Virgínea Aparecida d.. - NEAD

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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – SEED - MEC
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
Virginea Aparecida de Lorena
A CONTRIBUIÇÃO DAS MÍDIAS PARA A VALORIZAÇÃO DA
COMUNIDADE ESCOLAR: ESTUDO DE CASO REALIZADO NA
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL MARIA NILDA
SALAI STAHELIN EM JARAGUÁ DO SUL.
Jaraguá do Sul
2010
Virginea Aparecida de Lorena
2
A CONTRIBUIÇÃO DAS MÍDIAS PARA A VALORIZAÇÃO DA
COMUNIDADE ESCOLAR: ESTUDO DE CASO REALIZADO NA
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL MARIA NILDA
SALAI STAHELIN EM JARAGUÁ DO SUL/SC.
Monografia apresentada ao Programa de
Formação Continuada em Mídias na
Educação, da Universidade Federal do Rio
Grande, como requisito para a obtenção do
Título de Especialista em Mídias na
Educação.
Orientadora: Msc. Letícia Vianna do
Nascimento
2010
3
DEDICATÓRIA
Aos alunos e educadores da Escola Maria
Nilda Salai Stahelin, por acreditarem nesta
proposta de trabalho e envolverem-se na
construção desta prática pedagógica com
credibilidade e seriedade.
4
AGRADECIMENTOS
A DEUS, pela Sabedoria que nos
proporciona a cada instante;
A ORIENTADORA LETÍCIA, pela paciência
e conhecimento dedicado durante todo este
período de elaboração do trabalho;
AOS TUTORES, pela fundamentação e
referencial teórico nos apresentado durante
todo o curso;
AOS
FAMILIARES,
pelo
apoio
e
compreensão nos momentos de incessante
trabalho.
5
RESUMO
O presente Trabalho apresenta a utilização das Mídias como aliadas para
valorização da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Nilda Salai Stahelin
localizada em Jaraguá do Sul – Santa Catarina, visando a utilização destes recursos
como proposta inovadora para a construção significativa do conhecimento,
contribuindo para a valorização da comunidade escolar através da divulgação da
prática pedagógica presente no cotidiano escolar. O trabalho aborda a importância
do educador como mediador no processo de construção do conhecimento
envolvendo a utilização das mídias como recursos didático-pedagógicos. Contempla
a importância da comunicação da escola com a comunidade escolar para promover
laços de cooperação e construção efetiva da identidade escolar visando um maior
esclarecimento às famílias do processo de construção da aprendizagem no qual
seus filhos estão inseridos. O trabalho apresenta a prática da produção de vídeos,
desenvolvida com alunos da escola utilizando alguns recursos midiáticos,
considerando o ser humano em constante evolução, integrado a uma sociedade rica
em diversidades.
Palavras-chave: Educação, Mídia, Família, Comunidade Escolar.
6
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------- 08
2
OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral------------------------------------------------------------------------ 10
2.2 Objetivos Específicos--------------------------------------------------------------
3
10
REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 A família na sociedade contemporânea---------------------------------------
11
3.2 Construindo conhecimento na Era Tecnológica-----------------------------
13
3.3 O Construtivismo de Piaget e o Construcionismo de Papert------------
14
3.3.1 O Construcionismo, o Empowerment e as Concepções de
15
Aprendizagem----------------------------------------------------------------------------3.4 O papel das mídias na interação dos sujeitos------------------------------3.4.1 Recursos didáticos: estratégias midiáticas atraentes para o
17
17
processo de construção do conhecimento---------------------------------------3.4.1.1 O uso e a produção de vídeo como recurso didático-----------
19
4
METODOLOGIA-------------------------------------------------------------------------- 21
5
RESULTADOS E DISCUSSÃO------------------------------------------------------- 24
6
CONSIDERAÇÕES FINAIS-----------------------------------------------------------
7
REFERÊNCIAS--------------------------------------------------------------------------- 33
ANEXOS-----------------------------------------------------------------------------------
30
35
7
EPÍGRAFE
“Educação é ação. Um princípio básico é que toda ação inteligente se
realiza mediante estratégias que são definidas a partir de informações da
realidade. Portanto, a prática educativa, como ação, também estará
ancorada em estratégias que permitem atingir as grandes metas da
educação”. (D’ Ambrósio, 1999: p.5)
8
1 INTRODUÇÃO
Os desafios do mundo contemporâneo exigem uma educação respaldada na
concepção progressista de aprendizado, capaz de sistematizar e organizar a diretriz
pedagógica da escola de forma simultânea e coerente com o momento histórico e
com as concepções determinantes do processo educacional e didático.
Diante disso, a função da escola deve estar associada ao comprometimento
social, assegurando conteúdos concretos e indissociáveis da realidade do aluno e
construídos historicamente. Conforme Libâneo(1996, p. 17) “a educação ofertada
pela escola, deve ser uma atividade mediadora no seio da prática social global,
através da intervenção do professor”.
Para tal objetivo e ação pedagógica, é imprescindível entender o homem
numa perspectiva dialética, ou seja, como indivíduo capaz de ser criador da sua
história, agindo conscientemente sobre ela e fazendo escolhas diante das várias
possibilidades que lhe são apresentadas. Por isso, é fundamental partir das
condições reais de sua existência, seus limites, habilidades e atitudes para então
mediar o seu saber cotidiano com o saber sistematizado proposto pelo currículo
escolar.
Os conteúdos e métodos apresentados devem estar pautados na construção
consciente, por parte do professor, de condições e alternativas pedagógicas que
favoreçam a relação dialógica entre professor e aluno, visando através da
problematização, interação e intervenção, a reconstrução, re-estruturação e reorganização dos saberes já existentes com os propostos pelo saber escolar. Nesta
dinâmica, o educando terá condições de compreender a essência do saber e suas
complicações e dimensões no contexto social em que vive.
A escola deve objetivar sua prática trilhada pelas competências propostas nos
objetivos básicos para a educação contemporânea no chamado Relatório
Delors(1998) e que constituem os quatro pilares da educação: Aprender a conhecer,
Aprender a fazer, Aprender a conviver e Aprender a ser.
Esta base constitui-se como ponto de partida para a elaboração da
metodologia de trabalho de cada profissional que nela está inserido, com vistas à
concretização e sistematização do processo dialético de construção e reconstrução
do saber em seu contexto real e situacional.
9
Também, o estabelecimento de vínculos é próprio do ser humano, e por isso,
escola e família são instituições sociais interligadas, de modo que, nenhuma
sobrevive sem a outra. Por isso, faz-se necessário criar uma relação prazerosa de
convivência entre ambas, para que o processo de aprendizagem ocorra
efetivamente. Neste sentido, o papel da escola diante das mídias exerce
fundamental importância para atrair os estudantes na articulação daquilo que
aprendem nesta, com a realidade cotidiana familiar em que estão inseridos. Por isso,
a contextualização desta aprendizagem exerce forte influência na formação de
valores, sejam eles positivos como também alienadores, cabendo a escola junto à
família envolver estes “meios” no processo educativo, contextualizando-os diante de
suas funções na formação da sociedade.
A mídia, como recurso pedagógico favorece a concretização das experiências
referentes aos conteúdos propostos na grade curricular. Para tanto, cabe à escola
inserir estes “meios” como integradores na formação do individuo. Rumo a uma
sociedade mais fundamentada e com uma compreensão mais sólida daquilo que
reconhece como aprendizagem significativa.
