Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Mirandela Instituto Politécnico de Bragança Licenciatura em Marketing Unidade Curricular: Matemática 2007 / 2008 1 Definir um conjunto Diz-se que um conjunto A é dado ou definido num universo quando se conhece uma definição que permita sempre, a respeito de qualquer elemento c, saber se c A ou se c∉ A; ∈ Exemplos (?): Conjunto das cidades portuguesas; Conjunto dos países que utilizam como língua oficial a Língua Portuguesa. Grande parte dos conjuntos de que falamos no dia -a dia, não estão definidos, mas imperfeitamente delimitados (conjunto dos pobres, conjunto dos ricos). 2 Conjuntos finitos e conjuntos infinitos Se um conjunto pode ser definido pela indicação dos seus elementos diz-se finito. Exemplos (?) Números naturais inferiores a cinco; Alunos da ESTGM da Licenciatura em Marketing. Diz-se que um conjunto A é infinito quando é impossível indicar todos os seus elementos. Exemplos (?) Conjunto dos números pares; Conjunto dos números naturais. 3 Conjuntos Numéricos Números Naturais N = { 1 , 2 , 3 , ... } Números Inteiros N0 = { 0 , 1 , 2, ... } Números Inteiros Relativos Z = { ... , -2 , -1 , 0 , 1 , 2, ... } 4 Conjuntos Numéricos Números Racionais Q = { a/b, a e b são inteiros e b diferente de 0} - São aqueles que podem ser representados na forma a/b, onde a e b são inteiros e b diferente de 0. Exemplos: 3/5, –1/2 , 1 , 2,5 , ... - Números decimais exactos são racionais 0,1 = 1/10; 3,7 = 37/10 - Números decimais periódicos são racionais 0,1111... = 1/9; 0,3232 ...= 32/99; 2,3333 ...= 21/9. 5 Conjuntos Numéricos Números Irracionais - São números que não podem ser representados na forma a/b, com a e b inteiros e b diferente de 0. - São formados por dízimas infinitas não periódicas. Exemplos: π ; 3 ; 2 6 Conjuntos Numéricos Números Reais - O conjunto dos números reais, simbolizado pela letra R, é constituído por todos os números racionais e por todos os números irracionais. R = {x | x é racional ou x é irracional} - Todos os conjuntos numéricos (N, Z e Q), bem como o conjunto dos números irracionais são subconjuntos de R. - O conjunto dos números reais é a reunião do conjunto dos números irracionais com o dos racionais. 7 Números Reais Intervalos Sejam a e b ∈ IR, designam-se por intervalos de números reais os conjuntos: Intervalos limitados [a, b] - intervalo fechado de extremos a e b, constituído por x ∈ IR que satisfaz a condição: a ≤ x ≤ b; ]a, b[ - intervalo aberto de extremos a e b, constituído por x ∈ IR que satisfaz a condição: a < x < b; [a, b[ - intervalo semi-aberto (ou semi-fechado) de extremos a e b, constituído por x ∈ IR que satisfaz a condição: a ≤ x < b; ]a, b] - intervalo semi-aberto (ou semi-fechado) de extremos a e b, constituído por x ∈ IR que satisfazem a condição: a < x ≤ b; 8 Números Reais Intervalos ilimitados [a, + ∞ [ - intervalo de origem a, fechado, ilimitado à direita, constituído por x ∈ IR que satisfazem a condição: x ≥ a; ]a, + ∞ [ - intervalo de origem a, aberto, ilimitado à direita, constituído por x ∈IR que satisfazem a condição: x > a; ]- ∞ , b] - intervalo de extremidade b, fechado, ilimitado à esquerda, constituído por x∈ IR que satisfazem a condição: x ≤ b; ]- ∞ , b[ - intervalo de extremidade b, aberto, ilimitado à esquerda, constituído por x ∈ IR que satisfazem a condição: x < b; ]- ∞ , + ∞ [ - intervalo ilimitado, geralmente identificado com o conjunto IR dos números reais. 9 Operações com números reais Propriedades da Adição A1: a+(b+c) = (a+b)+c, quaisquer que sejam a, b e c (propriedade associativa para a adição) A2: 0 é o elemento neutro da adição. a+0=0+a = a, qualquer que seja a (existência de elemento neutro para a adição) A3: Para todo o número a existe um número (-a) tal que a+(-a)=0 (existência de simétrico para a adição) A4: a+b = b+a, quaisquer que sejam a e b (propriedade comutativa para a adição) A5: A adição é uma operação fechada no conjunto dos números positivos. (Se a e b são positivos então a+b também é um número positivo). 10 Operações com números reais Propriedades da Multiplicação M1: a.