21º GRITO DOS EXCLUÍDOS DE CAMPINAS “Que país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome!” O 21º Grito dos Excluídos de 2015 convida todos e todas para ocuparem as ruas para denunciar a violência que vitimiza a juventude das periferias, alertar para o poder que os meios de comunicação exercem na manipulação de informações na defesa dos interesses das classes dominantes e na reprodução do padrão de desigualdades que mente e que mata, e cobrar o estado brasileiro para que assuma responsabilidades na garantia dos direitos dos cidadãos e cidadãs. Hoje sete famílias comandam os meios de comunicação são as mesmas que sustentaram a ditadura militar no Brasil e seguem utilizando a informação para enriquecimento próprio. A democratização dos Meios de Comunicação é urgente para garantir mecanismos de regulamentação que garantam condições para comunicar ao povo a pluralidade e a diversidade de opiniões. Os meios alternativos de comunicação dos movimentos sociais são veículos que democratizam a informação e mostram que outra forma de comunicação é possível. Hoje no Brasil cerca de 20 milhões de famílias vivem com menos de dois salários mínimos mensais, a desigualdade econômica é brutal agravada pela crise do sistema capitalista que se reorganiza promovendo injustiças á custas da precarização do trabalho, da privatização das politicas públicas, da mercantilização e financeirização dos bens comuns. A crise precisa se enfrentada com organização popular e defesa de reformas estruturais dos mecanismos de poder e decisão, a reforma do sistema politico e das instituições é um destes caminhos. Por isto neste 21º Grito dos Excluídos ocuparemos as ruas por soberania, para construir alternativas as partir da luta e resistência do nosso povo: Lutar contra a redução da maioridade penal e contra o extermínio da juventude pobre das periferias, e pelo investimento em políticas públicas que assegurem direitos universais. Lutar pela democratização dos meios de comunicação, com novo marco regulatório para difusão aberta, fortalecimento das TVs públicas e de rádios comunitárias e banda larga livre e gratuita. Lutar pela implementação de uma politica pública municipal que atenda a população de rua, fortalecendo serviços já existentes, reestruturando a rede atendimento, garantindo princípios básicos da dignidade humana. Lutar pelo direito a água como bem publico, contra o aumento da tarifa e por politicas publicas que impeça o desabastecimento nas cidades. Lutar pelo direito de construir manifestações populares e contra a repressão e criminalização dos movimentos sociais. Lutar pelo direito dos povos indígenas e quilombolas, com a demarcação de suas terras e o reconhecimento de sua autonomia. Lutar em defesa dos direitos das mulheres combatendo a violência e garantindo sua autonomia econômica. Lutar contra todas as formas de discriminação, combatendo o racismo e a intolerância religiosa. Lutar em defesa dos direitos da comunidade LGBTTs e o pelo fim da homofobia. Lutar pela manutenção do emprego e ampliação dos direitos sociais estão ameaçados pelo ajuste fiscal, e contra o Projeto de Lei 4330 que regulamenta a terceirização. Lutar pela realização do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva do Sistema Politico brasileiro. Lutar na defesa do pré-sal e das riquezas naturais e impedir a entrega de nosso petróleo às transnacionais. Lutar contra a transferência de bilhões de dólares ao exterior, de forma legal pelas empresas ou ilegal através de contas secretas (vide caso do HSBC). Lutar no combate a corrupção, penalizando os corruptos e corruptores, em todas as esferas de governo! Lutar pela Reforma Agrária, com incentivo a agricultura familiar e camponesa. Lutar pelo direito a moradia e Reforma Urbana com o fim da especulação imobiliária e exigindo politica urbana que articule estratégia de inclusão social e justiça ambiental. Lutar pelo direito a educação pública e gratuita, como dever do estado com 10% de investimento do PIB já. Lutar pela garantia e fortalecimento do SUS com politicas públicas, enfrentando a desigualdade com investimento de 10% do orçamento. Lutar contra a terceirização dos serviços públicos em Campinas já autorizado pela Câmara Municipal através da contratação das Organizações Sociais em diversas áreas. Lutar pelo direito a creche em Campinas, pelo o fim do déficit de vagas e a superlotação das unidades existentes, em especial nas naves mães. Lutar na defesa da participação popular com respeito as deliberações dos Conselhos Municipais. Lutar por uma politica de transporte público e de qualidade, contra aumento abusivo das passagens e a retirada dos cobradores dos ônibus de Campinas. Organização: Grito dos Excluídos de Campinas/2015