Literatura Infantil na Dinâmica do Século XXI

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ISBN 978-85-8015-076-6
Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
A LITERATURA INFANTIL
NA DINÂMICA DO SÉCULO XXI
Adriana Domingues Stemmler1
1
Mabel de Bortoli
2
Marjorie Bitencourt Emílio Mendes(in memoriun)3
Como professores, a tendencia é que aceitemos a tecnologia como
principal aliada no processo ensino aprendizagem, para que possamos chamar
a atenção do aluno e tornar o conteúdo interessante e favorecer o aprendizado.
Percebe-se que os professores não possuem conhecimentos atualizados em
4
informatica e nem dispõe de conhecimento sobre estrategias para trabalhar com
os alunos. O objetivo desse trabalho é desenvolver um blog que viabilize um
trabalho sobre literatura infantil, onde os alunos do curso de Formação de
Docentes, do Instituto de Educação Prof. Cesar P. Martinez, construirão e
alimentarão com histórias infantis. Sob a orientação de um professor atualizado
em conhecimentos tecnológicos manusearão ferramentas de fácil acesso, dentro
de programas de computadores, que auxiliam no planejamento de aulas
interessantes, e em conjunto com seu professor, repassarão alguns conceitos e
normas que são à base da navegação. Espera-se sensibilizar os alunos para a
importância do recurso a ser utilizado identificando, explorando, analisando as
tecnologias para implementação, dando origem a confecção de blogs, sites; etc.
num futuro próximo, avaliando e socializando a literatura infantil na dinâmica do
século XXI.
Palavras - Chave
1
Literatura Infantil; tecnologia; dinâmica
Professora PDE da Rede Estadual de Ensino do Instituto de Educação Estadual Professor Cesar Prieto
Martinez.
2
Professora Orientadora PDE da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG/PR.
3
Professora Orientadora PDE da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG/PR.A Professora Marjorie
e eu trabalhamos juntas na criação e desenvolvimento do projeto pedagógico, durante um ano e meio. O
trabalho foi prazeroso para ambas as partes onde cresceu o respeito e admiração pelo seu trabalho e pela
sua inteligência. Agradeço a oportunidade de dizer: Obrigada Professora Marjorie, este trabalho é
dedicado à senhora.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como tema A LITERATURA INFANTIL NA
DINÂMICA DO SÉCULO XXI. Esse tema chamou a minha atenção porque a
tecnologia é a ferramenta do momento e a contação de histórias é sempre uma
ferramenta usada em vários momentos, em várias décadas.
Sempre tive contato, desde a minha infância com histórias que embalaram
meus sonhos, até hoje. E pude notar que alguns alunos do curso de Formação
de Docentes não conheciam histórias como O pássaro falante, Mil e uma noite,
O príncipe SHI, A princesa da neve e os sete cavaleiros,Simbá o marujo, A
vendedora de fósforos, etc. então decidi fazer com que fosse divulgada através
da internet, histórias contadas por essas alunas. E foi com prazer que vi alunos,
do curso, se interessarem pela contação de histórias para os pequenos alunos
da educação infantil e procurarem cursos de contação.
Propus aos futuros contadores de história e a você uma viagem ao
misterioso mundo mágico da tecnologia voltada para o entretenimento de nossos
pequenos aprendizes, na ampliação de conhecimentos com a ajuda de um
educador da Literatura Infantil.
E a partir dos encaminhamentos teórico-práticos deste Projeto
Pedagógico reconstruímos histórias infanto juvenis, com ferramentas
tecnológicas ao alcance dos indivíduos, que produziram um material rico.
Toda criança gosta de ouvir história. Histórias que contam algo que as
emocione. Identificam-se com alguns personagens, lugares, fatos relatados, etc.
Quando pequenas precisam de alguém para contá-las e se puder imaginar essa
história, com tecnologias ou técnicas, maior será sua satisfação.
Segundo o Referencial Curricular da Educação Infantil (1978, v.3, p.143),
“a leitura de histórias é um instrumento em que a criança pode conhecer a forma
de viver, pensar, agir e o universo de valores, costumes e comportamentos de
outras culturas situadas em outros tempos e lugares que não o seu”.
