CHAMA OLÍMPICA A honra de acender O anúncio de que Pelé não iria à cerimônia de abertura da Olimpíada plantou uma dúvida sobre quem seria, afinal, o responsável por acender a Pira Olímpica. Seria Gustavo Kuerten? Hortência? Ou Vanderlei Cordeiro de Lima? Pois foi o maratonista, bronze em Atenas, que teve a honra de simbolizar o início dos Jogos. A Tocha entrou no Maracanã pelas mãos de Guga, ovacionado pelo público, e ele retribuiu emocionado e saudando o público. Saudou também Hortência, a rainha do basquete, que percorreu os últimos metros antes de entregar a chama a Vanderlei. O ex-atleta, premiado com a medalha Barão de Coubertin pelo seu comportamento exemplar ao ter a provável vitória na maratona em 2004 interrompida pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan, recebeu a tocha, subiu as escadas e acendeu o caldeirão que, até o dia 21, ficará acesa no Rio, marcando de forma indelével a Olimpíada 2016. LEON NEAL, AFP EMMANUEL DUNAND, AFP A PIRA Doze anos depois de ter o sonho de ouro da maratona interrompido por ex-padre irlandês, Vanderlei Cordeiro foi protagonista da cerimônia DESFILE APOTEÓTICO Foram duas horas e cinquenta minutos de cerimônia de abertura até que a transexual Léa T, com a bicicleta que levava o nome do Brasil, abrisse o desfile da delegação do país na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Com Yane Marques levando a bandeira e ao som de Aquarela do Brasil, os brasileiros entraram no campo do Maracanã recebidos pelas 70 mil pessoas nas arquibancadas e pelos atletas das demais 206 delegações, deram a volta olímpica no estádio e se emocionaram com a recepção do público, em um apoteótico final do desfile.