(b.c) = (a.b).c, quaisquer que sejam a, b e c (associativa); M2: 1 é o elemento neutro da multiplicação a.1=1.a=a, qualquer que seja a; M3: Para todo o número a existe um número 1 a 1 1 tal que a. = .a = 1 (existência de inverso); a a M4: a.b = b.a, quaisquer que sejam a e b (propriedade comutativa); M5: A multiplicação é uma operação fechada no conjunto dos números positivos. (Se a e b são positivos então axb também é um número positivo). 11 Operações com números reais Propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição a.(b+c) = a.b+a.c, quaisquer que sejam a e b Exemplo de aplicação Calcular: a) 10x987698077 +4x 987698077- 13x 987698077; b) 333999x2– 8x333999 +6x333999; c) 123456x3 + 123456x5 + 123456x8 – 123456x17; d) 9999999999x99 – 9999999999x100. 12 Operações com Fracções O que é uma fracção? É uma parte de um todo. No sentido matemático é uma forma de representar uma divisão; Diz-se que duas fracções são equivalentes quando "se passa" de uma para a outra multiplicando ou dividindo pela mesma quantidade o numerador e o denominador; Verificar se duas fracções são equivalentes: 3 6 = ..... porque ...... 3 × 10 = 5 × 6 . 5 10 Simplificar uma fracção é obter uma fracção equivalente mais simples. 13 Operações com Fracções 3 ← Numerador Fracção... 5 ← Deno min ador 14 Operações com Fracções Adição de fracções com o mesmo denominador A adição de duas fracções com o mesmo denominador é uma fracção, ainda com o mesmo denominador e cujo numerador é igual à soma dos numeradores. 3 4 7 + = 5 5 5 Se pretendemos adicionar duas fracções é necessário que elas se refiram a partes duma mesma unidade dividida em igual número de partes (ou seja que tenham o mesmo denominador). 15 Operações com Fracções Adição de fracções com denominadores diferentes A adição de duas fracções com denominadores diferentes é igual à adição de duas fracções equivalentes às dadas, transformadas em fracções com o mesmo denominador. Se a adição não se referir à mesma unidade, então temos de procurar fracções equivalentes às dadas, mas com o mesmo denominador. 3 4 15 8 15 + 8 23 = + = + = 2 5 10 10 10 10 16 Operações com Fracções Multiplicação de fracções O produto de duas fracções é uma fracção, cujo numerador é igual ao produto dos numeradores e, o denominador é igual ao produto dos denominadores. 3 4 3 × 4 12 = × = 2 5 2 × 5 10 17 Operações com Fracções Divisão de fracções O quociente de duas fracções é uma fracção, cujo numerador é igual ao produto do dividendo pelo inverso do divisor. 3 4 3 5 3 × 5 15 = ÷ = × = 2 5 2 4 2× 4 8 18 Potências Regras n m a ×a = a n n n a n−m = a m a n+m a × b = ( a × b) n n a a n = ( ) n b b 19 Polinómios Polinómios Operações com polinómios; Divisão euclidiana; Regra de Ruffini; Teorema do resto; Resolução de equações polinomiais de 1º grau; Resolução de equações polinomiais de 2º grau; Factorização de polinómios; Equações polinomiais; Inequações polinomiais. 20 Polinómios Polinómios Definição: Chama-se polinómio na variável x a toda a expressão do tipo a 0 x n + a 1 x n -1 + ... + a n-1 x + a n em que n ∈ IN0 e a 1, a 2 , ..., a n-1, a n ∈ IR. a 0 x n, a 1 x n-1, ..., a n-1 x , a n Termos do Polinómio a 0, a 1, ..., a n-1 Coeficientes a n Termo independente 21 Polinómios Grau de um polinómio é o maior dos expoentes da variável x com coeficiente não nulo. Dois polinómios dizem-se idênticos se e só se são iguais todos os coeficientes dos termos do mesmo grau. Chamam-se termos semelhantes os termos do mesmo grau. Um polinómio diz-se completo quando existe o termo independente e todos os coeficientes da variável x, desde o termo independente até ao termo de maior grau, são diferentes de zero. Ex.1) 0 x 4 + 3 x 2 + x + 1 Tem grau 2 e é completo; Ex.2) 3 x 4 + 2 x 2 + 3 x +1 Tem grau 4, é incompleto porque tem nulo o coeficiente do termo em x 3; 22 Polinómios Polinómios 0 x n + 3 x n-1 + … +0x + 0 Polinómio nulo O polinómio nulo tem grau indeterminado Quando o polinómio é constituído por dois termos chama-se binómio; Exemplo: 2x + 10 Quando o polinómio é constituído por três termos chama-se trinómio. Exemplo: x 2 + 3x + 2 23 Operações com polinómios ADIÇÃO Para adicionar dois polinómios aplicam-se as propriedades comutativa e associativa da adição e reduzem-se os termos semelhantes. Ex. (3x2 + 2x + 1) + (5x2 + 3) = = 3x2 + 2x + 1 + 5x2 + 3 = 3x2 + 5x2 + 2x + 1 + 3 = 8x2 + 2x + 4 24 Operações com polinómios SUBTRACÇÃO Para subtrair dois polinómios adiciona-se, ao aditivo, o simétrico do subtractivo. Ex. (3x2 + 10x + 1) - ( 5x2 + 3x) = = 3x2 + 10x +1 - 5x2 - 3x = 3x2- 5x2 + 10x -3x +1 = -2x2 - 7x +1 25 Operações com polinómios MULTIPLICAÇÃO Para calcular o produto de dois polinómios aplica-se a propriedade distributiva da multiplicação relativamente à adição e, em seguida, adicionam-se os termos semelhantes. Ex. (5x2 + 3) . (3x2 + x + 1) = = 15x4 + 5x3 + 5x2 + 9x2 + 3x + 3 = 15x4 + 5x3 + 14x2 + 3x + 3 26 Casos notáveis da multiplicação de polinómios A multiplicação de dois polinómios pode processar-se sempre do mesmo modo. No entanto, há produtos de polinómios que aparecem com muita frequência e em diversas situações em Matemática: Quadrado da soma; Quadrado da diferença; Diferença de quadrados. Estes casos são conhecidos como casos notáveis de multiplicação de polinómios. 27 Casos notáveis da multiplicação de polinómios Quadrado da soma O quadrado da soma de dois monómios obtém-se adicionando o quadrado do primeiro com o quadrado do segundo e com o dobro do produto do primeiro pelo segundo monómio. (a + b)2 = a2 + b2 + 2ab Quadrado da diferença O quadrado da diferença de dois monómios obtém-se adicionando o quadrado do primeiro com o quadrado do segundo e subtraindo o dobro do produto do primeiro monómio pelo segundo. (a - b)2 = a2 + b2 - 2ab 28 Casos notáveis da multiplicação de polinómios Diferença de quadrados A diferença dos quadrados de dois monómios é igual ao produto da sua soma pela sua diferença. a2 - b2 = (a + b) (a - b) 29 Divisão de polinómios DIVISÃO INTEIRA No conjunto dos números naturais, IN, efectuar a divisão inteira de um número D (dividendo) por um número d (divisor) é encontrar um número natural q (quociente) e um número natural r (resto), tais que: D=d.q+r Ex. D = 20, d = 5, q = 4, r = 0 20 = 5 x 4, 20 é divisível por 5 ou 20 é múltiplo de 5 ou 5 é divisor de 20. 30 Divisão de polinómios DIVISÃO INTEIRA Quando o resto de uma divisão inteira de polinómios é diferente do polinómio nulo, então, tal como na divisão em IN, D(x) = d(x) . q(x) + r(x), em que D(x) polinómio dividendo d(x) polinómio divisor q(x) polinómio quociente r(x) polinómio de grau inferior ao grau do polinómio divisor EXEMPLO (-6x3+3x2+2) : (2x2+1) 31 Divisão de polinómios DIVISÃO INTEIRA EXEMPLO (-6x3+3x2+2) : (2x2+1) 32 Divisão de polinómios Regra de Ruffini Divisão de polinómios em que o divisor é um polinómio do tipo x - α . A regra de Ruffini é um processo prático para determinação do quociente e do resto da divisão inteira de polinómios em que o divisor é do tipo x - α . Actividade Seja D(x) = x4 - x3 + 2x2 - 3x - 30 e d(x) = x -2 Determinar o quociente e o resto da divisão de D(x) por d(x). Teorema do Resto Seja p(x) um polinómio de grau p > 1. O resto da divisão de p(x) por x – a é igual a p(a), ou seja, r = p(a) 33 Equações polinomiais Equações polinomiais Equações polinomiais são equações da forma: an x n + an-1 x n -1 + ... + a1 x + a0 = 0 , com an ≠ 0, Sendo, x a incógnita, n o grau da equação e an, an-1 ,…, a1 os coeficientes. Resolver a equação consiste em encontrar os elementos que tornam a equação uma proposição verdadeira. Este elementos são chamados soluções (ou raízes) da equação polinomial. Exemplos: a) 2x + 10 = 0; b) x2 + 3x + 2 = 0; c) 4 x 4 + 2 x 2 + 3 x = 0. 34 Equações polinomiais Equações polinomiais de 1º grau 1) Resolva cada uma das equações em IR: a) 3x+7x = 22- 4x; b) 2(x+5)-3(x+4) = 23; c) 3x+4x = 8x-x+2; d) x+x+x+x = x-x-x-x; e) 3x+3x+3x = 9x; 3 f) 3+ (5x+8) = 4 (x+2)+1; 2 5 3 g ) 5(3x+3x+3x) = (3+2x). 2 35 Equações polinomiais Equações polinomiais de 2º grau Equações de 2º grau são equações da forma ax2+bx+c=0, sendo a, b e c números reais e a é diferente de zero, c é o termo independente de x; b é o coeficiente de x; a é o coeficiente de x2 . As equações de 2.º grau, em que b e c são diferentes de zero chamam-se equações completas, são da forma: ax2+bx+c=0; Quando temos uma equação deste tipo, o processo mais usual de resolução é o recurso à fórmula resolvente. 