2. O COMEÇO ...
Ao iniciar um conto, o educador precisa planejar, conhecer o enredo, para
que não haja alguma forma de interromper a imaginação, ou aterrorizar essa
imaginação. A utilização de vários recursos como fantoches, varetas, lenços,
bolinhas, pinturas, lápis de cera, blogs, sites e outros acessórios, só será
utilizado e bem utilizado se planejarmos bem; mas o importante é fazer com que
a criança crie e se emocione através de histórias.
Vygotsky propõe que se entenda esta brincadeira como atividade social
da criança e por meio desta adquire elementos imprescindíveis para a
construção de sua personalidade e para compreender a realidade da qual faz
parte. (apud MARANHÃO, 2003, p.30).
E de acordo com o domínio de leitura própria do aluno e sua releitura, no
âmbito social da criança, tentaremos aceitar a tecnologia como principal aliada,
chamando a atenção e tornando as histórias interessantes e contagiantes,
fazendo com que se estruture socialmente.
Cabe ao profissional atualizar seus conhecimentos sobre Literatura
Infantil, trazendo para sua sala de aula, a tecnologia, a alegria, o colorido das
histórias construídas pelos alunos. Começando com releituras dinâmicas de
histórias já conhecidas. Pois observamos que as crianças valorizam o tempo em
que brincam com objetos com os quais reescrevem o seu dia a dia através de
histórias. A criatividade e a imaginação das crianças, através de histórias
criadas, que surgem através de um fantoche, de um jogo no computador, de um
objeto/avatar transformado em personagem, num mundo mágico, e é pensando
nesse momento que surge como ferramenta a ligação para proporcionar ao
professor um apoio. Este apoio é dado pela tecnologia.
3. RETOMANDO OS CONCEITOS
A Literatura Infantil é um assunto muito interessante, pois apresenta
requisitos especiais para a estruturação da vida da criança. Contar histórias é de
grande relevância para aprendizagem e também concepção de vida para a
criança. Na criação de histórias, a criança assimila melhor o que lhe é
apresentado, poderá ser conteúdo pedagógico ou não, imaginário ou não. Como
por exemplo: dar banho numa boneca, estará ensinando os hábitos de higiene
corretos à criança.
E por mais que se tenha a intenção de trabalhar com atitudes e valores,
nunca a instituição educacional dará conta da totalidade do que há para ensinar.
Isso significa dizer que parte do que as crianças aprendem não é ensinado de
forma sistemática e consciente e será aprendida de forma incidental.
Com o apoio do Referencial Curricular cuidamos para que o ser humano
experimente a leitura, executando o ato de compreender o mundo, pois ler é,
antes de tudo, compreender, e compreender é ser. Portanto, ler o mundo é
assumir-se como sujeito da própria história. É ter consciência dos processos que
interferem na sua existência como ser social e político. É imprescindível que os
diversos segmentos da sociedade convençam-se da importância da leitura e,
desta forma, da escrita.
Porém, enquanto professores e formadores de leitores que somos, é
possível acreditar na mudança desse protótipo de leitor.
Se a leitura for trabalhada de uma forma diferente nas escolas,
transformando-a em momentos agradáveis, nutridos de motivação e curiosidade,
teremos uma prática transformadora e a leitura se tornará imprescindível.
Para isso precisamos da interação dos conteúdos aplicados na educação
infantil com professores atualizados, principalmente em tecnologia.
A literatura é a ponte entre o real e o imaginário, as histórias auxiliam as crianças
na elaboração de seus sentimentos, já que as emoções gozadas por meio das
narrativas preparam-nas para vivenciarem essas emoções no mundo real, de
forma mais racional e equilibrada.
A literatura suscita o imaginário, encanta e deleita o espírito. Precisamos
também do professor com conhecimento em Artes, que inicialmente, coloca em
contato a criança com o colorido do texto, o que acontece oralmente, através da
voz e dos gestos.Contar contos de fada, histórias bíblicas, histórias inventadas,
enfim histórias.
Precisamos do professor com conhecimento em História, que nos traz a
valorização do passado para o presente, relatando fatos heroicos, fatos não tão
heroicos, fatos que fizeram a história acontecer e que podemos com a ajuda da
internet, relatar esses fatos. E muitas outras áreas de conhecimento.
