ACTUALIDADE «Antropologia forense» apresentado na OM Decorreu no dia 16 de Junho, no auditório da Ordem dos Médicos (OM), a sessão de lançamento do livro «Antropologia Forense», da autoria de Armando Santinho Cunha e Nathalie Antunes Ferreira. A apresentação da obra coube a Jorge Soares, professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Numa sessão em que também estiveram presentes representantes da Ordem dos Médicos – Pedro Nunes, bastonário, Isabel Caixeiro, presidente do Conselho Regional do Sul, Álvaro Beleza e Paulo Coelho, respectivamente vice-presidente e vogal do CRS – o prefaciador e apresentador da obra, Jorge Soares, realçou a bonomia, inteligência e o sorriso acolhedor de Santinho Cunha. Sobre o livro especificou a sua importância numa época em que «desastres de massa associados ao terrorismo fazem emergir a relevância da antropologia, restituindo a identidade e dignidade como pessoa às vítimas, retirando-as do anonimato». Aos autores agradeceu este livro, referindo-se à escrita como «um acto de dádiva e grande generosidade». «A Antropologia essa ‘arte antiga’ de conhecer o homem é, enquanto ciência, um ‘ofício recente’. (…) A Antropologia Forense é um ramo dessa árvore frondosa das ciências antropológicas, que vem adquirindo uma grande visibilidade, uma notória expressão pública», explica Jorge Soares no prefácio de um manual cuja organização e conteúdo resume da seguinte forma: «organizado em oito capítulos em que são descritos e comentados, em linguagem que conjuga a clareza com a precisão cientifica, os procedimentos de loca- 22 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Julho/Agosto 2008 ACTUALIDADE lização e de recolha in loco dos restos cadavéricos, condição e pressuposto para que exames periciais sejam tecnicamente rigorosos e haja legitimação das interpretações cientificas». Pedro Nunes congratulou-se com a presença de Santinho Cunha, «uma figura de referência para todos nós», na Ordem dos Médicos para lançar uma das suas obras, e sublinhou o grande respeito que o autor a todos inspira. Paulo Coelho, por seu lado, distinguiu Santinho Cunha como «um exemplo enquanto cidadão, médico, professor, amigo…», palavras de apreço que o próprio apelidou de «inesgotáveis» quando se está a falar de uma figura com a importância do co-autor de «Antropologia Forense» que se dedicou «com profunda entrega a áreas tão vastas como a medicina, a antropologia, a história e a arqueologia». As palavras de Nathalie Antunes Ferreira, co-autora, foram em primeiro de agradecimento, e depois de enquadramento da razão de ser do surgimento da obra: «ao longo da nossa actividade enquanto docentes deparámos com uma falta de manuais de âmbito geral de antropologia forense. Existem muitos livros mas todos de áreas muito específicas», realçando ainda que «actualmente, a antropologia forense tem uma grande visibilidade» e que «existem muitas pessoas com interesse nessa disciplina». Santinho Cunha também dirigiu palavras de agradecimento à coautora, ao bastonário da Ordem dos Médicos, ao prefaciador, do qual realçou as qualidades éticas e morais, e a Paulo Coelho, «pelo estímulo para esta e outras obras». Santinho Cunha Na mesa da sessão estiveram Paulo Coelho, Isabel Caixeiro, Santinho Cunha, Pedro Nunes, Jorge Soares e Nathalie Antunes Ferreira Seguiu-se uma sessão de autógrafos e um concerto de piano de cauda, nos jardins da Ordem dos Médicos, o qual ficou a cargo do Ginásio Ópera que se associou a este lançamento. Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Julho/Agosto 2008 23