36 Equações polinomiais Equações completas de 2º grau Fórmula resolvente ax2+bx+c=0 Quando temos uma equação deste tipo, o processo mais usual de resolução é a utilização da Fórmula Resolvente: 37 Equações polinomiais Equações polinomiais de 2º grau 1) Resolva cada uma das equações, utilizando a fórmula resolvente: a) 3x2+2x-1= 0; b) 2(x2+2)-3(x+4) = 0; c) 3x+4x = x-x2+2; d) x+x2+x+x = x-x-x-x; e) 3x2+3x+3x = 9x; 3 4 f) 3+ (2x+8) = (x2+2)+1; 2 5 g ) 5(3x+3x+3x) = 3 (3+2x2). 38 Raiz ou zero de um polinómio Raiz (ou zero) de um polinómio p(x) é um número c, tal que p(c)=0. Actividade Determinar, caso existam os zeros dos seguintes polinómios a) 3x2+2x-1; b) 2x2+2-3x+4; c) 3x+4x+ x-x2+2; d) x+x2+x+x- x-x-x-x; 39 Decomposição de um polinómio em factores Decomposição em factores Se α1, …, αk são as raízes reais de um polinómio não nulo A, então existem números únicos e um único polinómio Q sem raízes reais, tais que: A(x) = Q(x)(x - α1)n1… (x - αk)nk Ao número ni chama-se multiplicidade algébrica da raiz αi. Por exemplo: Se ni = 1 diz-se que αi é uma raiz simples de A, se ni = 2 diz-se que αi é uma raiz dupla de A, se ni = 3 diz-se que αi é uma raiz tripla de A. Exemplo: 3x3-6x2+x-2 = (3x2+1)(x-2); 2 é uma raiz simples do polinómio 3x3-6x2+x-2. 40 Factorização de polinómios Processos para factorizar polinómios Factorizar um polinómio consiste em transformar o polinómio (soma de monómios) num produto. Existem várias formas para factorizar polinómios, entre as quais: Factorização simples (ou pôr em evidência); Por agrupamento de expressões comuns; Utilização dos casos notáveis da multiplicação; Utilização de equações de segundo grau. 41 Factorização de polinómios Factorização simples (ou pôr em evidência). Exemplo ax + ay + az = a (x + y + z); Por agrupamento. Exemplo ax + by + bx + ay = = ax + ay + bx + by = = a (x + y) + b (x + y) = = (x + y) • (a + b) 42 Factorização de polinómios Utilizando os casos notáveis Exemplos x² - 4 = (x+2)(x-2); x² -2xy+y² = (x-y)(x-y); x² +2xy+y² = (x+y)(x+y). Utilizando equações de 2.º grau ax² + bx + c . Exemplo ax² + bx + c = a (x - x1) • (x - x2), sendo x1, e x2 as raízes da equação ax² + bx + c = 0. 43 Inequações polinomiais Inequações polinomiais A equação é caracterizada pelo sinal da igualdade (=). A inequação é caracterizada pelos sinais de maior (>), menor (<), maior ou igual (≥) e menor ou igual (≤). Dada a função f(x) = 2x – 1 → função de 1º grau. Se dissermos que f(x) = 3 e desejarmos determinar os valores de x que satisfazem a igualdade vem : 2x – 1 = 3 → equação do 1º grau, calculando o valor de x, temos: 2x = 3 + 1, 2x = 4, x = 4 : 2, x = 2 → x deverá ter o valor 2 para que a igualdade se verifique. Dada a função f(x) = 2x – 1. Se dissermos que f(x) > 3, escrevemos: 2x – 1 > 3 → inequação de 1º grau, calculando os valores de x, temos: 2x>3+1, 2x>4, x > 2. Será sempre assim? 44 Inequações polinomiais Inequações polinomiais de 2º grau Dada a função f(x) = x2+2x – 1 → função de 2º grau. Se dissermos que f(x) ≥ -1 e desejarmos determinar os valores de x que satisfazem a desigualdade como poderemos fazer? 45 Expressões racionais Expressões racionais Domínio; Simplificação; Operações; Equações racionais; Inequações racionais. 46 Expressões racionais Expressões racionais Expressão racional é uma expressão da forma: P Q , sendo P e Q polinómios e Q diferente de zero. Exemplo 2 xy − y 2 2x2 −1 , P = 2xy − y2, Q = 2x2 − 1 Operações (?) 47 Expressões racionais Domínio Domínio de uma expressão racional é o conjunto dos valores para os quais a expressão tem significado, no contexto onde está a ser estudada. Exemplo: P ( x) Q( x) D = {x ∈ IR: Q(x) ≠ 0}. Exemplo: 2 xy − y 2 2x2 − 2 , Domínio da expressão em IR é IR\{-1,1} 48 Expressões Irracionais Expressões irracionais Expressão irracional é toda a expressão da forma n , A sendo A (radicando) uma expressão algébrica e n (índice do radical) um número natural. Para n par o radicando tem de ser um número não negativo, para n ímpar o radicando pode assumir qualquer valor real para o qual a expressão tenha significado. 