Visto que, “a família não é algo concreto, mas algo que se constrói a partir de
elementos da realidade” (Petrini, 2003), é primordial que a escola mantenha
comunicações eficientes e claras com a família em relação ao que pretende
desenvolver em seu contexto pedagógico, inserindo esta como parte integrante e
ativa para a construção de uma sociedade mais integrada e coerente para o ser
humano. Assim, quanto mais confiante for a família em relação à escola, maior será
o envolvimento entre ambas.
O sucesso e construção da sociedade depende da maneira como
relacionamos o conhecimento aos acontecimentos diários. Daí a importância de se
estabelecer uma abordagem diversificada dos assuntos presentes nos bancos
escolares, com trabalhos realmente significativos para os alunos, integrando a
construção de conhecimento às mais variadas mídias.
"Ter acesso à informação não basta. É necessário saber lidar com ela:
analisá-la, aprofundá-la, decodificá-la e, após, fazer uma síntese do que
realmente interessa, do que é útil, do que transmite de novo, das relações
que podem ser estabelecidas, aí, então, se estará construindo
conhecimento. Ao contrário, ter-se-á um acúmulo desnecessário de
materiais e recursos, sem saber o que fazer com eles". (Revista Nova
Escola - Reflexões sobre a construção do conhecimento em ambientes de
pesquisa, V.1 Nº2, setembro, 2003)
10
2 OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Integrar as mídias como aliadas no resgate e valorização da Escola Municipal
de Ensino Fundamental Maria Nilda Salai Stahelin localizada em Jaraguá do Sul/SC.
2.2. Objetivos Específicos
 Produzir documentários contendo assuntos referentes ao cotidiano escolar
para serem utilizados em sala de aula, refletindo sobre as atitudes abordadas
nestas produções, utilizando recursos midiáticos como: TV e DVD, CD,
máquina digital, projetor multimídia, Internet e material impresso;
 Resgatar a auto-estima da comunidade escolar;
 Pesquisar na comunidade escolar de que forma reconhecem a escola neste
contexto;
 Verificar quais as mídias mais acessíveis no ambiente familiar;
11
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 A família na sociedade contemporânea
Nos últimos tempos, as mudanças ocorridas no aspecto sócio-econômicocultural, embasadas na teoria capitalista, estão interferindo no processo de estrutura
familiar alterando seu tradicional padrão de organização.
No entanto, a diversidade de conceitos que compõem as relações familiares
tem se expandido cada vez mais na sociedade. Assim, família pode ser
caracterizada como um grupo de pessoas com laços sanguíneos que convivem num
mesmo lar ou casa. Como também um grupo de indivíduos que se relacionam
cotidianamente gerando uma trama complexa de emoções. Tudo depende do
contexto social ou cultural em que ela está inserida.
Entretanto, varia segundo as épocas, permanecendo o chamado “sentimento
de família” que para Amaral (2001) se forma a partir de um emaranhado de emoções
e ações pessoais compondo um universo único para cada família. Mas, que interage
com o meio social existente.
“A família é o espaço indispensável para a garantia da sobrevivência e da
proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do
arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a família que
propicia os aportes afetivos e, sobretudo, materiais necessários ao
desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um
papel decisivo na educação formal e informal; é em seu espaço que são
absorvidos os valores éticos e morais, e onde se aprofundam os laços de
solidariedade. É também em seu interior que se constroem as marcas entre
as gerações e são observados valores culturais”. (Kaloustian & Ferrari,
1994)
Contudo, a família não está composta simplesmente por elos afetivos, mas é
parte principal de uma identidade social, uma base que estrutura o mundo. É matriz
do processo civilizatório, condicionando a humanização e a socialização das
pessoas.
“A educação bem-sucedida da criança na família é que vai servir de apoio
à sua criatividade e ao seu comportamento produtivo quando for adulto. A
família tem sido, é, e será a influência mais poderosa para o
desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas”.(Petrini,
2003)
12
De acordo com Petrini, entende-se que grande parte da formação cidadã
depende da atuação e comportamento das famílias. Bem como, do seu
envolvimento com a educação de modo geral.
Para Rego (2003) as funções sociais, políticas e educacionais são
compartilhadas tanto pela família quanto pela escola e, dessa forma, contribuem
para a formação do cidadão. Ambas emergem como duas instituições fundamentais
para a evolução das pessoas. Nas duas instituições o contexto de desenvolvimento
humano está presente e a importância do estabelecimento de relações apropriadas
entre ambas deve ser ressaltada.
Visto que, a família é um dos primeiros ambientes de socialização do
indivíduo, atua como mediadora principal dos padrões, modelos e influências
culturais. Além de ser considerada a primeira instituição social que, em conjunto com
outras, busca assegurar a continuidade e o bem estar dos seus membros e da
coletividade, incluindo a proteção e o bem estar da criança. “A família é vista como
um sistema social responsável pela transmissão de valores, crenças, idéias e
significados que estão presentes nas sociedades”. (Kreppner, 2000).
Por essa razão tem influência significativa no comportamento dos indivíduos,
sobretudo nas diferentes formas construir as suas relações sociais. A família
constitui a unidade dinâmica das relações afetivas, sociais e cognitivas, imersas nas
condições materiais, históricas e culturais de um dado grupo social.
Essas vivências integram a experiência coletiva e individual e é por meio das
interações familiares que se concretizam as transformações nas sociedades que,
por sua vez, influenciam os diferentes sistemas sociais, dentre eles a escola.
Portanto, ela é a principal responsável por incorporar transformações sociais
ocorridas ao longo do tempo.
“É nesse ambiente familiar que a criança aprende a administrar e resolver
os conflitos, a controlar as emoções, a expressar os diferentes sentimentos
que constituem as relações interpessoais, a lidar com as diversidades e
adversidades da vida”. (Wagner, Ribeiro,Arteche & Bornholdt, 1999).
Coerente com essa concepção, a escola deve levar em consideração o
ambiente familiar articulando atividades sistemáticas às experiências acumuladas e
as formas de pensar, agir e interagir do educando no mundo, oriundas das
experiências familiares. Neste sentido, o fortalecimento de vínculos entre a escola e
13
a família permite o sucesso do educando e contribui para a construção da identidade
da comunidade escolar.
3.2 Construindo conhecimento na Era Tecnológica
O uso de recursos multimídias está disseminado em vários setores sociais.
Estes "muitos meios", ou seja, a utilização de múltiplos recursos como: textos,
imagens, sons, animações e gráficos apresentados através do Rádio, TV e Vídeo,
Computadores, Internet e Materiais impressos, contemplam diferentes percepções
do ser humano, integram atividades e atualizam competências que anteriormente
poderiam ser consideradas como independentes.
Nesse sentido, Valente (1999) propõe a interconexão de várias ações:
"O uso do computador permite a realização do ciclo descrição-execuçãoreflexão-depuração-descrição, no qual novos conhecimentos podem ser
adquiridos na fase da depuração. Quando uma determinada idéia não
produz os resultados esperados, ela deve ser urilada, depurada ou
incrementada com novos conceitos ou novas estratégias. Esse incremento
constitui novos conhecimentos, que são construídos pelo aluno". (Valente,
1999: p. 108)
Diante disso, a educação tem o grande desafio de utilizar esses diversos
recursos que potencializam interações antes não imagináveis em seu contexto
pedagógico, fazendo bom uso dos mesmos para auxiliar seus educandos na
construção do conhecimento, visando ao desenvolvimento dos processos cognitivos
e intelectuais.
