Anais XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 13 a 18 de abril de 2013, INPE Determinação do ICMSe através das técnicas de Análise de Imagens Baseada em Objetos e Mineração de Dados Gabriel Bertani 1 Bruno Schultz 1 Antônio Roberto Formaggio 1 Ricardo Dal’Agnol da Silva 1 1 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE Caixa Postal 515 - 12227-010 - São José dos Campos - SP, Brasil {gabrielb, schultz, formag, silvard}@dsr.inpe.br Abstract. Conservation Units consist of natural areas to be preserved, represented by its territorial space and its environmental resources. In order to benefit municipalities that prioritize sanitation and environmental preservation through the Protected Areas, it was proposed the establishment of the Tax on Circulation of Goods and Ecological Services (ICMSe). In this context, the objective of this study was to estimate the value of ICMSe from the amount of remaining forest present in Environmental Preservation Areas, in the following cities: São José dos Campos, Campinas and Ribeirão Preto. The forest areas were obtained by combining two techniques: Data Mining and Analysis of Images Based on Objects (OBIA). To generate the objects in the image, the algorithm implemented was the Multiresolution Segmentation, in E-cognition Developer®. The algorithm used for Data Mining was the J48, which generated decision trees from a set of training data. The areas available for ICMSe in São José dos Campos can be attractive for the calculation. As if the whole forest area inside Permanent Protection Areas (PPA) in the county (6,63%) were considered Conservation Units, the state of São Paulo would have to pay R$ 5 million per year to the city coffers. This Money would be from the conservation of PPA. To Ribeirão Preto and Campinas cities, with respectively 1,22% and 0,28% of preserved areas, the value that to be payed by ICMSe would be less than R$ 14.000 per year. Palavras-chave: remote sensing, images classification, conservation units, sensoriamento remoto, classificação de imagens, unidades de conservação. 1. Introdução No sentido de garantir a preservação do meio ambiente, têm-se criado, nas últimas décadas, inúmeras Unidades de Conservação – UC’s. A criação dessas áreas pode ser vista como uma resposta cultural às ameaças que se impõem à natureza, porém pode ser considerada como uma restrição ao desenvolvimento econômico dos municípios. A alocação das UC’s imobiliza um espaço que poderia ser destinado a determinada atividade econômica, que traria recursos fiscais para os municípios. Para que a instalação e a manutenção das UCs fossem realizadas de forma mais efetiva, criou-se o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ecológico (ICMSe). Isso poderia compensar ou mitigar as perdas fiscais, e dessa forma incentivar os municípios a preservarem as UCs existentes e facilitar a criação de novas unidades. Com o intuito aumentar a preservação das Áreas de Proteção Permanente (APPs), sugerese a reestruturação dos parâmetros envolvidos no cálculo do ICMSe. Devido à importância que as APPs possuem em relação ao meio ambiente e à manutenção da qualidade de vida da população, propõe-se incentivar o pagamento de ICMS-ecológico não apenas sobre unidades de conservação de uso sustentável e proteção integrada, mas também gerar lucros aos protetores sobre o total de área preservada em APPs contidas em um município. A determinação das áreas preservadas contidas em APPs pode ser realizada através da Análise de Imagens Baseada em Objetos (Object Based Image Analysis - OBIA). Esse tipo de aplicação possui a vantagem de considerar a análise de um objeto no espaço e utilizar sistemas computacionais baseados em conhecimento. Por outro lado, os algoritmos convencionais levam em consideração apenas o pixel no espaço, de forma isolada, e utilizam somente os parâmetros da própria imagem para o processamento dos dados (Navulur, 2007). 