49 Expressões Irracionais Domínio de expressões irracionais (em IR) n A( x) ∈ IR: A(x) ≥0}, Se n é ímpar D = {x: A(x) ∈ IR}. Se n é par D = {x Exemplos Domínio D de Domínio D de 4 7 x + 3; 2 + 3x D = {x ∈ IR: x+3≥0} = [-3, +∞[ ∈ IR: 2+3x ∈ IR} = IR D = {x 50 Expressões Irracionais Racionalizar dos termos de uma fracção Por racionalização dos termos de uma fracção entende-se o processo que conduz à substituição de uma expressão envolvendo radicais por outra sem radicais. Exemplo: 3+ x 5 é o mesmo que 3 5+x 5 5 51 Condições que envolvem valor absoluto Equações que envolvem valor absoluto (?). 1) Resolva, em IR, as equações: a) |3x-4|=5; b) |5x+3|=|8x-2|. Inequações que envolvem valores absolutos (?) 2) Resolva, em IR, as inequações: a) |3x-4|>5; b) |2x-8|<6; c) |5x+3|≤8. 52 Conteúdos da Unidade Curricular Introdução ao cálculo diferencial Estudo das funções reais de variável real; Limites de funções; Continuidade; Função derivada e suas aplicações. 53 Conteúdos da Unidade Curricular Funções As correspondências podem ser ou unívocas ou não unívocas; Chama-se função f de A em B a toda a correspondência unívoca de A para B, e representa-se por f: A → B; Uma função é uma colecção de pares de números tais que: se (a, b) e (a, c) pertencem ambos à colecção então b = c; Intuitivamente pode interpretar-se uma função f definida num certo conjunto D e com valores num conjunto E, como uma regra que faz corresponder a cada elemento x de D um único elemento f(x) de E. O conjunto D é chamado domínio de f e o subconjunto C de E formado por todos os elementos f(x), com x ∈ D é o contradomínio de f (Ferreira, 1985). 54 Conteúdos da Unidade Curricular Funções Sejam f: D →E Diz-se que f é uma função real se todos os valores que assume são números reais, qualquer que seja o conjunto D; Diz-se que f é uma função de variável real se D⊂ IR; Uma função diz-se real de variável real quando o domínio e o contradomínio são subconjuntos do conjunto dos números reais; Fixado num plano um referencial cartesiano (que suporemos sempre de eixos ortogonais, orientados do modo usual e com a mesma unidade de medida) o gráfico da função f (no referencial considerado) é o conjunto de todos os pontos do plano correspondentes a pares (x, f(x)) com x pertencente ao domínio de f. 55 Conteúdos da Unidade Curricular Exemplos de gráficos de funções O gráfico da função identicamente nula (com o valor 0 em qualquer ponto x ∈IR) é o eixo das abcissas; O gráfico da função identidade I(x) = x para qualquer ponto x ∈ IR é a bissectriz dos quadrantes ímpares; O gráfico da função f: IR→ IR, tal que f(x) = -x, qualquer que seja x ∈ IR) é a bissectriz dos quadrantes pares; O gráfico da função f: IR→IR, tal que f(x) = x2, é uma parábola que com a concavidade virada para cima e que passa pela origem do referencial. 56 Conteúdos da Unidade Curricular Domínio, conjunto de chegada e contradomínio de uma função Seja f: A →B, então: Domínio de f, Df = {a ∈A: f(a) = b, b ∈ B}; Conjunto de chegada de f, Cchf = B; Contradomínio de f, Cdf = {y∈ B: x ∈A: f(x) = y} Caracterizar uma função f, significa conhecer: Domínio de f; Conjunto de chegada de f; Processo pelo qual cada elemento do domínio é transformado num elemento do conjunto de chegada, ou seja, cada objecto do domínio é transformado na sua imagem. 57 Conteúdos da Unidade Curricular Zeros de uma função Designa-se por zero de uma função f todo o valor da variável independente x que tem por imagem o valor zero. Se c é um zero da função f então f(c) = 0. Sinal de uma função Estudar o sinal de uma função f equivale a determinar: Os pontos do domínio de f onde a função assume valores positivos; Os pontos do domínio de f onde a função assume o valor zero; Os pontos do domínio de f onde a função assume valores negativos. 58 Conteúdos da Unidade Curricular Monotonia Seja f uma função real com domínio D e seja A um subconjunto qualquer de D: Diz-se que f é crescente no conjunto A sse quaisquer que sejam x1, x2 ∈ A, se tiver f(x1) ≤ f(x2) sempre que seja x1<x2. Quando se disser apenas que f é crescente, sem indicar qualquer conjunto A, deve entender-se que f é crescente em todo o seu domínio; Diz-se que f é estritamente crescente no conjunto A sse quaisquer que sejam x1, x2 ∈ A, se tiver f(x1) < f(x2) sempre que seja x1<x2. Quando se disser apenas que f é estritamente crescente, sem indicar qualquer conjunto A, deve entender-se que f é estritamente crescente em todo o seu domínio. 