O educador poderá contribuir para a construção do conhecimento didático
aliado aos recursos tecnológicos propondo, testando e avaliando formas de
utilização desses meios ao apresentar momentos de desenvolvimento de atividades
criativas, reflexões sobre conceitos e mediar novos significados para os
conhecimentos acessados na escola através dos conteúdos explanados, o
que facilitará a estimulação dos novos pensamentos e habilidades sóciocognitivas no educando.
14
3.3 O Construtivismo de Piaget e o Construcionismo de Papert.
Definido por Piaget (1975), o construtivismo é uma das correntes teóricas
empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve partindo do
princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações
mútuas entre o indivíduo e o meio. A idéia é que o homem não nasce inteligente,
mas também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele interpreta
os estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio
conhecimento, de forma cada vez mais elaborada. Dessa forma, a construção do
conhecimento ocorre quando acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos
que, provocando o desequilíbrio, resultam em assimilação (incorporação de
elementos do meio externo (objeto, acontecimento... ou acomodação (modificação
de um esquema ou de uma estrutura em função das particularidades do objeto a ser
assimilado) dessas ações e, assim, em construção de esquemas ou conhecimento.
Em outras palavras, uma vez que a criança não consegue assimilar o estímulo, ela
tenta fazer uma acomodação e após, uma assimilação e o equilíbrio é, então,
alcançado.
O Construcionismo de Papert surgiu no final da década de 1960. Dois
aspectos
sustentam
a
aprendizagem
de
acordo
com
o
construcionismo:
desenvolvimento de materiais que permitem uma atividade reflexiva do aluno e a
criação de ambientes de aprendizagem, favorecendo o aprender com e não o
aprender sobre. Assim, a tecnologia é vista como um meio para aprender
significativamente e não um mero objeto ou recurso.
Para Papert existem apenas duas idéias do Construcionismo que diferem do
Construtivismo de Piaget
no que tange a construção do conhecimento:
primeiramente o aprendiz constrói alguma coisa fazendo e colocando a mão na
massa e a segunda é o fato de que estar construindo algo do seu interesse estará
motivado. Papert enfatiza os objetos como participantes do processo de construção
de conhecimento, tal como as engrenagens na sua infância e os computadores
atuais.
O processo de correção do erro constitui oportunidade única para a
aprendizagem de um determinado conceito envolvido na busca de solução para o
problema, portanto, a intervenção de um profissional na interação aluno-computador
15
fará com que o processo de construção do conhecimento aconteça, facilitando ao
aprendiz o pensar sobre seus mecanismos de raciocínio e de pensamento,
estimulando o exercício ativo do aprender a aprender.
3.3.1 O construcionismo, o Empowerment e as Concepções de Aprendizagem.
Partindo do pressuposto de que o aprendiz é quem deve desenvolver
atividades para a construção ou realização de um produto, com o auxílio do
computador, o construcionismo defende a relação deste produto a ser construído,
com o contexto social em que o aluno está inserido. Isto facilitará o envolvimento do
mesmo na criação e oportunizará a prática dos conhecimentos que já possui.
De acordo com estas idéias, pode-se afirmar que ao desenvolver atividades
envolvendo não só o computador, mas as diferentes mídias, o educador estará
facilitando a construção do conhecimento do aluno, à medida que os oportuniza a
trilhar caminhos diferenciados de pesquisa.
Dessa forma, a motivação para buscar aquilo que ainda não sabe e aprender
a utilizar e explorar diferentes recursos contribui para o sentimento do
empowerment, ou seja, o sentir-se capaz de desafiar-se diante de novas situações
para continuar aprendendo e aperfeiçoando suas idéias, no intuito de progredir ao
longo da vida. Diante dessa possibilidade metodológica, professor e aluno são
estimulados a acreditarem em seu potencial transformador. Isto implica em novas
posturas mediadoras por parte do educador, além de flexibilidade na intervenção
docente.
“O principal objetivo da escola compatível com a sociedade do
conhecimento é criar ambientes de aprendizagem que propiciem a
experiência, denominado por valente de "empowerment"(oportunidade
dada às pessoas para compreenderem o que fazem e perceberem que são
capazes de produzir algo que era considerado impossível). A utilização de
ambientes que favoreça a ampliação dos espaços onde trafega o
conhecimento e as mudanças no saber, ocasionadas pelos avanços das
tecnologias da informação e suas diversas possibilidades de associações,
vem exigindo novas formas de simbolização e de representação do
conhecimento, gerando novos modos de conhecer, que desenvolvem muito
mais a imaginação e a intuição. (Valente, 1998: p.56)
No entanto, não é favorável uma concepção de aprendizagem Instrucionista,
onde ensinar é mera transmissão e aprender apenas uma assimilação passiva de
16
informações. O que se pretende é despertar nas instituições educacionais uma
transformação efetiva e eficaz em relação ao tipo de cidadão necessário para atuar
nesta nova sociedade, instável, infinita nas relações e com visões não-lineares a
respeito de tudo.
Para tornar o aprendizado verdadeiramente eficaz, é necessário atrair os
alunos para a construção permanente do conhecimento, o que implica no
estabelecimento de novas posturas docentes.
O ensinar é fundamental para criar condições favoráveis ao processo da
aprendizagem e deve ocorrer de forma mediadora, respeitando a interação entre
aluno-aluno, aluno-professor, professor-professor. Sem este envolvimento a
educação torna-se fragmentada e sem objetivo.
Diante disso, a metodologia utilizada para trilhar será o diferencial neste
acontecer pedagógico, é através dela que o educador efetivará sua habilidade
docente para lidar com esta construção da aprendizagem. As considerações do
sujeito, enquanto cidadão inserido num contexto social permitirá ao mediador, um
maior aproveitamento do seu ensinar.
Neste sentido, despertar o espírito pesquisador e criativo do individuo não é
apenas mais uma concepção teórica de aprendizagem, mas uma postura mediadora
indispensável a todos os profissionais da educação. Porém, esta nova postura
requer autonomia, interdisciplinaridade e currículo bem analisado e elaborado.
Trabalhar de forma interdisciplinar requer dedicação, disponibilidade de
interação, flexibilidade e determinação clara de onde se pretende chegar. Afinal,
mediar é estar disposto a desempenhar um papel de pesquisador incansável de
novas aprendizagens e acessar informações infinitas a respeito de um determinado
assunto ou de vários assuntos ao mesmo tempo. Para isso, devemos estar atentos e
abertos à troca incessante de informações, seja com os colegas de trabalho de
forma interdisciplinar, seja através de novas leituras, utilização de diversos recursos
na mediação constante com o educando.
Outro aspecto relevante é o fato de compreender o currículo como ponto de
partida para a construção de novos saberes pautados em ritmos diferenciados de
busca e aprofundamento do saber. Os educandos não têm ritmos iguais de
aprendizagem, independente do método a ser utilizado, por isso, quanto mais
significativa e instigante for a mediação, despertará nos mesmos o interesse e
17
dedicação mais acelerados para encontrar as respostas para aquilo que é
problematizado.