2314 Anais XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 13 a 18 de abril de 2013, INPE Para a realização da análise baseada em objetos, é necessária a elaboração de um modelo de conhecimento, através do qual serão determinados os padrões de comportamento de cada classe de interesse. Uma das formas de obtenção do modelo de conhecimento é a técnica de Mineração de Dados (Data Mining – DM). Essa técnica engloba uma série de algoritmos utilizados para selecionar os conjuntos de atributos relacionados aos objetos que serão classificados (Witten e Frank, 2005). Neste estudo, os modelos de conhecimento serão representados através de árvores de decisão, cuja estrutura é explícita e permite a interpretação das relações entre as classes e as variáveis dos objetos. Em estudo conduzido por Peña-Barragán et al. (2011), a combinação entre as técnicas OBIA e DM foi utilizada para diferenciar treze diferentes espécies de culturas agrícolas, em Yolo County – Estados Unidos. Através do uso de diferentes índices de Vegetação e Padrões de Textura, foi obtida acurácia global de 79%. Brown de Colstoun et al. (2003) também fizeram uso da técnica de Mineração de Dados, porém utlizaram dados multitemporais LANDSAT/ETM+. Através de uma Árvore de Decisão, gerada para classificar onze classes de ocupação do solo, foi obtida acurácia global de 82%. Considerando a crescente necessidade de manutenção das áreas protegidas, além do potencial que a combinação das técnicas de Análise de Imagens Baseada em Objetos e Mineração de dados possui para mapear e monitorar o uso e ocupação do solo, o presente estudo possui o objetivo de estimar o valor de ICMSe a partir da quantidade de remanescentes florestais presentes em APPs, nos municípios de São José dos Campos, Campinas e Ribeirão Preto. 2. Metodologia de Trabalho 2.1 Área de estudo A escolha dos municípios de São José dos Campos (Figura 1. c), Ribeirão Preto (Figura 1.a) e Campinas (Figura 1.b) objetiva abranger três diferentes situações de uso e ocupação do solo. São José dos Campos possui muitas áreas de campo com uma vegetação frágil, além disso, parte da Serra da Mantiqueira está dentro do seu perímetro rural. Já Ribeirão Preto é um município que possui grande expansão agrícola, devida principalmente ao plantio de cana-deaçúcar. Por outro lado, Campinas possui o setor secundário de produção como a principal fonte para o Produto Interno Bruto do município. Figura 1. Mapas mostrando o perímetro dos municípios de Ribeirão Preto (A), Campinas (B) e São José dos Campos (C). 2.2 Aquisição e pré-processamento dos dados Foram utilizadas duas cenas Landsat – TM, obtidas a partir do catálogo de imagens do INPE. Através dessas cenas, foram realizados os procedimentos destinados à quantificação e 2315 Anais XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 13 a 18 de abril de 2013, INPE análise de remanescentes florestais. Para a correção geométrica dessas imagens, foram utilizadas três bases ortorretificadas, obtidas no site da GLCF (Global Land Cover Facility). Para a delimitação das APPs, foram obtidas cinco cenas do projeto Topodata (Valeriano, 2008), que contém um Modelo Digital de Elevação (MDE) e suas derivações locais básicas. Os dados Topodata são disponibilizados pela Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. As imagens utilizadas no presente estudo são mostradas na Tabela 1. Tabela 1. Imagens utilizadas. Município São José dos Campos Campinas Ribeirão Preto Órbita/Ponto (TM) 219/76 219/76 220/75 Data (INPE) 24/08/2010 24/08/2010 31/08/2010 Data (GLCF) 08/09/2004 08/09/2004 14/04/2006 Topodata 22S465 e 23S465 22S48 e 23S48 21S48 A primeira etapa do pré-processamento das imagens consistiu na correção geométrica das cenas Landsat. As imagens foram registradas no programa ENVI 4.7 (RSI, 2010), cujas referências foram as bases ortorretificadas. O erro de geocodificação para as três imagens foi inferior a 0,54. Em média, foram utilizados quinze pontos por imagem para registrá-las. Posteriormente, foi realizada a transformação dos níveis digitais em valores físicos (reflectância). Esse processo ajuda a mitigar os efeitos causados pelas variações nos ângulos de iluminação e de observação, no momento de aquisição. A etapa subsequente consistiu na correção atmosférica das imagens, através do algoritmo 6S (Vermote et al., 1997). Esse processo procura diminuir ou eliminar os efeitos atmosféricos nos dados utilizados. Dessa forma, a Reflectância Aparente obtida na transformação dos níveis digitais é transformada para Reflectância de Superfície. 