Com apoio destes pressupostos, num primeiro momento, distinguiremos
durante a contação de histórias a Literatura de Literatura Infantil, pois, a obra
literária para crianças é a mesma obra para o adulto. Difere apenas na
complexidade da concepção, ou seja, a obra destinada para o público jovem será
mais simples em recursos, em linguagens e mais criativa. Na prática que tivemos
durante as contações de histórias, vimos exatamente o que é descrito por
Vygotsky, “a história como atividade social”.
Mudam os tempos, mudam os costumes. Os valores não são mais os
mesmos. Atualmente, poucas famílias têm o hábito de contar histórias para as
crianças. Com os avanços tecnológicos da sociedade contemporânea, as
pessoas preferem a televisão, o vídeo game, o computador ao livro. Mas o
fascínio que as histórias exercem sobre o homem não mudou, pois quando se
conta uma história lança-se um fio invisível que vai enredando o narrador ao
ouvinte, pelas tênues tramas da narração, constatado por nossos experimentos,
que durante a implantação do projeto, como também no grupo de estudo - o
GTR, tivemos o prazer de constatar.
Então identificamos para quem ficou a função de provocar a imaginação
infantil? Ao professor. É ele que, no contexto social vigente, deve tomar para si
a função de resgatar esses momentos tão importantes na vida do ser humano,
a prática mais prazerosa e usada entre as pessoas, do universo todo: o ato de
contar / ouvir histórias.
E nos dias atuais a literatura infantil apresenta desafios a serem vencidos,
pois nas escolas públicas havia escassez de livros infanto – juvenis, que
interessam aos alunos. Na rede pública é pouco o espaço destinado às novas
tecnologias, sendo às vezes somente em sala de aula, num ultrapassado DVD,
onde o professor/ educador apresenta obras da literatura.
Surgindo, durante as contações de histórias, o problema do controle, que
deveria controlar o DVD, a televisão, o som, ou seja, as tecnologias e para que
isso aconteça, o professor foi e é o instrumento imprescindível para que essa
tecnologia entre na sala de aula atuando não só controlando , mas também com
tabletes, computadores, televisões, DVDs, CDs etc. fazendo-se necessário que
nos conscientizemos, enquanto educadores, da responsabilidade diante da
importância da leitura para a vida individual, social e cultural do educando. A
escola valorizando o livro, não como algo para ser guardado na estante, mas
para ser lido, manuseado.
Almeida (2005) relata que a atuação da tecnologia na educação ainda se
encontra abaixo do esperado. Não há ainda a presença da ferramenta
tecnológica em sala de aula efetivamente. O professor não se familiarizou com
as novas tecnologias, e a falta de integração com o computador no processo
pedagógico, nos leva a pensar no ajuste de tecnologias simples que ajudariam
no dia a dia do educador, mesmo que esse educador seja analfabeto
tecnológico.
Há ferramentas de fácil manuseio, dentro dos programas de
computadores, que auxiliam no planejamento de aulas interessantes que os
alunos poderiam criar em laboratórios de informática, em conjunto com seu
professor, desde que este mostre um pequeno domínio sobre a técnica e
respeite as normas, sabendo e repassando alguns conceitos que são à base da
navegação.
A Internet é um conglomerado de redes em escala mundial, com vários
computadores interligados, onde permite o acesso a informações variadas e todo
tipo de transferência de dados. A Internet é a principal tecnologia de informação
e comunicação nos dias atuais.
O ORKUT, o FACEBOOK, redes sociais criadas com o objetivo de ajudar
seus usuários a criar e manter amizades. Com o CHAT as pessoas se encontram
e conversam em tempo real, através do computador. Com o whatsapp, em
nossos celulares, comunicamos rapidamente e sem custo algum, o que cria um
laço mais forte em nosso dia a dia.
A união entre a tecnologia e a literatura, que aqui seria a infantil e juvenil,
nos traz a possibilidade de encantar as crianças para que novamente leiam com
entusiasmo as histórias que ali encontrarem.
Usando algumas ferramentas para construir um mundo digital para as
histórias clássicas, atuais, poesias, poemas e etc, através das impressões e
interpretações. A atualização e o domínio do professor ajudam na aplicação
desta tecnologia em sua sala de aula e será de grande valia na construção e
manutenção de várias histórias, de pesquisas ou visitas nos blogs.