Apesar de não ser tarefa fácil, a construção da autonomia só é possível com
atividades práticas e vivências constantes no processo de ensino/aprendizagem.
3.4 O papel das mídias na interação dos sujeitos
É dever do profissional da educação orientar para o desenvolvimento integral
dos indivíduos e isso implica em novas visões de mundo e na contextualização de
uma sociedade dentro e fora da escola. O educador deve ser o articulador na
construção dos princípios e atitudes voltados para a formação de cidadãos
conscientes e éticos, independente se a forma como se relacionam é virtual ou
presencial.
As comunicações de hoje apresentam-se de forma não-linear, onde se pode
acessar muitas coisas ao mesmo tempo, o que caracteriza uma sociedade sem
limitações, voltada para a amplitude de conhecimentos diversificados e não
selecionados.
Assim cabe ao educador, mostrar e utilizar as mídias de formas atrativas para
demonstrar aos educandos o que existe de bom nestes recursos e que é possível
construir conhecimentos curriculares através destes meios, além de prepará-los
criticamente para este acesso.
Também é preciso estar disposto a crescer junto com os educandos nesta
exploração adquirindo o domínio tecnológico com estes, muitas vezes, mas
mediando o que eles ainda não sabem ou ingenuamente não perceberam. Assim, a
aprendizagem consistirá em uma troca de conhecimentos, embasada na mediação e
construção integralmente voltada para todo o contexto social.
3.4.1 Recursos didáticos: estratégias midiáticas atraentes para o processo de
construção do conhecimento.
Para Valente (1998), a teoria de Papert contribui para a construção do
conhecimento através do computador utilizado como um recurso didático de
aprendizagem.
18
“Na noção de construcionismo de Papert existem duas idéias que
contribuem para que esse tipo de construção do conhecimento seja
diferente do construtivismo de Piaget. Primeiro, o aprendiz constrói alguma
coisa ou seja, é o aprendizado por meio do fazer, do "colocar a mão na
massa". Segundo, o fato de o aprendiz estar construindo algo do seu
interesse e para o qual ele está bastante motivado. O envolvimento afetivo
torna a aprendizagem mais significativa”. (Valente, 1998: p.2)
Neste sentido, Papert propõe um ciclo: descrição – execução – reflexão –
depuração – descrição, que é de extrema importância na aquisição de novos
conhecimentos. Através dele, o educando ao ser submetido a produzir algo, o
computador executará da forma como ele lançou e apresentará o resultado, diante
disso, o mesmo terá que refletir sobre sua ação e depurar o que impediu ou facilitou
a concretização do resultado almejado, levando-o a tentar novamente através da
descrição e assim por diante até completar o ciclo novamente e chegar ao resultado
desejado. Este processo contribuirá para construção efetiva do conhecimento
através da prática constante do aprender fazendo.
Além do computador, os demais recursos didáticos e midiáticos são os
diferenciais pedagógicos na escola, através deles se pode “temperar” as aulas com
o sabor significativo do aprender a aprender. Não há ser humano que despreze um
bom equipamento tecnológico ou mesmo um bom livro. Por isso, quanto mais o
educador ousar ao planejar as aulas estará utilizando a mesma estratégia de
marketing que os grandes estabelecimentos comerciais usam para atrair seus
clientes.
Ao utilizar-se destas estratégias o educador deve planejar a construção
atrativa
dos
conhecimentos
essenciais
para
contribuir
num
processo
de
transformação emancipatória do cidadão.
O
processo
de
ensino-aprendizagem
deve
ser
constantemente
e
sistematicamente planejado de forma flexível junto aos educandos, objetivando
atender suas reais necessidades e definindo conceitos essenciais para a vida dos
mesmos.
“O conhecimento não procede apenas da experiência única dos objetos e
nem de uma programação inata do sujeito, mas são resultados tanto da
relação recíproca do sujeito com seu meio, quanto das articulações e
desarticulações do sujeito com seu objeto. Dessas interações surgem
construções cognitivas sucessivas, capazes de produzir novas estruturas
em um processo contínuo e incessante”.(Piaget e Vygotsky, 1996: p.37)
19
Portanto, não há limitação para a utilização de recursos didáticos, pois a
infinidade de recursos que estimulam os sentidos e a interação entre sujeito e objeto
vai além da imaginação.
O fazer pedagógico ultrapassa os bancos escolares, visto que, todo lugar é
espaço de aprendizagem. Isso implica dizer que o educando é um sujeito contextual,
pois estabelece relações sociais e está aberto aos mais diversificados estímulos
externos.
Os recursos didáticos têm função primordial na metodologia do professor, são
eles que determinam o envolvimento com o conteúdo apresentado. Diante destes
meios o professor tornará mais significativo o processo de construção do
conhecimento.
3.4.1.1 O uso e a produção de vídeo como recurso didático
Dentre as possibilidades de utilização das mídias em sala de aula está a
utilização e a produção de vídeo.
“O vídeo parte do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos
os sentidos. Mexe com o corpo, com a pele -nos toca e"tocamos" os
outros, estão ao nosso alcance através dos recortes visuais, do close, do
som estéreo envolvente. Pelo vídeo sentimos, experienciamos
sensorialmente o outro, o mundo, nós mesmos”. (Moran, 2003: p.48)
De acordo com José Manuel Moran o vídeo é um dos recursos mais
completos para despertar e tocar os sentidos das pessoas. Visto que, explora o ver,
o visualizar, o ter diante de nós as situações, as pessoas, os cenários, as cores, as
relações espaciais (próximo-distante, alto-baixo, direita-esquerda, grande-pequeno,
equilíbrio-desequilíbrio). Além de desenvolver muitos ritmos visuais: imagens
estáticas e dinâmicas, câmera fixa ou em movimento, uma ou várias câmeras,
personagens quietos ou movendo-se, imagens ao vivo, gravadas ou criadas no
computador.
Para esse autor o vídeo também promove um ver situado no presente, mas
que o interliga não linearmente com o passado e com o futuro. Com isso, aproxima o
vídeo do cotidiano das pessoas em sua maneira de comunicar-se habitualmente
através dos diálogos que expressam a fala coloquial, enquanto o narrador organiza
20
as cenas, as outras falas, dentro da norma culta, orientando a significação do
conjunto.
Também os recursos audiovisuais são grandes intervenientes nos sentidos
dos telespectadores através das músicas e efeitos sonoros que conduzem os
mesmos às lembranças, expectativas e associações pessoais, que promovem
reações e informações, principalmente nas novelas.
Para organizar um bom vídeo também faz-se necessário a elaboração de
textos, legendas, citações aparecem cada vez mais na tela, principalmente na
organização de roteiros ou papeis a dramatizar. Por isso, o vídeo é sensorial, visual,
linguagem falada, linguagem musical e escrita. Linguagens que interagem
superpostas, interligadas, somadas, não separadas. Daí a sua força. Nos atingem
por todos os sentidos e de todas as maneiras.