59 Conteúdos da Unidade Curricular Monotonia Diz-se que f é decrescente no conjunto A sse quaisquer que sejam x1, x2 ∈ A, se tiver f(x1) ≤ f(x2) sempre que seja x1>x2. Quando se disser apenas que f é decrescente, sem indicar qualquer conjunto A, deve entender-se que f é decrescente em todo o seu domínio; Diz-se que f é estritamente decrescente no conjunto A sse quaisquer que sejam x1, x2 ∈A, se tiver f(x1) < f(x2) sempre que seja x1 > x2. Quando se disser apenas que f é estritamente decrescente, sem indicar qualquer conjunto A, deve entender-se que f é estritamente decrescente em todo o seu domínio; Diz-se que f é monótona em A sse f for crescente ou decrescente nesse conjunto e que f é estritamente monótona em A sse for estritamente crescente ou estritamente decrescente em A . 60 Conteúdos da Unidade Curricular Extremos absolutos de uma função Ponto máximo e valor máximo Seja f uma função e A um conjunto contido no domínio de f. x ∈ A diz-se ponto máximo de f em A se f(x) ≥ f(y), ∀ y ∈A; o valor f(x) chama-se valor máximo de f em A . Ponto mínimo e valor mínimo Seja f uma função e A um conjunto contido no domínio de f. z ∈A diz-se ponto mínimo de f em A se f(z) ≤ f(y), ∀ y o valor f(z) chama-se valor mínimo de f em A . ∈ A; 61 Conteúdos da Unidade Curricular Extremos relativos de uma função Ponto máximo local Seja f uma função e A um conjunto contido no domínio de f. x ∈ A diz-se ponto máximo local de f em A, se existe algum ∂ >0, tal que x é ponto máximo em A ∩ ]x- ∂ , x+ ∂ [. Ponto mínimo local Seja f uma função e A um conjunto contido no domínio de f. ∈ A diz-se ponto mínimo local de f em A, se existe algum ∂ >0, tal que x é ponto mínimo em A ∩ ] z- ∂ , z +∂ [. z 62 Conteúdos da Unidade Curricular Injectividade e sobrejectividade Seja f: A →B: ⇔ f(x) = f(y) ⇒ x = y , ∀ x, y∈ Df f é sobrejectiva ⇔ ∀y ∈ B, ∃ x ∈ A: f (x) = y; f é injectiva f é bijectiva ⇔ f é injectiva e f é sobrejectiva. 63 Conteúdos da Unidade Curricular Função afim Toda a função f, real de variável real, definida por f(x) = ax + b, em que a e b são constantes reais, diz-se uma função afim. O gráfico da função afim é uma recta. O coeficiente a chama-se declive e b chama-se ordenada na origem. 64 Conteúdos da Unidade Curricular Função quadrática Chama-se função quadrática, ou função polinomial de 2º grau, a qualquer função f de IR em IR, dada por uma expressão da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a ≠0. O gráfico de uma função quadrática (polinomial de 2º grau), f(x) = ax2 + bx + c, com a≠ 0, é uma curva chamada parábola. 65 Conteúdos da Unidade Curricular Função módulo A função módulo pode ser definida como a função que a cada número real x associa o módulo de x, ou seja, a distância de x à origem. O gráfico da função módulo, isto é da função ψ: IR→ IR, tal que ψ(x) = |x|, qualquer que seja x ∈ IR é a reunião das bissectrizes do 1º e do 2º quadrantes. 66 Conteúdos da Unidade Curricular Operações com funções • Sejam f e g funções reais de variável real, • Soma de f e g, representa-se por f+g, e caracteriza-se: • D f+g=Df ∩ Dg; • (f+g)(x)=f(x)+g(x), ∀x∈ D f+g; • Cch f+g=IR. • Diferença de f e g, representa-se por f-g, e caracteriza-se: • D f-g=Df ∩ Dg; • (f-g)(x)=f(x)-g(x), ∀x∈ D f-g; • Cch f-g=IR. 67 Conteúdos da Unidade Curricular • Produto de f e g, representa-se por f.g, e caracteriza-se: • D f.g=D f ∩ Dg ; • (f.g)(x)=f(x) . g(x), ∀ x∈ D f.g; • Cch f.g=IR. • Quociente de f e g, representa-se por • D • f ( x) ( f )(x)= , ∀ x∈ D f ; g ( x) g g • Cch f/g =IR. f g f , e caracteriza-se: g =(D f ∩ D g)\{x ∈ Dg: g(x)=0}; 68 Conteúdos da Unidade Curricular • Composição de f e g, representa-se por fog, e caracteriza-se: D fog={x: x∈ Dg ∧ g(x)∈ Df}; (fog)(x) = f [g(x)], x ∈D fog; Cch fog = IR. 69 Conteúdos da Unidade Curricular Função inversa Seja f uma função real de variável real, tal que: f: D → IR é injectiva: A função inversa de f é por definição, a aplicação g: f(D) → IR, tal que g (f(x)) = x, para cada x pertencente a D; Toda a função injectiva tem inversa; O domínio da função inversa é o contradomínio da função dada. 70 Conteúdos da Unidade Curricular Função Exponencial (de base e) A função exponencial (de base ) é a função real de variável real que a cada x