Entretanto vimos que o passado da literatura, a magia que se estabelece
entre o contador de história nunca será deixada de lado. O que se pode deduzir
é que a Literatura Infantil, contada e lida, é uma forma que jamais deixará de
existir, enquanto houver uma criança para ouvir, ler e sonhar a literatura infantil,
haverá quem conte histórias.
4. ORGANIZAÇÃO DO PROJETO NA SALA DE AULA
Este projeto aplicado no Curso de Formação de Docentes, na modalidade
integral, no terceiro e quarto ano do curso que é realizado no Instituto de
Educação Professor Cesar Prieto Martinez, em Ponta Grossa no Estado do
Paraná no ano de dois mil e quatorze, encontra- se a disposição um laboratório
de Informática, com aproximadamente quarenta computadores, mas
infelizmente a ferramenta MOVIZU não entra em funcionamento com o LINUX.
Onde tivemos que inovar, trazendo computadores das próprias alunas(os), para
que pudéssemos digitalizar algumas histórias.
Na biblioteca, deste estabelecimento de ensino, que é riquíssima em
Literatura Infantil, onde as alunas do curso puderam encontrar facilmente
material de apoio para a confecção e desenvolvimento do projeto Literatura
Infantil, na dinâmica do século XXI.
Tivemos que levar em consideração que, toda leitura, consciente ou
inconsciente, de um texto lido, resultará na formação ou transformação de uma
determinada consciência de mundo e este representará de uma determinada
realidade ou de valores que desenvolverão a mente.
Significamos a palavra consciência como a conscientização do ato lido.
Consciência que não é outra coisa senão o seu conhecimento de mundo, as
relações que se estabelecem entre ele e o espaço/tempo em que vive (seus
padrões, ideais de comportamento, desejos, medos, amores, paixões, cultura,
etc.).
Daí a importância de orientarmos nossas crianças, no sentido de que, sem
tensões ou traumatismos, elas consigam estabelecer relações entre o universo
da literatura e seu mundo harmônico, real, com a ajuda de algumas histórias que
serão ideais para momentos certos.
Diante disso, a concepção de criança também vem mudando, pois
antigamente a educação era responsabilidade da família e dos pais, tendo como
objetivo ensinar a seus filhos normas, costumes, valores e crenças. Hoje o papel
da sociedade está se desenvolvendo rapidamente para papeis contrários, onde
ontem o papel da educação era realizado pelos pais, hoje essa responsabilidade
está entre pais, professores, responsáveis, e pela sociedade como um todo.
Esta aprendizagem visa formar a criança para enfrentar as demandas impostas
pela própria sociedade, para que a mesma ocupe o lugar dos pais no trabalho e
na sociedade.
5. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO:
Para a implementação do projeto aqui proposto, seguiram as seguintes
proposições:
 Disponibilizamos o projeto, na semana pedagógica, para os
professores e equipe pedagógica, com a devida autorização da
equipe gestora do estabelecimento;
 Sensibilizamos os alunos para a importância da Literatura Infantil
no trabalho com os alunos da Educação Infantil, convidando-os a
participação do projeto;
 Identificamos as ferramentas da Internet para a possibilidade da
construção de um blogue, na área da Literatura Infantil sobre a
técnica de contação de histórias;
 Exploramos a técnica de contação de histórias a partir da
visualização de blogs e sites educativos;
 Selecionamos e propusemos histórias, em blogs e sites educativos
específicos da área da Literatura Infantil relacionando com
conteúdo e estratégias metodológicas do curso de Formação de
Docentes;
 Analisamos e avaliamos crítica e reflexivamente as possibilidades
da utilização de tecnologias na área da literatura Infantil na
Educação Básica;
 Socializamos os resultados dos estudos com a equipe pedagógica
e demais alunos e professores do curso de Formação de Docentes;

O plano foi colocado em ação!
A estratégia de ação que dispus a fazer, para dar o início, foi a de vestir
uma ferramenta (máscara) e com imenso prazer, fui contar a história de C.