“O vídeo nos seduz, informa, entretém, projeta em outras realidades (no
imaginário) em outros tempos e espaços. O vídeo combina a comunicação
sensorial-cinestésica, com a audiovisual, a intuição com a lógica, a emoção
com a razão. Combina, mas começa pelo sensorial, pelo emocional e pelo
intuitivo, para atingir posteriormente o racional”. (Moran, 2003: p.63)
Foi com base neste emaranhado de sensações que se desenvolveu o
trabalho com a produção de vídeos no contexto escolar em estudo. Para que os
alunos pudessem vivenciar todas as etapas desta produção, bem como,
percebessem a importância e a contribuição desta mídia para o processo de
construção do conhecimento.
21
4 METODOLOGIA
O trabalho foi desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental
Maria Nilda Salai Stahëlin, localizada no Bairro Tifa Martins na cidade de Jaraguá do
Sul. A Escola iniciou suas atividades no Bairro Tifa Martins no ano de 1992 e
cresceu conforme seu entorno foi se desenvolvendo. A escola atende a cerca de
800 alunos que residem nos bairros Tifa Martins e Chico de Paulo. Oferece
Educação Infantil sendo Pré I e Pré II e todo o Ensino Fundamental. Atualmente o
quadro de funcionários está composto por 58 colaboradores.
As atividades foram desenvolvidas com as turmas de 6ºs e 7ºs anos e com o
Grêmio estudantil e alunos monitores do Ambiente Tecnológico da Escola,
aproximadamente 50 alunos no total. Teve como parceiras as professoras de
Português, Educação Física, Artes e toda a Equipe gestora da escola.
Primeiramente foi aplicado um questionário aos pais de todas as turmas (Pré ao 9º
ano) objetivando atualizar o perfil da comunidade escolar no Projeto Pedagógico da
escola e dentre as perguntas inseridas no questionário foram elaboradas algumas
questões visando obter informações específicas como: quais as mídias que
possuem em suas casas, qual o posicionamento das famílias em relação à escola e
grau de satisfação em relação à comunicação da escola com a comunidade escolar
de modo geral.
Para o desenvolvimento do trabalho, foi instituído o Grêmio Estudantil na
escola, através de eleições entre os alunos. Também foi criado e efetivado o Projeto
Aluno Monitor do ATE – Ambiente Tecnológico da Escola. Ambos os grupos tiveram
participação direta na elaboração e produção dos vídeos.
Foram envolvidas no projeto as seguintes mídias: TV e DVD, CD,
computador, Internet, máquina digital e materiais impressos.
Primeiramente fez-se uma sondagem com os alunos para verificar o conceito
de mídias que os mesmos tinham até o momento. Em seguida foram feitas
mediações da construção deste conceito pelos alunos, através de discussões.
Após este conceito, foi proposto aos alunos a pesquisa e o estudo de alguns
temas relacionados ao cotidiano escolar e a elaboração de vídeos referentes aos
temas abordados.
22
Assim, os alunos das turmas de 6º e 7º ano foram divididos em pequenos
grupos, os quais definiram os temas que desejavam pesquisar e abordar em relação
ao contexto escolar.
Os alunos do Grêmio Estudantil ficaram responsáveis pela montagem do vídeo
utilizando o programa Windows Movie Maker. Este recurso é um software de edição
de vídeo da Microsoft, que permite às pessoas adicionarem efeitos de transição,
textos personalizados e áudio em seus filmes. Ou seja, é um software que
aperfeiçoa os filmes produzidos em filmadoras ou máquinas digitais além de
possibilitar cortes de filmagem e ajustes, no intuito de tornarem seus filmes mais
qualificados e aprimorados.
E os monitores do Ambiente Tecnológico pesquisaram sites e programas
para a construção de vinhetas e criaram a vinheta da escola: NILDA NEWS, nome
criado por eles e aceito pelos demais envolvidos.
A professora de Português ficou responsável pelas pesquisas dos temas
articulando ao projeto alguns gêneros textuais como a entrevista, realizada por todos
os grupos.
Os temas trabalhados com vistas à reflexão sobre o cotidiano escolar e a
divulgação dos aspectos positivos da escola foram: recreio escolar, uso do uniforme,
merenda escolar, brigas entre alunos, uso de guloseimas, entrevistas com alguns
funcionários e aniversário da escola, tema este dividido em subtemas como: história
da Patronesse, história da escola, razões para gostar da escola, organização de
murais com fotos. Este último tema envolveu vários grupos, a parceria das
professoras de Artes e Educação Física e toda a Equipe Gestora da escola.
Ao estarem definidos os grupos e temas os alunos do 6º e 7º ano planejaram
seus roteiros e assuntos a pesquisar utilizando-se de recursos como: livros e
Internet para explorarem os gêneros textuais principalmente a entrevista,
posteriormente utilizando a máquina digital foram fazer os registros, colocando em
prática o que haviam planejado.
Após a coleta de dados dos alunos acima, o Grêmio Estudantil junto aos
Monitores do Ambiente Tecnológico da escola fizeram as montagens destes vídeos
no Programa Movie Maker e criaram vinhetas para tornar suas filmagens mais
atrativas, além de explorarem os recursos que estas mídias propõem. Para isso
ouve a mediação constante dos professores parceiros, bem como, aprofundamento
23
através de leituras voltadas para esta mídia e os assuntos abordados nos temas,
sobretudo em relação ao resgate histórico da escola e Patronesse.
Assim todos foram envolvidos na utilização de Internet, máquina digital,
computador e materiais impressos.
Os alunos responsáveis pelos murais organizaram fotos para divulgar
trabalhos pedagógicos realizados na escola e aproveitaram para contribuir na
organização dos preparativos para comemorar o aniversário da escola, dia 21 de
setembro (17 anos). Evento este que até então não havia sido organizado na escola.
Os
aprofundamentos
e
estudos
destas
mídias
foram
trabalhados
paralelamente às aulas de português e explorados pelas respectivas professoras
envolvidas no projeto e orientadoras da escola.
Além do trabalho em sala, foram organizados horários extra-classe
destinados à elaboração e organização das produções, bem como, para receberem
dos professores parceiros as mediações necessárias.
24
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com a pesquisa realizada pela escola e respondida por 440 famílias da
comunidade escolar, registrou-se que 83% das famílias não assinam nenhum tipo de
meio de comunicação impresso. Apenas 15% faz assinatura de Jornais ou revistas e
2% das famílias não respondeu a questão. Além disso, 55% dos respondentes
afirmou possuir computador e 45% ainda não tem este recurso. Em relação a
Internet, 63% não tem acesso à mesma, somente 37% tem este acesso. (Anexo I)
Em relação a comunicação entre família e escola, a maioria dos pais (79%)
que responderam o questionário afirma que esta é boa, porém, manifestaram
interesse em conhecer melhor as propostas de trabalho da escola e as atividades
pedagógicas que seus filhos realizam dentro da mesma. (Anexo II) As famílias se
disponibilizaram a contribuir para a melhoria nesta comunicação e 88% demonstrou
interesse em receber um Jornal Impresso com as notícias da escola. (Anexo III)
Neste questionário os pais conceituaram o que consideram uma escola de
qualidade e mediante este conceito responderam se a escola Maria Nilda é de
qualidade para seus filhos, estes resultados estão como depoimentos no anexo IV.
As produções de vídeo foram apresentadas pelos grupos construtores e
utilizadas em diversas turmas como forma de estudo e reflexão dentro do ambiente
escolar e a divulgação dos mesmos foi realizada em reuniões pedagógicas,
assembléia de pais e aulas no Ambiente Tecnológico da escola. Estas produções
foram muito significativas para o contexto escolar se tornando um hábito na escola e
sua utilização já atingiu mais professores em suas atividades cotidianas dentro da
sala de aula.
