vanderlei cordeiro

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VANDERLEI CORDEIRO
Temas da palestra: cases de sucesso, competitividade, esportes, liderança, mestre de
cerimônias, motivação, superação de desafios, trabalho em equipe
Um dos maiores corredores da história do atletismo brasileiro, e escolhido para acender a
pira olímpica dos jogos Olímpicos Rio 2016, Vanderlei Cordeiro de Lima chegou longe com suas
próprias pernas. Na adolescência, seu sonho era conhecer as cidades do interior do Paraná. Na
época, trabalhava na roça, em Tapira, e ia correndo dos plantios e colheitas de café e cana-deaçúcar até a escola. Uma diversão que depois se tornaria profissão e o levaria a figurar entre os
principais maratonistas do Mundo.
Ainda na infância, aos 12 anos, a prática diária despertou a atenção de um treinador de
escola que o convocou para o atletismo. Tiro certo! Logo Vanderlei se destacou e aos 16 foi
convidado a levar a sério as corridas. Não demorou e em 1988 já estava treinando em São Paulo,
pela equipe Eletropaulo. Dois anos depois, passou a treinar pela União Esportiva Funilense, em
Campinas.
Quando o técnico Asdrúbal faleceu em 1992, Ricardo D’Angelo assumiu a função, numa
parceria vitoriosa. Naquele mesmo ano, ganhou destaque nacional ao ser o quarto colocado na
São Silvestre e em 94 surgiu o maratonista. A primeira prova e, de quebra, primeira vitória não
estava programada. Contratado para ser “coelho” até o vigésimo quilômetro na Maratona de
Reims, na França, se sentiu bem e acabou vencendo a prova.
A partir daí os resultados apareceram, com marcas que até hoje são destaques. Conquistas
importantes como a vitória na Maratona de Tóquio, em 96, e depois o vice em 98, o terceiro na
Maratona de Fukuoka, em 99, o ouro na maratona dos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no
mesmo ano e o título e recorde da Maratona de São Paulo, em 2002. Também em outras
distâncias se destacava como a vitória e recorde com a incrível marca de 28min01s nos 10 KM
Tribuna FM, em 97.
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(11) 3090-6713 - [email protected]
Mas foi nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, que ele se tornou um ícone, não só do
atletismo, mas do esporte mundial, um verdadeiro herói olímpico. Treinado e preparado para
correr pela vitória na prova mais nobre dos Jogos Olímpicos, justamente na cidade que criou os
Jogos, ele viu uma oportunidade de abrir vantagem durante a disputa e, quando liderava isolado,
houve o famoso episódio com o manifestante que o agarrou, o ex-padre irlandês Cornelius Horan.
Era o km 35, restavam apenas sete para a linha de chegada. O empurrão o tirou do eixo, de
sua extrema concentração, mas ele não se entregou e voltou a correr após ser ajudado por alguns
espectadores. Ainda assim, manteve a liderança por aproximadamente mais dez minutos e depois
acabou sendo ultrapassado por dois atletas. Isso não o impediu de entrar no Estádio Olímpico de
Panathinaikos fazendo o famoso aviãozinho e comemorando a sua maior vitória, a tão sonhada
medalha olímpica.
Sua nobre atitude garantiu outra medalha pelo Comitê Olímpico Internacional. Essa muito
mais seleta, a Pierre de Coubertin, enaltecendo seu grau de esportividade e espírito olímpico.
"Na verdade, naquele ano havia um sonho que eu sempre alimentei um dia, que era o de
conquistar uma medalha olímpica. Não importava a cor. Então, quando cheguei ao término da
prova no Estádio Panathinaikos e senti que já tinha ganhado o bronze, esqueci daquilo que tinha
ocorrido no quilômetro 35. A minha conquista foi maior que a decepção de não ter ficado com o
ouro. Para falar a verdade, eu nem estava mais preocupado com aquilo que o cara tinha feito.
Nunca vou reclamar da vida. Eu só tenho que agradecer a Deus por tê-la me dado", destacou
Vanderlei.
Depois de Atenas, Vanderlei se manteve como um dos maiores maratonistas do mundo.
Em 2008 se destacou com outra grandiosa conquista: a criação do Instituto Vanderlei Cordeiro de
Lima, em Campinas. A generosa e digna proposta é usar o atletismo, que tanto lhe deu alegrias,
para garantir um futuro melhor para crianças e jovens. Servir de exemplo para a formação de
futuros atletas e, acima de tudo, cidadãos.
“Quando eu comecei, não tinha nem um gato para puxar o rabo, como diz o ditado. Mas eu
tinha um sonho. Muita gana, determinação e, principalmente, vontade de vencer. Fui mais longe
do que imaginava. Só tenho a agradecer”, completa Vanderlei, que já não corre mais
profissionalmente, mas continua inspirando muita gente com seu trabalho no IVCL e em palestras
e evento, sempre motivando a todos.
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Livros
Vanderlei Cordeiro de Lima: A maratona de uma vida - A
maratona a via de Vanderlei Cordeiro de Lima é desafiadora e inspiradora.
Percorrer esta narrativa de Renata Adrião D´Angelo é reviver cenas, diálogos e
situações que, ao longo dos já quase 15 anos de convivência, confundem-se
com muitos de meus planos e sonhos. O desafio aparece na luta pela vida
digna para a qual a família de Vanderlei o impulsionou desde menino,
enfrentando adversidades que imprimiram no corpo e na mente do garoto
Bodega a resistência e a persistência, sem as quais não nasceria o atleta. Este
se torna inspiração quando ousa ser arrojado, destemido, disciplinado,
obstinado, sem jamais deixar de sensibilizar-se com os valores genuinamente
humanos. O brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima é hoje um cidadão do
mundo, porque levou a ele, em gestos simples, a mensagem mais urgente que
se fez ouvir do pódio olímpico de Atenas em 2004: o perdão. E ele não nasce
gratuitamente, mas pela luta diária que começou bem cedo, e que continua a
cada queda, a cada dor seguida de superação. Essa é uma lição que também
eu aprendo na condição de seu treinador e amigo.
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