faz corresponder ex Propriedades: Domínio: IR Zeros: não tem zeros Sinal: é sempre positiva Extremos: não tem nem mínimos nem máximos Monotonia: é crescente Contradomínio: IR+ A função é contínua no seu domínio A função é injectiva, mas não é sobrejectiva 71 Conteúdos da Unidade Curricular Função Exponencial Função exponencial (de base e) Gráfico: Concavidade: voltada para cima 72 Conteúdos da Unidade Curricular Função Logarítmica A função f: IR+ → IR, definida por f(x)=logax, com a≠1 e a>0, é chamada função logarítmica de base a. O domínio da função logarítmica é o conjunto IR+ (reais positivos, maiores do que zero) e o contradomínio é IR (reais). Vamos considerar duas situações: 0<a<1; a>1. 73 Conteúdos da Unidade Curricular Função Logarítmica (0<a<1). Exemplo: y=log(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1) Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e o gráfico seguintes: x y 1/4 1/2 2 1 1 0 2 -1 4 -2 74 Conteúdos da Unidade Curricular Função Logarítmica (a>1) Exemplo: y=log(2)x (nesse caso, a=2, logo a>1) Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e o gráfico seguintes: x y 1/4 1/2 -2 -1 1 0 2 1 4 2 75 Limites de Funções (13-05-2008) Limite de uma função num ponto 1. Seja f uma função real definida num conjunto D ⊂ IR, a ∈IR um ponto aderente a D e b um número real. Diz-se que f(x) tende para b quando x tende para a (ou que b é o limite de f no ponto a) e escreve-se limf(x)=b ou limf(x)=b sse, qualquer que seja x→a a o número positivo ε existir δ >0 tal que, qualquer que seja x ∈ D verificando a condição |x-a|< δ , se tenha |f(x)-b|< ε . Simbolicamente: limf(x)=b ⇔ ∀ ε >0, ∃ δ >0, ∀ x, 0<|x-a|< δ ⇒|f(x)-b|< ε . x→a Nota: a é aderente a X sse, qualquer que seja ε >0, V ε (a) ∩ X ≠ Ø 76 Limites de Funções Se f: D _______> IR e g: E _______> IR têm limite no ponto a, e se este ponto é aderente a D∩ E, então, têm limite nesse ponto as funções: i) f+g, verificando-se a igualdade: lim (f+g)= lim f+ limg; x→a x→a x→a ii) f-g, verificando-se a igualdade: lim (f-g)= lim f- lim g; iii) f.g, verificando-se a igualdade: lim (f.g) = lim f . lim g; i) lim f f f (se lim g(x) ≠ 0 ), verificando-se: lim = x→a . x→a x→a g g lim g x→a x→a x→a x→a x→a x→a x→a 77 Limites de funções Seja f uma função real definida num conjunto D ⊂IR, a ∈IR um ponto aderente a D. i) Ao limite de f(x) quando x tende para a relativo ao conjunto D ∩]a, + ∞[ (quando existe) chama-se limite de f no ponto a à direita ou limite de f(x) quando x tende para a por valores superiores a a, representa-se por lim+ f(x); x→a ii) Ao limite de f(x) quando x tende para a relativo ao conjunto D ∩]- ∞, a[ (quando existe) chama-se limite de f no ponto a à esquerda ou limite de f(x) quando x tende para a por valores inferiores a a, representa-se por lim− f(x); x→a i) O limite de f(x) quando x tende para a relativo ao conjunto D\{a} (quando existe) chama-se limite de f no ponto a por valores distintos de a, representa-se por lim f (x) . x→a x≠a 78 Continuidade de funções Seja f uma função real definida num conjunto D⊂IR e seja a um ponto de D. Diz-se que f é uma função continua em a sse, qualquer que seja o número positivo ε existir δ >0, tal que sempre que x seja um ponto de D e verifique a condição |x-a|< δ , se tenha |f(x)-f(a)|<ε . Simbolicamente: f é contínua no ponto a ⇔ ∀ ε >0, ∃ δ >0, ∀x (x ∈D ∧|x-a|< δ ⇒|f(x)-f(a)|< ε . Conclui-se que f é contínua em a se lim f(x)=f(a). x→a 79 Continuidade de funções Seja f uma função real definida num conjunto D ⊂IR, a ∈ D. i) f é contínua à direita no ponto a sse a restrição de f ao conjunto D ∩]a, + ∞[ for contínua em a; ii) f é contínua à esquerda no ponto a sse a restrição de f ao conjunto D ∩]- ∞, a[ for contínua em a; i) f é contínua no ponto a sse f for contínua à direita e à esquerda no ponto a. 80 Continuidade de funções Diz-se que f é continua no intervalo aberto ]a, b[ se f é contínua em todos os pontos desse intervalo. Uma função f é continua num intervalo fechado [a, b] se: i) f é continua no intervalo aberto ]a, b[; ii) f é contínua à direita no ponto a; iii) f é contínua à esquerda no ponto b. 81 Continuidade de funções Teorema Bolzano Se é uma função contínua num intervalo fechado ,ek um número real