Estudo. Surgem novas pistas para origem da esquizofrenia tida

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Estudo. Surgem
novas pistas para
origem da
esquizofrenia tida
como neuronal
Por Jornal i
publicado em 13 Abr 2015 - 11:02
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Um estudo internacional liderado pela Universidade de Coimbra (UC) admite que a
origem da esquizofrenia não seja neuronal, mas antes da glia, cujas células, não
neuronais, assumem o suporte funcional dos neurónios.
“Até agora, a comunidade científica assumia que a origem da esquizofrenia é
neuronal, mas um estudo internacional” sugere que “poderá não ser assim e que a
origem desta patologia está na glia, que sustenta uma espécie de memória de longa
duração do cérebro e que assume o suporte funcional dos neurónios”, anunciou a UC,
numa nota divulgada hoje.
A descoberta, liderada por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia
Celular (CNC) da UC, surgiu no âmbito de um estudo que foi “desenvolvido ao longo
dos últimos quatro anos” e que visou “analisar o papel dos receptores A2A para a
adenosina (‘antenas’ que detectam a adenosina, molécula que indica sinal de perigo
no cérebro) nos problemas de memória”, acrescenta a UC.
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“Experiências em ratinhos permitiram observar que, além de estarem presentes nos
neurónios, os receptores A2A surgiam igualmente na glia, especialmente nos
astrócitos, as células mais abundantes da glia”, adianta a UC na mesma nota.
Os investigadores decidiram então recorrer à engenharia genética e retirar os
receptores A2A somente dos astrócitos para analisar possíveis reacções.
Ao bloquear a presença de A2A na glia, os especialistas observaram que “a
comunicação dos neurónios fica seriamente comprometida”, salienta a UC.
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“Notou-se uma perturbação disseminada ao sistema nervoso central e os ratinhos
passaram a comportar-se como indivíduos que padecem de esquizofrenia”, adianta
Rodrigo Cunha, coordenador do estudo, que também envolveu cientistas de dois
grupos de investigação dos EUA.
Tal como acontece na esquizofrenia, “registaram-se três grandes tipos de alterações
no funcionamento do sistema nervoso central dos animais, designadamente sintomas
negativos (isolamento), sintomas positivos (alucinações visuais e sonoras, delírios,
etc.) e problemas cognitivos (memória e concentração)”, sublinha Rodrigo Cunha.
“Verificou-se ainda que os ratinhos ficaram ávidos de fármacos psicoactivos”,
acrescenta o investigador do CNC.
Os resultados do estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, por
fundos europeus e por duas fundações norte-americanas, evidenciam que “os
receptores A2A são responsáveis por garantir o equilíbrio entre a glia e os neurónios
e sugerem que a glia pode ter um papel central no desenvolvimento de doenças
psiquiátricas”, afirma Rodrigo Cunha.
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“Ao desvendar mais uma peça chave no funcionamento do sistema nervoso é agora
possível avançar para mais estudos tendo em vista o desenvolvimento de novas
abordagens terapêuticas para uma das mais incapacitantes doenças psiquiátricas”,
conclui a UC.
Lusa
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