aloimunizao e rp_helio moraes

Propaganda
ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ
SER REPRODUZIDA SEM A
REFERÊNCIA DO AUTOR.
XIV JORNADA CEARENSE DE HEMATOLOGIA
E HEMOTERAPIA
ALOIMUNIZAÇÃO PLAQUETÁRIA
E
REFRATARIEDADE À TRANSFUSÃO DE PLAQUETAS
HELIO MORAES DE SOUZA
Maio, 2014
ALOIMUNIZAÇÃO PLAQUETÁRIA E
REFRATARIEDADE À TRANSFUSÃO DE PLAQUETAS
• Condições clínicas relacionadas;
• Testes de detecção de aloanticorpos;
• Refratariedade plaquetária;
• Seleção de plaquetas compatíveis.
Declaro não ter conflitos de interesse
ALOIMUNIZAÇÃO PLAQUETÁRIA
CONDIÇÕES CLÍNICAS RELACIONADAS:
TROMBOCITOPENIA ALOIMUNE NEONATAL
1/1.163 nascidos vivos
PÚRPURA PÓS-TRANSFUSIONAL
Incidência desconhecida
REFRATARIEDADE PLAQUETÁRIA IMUNOLÓGICA
3% a 14% dos pacientes oncohematológicos
TURNER et al., 2005; CONNELL & SWEENEY, 2012; GHEVAERT et al, 2013; VASSALO et al., 2013
ALOIMUNIZAÇÃO PLAQUETÁRIA
ANTÍGENOS ENVOLVIDOS:
ABO
HLA I
TINMOUTH et al, 2006
HPA
ALOIMUNIZAÇÃO PLAQUETÁRIA
MECANISMOS DE SENSIBILIZAÇÃO
VIA INDIRETA
LCT CD4+ paciente
APC paciente
PLT doador/feto
LCB paciente
Ac paciente
PAVENSKI et al, 2012
ALOIMUNIZAÇÃO PLAQUETÁRIA
DETECÇÃO DE ALOANTICORPOS: Inespecífica
PIFT – Platelet Immunofluorescence test
Plaquetas
(pool ou seleção)
Ac do soro a
ser testado
Ac Policlonal AntiIgG Humana
conjugado à FITC
↑↑↑ SENSIBILIDADE
von dem Borne, 1978; Heikal & Smock, 2013.
ALOIMUNIZAÇÃO PLAQUETÁRIA
DETECÇÃO DE ALOANTICORPOS ESPECÍFICOS: HLA Classe I
ANTÍGENO
+ SORO TESTE
+ MARCADOR
CITOTOXICIDADE
Dependente do
Complemento
LIFT
ELISA
LUMINEX
beads fluorescentes
Hod & Schwartz, 2008; Heikal & Smock, 2013.
ALOIMUNIZAÇÃO PLAQUETÁRIA
DETECÇÃO DE ALOANTICORPOS ESPECÍFICOS: HPA
ELISA com captura de antígenos: ACE, MACE e MAIPA
Plaquetas
+soro
+Ac Mo Anti-GP +lise
+Ac Anti-Mo
+ lisado
+ Ac anti-IgG
Humana
Testes com beads fluorescentes
Citômetro de Fluxo
Plataforma Luminex
bead + Ag
+ soro teste
+ Ac marcado
Gel
-
KIEFEL et al., 1991; BAKCHOUL et al., 2007; CHONG et al., 2011; HEIKAL & SMOCK, 2013.
+
REFRATARIEDADE PLAQUETÁRIA
CÁLCULO CORRIGIDO DO INCREMENTO (CCI)
(contagem pós-tx – pré-tx/µL) x superfície corporal (m2)
N° plaquetas transfundidas x 10-11
CCI INSATISFATÓRIO
10’ à 60’: ↓ <5.000
5.000/µl
18 à 24h: ↓ <2.500
2.500/µl
REFRATARIEDADE À TRANSFUSÃO DE PLAQUETAS (≥2 X ↓)
> 80% Não imunológica
< 20% Imunológica
TRAP, 1997; REBULLA, 2002; BRASIL, 2010; VASSALO et al., 2013.
REFRATARIEDADE PLAQUETÁRIA
Causas Não-imunes
80%
 Sepse;
 Febre;
 Esplenomegalia;
 Transplante de medula óssea;
 Coagulação intravascular disseminada;
 Doença do Enxerto contra o hospedeiro;
 Doenças vaso-oclusivas;
 Uso de medicamentos (anfotericina, heparina e vancomicina);
 Hemorragias
SLICHTER et al., 2005; CAMERON et al., 2007.
REFRATARIEDADE PLAQUETÁRIA
Causas Imunes
20%
Anticorpos contra antígenos dos sistemas:
 ABO;
 HLA (Human Leukocyte Antigen);
 HPA (Human Platelet Antigen).
