve-se dispensar cuidado especial aos pacientes com disfunções no
metabolismo de gordura e em outras condições que requeiram cautela na utilização de emulsões lipídicas. A necessidade de zinco suplementar deve
ser considerada durante a administração prolongada de Diprivan, particularmente em pacientes que tenham predisposição à deficiência em zinco, tais
como aqueles com queimaduras, diarréia e/ou sépsis. O uso de Diprivan utilizando-se o sistema TCI DIPRIFUSOR é restrito à indução e manutenção de
anestesia geral, sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico e sedação de pacientes adultos ventilados que estejam recebendo
cuidados de terapia intensiva. O sistema TCI DIPRIFUSOR não é recomendado para uso em crianças. A administração de Diprivan 2% por injeção em
bolus não é recomendada. Uso durante a gravidez e a lactação: Categoria de risco na gravidez: B. Diprivan não deve ser usado durante a gravidez.
Todavia, este produto foi usado durante interrupção da gestação no primeiro trimestre, quando indicada. A segurança para o neonato, quando do uso
de Diprivan em mulheres que estejam amamentando, não foi estabelecida. Diprivan atravessa a placenta e pode estar associado à depressão neonatal.
O produto não deve ser utilizado em anestesia obstétrica. Interações medicamentosas: recomenda-se que os bloqueadores neuromusculares atracúrio
e mivacúrio, não devem ser administrados na mesma via IV antes de se eliminar os indícios de Diprivan. Doses menores de Diprivan podem ser
necessárias em situações em que a anestesia geral é utilizada como um adjunto às técnicas anestésicas regionais. (para maiores informações vide bula
completa do produto). Reações adversas: As reações adversas mais comumente informadas são efeitos colaterais farmacologicamente previsíveis de
um agente anestésico, como a hipotensão, dor local em indução, bradicardia, apnéia transitória durante a indução, náusea e vômito durante a fase de
recuperação, dor de cabeça durante a fase de recuperação, sintomas de abstinência em crianças, ruborização em crianças (outras reações adversas
vide bula completa do produto). Posologia: Adultos: Indução de anestesia geral: Diprivan 1% pode ser usado para induzir anestesia através de infusão
ou injeção lenta em bolus. Diprivan 2% deve ser usado para induzir anestesia através de infusão e somente naqueles pacientes que receberão Diprivan
2% para manutenção de anestesia. Administrar aproximadamente 40 mg a cada 10 segundos em adulto razoavelmente saudável por injeção em bolus
ou por infusão, até que os sinais clínicos demonstrem o início da anestesia. Manutenção de anestesia geral: A profundidade requerida da anestesia pode
ser mantida pela administração de Diprivan por infusão contínua ou por injeções repetidas em bolus.- Infusão contínua – Diprivan 1% ou Diprivan 2%
podem ser usados. A velocidade adequada de administração varia consideravelmente entre pacientes, mas velocidades na faixa de 4 a 12 mg/kg/h,
normalmente mantêm a anestesia satisfatoriamente. Injeções repetidas em bolus – recomenda-se que apenas Diprivan 1% seja utilizado. Se for
utilizada a técnica que envolve injeções repetidas em bolus, podem ser administrados aumentos de 25 mg (2,5 ml) a 50 mg (5 ml), de acordo com a
necessidade clínica. Sedação na UTI: A velocidade de infusão deve ser ajustada de acordo com a profundidade necessária de sedação, sendo que
velocidades em torno de 0,3 a 4,0 mg/kg/h devem produzir sedação satisfatória. Sedação consciente para cirurgia e procedimentos de diagnóstico: A
maioria dos pacientes necessitará de 0,5 a 1 mg/kg por aproximadamente 1 a 5 minutos para iniciar a sedação. A manutenção da sedação pode ser
atingida pela titulação da infusão de Diprivan até o nível desejado de sedação – a maioria dos pacientes irá necessitar de 1,5 a 4,5 mg/kg/h. Adicional