No decorrer das apresentações e no processo de montagens dos vídeos os
alunos puderam depurar, refletir e descrever suas posturas e melhorias necessárias
para os próximos vídeos, por isso, já no primeiro vídeo elaborado os mesmos foram
mediados pelos educadores sobre os aspectos que deveriam ser revistos como:
necessidade de melhor elaboração de roteiro para entrevista e busca dos temas,
visto que, diante da ansiedade ao se depararem com a filmagem esqueciam o que
perguntar ao entrevistado.
Para José Manuel Moran (2003, p. 38), “a sociedade está deslumbrada com o
computador e a Internet na escola e, conseqüentemente, está deixando de lado a
25
televisão e o vídeo, como se já estivessem ultrapassados e não fossem mais
importantes”. Isso implica em desconsiderar esse meio que, como os demais
recursos didáticos, também fala da vida real e cotidiana dos educandos. Além de ser
o meio mais acessível na sociedade atual.
Diante da experiência obtida durante as produções, pode-se afirmar que
realmente este recurso expressa ricamente a dramatização, o jogo, a paráfrase, o
concreto e a imagem em movimento. O que permite ao telespectador a estimulação
mais aguçada dos sentidos, mexendo com imediato e o palpável através do jogo
dessas imagens apresentadas.
Esta fundamentação foi comprovada quando os
alunos socializaram os vídeos produzidos, onde puderam fazer uma análise de suas
posturas durante as gravações e rever o que era necessário mudar.
A escola precisa observar o que está acontecendo nos meios de
comunicação e mostrá-los na sala de aula, discutindo-os com os alunos, orientandoos para que percebam os aspectos positivos e negativos das abordagens ali
representadas.
A relação Comunicação, Meios de Comunicação e Escola pode ser pensada
em três níveis:
organizacional, de conteúdo e comunicacional. No nível
organizacional
escola pode ser apresentada
a
mais participativa,
menos
centralizadora, menos autoritária, mais adaptada a cada indivíduo. Já no nível de
conteúdo: é preciso promover uma escola que fale mais da vida, dos problemas que
afligem os jovens. Tem que preparar para o futuro, estando sintonizada com o
presente. É importante buscar nos meios de comunicação abordagens do cotidiano
e incorporá-las analiticamente nas aulas. No nível comunicacional: deve-se
conhecer e incorporar todas as linguagens e técnicas utilizadas pelo homem
contemporâneo. Valorizar as linguagens audiovisuais, junto com as convencionais.
Ao enfatizar a questão do conhecimento como essencial para uma boa
educação, é mister ajudar o educando a desenvolver sua(s) inteligência(s), a
conhecer melhor o mundo que o rodeia. E com isso, promover uma educação
voltada para o desenvolvimento de habilidades como: "Aprender a aprender", saber
comparar, sintetizar, descrever, se expressar.
Para buscar informações o aluno nem precisa ir à escola, porém, para
interpretá-las, relacioná-las, hierarquizá-las, contextualizá-las, o educador terá papel
importante, que ajudará a questionar, a procurar novos ângulos, a relacionar dados,
a tirar conclusões que só as tecnologias não serão suficientes.
26
Diante disso, o vídeo não poderia deixar de ser uma das formas
multilinguísticas de aprendizagem e comunicação da sociedade contemporânea, de
superposição de códigos e significações, predominantemente audiovisuais, mais
próxima da sensibilidade e prática do homem e que também introduz a necessidade
de abordar novas questões no processo educacional.
Para Burmark (2004) “pode-se considerar a utilização de vídeos como uma
das alternativas possíveis, para tornar mais atraente as propostas escolares.
Práticas tradicionais não podem mais competir ao nível do lazer atual”. Além da
utilização de vídeos como fonte de pesquisa, outra alternativa, é envolver os
estudantes também na produção desses vídeos, fazendo com que eles produzam
imagens, imagens em movimento (animações) e vídeos, utilizando-se de máquinas
digitais ou filmadoras.
Se a sala de aula se tornar um local de aprendizagem onde os professores se
tornam à audiência e o crítico, e os estudantes assumem os papéis de dramaturgos,
atores, desenhistas, produtores de animações e vídeos, eles estarão dispostos a
aprender.
Conseqüentemente,
deixam
de
ser
passivos
para
tornarem-se
efetivamente ativos no processo de construção do saber. Nesta perspectiva o
diferencial deste recurso na construção do conhecimento é denominado por Papert
de Construcionismo que permite ao aprendiz a construção do seu conhecimento
utilizando-se do computador e das demais mídias. Nesta concepção, a construção
do conhecimento só acontece quando o aluno constrói um objeto de seu interesse,
ou seja, quando está motivado.
Nesta prática também se tornou evidente a abordagem de José Manuel
Moran (2003) quando apresenta algumas etapas relevantes na utilização e
elaboração de vídeos em sala de aula: sensibilização, ilustração, conteúdo de
ensino, intervenção, expressão e avaliação.
Com base nas etapas propostas por Moran (2003), o trabalho envolvendo a
produção de vídeo promoveu a sensibilização, despertando a curiosidade e a
motivação para novos temas. Também teve caráter ilustrativo, favorecendo a
composição de cenários já conhecidos pelos alunos, porém, situando-os num
determinado tempo histórico. A vida se aproxima da escola através do vídeo.
Apresentou conteúdo de ensino ao possibilitar o estudo e aprofundamento
dos gêneros textuais e temas cotidianos da escola que permitiram abordagens
interdisciplinares. E envolveu produção na organização dos documentários, registro
27
de eventos, de aulas, de estudos do meio, de experiências, de entrevistas,
depoimentos.
Além disso, contemplou a intervenção do mediador ao utilizar os
Programas, permitindo ao professor acrescentar novos dados, novas interpretações,
aproximando contextos à realidade.
A expressão apareceu como nova forma de comunicação, adaptada à
sensibilidade principalmente das crianças e dos jovens. As crianças adoram fazer
vídeo e a escola precisa incentivar o máximo possível a produção de pesquisas em
vídeo pelos alunos. A produção em vídeo tem uma dimensão moderna e lúdica.
Moderna, como um meio contemporâneo, novo e que integra linguagens. Lúdica,
pela miniaturização da câmera, que permite brincar com a realidade, além de levá-la
junto para qualquer lugar. Filmar é uma das experiências mais envolventes tanto
para as crianças como para os adultos. Os alunos puderam a partir destas
experiências, ser incentivados a produzir dentro de uma determinada matéria, ou
dentro de um trabalho interdisciplinar. E também foram oportunizados a produzir
programas informativos, feitos por eles mesmos e colocá-los em lugares visíveis
dentro da escola e, em horários onde muitas crianças assistiram.
Houve, sobretudo a avaliação de toda a comunidade escolar, desde o
processo até o resultado final. Isto favoreceu a análise do grupo e dos papéis de
cada um, para acompanhar o comportamento de cada um, do ponto de vista
participativo, para incentivar os mais retraídos e pedir aos que falam muito para
darem mais espaço aos colegas. Além disso, foi de grande utilidade para o professor
se ver, examinar sua comunicação com os alunos, suas qualidades e defeitos
também. Contribuindo para a integração de todos os envolvidos para ampliar o
conhecimento de todas as mídias.
