a experiência filosófica

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A EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA
A.
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INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E SABEDORIA:
Informação: Dados;
Conhecimento: ação de aprender, de conhecer;
Conhecer: formar uma representação adequada de um objeto;
Conhecimento – Senso Comum: superficial; assistemático; resultante do uso espontâneo da razão, isto é,
não refletido da razão; fruto do hábito, das crenças e das tradições; aceita passivamente e
mecanicamente as idéias; hereditário; acrítico.
Conhecimento – Científico: radical; rigoroso; sistemático; elabora juízos de realidade (explica “como é” o
objeto, isto é, como os fenômenos ocorrem, quais as suas relações e, consequentemente, como prevêlos); recorta o real; particulariza o real.
Conhecimento – Filosófico: radical; rigoroso; sistemático; elabora juízos de valor (explica “como deveria
ser”, isto é, vai além do como é, propõe mudanças); crítica; promove reflexão de conjunto (análise que
examina os problemas relacionando os diversos aspectos entre si), interdisciplinar (análise onde se
estabelece o elo entre as diversas expressões do saber e do agir).
Sabedoria: decisões refletidas que visam buscar um caminho para o bem viver; a sabedoria pode ser
resultante de qualquer conhecimento; “Querer é comprometer-me a perseverar na minha vontade” –
Simone de Beauvoir; “Procura do sentido, procura do centro, tomada de consciência da autenticidade
pessoal, não sem angustia nem sofrimento” – Georges Gusdorf.
B.
PARA QUE SERVE A FILOSOFIA?
 A Filosofia não é útil, isto é, não visa atender uma aplicação imediata, alteração imediata de ordem prática.
 A Filosofia é necessária, isto é, possibilita o ser humano capaz de superar a situação dada e repensar o
pensamento e as ações que ele desencadeia, o indivíduo abre-se para a mudança, metamorfose.
 Ao filósofo incomoda o imobilismo das coisas feitas e muitas vezes ultrapassadas.
 A Filosofia é perigosa.
 A Filosofia pode desestabilizar o “status quo” ao se confrontar com o poder.
 A Filosofia busca a verdade (pôr a nu aquilo que está escondido).
 A Filosofia discute questões, mas não torna o filósofo um indicador de caminhos, de conselhos, um farol,
mas sim um estimulador de reflexões que cada um fará para decidir por si mesmo.
C.
É POSSÍVEL DEFINIR FILOSOFIA?
 É possível definir a filosofia, mas esta definição não pode ser restritiva, não está à margem do mundo nem
constitui uma doutrina, nem um saber acabado.
 A Filosofia pressupõe constante disponibilidade para a indagação.
 Platão e Aristóteles: a primeira virtude do filósofo é admirar-se, isto é, condição para problematizar, capaz
de se surpreender.
 Kant: devemos aprender, inicialmente, a filosofar, exercer o direito de refletir por si próprio, de confirmar ou
rejeitar as idéias e os conceitos com os quais se depara.
 A Filosofia é uma atitude diante da vida, tanto no dia a dia, como nas “situações-limite” (situações
extremas de adversidade) que exigem decisões cruciais.
 O encontro com a tradição filosófica não pode ser passivo, como se ela fosse um produto acabado; mas
sim como processo, reflexão crítica e autônoma a respeito da realidade.
D.
A FILOSOFIA DE VIDA
“Filosofar” espontâneo de todos nós.
As indagações filosóficas permeiam a vida de todos nós.
Presença do bom senso (núcleo sadio do senso comum): o senso comum com a crítica.
Você poderá enriquecer sua reflexão pessoal por meio de uma argumentação mais rigorosa, o que não
significa sempre concordar com eles.
 A discussão filosófica está sempre aberta à controvérsia.
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A EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA
E.
SÓCRATES
 MÉTODO:
1º momento – IRONIA (perguntar)
Objetivo: desmontar as certezas e reconhecer a própria ignorância.
2º momento – MAIÊUTICA (parto)
Objetivo: dá luz às idéias novas.
GERAL

Por meio de perguntas, destrói o saber constituído para reconstruí-lo na procura da definição do conceito;

Ele também se põe em busca do conceito e às vezes as discussões não chegam a conclusões definitivas;

As questões privilegiadas são as morais;

Buscou explicações universais;

Criou palavras novas, como por exemplo “logos” (“logos”: a razão que se dá de algo, o conceito, a definição)

OBS.
1ª
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
7ª
8ª
9ª
10ª
11ª
12ª
13ª
14ª
15ª
16ª
F.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
SÓCRATES
Não está em seu gabinete
Está em praça pública
Relaciona-se com as pessoas intelectualmente e
emocionalmente
Seu conhecimento não é livresco
Seu conhecimento é vivo e em processo de se
fazer
O conteúdo do seu conhecimento está na
experiência cotidiana
Guia-se pelo princípio da ignorância
Guia-se pela perplexidade
Guia-se pela interrogação e questionamento do
que é familiar
Critica o saber dogmático
Desperta a consciência adormecida
Não se considera farol, guia espiritual
Não possui todas as respostas
O caminho deve ser construído pela discussão,
intersubjetividade e busca criativa das soluções
É subversivo, perturbador da ordem
Confronta o poder
FILOSOFIA
Não está em seu gabinete
Está em praça pública
Relaciona-se com as pessoas intelectualmente e
emocionalmente
Seu conhecimento não é livresco
Seu conhecimento é vivo e em processo de se fazer
O conteúdo do seu conhecimento está na
experiência cotidiana
Guia-se pelo princípio da ignorância
Guia-se pela perplexidade
Guia-se pela interrogação e questionamento do que
é familiar
Critica o saber dogmático
Desperta a consciência adormecida
Não se considera farol, guia espiritual
Não possui todas as respostas
O caminho deve ser construído pela discussão,
intersubjetividade e busca criativa das soluções
É subversivo, perturbador da ordem
Confronta o poder
QUESTÕES IMPORTANTES
 A filosofia não está à margem do mundo.
 A filosofia não é um corpo fechado.
 A filosofia é uma atitude, um pensar permanente.
 A filosofia é um conhecimento instituinte.
 A filosofia não constitui um saber abstrato, pois o seu tecido é o cotidiano, a história e no mundo.
 A filosofia também está fora do mundo, pois precisa afastar dele para melhor compreendê-lo, retornando
depois a fim de dar subsídios para as mudanças.
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