à infusão, a administração em bolus de 10 a 20 mg pode ser usada se for necessário um rápido aumento na profundidade da sedação. Crianças:
Administração de Diprivan por sistema TCI DIPRIFUSOR não é recomendado para uso em crianças. Indução de anestesia geral: A dose deve ser ajustada
em relação à idade e/ou ao peso. A maioria dos pacientes com mais de 8 anos provavelmente irá necessitar aproximadamente 2,5 mg/kg de Diprivan
para a indução da anestesia. Manutenção da anestesia: A profundidade necessária de anestesia pode ser mantida pela administração de Diprivan por
infusão ou por injeções repetidas em bolus. É recomendado que somente Diprivan 1% seja usado se forem usadas injeções repetidas em bolus. Geral:
A velocidade necessária de administração varia consideravelmente entre os pacientes, no entanto, a faixa de 9 a 15 mg/kg/h normalmente produz
anestesia satisfatória. Idosos: Em pacientes idosos, a dose de Diprivan necessária para a indução de anestesia é reduzida. Sistema TCI Diprifusor:
Indução e manutenção da anestesia geral: Em pacientes adultos com idade abaixo de 55 anos a anestesia pode normalmente ser induzida com
concentrações alvo de propofol em torno de 4 a 8 mcg/ml. Uma concentração alvo inicial de 4 mcg/ml é recomendada em pacientes pré-medicados e
em pacientes sem pré-medicação a concentração alvo inicial recomendada é de 6 mcg/ml. O tempo de indução com estas concentrações alvo é
geralmente de 60-120 segundos. As concentrações alvo podem então ser aumentadas na proporção de 0,5 a 1,0 mcg/ml em intervalos de 1 minuto a
fim de se atingir uma indução gradual de anestesia. Sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico: Em geral, serão necessárias
concentrações sanguíneas de propofol no intervalo de 0,5 a 2,5 mcg/ml. O ajuste da concentração alvo deve ser titulado conforme a resposta do
paciente para obter a profundidade de sedação consciente desejada. Sedação na UTI: Em geral, serão necessárias concentrações sanguíneas de
propofol no intervalo de 0,2 a 2,0 mcg/ml (para informações mais detalhadas da posologia vide bula completa do produto). Superdose: É possível que a
superdosagem acidental acarrete depressão cardio-respiratória que deve ser tratada através de ventilação artificial com oxigênio. A depressão
cardiovascular requer a inclinação da cabeça do paciente e, se for grave, o uso de expansores plasmáticos e agentes vasopressores. Apresentações:
Diprivan 1% emulsão para injeção via intravenosa é apresentado em embalagens com 5 ampolas contendo 20 ml ou 1 frasco-ampola contendo 50 ou
100 ml e embalagem com 1 seringa pronta para uso contendo 50 ml. Diprivan 2% emulsão para injeção via intravenosa é apresentado em embalagem
com 1 frasco-ampola contendo 50 ml ou embalagem com 1 seringa pronta para uso contendo 50 ml. USO ADULTO (Diprivan PFS 1% e 2% seringas
prontas para uso) e CRIANÇAS ACIMA DE 3 ANOS (Diprivan 1% e 2% frascos-ampolas e ampolas). VIA INTRAVENOSA. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. USO RESTRITO À HOSPITAIS. Para maiores informações, consulte a bula completa do produto (CDS
11.06 Janeiro/08). AstraZeneca do Brasil Ltda., Rod. Raposo Tavares, Km 26,9 - Cotia - SP - CEP 06707-000 Tel.: 0800-0145578.
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Contraindicações: Diprivan® é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer
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Interações medicamentosas: recomenda-se que os bloqueadores neuromusculares atracúrio e mivacúrio, não
devem ser administrados na mesma via IV antes de se eliminar os indícios de Diprivan®.
Diprivan® (propofol) é um medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou opere máquinas, pois sua
agilidade e atenção podem estar prejudicadas.