2.3 Segmentação e mineração dos dados O algoritmo utilizado para gerar os objetos das imagens foi o Multiresolution Segmentation, implementado no e-cognition (Definiens, 2006). Os pesos determinados foram iguais para todas as bandas espectrais, enquanto o fator de escala, que influi no tamanho dos objetos gerados, foi igual a 10. Os fatores de forma e compacidade utilizados foram 0,2 e 0,5, respectivamente. Após a geração dos objetos, foram obtidos conjuntos de treinamento a partir de amostras coletadas em cada imagem segmentada. Cada conjunto foi dividido em cinco classes de interesse: Floresta, Vegetação (herbácea), Solo, Urbano e Água. Após a determinação dos conjuntos, a plataforma e-cognition (Definiens, 2006) foi utilizada para extrair os seguintes atributos de cada amostra: brilho (média do brilho em todas as bandas), valor médio de brilho e desvio padrão em cada banda utilizada, Normalized Difference Vegetation Index (NDVI) e diferença máxima em um dado objeto. Os conjuntos de amostras foram importados no aplicativo Waikato Environment for Knowledge Analysis – WEKA (Witten e Frank, 2005), para a realização do processo de mineração dos dados. O algoritmo utilizado para gerar a árvore de decisão foi o J48, que particiona os dados em dois subconjuntos, conforme o maior ganho de informação normalizada. O J48 repete esse processo em cada subconjunto, até que todas as instâncias pertençam à mesma classe (Kramer, 2011). As árvores de decisão geradas para cada município são mostradas na Figura 2. 2316 Anais XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 13 a 18 de abril de 2013, INPE Figura 2. Árvores de decisão geradas pelo algoritmo J48 que foi implementado na plataforma WEKA. [A]. São José dos Campos, [B]. Campinas e [C]. Ribeirão Preto. 2.4 Classificação As árvores de decisão foram implantadas no e-cognition (Definiens, 2006) através do sistema de distribuição hierárquica de classes, cujos atributos foram especificados nos descritores das classes utilizadas. O algoritmo utilizado para classificar os objetos foi o Classification, que permite utilizar a descrição de cada classe utilizada. O produto gerado consistiu em um mapa temático, formado pelas cinco classes de interesse (corpos d’água, floresta, vegetação herbácea, áreas urbanas e solo exposto). Para gerar a matriz confusão dos mapas temáticos foram utilizados 100 pontos independentes para cada classificação. 2.5 Delimitação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) A delimitação das APPs foi baseada na Lei Federal N° 4.771 de 1965 que instituiu o Código Florestal Brasileiro, e também nas Resoluções CONAMA Nº 04/1985 e Nº 302 e 303/2002. Alguns fragmentos do Art. 3º do CONAMA Nº 303/2002 foram selecionados, que estabelecem as seguintes regras: I - em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeção horizontal, com largura mínima, de: a) trinta metros, para o curso d`água com menos de dez metros de largura; [...] II - ao redor de nascente ou olho d`água, ainda que intermitente, com raio mínimo de cinquenta metros de tal forma que proteja, em cada caso, a bacia hidrográfica contribuinte; [...] V - no topo de morros e montanhas, em áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura mínima da elevação em relação à base; [...] VII - em encosta ou parte desta, com declividade superior a cem por cento ou quarenta e cinco graus na linha de maior declive. 