Técnica revolucionária para cirurgia de vesícula não deixa

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Técnica revolucionária para cirurgia de vesícula não deixa cicatrizes e é menos invasiva
No caso da cirurgia por incisão única, trata-se de um procedimento diferente da videolaparoscopia,
em que são feitos 3 a 4 pequenos cortes no abdôme; neste caso, uma micro-câmera é inserida por
um único orifício, o umbigo, sem outros cortes, e através da utilização de materiais especiais,
retira-se a vesícula doente por um único corte que fica dentro do umbigo, causando menor trauma, e
o melhor, sem cicatriz.
Além de não deixar cicatrizes, que muitas vezes causam constrangimento e, até mesmo, problemas
psicológicos para o paciente, a técnica permite que a pessoa tenha alta um dia após o procedimento
e retorne às suas atividades em poucos dias.
Segundo o cirurgião do aparelho digestivo, Alexandre Sakano, a nova técnica vem sendo procurada
especialmente por mulheres, por conta de não deixar marcas no corpo após o processo cirúrgico,
que acabam atrapalhando o uso de biquínis, mini-blusas e tops. “Os pontos são internos e absorvidos
pelo próprio organismo e, depois de um ano, a pequena marca dentro do umbigo já estará bem
reduzida”, afirma o especialista.
Cerca de 20% das famílias ao redor do mundo tem problema na vesícula biliar, conhecido como
vesícula preguiçosa. Nesses indivíduos, a vesícula biliar não se contrai por muito tempo, o que
acaba por reter a bile que advém do fígado. Assim, ocorre um processo de desidratação,
concentração e, finalmente, a bile começa a empedrar. E, assim, formam-se as pedras na vesícula,
que geram sintomas como náuseas e sensação de empachamento após as refeições, especialmente
as gordurosas, e às vezes cólicas do lado direito do abdôme, embaixo da costela.
Mas o problema pode se complicar quando ocorre a migração destes cálculos. Se um cálculo se
dirigir para a área de junção da vesícula, denominada ducto cístico, acontece o entupimento da
vesícula e, então, o órgão se contrai, numa tentativa de se desobstruir. Quando chega nesse estágio,
o paciente sente uma dor intensa do lado direito do abdôme, que pode se irradiar para as costas e
também apresentar vômitos.
Nos casos mais graves, há um encaixe da pedra na junção da vesícula ao colédoco, que é o canal que
vem do fígado, de maneira que a pedra não pode voltar espontaneamente. Aí, a vesícula entre em
sofrimento, podendo levar à infecção e posterior perfuração com peritonite grave. Em outros casos,
as pedras vão da vesícula para o canal do fígado (coledoco), provocando um entupimento e
prejudicando a drenagem de bile pelo fígado, que não é escoado para o duodeno, como deveria ser.
Ocorrem cólicas e a bile represada no fígado caminha para o sangue, ocasionando a icterícia
(coloração amarelada do paciente).
Esse problema é chamado de coledocolitíase. Já quando a pedra da vesícula entope o coledoco pode
acontecer também a obstrução do canal do pâncreas, gerando a pancreatite aguda. Todas essas
complicações, apesar de serem pouco frequentes, são consideradas muito sérias, têm início
repentino e podem até mesmo provocar a morte do paciente. “Portanto, é importante ficar atento
aos sinais iniciais dos problemas na vesícula”, ressalta o cirurgião.
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