ROM 93 Jul - Ordem dos Médicos

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«Antropologia forense»
apresentado na OM
Decorreu no dia 16 de Junho, no auditório da Ordem dos Médicos (OM), a
sessão de lançamento do livro «Antropologia Forense», da autoria de Armando Santinho Cunha e Nathalie Antunes Ferreira. A apresentação da obra
coube a Jorge Soares, professor catedrático da Faculdade de Medicina da
Universidade de Lisboa.
Numa sessão em que também estiveram presentes representantes da Ordem dos Médicos – Pedro Nunes,
bastonário, Isabel Caixeiro, presidente do Conselho Regional do Sul, Álvaro Beleza e Paulo Coelho, respectivamente vice-presidente e vogal do
CRS – o prefaciador e apresentador
da obra, Jorge Soares, realçou a bonomia, inteligência e o sorriso acolhedor de Santinho Cunha. Sobre o
livro especificou a sua importância
numa época em que «desastres de
massa associados ao terrorismo fazem
emergir a relevância da antropologia,
restituindo a identidade e dignidade
como pessoa às vítimas, retirando-as
do anonimato». Aos autores agradeceu este livro, referindo-se à escrita
como «um acto de dádiva e grande
generosidade». «A Antropologia essa
‘arte antiga’ de conhecer o homem é,
enquanto ciência, um ‘ofício recente’.
(…) A Antropologia Forense é um
ramo dessa árvore frondosa das ciências antropológicas, que vem adquirindo uma grande visibilidade, uma
notória expressão pública», explica
Jorge Soares no prefácio de um manual cuja organização e conteúdo resume da seguinte forma: «organizado
em oito capítulos em que são descritos e comentados, em linguagem que
conjuga a clareza com a precisão
cientifica, os procedimentos de loca-
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lização e de recolha in loco dos restos
cadavéricos, condição e pressuposto
para que exames periciais sejam tecnicamente rigorosos e haja legitimação das interpretações cientificas».
Pedro Nunes congratulou-se com a
presença de Santinho Cunha, «uma figura de referência para todos nós», na
Ordem dos Médicos para lançar uma
das suas obras, e sublinhou o grande
respeito que o autor a todos inspira.
Paulo Coelho, por seu lado, distinguiu
Santinho Cunha como «um exemplo
enquanto cidadão, médico, professor,
amigo…», palavras de apreço que o
próprio apelidou de «inesgotáveis»
quando se está a falar de uma figura
com a importância do co-autor de
«Antropologia Forense» que se dedicou «com profunda entrega a áreas tão
vastas como a medicina, a antropologia, a história e a arqueologia».
As palavras de Nathalie Antunes Ferreira, co-autora, foram em primeiro de
agradecimento, e depois de enquadramento da razão de ser do surgimento
da obra: «ao longo da nossa actividade enquanto docentes deparámos com
uma falta de manuais de âmbito geral
de antropologia forense. Existem muitos livros mas todos de áreas muito
específicas», realçando ainda que «actualmente, a antropologia forense tem
uma grande visibilidade» e que «existem muitas pessoas com interesse nessa
disciplina». Santinho Cunha também
dirigiu palavras de agradecimento à coautora, ao bastonário da Ordem dos
Médicos, ao prefaciador, do qual realçou as qualidades éticas e morais, e a
Paulo Coelho, «pelo estímulo para esta
e outras obras».
Santinho Cunha
Na mesa da sessão estiveram Paulo Coelho, Isabel Caixeiro,
Santinho Cunha, Pedro Nunes, Jorge Soares e Nathalie Antunes Ferreira
Seguiu-se uma sessão de autógrafos e
um concerto de piano de cauda, nos
jardins da Ordem dos Médicos, o qual
ficou a cargo do Ginásio Ópera que
se associou a este lançamento.
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