Andersen, “O que você faz, faz sempre bem feito”. E discutimos se esta história
era infantil ou não. Aonde nos levou a crer que a Literatura Infantil é um assunto
interessante, pois apresenta requisitos especiais para a estruturação de um livro.
Contar histórias é de grande relevância para aprendizagem da criança. Na
criação de histórias, a criança assimila melhor o que lhe é apresentado, poderá
ser conteúdo pedagógico ou não, imaginário ou não. Segundo o Referencial
Curricular Nacional da Educação Infantil,
por mais que se tenha a intenção de trabalhar com atitudes e valores, nunca a
instituição dará conta da totalidade do que há para ensinar. Isso significa dizer que
parte do que as crianças aprendem não é ensinado de forma sistemática e consciente
e será aprendida de forma incidental. (1998, V.1, p.52).
Quando o ser humano experimenta a leitura, ele executa um ato de
compreender o mundo, pois ler é, antes de tudo, compreender, e compreender
é ser. Como por exemplo, ler e interpretar uma poesia.
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau de sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver casado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d`água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
MANUEL BANDEIRA
E na “Multiplicidade de experiências e linguagens”, surgiu em nossas
mentes algumas perguntas importantes como, as professoras contam histórias
em suas salas de aula? Como as professoras contam essas histórias? Em rodas,
em horários especiais? Aproveitam as histórias para que as crianças as reconteas? As professoras tornam esses momentos prazerosos? As professoras
incentivam a continuação dessas histórias, ou a invenção de contos?
E essas indagações nos fez trabalhar com mais ímpeto, mais
detalhadamente tratando a história como o começo do letramento da criança.
E no decurso do projeto, vimos durante a construção do material didático
pedagógico, que os interessados em histórias infantis, construíram um material
riquíssimo, mas com pouco traquejo de manuseio. O que nos fez pensar em
passar técnicas de contação de histórias, para aprimorar estas técnicas.
Primeiramente, vimos o material. Se era de acordo com a idade do
ouvinte; se era visível para todos os envolvidos; se a voz era adequada para o
ambiente, e para a história.
Surgiu a vontade de construir histórias, com a técnica de varal. E
construímos histórias como: João e Maria, Cinderela, João e o pé de feijão, A
frutinha amarela, A bela e a fera, Os três porquinhos, Chapeuzinho vermelho,
Flicts, entre outras. Algumas foram feitas releitura, outras acessamos sites
disponibilizados pela internet, na forma de “desenhos para colorir”, e outras pela
imaginação do aluno/autor.
Quando foi disponibilizado na sala de aula, vimos o material rico que
estava em nossas mãos, surgindo a ideia de contarmos essas histórias para
nossos alunos do sexto ano, sempre disponibilizando o material, na construção
do blog. O qual foi recebido com entusiasmo, pelas professoras de Língua
Portuguesa, e dinamizado em todos os sextos anos (A, B, C, D, E e F).
Num segundo momento construímos, com a técnica de teatro, a história
da Dona Baratinha, com a participação dos alunos do quarto ano, do curso de
Formação de Docentes, o qual foi ensaiado, elaborado, e apresentado para a
comunidade escolar deste estabelecimento de ensino e disponibilizado no blog.
As dificuldades encontradas com o manuseio da ferramenta MOVIZU, foi
encontrada pelos alunos participantes do projeto que constaram durante o
manuseio. Alguns personagens, das histórias escolhidas por eles, não existiam,
nem seus adereços, então a história não seria válida para criança.
Principalmente na construção da história da “Fada do Dente”, em que não
encontramos nem escova de dente, nem fio dental, nem a pasta de dente, então
não daria para confeccionarmos esta história. O que foi uma lástima.
Já a ferramenta TOONDOO, construímos histórias novas, só para
começarmos a aprender a ter criatividade e não encontramos dificuldades de
adaptação das histórias infantis escolhidas. A história “chapeuzinho vermelho”,
foi bem aceita, “Os três porquinhos”, foram disputadas pelas crianças, nos
fazendo acreditar que a ferramenta ajudaria na aprendizagem, ledo engano, a
história foi disputada pelo seu layout colorido.
As crianças, tanto do sexto ano do Ensino Fundamental, como crianças
convidadas, tiveram e mantiveram atenção nas histórias por mais ou menos 15
a 20 minutos, ou enquanto era novidade.
