Sala ANG1- 09H05/10H35 Disciplina de

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Lições 15 e 16
12 de Outubro de 2012 (sexta-feira)
Sala ANG1- 09H05/10H35
Disciplina de Psicologia B
Sumário: O Cérebro. Conclusão da FTG 3. Lesões, função de
suplência e unidade funcional. FTG 4: acompanhamento do
trabalho realizado pelos alunos e esclarecimento de dúvidas.
Consulta de manuais de psicologia, dicionários, sítios na internet.
Revisão e avaliação de trabalhos e reflexões individuais dos
alunos – portefólios. A teoria triúnica do cérebro de Paul
MacLean e os seus críticos.
A teoria triúnica do cérebro de Paul MacLean (teoria do «trêsem-um») – médico neurologista norte-americano (1913-2007).
O neurologista Paul MacLean desenvolveu a teoria de que os
seres humanos não têm um só cérebro, mas antes três, e cada
um destes representa um estrato evolutivo distinto, os quais se
formam por camadas justapostas.
O cientista norte-americano afirmou que cada um desses
cérebros funciona como três computadores biológicos
interrelacionados, sendo que cada um deles possui a sua própria
inteligência, a sua própria subjectividade, o seu próprio sentido
de espaço e de tempo, e a sua própria memória.
A afirmação mais controversa da teoria triúnica é esta: cada
um dos três cérebros estão conectados entre si por redes
neuronais, mas cada um opera, funciona, como um sistema
cerebral próprio com capacidades distintas.
Os três cérebros são, segundo MacLean:
 O complexo-R, ou “cérebro reptiliano”;
 O cérebro paleomamífero, ou “sistema límbico”;
 O cérebro neomamífero, ou “neocórtex”.
A hipótese de MacLean tornou-se um paradigma influente nas
investigações sobre o cérebro, levando os cientistas a repensar o
seu funcionamento. Supunha-se que o neocórtex dominava os
outros níveis cerebrais inferiores. MacLean demonstrou que isso
não era exacto – quando tal é necessário, o sistema límbico,
fisicamente inferior, que governa as emoções, pode sobrepor-se
às funções mentais superiores.
O “complexo-R” possui um programa comportamental arcaico,
como os lagartos e as cobras – é rígido, obsessivo, compulsivo,
ritualista, paranóico, “preenchido por memórias ancestrais”: é
uma mente mecânica, que nunca aprende com os erros do
passado e repete o mesmo padrão de conduta inúmeras vezes.
Controla os músculos, o equilíbrio e as funções neurovegetativas,
como a respiração e os batimentos cardíacos. Mesmo no sono
mais profundo, continua activo.
O sistema límbico corresponde ao cérebro da maior parte dos
mamíferos e é responsável pelas emoções e instintos, a
agressividade, regulação da fome e do comportamento sexual –
tudo no sistema emocional, como afirmou MacLean, é
“agradável ou desagradável”: a sobrevivência depende da fuga à
dor e da repetição do prazer.
O neocórtex é “a mãe da invenção e o pai do pensamento
abstracto”, segundo as palavras de MacLean. É a sede das
funções cognitivas superiores que permitem distinguir o homem
dos restantes animais. Um rato sem córtex pode ainda agir de
modo normal, ao passo que um ser humano sem córtex não
passa de um vegetal.
Críticas à teoria de MacLean
A discussão da teoria de MacLean passa sobretudo pela crítica
à ideia de dominância cerebral por parte de um dos sistemas
cerebrais sobre os outros, em contextos diferentes, e também se
critica a ideia de que os três cérebros são independentes de um
ponto de vista funcional. Os principais críticos são os
neurocientistas que defendem uma visão holística, monista,
materialista e sistémica do cérebro. Considera-se que a
comparação anatómica entre os cérebros dos répteis e dos seres
humanos (e a comparação de comportamentos) não é adequada.
Os críticos de MacLean consideram que a ideia de
«microgénese», presente na sua teoria, a saber, a ideia de que a
estrutura do cérebro humano espelha a sua evolução ao longo
dos tempos, não é uma ideia correcta – os cientistas mais críticos
defendem que os caracteres mais antigos são alterados e
apagados na filogénese cerebral humana.
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