2317 Anais XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 13 a 18 de abril de 2013, INPE Além disso, o Art 2º CONAMA Nº 303/2002 trata de algumas definições relacionadas às áreas de morro e montanha: IV - morro: elevação do terreno com cota do topo em relação à base entre cinquenta e trezentos metros e encostas com declividade superior a trinta por cento (aproximadamente dezessete graus) na linha de maior declividade; V - montanha: elevação do terreno com cota em relação à base superior a trezentos metros; VI base de morro ou montanha: plano horizontal definido por planície ou superfície de lençol d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota da depressão mais baixa ao seu redor. Partindo desses princípios, as APPs em torno de rios foram delimitadas por uma função Buffer com valor de 30 metros sobre um arquivo vetorial da hidrografia da área de estudo. Utilizou-se da suposição de que todos os rios possuíam menos do que 10 metros de largura.Com relação às APP de nascente, partindo do pressuposto de Ribeiro et al. (2005), que afirma que o início da hidrografia pode representar uma nascente, foram demarcadas as nascentes. Em sequência, foi aplicada uma função Buffer com valor de 50 metros sobre os pontos de nascentes gerando as APPs. Para a delimitação das APPs em topo de morro e montanha foi aplicada a metodologia proposta por Peluzio et al. (2010), que utiliza do Modelo Digital de Elevação (MDE). O MDE utilizado foi o Topodata. A partir da função Slope (percentual) sobre o MDE, foram obtidas a declividade para cada pixel da cena, e os valores iguais ou acima de 100 foram demarcados como APP de declividade. Os arquivos foram todos convertidos para o formato raster, com resolução espacial de 30 metros – a mesma dos dados TM. Por fim, foi realizada uma sobreposição para gerar o mapa que continha todas as APPs. Através de um conjunto de operações de Álgebra de Mapas, implementado no ENVI 4.7 (RSI, 2010), as áreas de floresta obtidas na classificação foram determinadas em relação às APPs. Desta forma, foi quantificada a área florestal presente dentro das APPs, em cada município. Tais áreas foram utilizadas para a quantificação de ICMSe para os três municípios de estudo. 2.6 Cálculo do ICMSe O coeficiente para estimativa do ICMS-ecológico é calculado em quatro níveis: Básico – CCBb – por interface – CCBi - ,para o município – CCBm - e para o estado - CCBE. (a) ( (b) ( área do município ) *100 área do estado (1) (a) ) * CCBM % da área protegida (2) (c) ((b) * ICMSMunicipal) (3) (d ) (c) * % da área protegida (4) a) Coeficiente de Conservação da Biodiversidade Básico - CCBb. É o componente quantitativo do índice, levando em consideração a interface territorial da UC com o município. Este é um índice de restrição, que leva em consideração: 1) a categoria de manejo, gerando um fator de conservação, e 2) o âmbito e domínio da UC, listados no anexo C. b) O CCBI agrega o componente qualitativo ao coeficiente, através de tábua de avaliação qualitativa. 2318 Anais XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 13 a 18 de abril de 2013, INPE c) O CCBM é o valor agregado de todos os coeficientes de conservação por interface existente no município. d) Coeficiente de Conservação da Biodiversidade para o estado. O CCBm foi calculado em relação à área de remanescentes florestais existentes dentro das APPs de cada município, isto é, toda área de floresta classificada dentro das APPs foi considerada como Unidade de Conservação protegida em nível de 0,25 na escala de avaliação da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA). 