Para o público infanto- juvenil, com uma técnica diferenciada de teatro de
mímica, realizamos no pátio interno do estabelecimento de ensino, fizemos a
encenação do “Poder da prece”, onde um jovem se encontra num momento da
vida em que não vê saída, as drogas, as virtudes, a mentira e o egoísmo o
abalam e só encontrará solução na prece. Este tipo de técnica foi bem aceita
pelos alunos, deste estabelecimento de ensino, onde após a apresentação
houve um momento de trocas de experiência, entre vivencias e teorização do
assunto.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto sobre a Literatura Infantil na dinâmica do século XXI trouxe uma
expectativa de melhores índices de leitura, tanto pelo livro quanto pela
ferramenta da net, ajudando na contação de histórias.
Reconhecendo as contribuições das ferramentas que a internet oferece à
Literatura Infantil e qualquer disciplina, do curso de Formação de Docentes e em
qualquer curso das escolas estaduais do Paraná, construímos um projeto de
intervenção pedagógica, na área de Literatura Infantil mediado pelo uso das
ferramentas tecnológicas. Viabilizando a produção didático pedagógica na área
da disciplina de Literatura Infantil, para explorar a técnica de contação de
histórias com o uso das tecnologias.
Disponibilizado em projeto e na produção do GTR, nos trouxe a troca de
experiências entre professores, alunos, ADMs (administradores técnicos da
escola) e sujeitos convidados para participarem do projeto pedagógico.
Implementado o projeto no curso de Formação de Docentes em Ponta
Grossa/PR; sensibilizando os alunos para a importância da Literatura Infantil no
trabalho com os alunos da rede de Educação Infantil e conscientizando a
importância do criar;
Identificando nas ferramentas da Internet a possibilidade da construção
de um blog, na área da Literatura Infantil sobre a técnica de contação de
histórias, para uma análise crítica e reflexiva das possibilidades da utilização de
tecnologias para sensibilizar os alunos interessados.
Nas pesquisas feitas para a construção deste projeto, mostrou a
tendência de renovação de um novo leitor. Onde este leitor, lê somente o que
lhe interessa no momento. Esquecendo da leitura para o enriquecimento de sua
vida cultural. O que gerou um questionamento por parte dos envolvidos.
A
expectativa
gerada
pela
construção
do
blog
(http://blog.clickgratis.com.br/literatinfantil) sobre Literatura Infantil, foi
particularmente, surpreendente. A cobrança por parte do GTR, foi igualmente
compartilhada pelos alunos convidados a participar deste projeto. A curiosidade
das perguntas de “como vai ficar?”, ou “como a criança vai acessar?”, ou “posso
mostrar para fulano?” ou “posso participar?” me encantaram e me fizeram
repensar que o jovem leitor será sempre o público que o professor ensinará a ler
e interpretar.
O que surpreendeu, foi que as crianças (de qualquer idade ou classe
social) eram tomadas por uma alegria, admiração, surpresa, encantamento, na
hora em que o contador de histórias diz, ... era uma vez... ou ... num lugar
distante...
O mundo encantado se abre e nos olhos brilhantes das crianças de
qualquer idade, surge um mundo encantado no qual nenhuma ferramenta,
nenhum blog, irá substituir o contador de histórias. O qual tem o papel de instigar
o pensamento e a imaginação, trazendo à tona a criatividade, alegrando o mundo
social desta sociedade.
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. Práticas de leituras: Curitiba: PróInfantil.2008.
CARDOSO, Manoel. Estudos de literatura infantil. São Paulo: Editora do
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Paulo: Moderna, 2000.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura infantil – Teoria e Prática. São
Paulo: Ática, 1986.
FERREIRA, Aurora. Contar histórias com arte e ensinar brincando. Rio de
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PINTO, José Benedicto. Pontos de literatura infantil. São Paulo: F.T.D. 1967.
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VENTURELLI, Suzete. Informática aplicada às artes. vol.16 Brasília:
Universidade de Brasília, 2007.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 1985.
Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil, 1998, V.1 e 3.
www.toondoo.com
www.muvizu.com
www.http://blog.clickgratis.com.br/
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