TINMOUTH et al., 2006; SHEHATA et al., 2009
REFRATARIEDADE PLAQUETÁRIA
Frequência de aloanticorpos: variação de 54% a 66% (78%)
FERREIRA, et al., 2011; BAJPAI et al., 2005; KURZ et al., 2001; NANU, TANEJA,
1992; ARRUDA et al., 2008
Refratariedade à transfusão de plaquetas em pacientes
oncohematológicos varia em torno de 7% a 34% (16%).
THE TRAP STUDY GROUP, 1997; HOD E, SCHWARTZ J., 2008; FERREIRA et al.,
2011; QUAGLIETTA et al., 2012.
Seleção de CPs compatíveis: aumento do incremento póstransfusional.
YANKEE et al., 1969; MOROFF et al., 1992; PAI, et al., 2010; VASSALO et al.,
2013.
REFRATARIEDADE PLAQUETÁRIA
AVALIAÇÃO HCs UFU E UFTM - PPSUS
43 PACIENTES
ONCOHEMATOLÓGICOS
TIPO DE CP
• Leucodepletado X não
Leucodepletado
(p<0,0001)
• 13,5% ABO incompatíveis
(p=0,7632)
Conformidade >90%
nos parâmetros da RDC
96 EPISÓDIOS
TRANSFUSIONAIS
CONDIÇÕES NÃO IMUNES
• Sangramento
(p=0,0898)
• Vancomicina
(p=0,2668)
• Febre
(p=0,5517)
16%
REFRATÁRIOS
36%
CCI INSATISFATÓRIO
CONDIÇÕES IMUNES
• PIFT +
p=0,0179)
• Anti HLA I +
p=0,0272)
Gestação
CCI ↓(p<0,0001)
ALOIMUNIZAÇÃO/REFRATARIEDADE
AVALIAÇÃO HCs UFU E UFTM - PPSUS
58,5%
PIFT positivo
16%
REFRATÁRIOS
O que fazer?
52,5%
Anti HLA I positivo
78%
Aloimunizados
REFRATARIEDADE PLAQUETÁRIA IMUNOLÓGICA
Seleção de doadores compatíveis
Detecção aloanticorpo
Tipagem
Doador painel
SIM
Plaqueta HLA/HPA compatível
• utilizar plaquetas ABO compatíveis!
• evitar transfusão profilática
NÃO
Plaqueta antígeno negativa
NÃO
Plaqueta crossmatch negativa
ANDERSON et al, 2007; TINMOUTH et al., 2006; VASSALO et al., 2013.
ALOIMUNIZAÇÃO PLAQUETÁRIA
SELEÇÃO DE DOADORES HLA COMPATÍVEIS
HLAMatchmaker
Define compatibilidades e incompatibilidades
aceitáveis com base em “triplets” de resíduos de
aminoácidos (epítopos) apresentados nos sítios
de ligação da molécula HLA para o anticorpo.
Ex:
Doador B18
Paciente B7
B52
01 incompatibilidade = 11 triplets incompatíveis
No entanto..........
A33
O sistema imune do receptor não reconhece....
NENHUM triplet incompatível!!!!
ALOIMUNIZAÇÃO PLAQUETÁRIA
SELEÇÃO DE DOADORES (Estudo Piloto)
PPSUS: Banco piloto - Hemocentro Regional de Uberaba
269 doadores randômicos, masculinos e O +
68 doadores de plaquetaférese
Todos genotipados para os sistemas HLA Classe I e HPA -1, -2, -5 e -15
Frequências genotípicas dos sistemas HPA-1, 2, 5 e 15
PROJETOS EM ANDAMENTO
♦ AVALIAÇÃO IMUNOLÓGICA DE PACIENTES ONCOHEMATOLÓGICOS
FRENTE À TRANSFUSÃO DE PLAQUETAS (Em fase de conclusão)
♦ TRANSFUSÃO DE PLAQUETAS: IDENTIFICAÇÃO DE DOADORES
COMPATÍVEIS PARA PACIENTES ONCOHEMATOLÓGICOS (Iniciado)
CONCLUINDO:
Carta ao Editor da RBHH, 2010;32(4):335-336 “Transfusão de
plaquetas: do Empirismo ao embasamento científico”.
1. Disponibilizar o cadastro do REDOME (Mais de 3 milhões
de doadores → Muitos Doarores de Sangue Fidelizados)
2. Implantar protocolos para a identificação correta de
refratariedade plaquetária e seleção de doadores
compatíveis, direcionando o médico na conduta clínica
adequada, visando o tratamento eficaz e a racionalização no
uso de CPs. O alcance de tal objetivo, além de aumentar a
segurança das transfusões de plaquetas, colocará o Brasil no
mesmo patamar dos chamados países desenvolvidos no que
se refere à medicina transfusional.
Muito Obrigado!
Download