3. Resultados e Discussão Os mapas temáticos gerados obtiveram um índice Kappa médio de 0,886. Para o município de São José dos Campos, a análise dos mapas de classificação e APPs mostrou uma área de 7.293,33 ha de floresta contida em APPs, o que resulta em 6,63 % da área total do município. São José dos Campos não possui nenhuma arrecadação dada pelo ICMSe, pois não consta no Ministério do Meio Ambiente nenhuma UC’s registrada. De acordo com o ICMSe estimado, este município poderia receber a quantia de R$ 1.013.138 anualmente. O determinante para o alto valor estimado do seu ICMSe é a quantidade de área florestal em APPs (maior entre os municípios estudados). Com apenas 1,22 % de área preservada, R$ 5.345,36 mil seriam retornados como adicional para Campinas como incentivo à preservação permanente. O valor de ICMSe destinado atualmente a esse município é de R$ 92.000. Este valor é calculado sobre a Reserva Florestal de Campinas, que possui uma área de 0,48 Km² com coeficiente de biodiversidade igual a 0,8 (SEMA, 2010). Já o município de Ribeirão Preto teria direito a um adicional de R$ 13.150,93 para as APPs, cerca de 14% do valor que recebe por ano (R$ 150 mil). O valor repassado atualmente para Ribeirão Preto é devido a uma estação ecológica registrada como UC (Estação Ecológica de Ribeirão Preto). Sua área abrange 2,2 Km² do município e seu coeficiente de biodiversidade é igual a 0,8. O maior índice de remanescentes florestais em APPs obtido por São José dos Campos não pode ser atribuído totalmente às políticas de preservação dessas áreas. Deve-se salientar que este município possui grandes porções de floresta em seu território, além de parte da Serra da Mantiqueira. Os menores índices apresentados por Campinas e Ribeirão Preto podem ser atribuídos às formas de uso e ocupação nesses locais, que caracterizam-se pela concentração de indústrias e expansão agrícola, respectivamente. A Figura 3 demonstra um baixo índice de APPs que estão de acordo com o Código Florestal vigente. O município que possui o maior índice de preservação é São José dos Campos, com cerca de 33% de áreas preservadas. Já campinas possui o pior índice, com apenas 181,17 ha de APPs (7%) preservadas. Ribeirão Preto possui cerca de 27% de APPs em acordo com o Código Florestal. 2319 Anais XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 13 a 18 de abril de 2013, INPE Figura 3. [A]. Condição das Áreas de Preservação Permanente nos municípios de São José dos Campos, Campinas e Ribeirão Preto quanto à cobertura florestal. [B]. Porcentagem das APPs em relação a área total do município. [C]. Quantificação do ICMS ecológico para as APPs que estão em acordo com o Código Florestal e para o total de APP se estivesse recoberta por floresta natural. 4. Conclusões - Os resultados obtidos demonstram que muitas APPs não estão de acordo com o Código Florestal / CONAMA. - A arrecadação de ICMSe pode ser uma alternativa viável para a recuperação das APPs, visto que boa parte dessas áreas já se encontra alterada. A regulamentação dessas áreas está ligada a melhoria da qualidade da água, manutenção do microclima da região e preservação de biodiversidade de flora e fauna, além de estarem relacionadas à qualidade de vida da população. - O município mais beneficiado com a proposta do presente estudo seria São José dos Campos, que não possui nenhuma receita relacionada ao ICMSe, e além disso possui o maior número de APPs preservadas. Referências Bibliográficas BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 4, de 18 de setembro de 1985. Tendo em vista o que estabelece a Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965, alterada pela lei 6.535, de 15 de junho de 1978, e pelo que determina a Resolução CONAMA 008/84 estabelece critérios para as Áreas de Preservação Permanente. Diário Oficial da União DOU de 20 de janeiro de 1986. Brasília DF, 1986. 2320 Anais XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 13 a 18 de abril de 2013, INPE BRASIL. Decreto-lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965. Institui o Novo Código Florestal Brasileiro e dá outras providências. Diário Oficial da União DOU de 16 de setembro de 1965. Brasília DF. 1965. Brown de Colstoun, E. C. Story, M. H. Thompson, C. Commisso, K. Smith, T. G.; Irons, J. I. National Park vegetation mapping using multitemporal Landsat 7 data and a decision tree classifier. Remote Sensing of Environment , v.3, n.85, p.316– 327, 2003. Definiens. Definiens professional 5: Reference book. Munich, Germany: The Imaging Intelligence Company, 2006. 122 p. 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