compreendido entre e , então existe pelo menos um valor real c, pertencente ao intervalo aberto tal que = k. 82 Assimptotas de uma função Assimptotas verticais: são da forma x=a (a é ponto de acumulação do domínio de f e, se f está definida em a então f é descontínua em a). Se lim f(x)=+∞ ou lim f(x)=- ∞, então x=a é uma assimptota vertical. x→a x→a Assimptotas não verticais: são da forma y=mx+b (só pode haver assimptotas não verticais, se existirem pontos do domínio de f em qualquer vizinhança de +∞ ou de - ∞ , ou seja, se x→ +∞ existem pontos do domínio de f em ]a, + ∞ [, se x →- ∞ existem pontos do domínio de f em ]- ∞, a[) Sendo y=mx+b, f ( x) f ( x) m= lim ou m= lim ; x →+∞ x → −∞ x x b= lim (f(x)-mx) ou b= lim (f(x)-mx). x→+∞ x →−∞ 83 Derivadas (20-05-08) • Razão incremental Seja f uma função definida num conjunto D ⊂IR e seja a um ponto interior a D. Chama-se razão incremental da função f no ponto a, à função ρ : D\{a} →IR, f (x) − f (a) definida pela fórmula: ρ (x)= . x −a 84 Derivada de uma função num ponto Chama-se derivada da função f no ponto a ao limite (quando existe) da função ρ (x) quando x tende para a. A derivada da função f no ponto a representa-se por f ’(a), f ’(a)= lim x→a f (x) − f (a) . x−a Pondo x=a+h, obtém-se a fórmula, f (a + h) − f (a) f ’(a)= lim , que por vezes é mais cómoda a sua utilização. h→0 h 85 Tangente a um gráfico num ponto • Tangente a um gráfico num ponto Se f ’(a) existe e é finita, chama-se tangente ao gráfico de f no ponto P(a, f (a)), à recta que passa por este ponto e tem declive igual a f ’(a). 86 Regras de derivação • Regras de derivação S e k é uma constante, u= ϕ (x) e v= ψ (x) são funções para as quais existem derivadas, então: a) (k)’= 0; b) (x)’= 1; c) (u+v)’= (u)’+(v)’; d) (u-v)’= (u)’-(v)’; e) (uv)’= u’v+uv’; f) ( u u' v - uv' ,v≠ 0 )’= 2 v v g) (u n) ’= nun-1 u’ h) (x n)’ = nx n-1 87 Aplicação das derivadas • Ponto singular Chama-se ponto singular de uma função f, a todo o ponto x, tal que f ’(x)=0. • Ponto de inflexão Chama-se ponto de inflexão de uma função f, a todo o ponto x, tal que f ’’(x)=0. 88 Aplicação das derivadas • Pontos candidatos a máximos ou mínimos Para determinar os pontos máximos ou mínimos de uma função f no intervalo [a, b], devem-se considerar três classes de pontos: 1) pontos singulares em ]a, b[; 2) extremos a e b; 3) pontos x∈]a, b[ tais que f não é derivável em x. • Aplicação Determinar os pontos máximos e mínimos relativos da função f(x) = x3-3x, no intervalo [-3, 4], bem como os respectivos valores máximos e mínimos. 89 Aplicação das derivadas • Teoremas Sejam I um intervalo, I ⊂ Df, f uma função. 1. Se f ’(x) = 0, ∀x∈I, então f é constante em I; 2. Se f ’(x) > 0, ∀x∈I, então f é crescente em I; 3. Se f ’(x) < 0, ∀x∈I, então f é decrescente em I; 4. Se f ’’(x) > 0, ∀ x∈I, então a concavidade de f é voltada para cima; 5. Se f ’’(x) < 0, ∀ x∈I, então a concavidade de f é voltada para baixo; 6. Se f ’’(x) = 0, então o gráfico de f muda o sentido da concavidade; 7. Se f ’(x) = 0 e f ’’(x)>0, então f tem um mínimo local em x; 8. Se f ’(x) = 0 e f ’’(x) < 0, então f tem um máximo local em x. 90 Aplicação das derivadas • Teorema Se f está definida em ]a, b[, tem um máximo ou mínimo local em x∈]a, b[ e f é derivável em x, então f ’(x)=0. • Teorema Se f é derivável em x, então f é contínua em x. • Teorema Se g é uma função derivável em a e f é uma função derivável em g(a), então fog é derivável em a, e (fog)’(a)= f ’(g(a))g’(a). 91 Aplicação das derivadas • Esboço do gráfico de uma função f Para esboçar o gráfico de uma função f devem ser considerados, sempre que possível, os seguintes aspectos: - O domínio de f; - Os zeros de f; - Os pontos singulares de f e valores de f nesses pontos; - Sinal da 1ª derivada de f; - Pontos de inflexão de f e valores de f nos pontos de inflexão; - Sinal da 2ª derivada de f; - Comportamento de f nos pontos onde não é continua e na vizinhança dos pontos aderentes ao domínio de f nos quais a função não está definida; - lim f(x) e lim f(x). x → +∞ x → −∞ 92 Aplicação das derivadas Esboçar o gráfico de cada uma das funções reais de variável real: x2 − 2x +2 1. f(x) = ; x −1 2. f(x) = x4-x2; 3. f(x) = x5; 4. f(x) = 3x4-8x3+6x2. 93