Portanto, a postura dos educadores foi fundamental ao propor análises
baseadas em perguntas chave sobre alguns aspectos do vídeo apresentado, como:
uso da linguagem, informações relevantes, posturas, período e local histórico,
situação contextual em que ocorre e motivos.
Através desta prática inovadora de utilização das mídias alguns aspectos já
se tornaram parte da rotina escolar como: comemoração do aniversário da escola,
Grêmio estudantil e Aluno monitor do Ambiente Tecnológico da escola, projetos que
não existiam até então e sua criação surgiu da necessidade em manter estas
informações atualizadas para serem divulgadas regularmente no contexto escolar.
Constatou-se que ao receber as informações através de vídeos, a
28
comunidade tem se sentido mais atraída para conhecer os aspectos cotidianos da
escola. Além do orgulho ao observarem seus filhos envolvidos no processo de
produção e organização das informações.
As festividades em relação ao aniversário da escola foram um marco bastante
relevante para a comunidade escolar que até então, nunca havia comemorado. Visto
que, muitos membros desta comunidade nem conheciam a história da escola. Os
vídeos produzidos pelos alunos em relação a este evento foram “17 anos de Maria
Nilda, 17 razões para gostar da escola” e “Fazendo história”. Também foi elaborado
um mural contendo fotos de vários eventos e trabalhos pedagógicos ocorridos
nestes 17 anos de história. (Anexo V)
Ao promover estas ações pedagógicas, pode-se confirmar os estudos acima
fundamentados em relação ao Construcionismo de Seymour Papert e os estudos de
José Armando Valente. Visto que, o uso das mídias no processo de construção do
conhecimento vai além do simples contato com este recurso, elas devem ser
mediadas de forma responsável e utilizadas efetivamente pelo educando
respeitando os pilares da educação referentes ao aprender fazendo para aprender a
aprender. E esta concepção processual de construção do conhecimento está
amplamente fundamentada na teoria de aprendizagem proposta por estes autores.
No entanto, o que é necessário para a prática pedagógica tornar-se
efetivamente eficaz não é a utilização destes recursos, mas a metodologia e o
planejamento para esta utilização. Diante disso, a condução e mediação do
processo de ensino aprendizagem é fundamental para tornar o conhecimento
verdadeiramente significativo para o educando.
As mídias estão se tornando grandes aliadas na divulgação e promoção das
atividades pedagógicas desenvolvidas pela comunidade escolar, favorecendo uma
maior comunicação com os pais, que muitas vezes não tem acesso direto na escola.
Ao analisar a participação dos alunos nesta prática de inserção de novos
recursos multimídias através da produção de vídeos percebeu-se um empenho
muito maior para fazer as atividades de forma prazerosa e diversificada, o que
contribuiu significativamente para enriquecer a reflexão sobre suas atitudes em
relação ao contexto escolar. Além de favorecer o aprendizado em relação aos
gêneros textuais explorados nas aulas de português. Estas atividades também estão
contribuindo para a autoestima dos educandos que, ao visualizarem-se atuando
29
fazem uma retrospectiva dos aspectos a melhorar e refletem o quanto são capazes
para criar e ousar diante dos desafios.
Neste contexto o sentir-se capaz favoreceu o sentimento do Empowerment,
termo apresentado por José Armando Valente (1998) que significa “oportunidade
dada às pessoas para compreenderem o que fazem e perceberem que são capazes
de produzir algo que era considerado impossível”.
Ao assistirem os vídeos produzidos os alunos depararam-se com a
necessidade de melhorar suas posturas e os pais puderam conhecer de forma bem
ilustrativa o que acontece dentro da escola. Muitas famílias têm procurado a escola
para solicitar cópias destas produções no intuito de valorizarem as habilidades
diversas que foram desenvolvidas em seus filhos neste processo.
Através desta prática foi evidenciada a fundamentação de Seymour Papert
nos estudos de José Armando Valente(1999) em relação ao ciclo descriçãoexecução-reflexão-depuração-descrição no qual os autores fundamentam que novos
conhecimentos podem ser adquiridos na fase da depuração.
Esta abordagem é clara quando se promove um fazer pedagógico com base
na mediação entre educador e educando, considerando-os como sujeitos ativos no
processo de construção do conhecimento, em que cada um, diante das muitas
possibilidades interage com o erro e retoma cada conquista ou dificuldade
percebendo a importância de cada etapa para se chegar ao resultado desejado.
O sucesso deste trabalho de produção de vídeo, nos permitiu ir além do
previsto em relação a utilização das mídias, pois a partir deste projeto, os alunos já
criaram a homepage da escola e estão em fase de acabamento do jornal impresso,
este último foi apresentado no questionário respondido pelos pais como um recurso
de grande interesse para os mesmos.
Apesar do pouco acesso das famílias à Internet, não deixaremos de investir
na construção da homepage, visto que, precisamos considerar que o acesso poderá
ser lento, mas gradativo e evolutivo.
No entanto, a utilização e inserção gradativa destas mídias, vem contribuindo
significativamente para o diálogo entre a comunidade escolar e é um exercício que
deve permanecer constantemente na escola visando o aperfeiçoamento desta rica
estratégia de valorização escolar.
30
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste Trabalho foi apresentar uma nova proposta pedagógica com
base na produção de vídeos utilizando-se das diversas mídias existentes no
contexto escolar, com vistas a contribuir para a valorização da Escola Municipal de
Ensino Fundamental Maria Nilda Salai Stahelin, localizada no bairro Tifa Martins na
cidade de Jaraguá do Sul – Santa Catarina, mostrando que educar não se resume
ao repasse de informações dentro da sala de aula, mas à importância de estimular
os educandos a construir conhecimentos participando ativamente deste processo de
informação mediado pelo educador e que vai além dos muros escolares.
Diante dos desafios vivenciados no decorrer deste trabalho, constatou-se a
necessidade de preparar os educadores para estas mudanças e sobretudo, envolvêlos nesta amplitude de recursos midiáticos disponíveis no mundo contemporâneo.
Além disso, faz-se necessário que as escolas ofereçam recursos com condições
reais de utilização para todas as propostas e programas a serem trabalhados.
Outro aspecto relevante é o tempo de maturação necessária para que se
efetivem as propostas de trabalho com valorização e utilização das Mídias enquanto
recursos pedagógicos. Nada acontece instantaneamente, mas precisa de constante
motivação de um articulador dentro da escola, visando à fundamentação e
constatação de que estes recursos são efetivamente favoráveis.
Através das produções de vídeo pode-se perceber e vivenciar o quanto estes
recursos contribuem efetivamente para a valorização da comunidade escolar ao
promover a divulgação das atividades pedagógicas desenvolvidas na escola, bem
como, ao valorizar as conquistas dos educandos a cada desafio proposto.
Para iniciar a utilização das mídias com vistas a valorização da comunidade
escolar foi necessário fazer um resgate da história da escola e da patronesse e,
conseqüentemente, a instituição do aniversário da escola consistiu em uma
experiência muito favorável à construção da identidade da escola.
