Estudo aponta novas pistas para origem da esquizofrenia tida como

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14/04/2015
Estudo aponta novas pistas para origem da esquizofrenia tida como neuronal | Jornal Médico
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Estudo aponta novas pistas para origem da esquizofrenia tida
como neuronal
Publicado em 13 de Abril de 2015, por Jornal Médico
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Um estudo internacional liderado pela Universidade de Coimbra (UC) admite que a
origem da esquizofrenia não seja neuronal, mas antes da glia, cujas células, não
neuronais, assumem o suporte funcional dos neurónios.
“Até agora, a comunidade científica assumia que a origem da esquizofrenia é
neuronal, mas um estudo internacional” sugere que “poderá não ser assim e que a
origem desta patologia está na glia, que sustenta uma espécie de memória de
longa duração do cérebro e que assume o suporte funcional dos neurónios”,
anunciou a UC, numa nota divulgada hoje.
A descoberta, liderada por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia
Celular (CNC) da UC, surgiu no âmbito de um estudo que foi “desenvolvido ao
longo dos últimos quatro anos” e que visou “analisar o papel dos receptores A2A
para a adenosina (‘antenas’ que detectam a adenosina, molécula que indica sinal
de perigo no cérebro) nos problemas de memória”, acrescenta a UC.
“Experiências
em ratinhos
permitiram
observar
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nos neurónios,
os receptores A2A surgiam igualmente na glia, especialmente nos
astrócitos, as células mais abundantes da glia”, adianta a UC na mesma nota.
Os investigadores decidiram então recorrer à engenharia genética e retirar os
receptores A2A somente dos astrócitos para analisar possíveis reacções.
Ao bloquear a presença de A2A na glia, os especialistas observaram que “a
comunicação dos neurónios fica seriamente comprometida”, salienta a UC.
“Notou-se uma perturbação disseminada ao sistema nervoso central e os ratinhos
passaram a comportar-se como indivíduos que padecem de esquizofrenia”, adianta
Rodrigo Cunha, coordenador do estudo, que também envolveu cientistas de dois
grupos de investigação dos EUA.
Tal como acontece na esquizofrenia, “registaram-se três grandes tipos de
alterações no funcionamento do sistema nervoso central dos animais,
designadamente sintomas negativos (isolamento), sintomas positivos (alucinações
visuais e sonoras, delírios, etc.) e problemas cognitivos (memória e
concentração)”, sublinha Rodrigo Cunha.
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“Verificou-se ainda que os ratinhos ficaram ávidos de fármacos psicoactivos”,
acrescenta o investigador do CNC.
Os resultados do estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia,
por fundos europeus e por duas fundações norte-americanas, evidenciam que “os
receptores A2A são responsáveis por garantir o equilíbrio entre a glia e os
neurónios e sugerem que a glia pode ter um papel central no desenvolvimento de
doenças psiquiátricas”, afirma Rodrigo Cunha.
“Ao desvendar mais uma peça chave no funcionamento do sistema nervoso é
agora possível avançar para mais estudos tendo em vista o desenvolvimento de
novas abordagens terapêuticas para uma das mais incapacitantes doenças
psiquiátricas”, conclui a UC.
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