Através deste evento pode-se envolver todas as mídias previstas no trabalho
e foi uma conquista para toda a comunidade escolar que se dedicou efetivamente
nesta organização. Foi a atividade mais rica de todo o trabalho realizado até o
momento, pois a produção de vídeo motivou os educandos para a utilização de
outras mídias que estão sendo trabalhadas no contexto escolar. Tais como:
31
produção do jornal impresso e construção da homepage. Além disso, a
disseminação desta idéia e das atividades promovidas pela escola foram
apresentadas de forma a promover o interesse da comunidade por conhecer melhor
tudo o que se constrói na escola.
A partir destas constatações acredita-se que o jornal escolar impresso
também se tornará um meio que contribuirá para o melhor acesso desta comunidade
às notícias e atividades produzidas dentro da escola. O mesmo deverá tornar-se
uma mídia favorecedora na ampliação da comunicação entre escola e família,
promovendo através desta o enriquecimento e troca constante de informações entre
toda a comunidade escolar. Isto porque, é o meio mais acessível aos pais com base
nos dados apresentados nos gráficos (em anexo) referentes ao questionário
aplicado.
Estas novas conquistas oportunizaram novas expectativas em relação a
utilização das mídias na escola e favoreceram o reconhecimento de que o projeto
contribuiu para a valorização da comunidade escolar e incentivou novas propostas
de trabalho.
Outro fator relevante que surgiu dentro do projeto foi a instituição do Grêmio
estudantil e do Aluno monitor do ambiente tecnológico que além de oportunizar aos
educandos a participação ativa na escola, contribuiu para que todo o projeto se
concretizasse, pois estes grupos foram parceiros diretos nesta construção.
Para
tanto,
ao
tratar
do
sujeito
contextualizado
nesta
sociedade
contemporânea no que tange a sua preparação para os novos desafios, não
podemos esquecer que todos os envolvidos no processo de aprendizagem sejam
alunos ou professores, devem ser atendidos e motivados à mudança.
Assim preparados, ao trabalhar com os diversos recursos midiáticos, o
educando e educador serão apresentados como construtores do saber, onde através
da mediação das novas descobertas, o educador instigará o educando à busca
incessante do aprimoramento e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos,
pois, ao utilizar as mídias a construção e a apropriação do conhecimento são
entrelaçadas, envolvendo aprendizagens que muitas vezes, fogem das caixinhas
curriculares nas quais estamos acostumados a conviver e ensinar.
32
“A aprendizagem é um processo social, que se realiza desde o nascimento,
e que ocorre na interação com outras pessoas. A partir da interação social,
o sujeito desenvolve a sua relação com o mundo, mediada pela linguagem,
que lhe permitirá ter acesso aos bens culturais da sociedade em que está
inserido”. (Vygotsky, 1988)
Com base na experiência adquirida nesta estratégia de utilização das mídias
como favorecedoras na valorização da comunidade escolar, os envolvidos passaram
a perceber o quanto estes recursos são imprescindíveis para que o processo de
construção do saber se concretize envolvendo a comunidade escolar, possibilitando
a compreensão de que família e escola são co-responsáveis pela qualidade do
ambiente em que vivem, percebendo-se membros inseparáveis de todos os atos e
posturas que contribuem para o perfil de uma comunidade ativa em todas as
atividades dentro e fora da escola.
Nesta perspectiva inovadora de trabalho, compete à equipe pedagógica
escolar como um todo a contínua promoção destas atividades para que se tornem
cada vez mais, práticas efetivas e constantes, objetivando o fortalecimento dos
valores da escola e do bairro através da construção da identidade escolar.
33
7 REFERÊNCIAS
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compreender; a geração do audiovisual e do computador. São Paulo: Ed.
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aplicados à educação: uma leitura crítica. Cadernos Idéias, n.9, São Paulo, FDE,
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2000.
__________. Desafios na comunicação pessoal. 3ª ed. São Paulo: Paulinas,
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NIDELCOFF, Maria T. A Escola e a Compreensão da Realidade. São Paulo,
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cruzados. São Paulo, Loyola/AEC do Brasil, 1986 (p 101-111).
PENTEADO, Heloisa Dupas. Televisão e escola: conflito ou cooperação?. São
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PIAGET, Jean. Aprendizagem e conhecimento. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,
1975.
34
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Universidade de São Paulo, 1977.
__________. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: José Olímpo, 1991.
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SERRÃO, Margarida. BALEEIRO, Maria Clarice. Aprendendo a Ser e a Conviver.
2ª edição. 1999. Editora Odebrecht – FTD. São Paulo/SP.
SILVA, Marco. Sala de aula interativa. 2ª edição. Rio de Janeiro: Quartet, 2001.
VALENTE, José Armando. Aprendendo para a vida: os computadores na sala de
aula. São Paulo: Cortez, 2001.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de ensinoaprendizagem e projeto político pedagógico - elementos metodológicos para
elaboração e realização. 15ª edição. São Paulo: Libertad, 2006.
35
ANEXOS
RESULTADO DE ALGUMAS PERGUNTAS DO QUESTIONÁRIO APLICADO
PELA ESCOLA
36
37
ANEXO I
1.
A FAMÍLIA ASSINA ALGUM TIPO DE JORNAL OU REVISTA?
2.
A FAMÍLIA POSSUI COMPUTADOR EM CASA?
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
SIM
3.
NÃO
VOCÊ TEM ACESSO À INTERNET?
38
39
ANEXO II
4.
COMO VOCÊ CONSIDERA A COMUNICAÇÃO DA ESCOLA COM
AS FAMÍLIAS?
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
BOA
SATISFATÓRIA
NÃO OPINARAM
40
ANEXO III
5.
VOCÊ GOSTARIA DE RECEBER UM JORNAL ESCOLAR
IMPRESSO CONTENDO NOTÍCIAS DA ESCOLA?
100,00%
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
SIM
NÃO OPINARAM
41
ANEXO IV – ALGUNS DEPOIMENTOS
Questão 19 – O que é uma escola de qualidade para você?
Para 85% das famílias:
“Uma escola de qualidade é aquela que instrui para a
vida, tem profissionais qualificados e comprometidos.
Além disso, participa ativamente no processo de
construção do conhecimento, é exigente e tem regras
bem definidas em relação ao uso do uniforme, horário e
respeito aos colegas”.
Para 68% das famílias:
“Uma escola de qualidade é bem administrada, séria e
organizada e prioriza a segurança dos alunos”.
Também foi conceituada por 59% como:
“Uma escola de qualidade oferece materiais didáticos
atualizados, profissionais capacitados e atualizados e é
comunicativa com os pais”.
Outra definição foi apresentada por 45% das famílias:
“Uma escola de qualidade promove a autonomia e o
respeito entre todos e complementa o que a família ensina
em casa”.
Apenas 15% não responderam esta questão totalizando 64 famílias.
42
Questão 20 – Você considera a escola Maria Nilda Salai uma escola de
qualidade?
120,00%
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,00%
SIM
NÃO
43
ANEXO V - FOTOS DE ALGUMAS ATIVIDADES REALIZADAS
Alunos pesquisando e organizando os roteiros para entrevistas
44
Pais assistindo os vídeos na Assembléia de pais em fevereiro de 2010.
Alunos fazendo montagens dos vídeos e criando vinhetas
45
Estudando a Patronesse
Mural de fotos – Aniversário da escola
46
Apresentação da história da escola
Alunos apresentando as 17 razões para gostar da escola
Download