Análise da volumetria do

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ANÁLISE DA VOLUMETRIA DO EDIFICADO EM MEIO URBANO
T. Santos, A. M. Rodrigues & J.A. Tenedório
Centro de Estudos de Geografia e Planeamento Regional, Universidade Nova de Lisboa
[email protected]
Keywords:Volume, Indicadores Urbanos, LiDAR
Em planeamento, é comum a utilização de Indicadores Urbanos quando se pretende
simplificar, quantificar e comunicar informação relevante sobre processo urbanístico. A
construção destes indicadores requer informação sobre o meio urbano. Neste contexto,
uma fonte importante sobre o estado do território são os dados obtidos por detecção
remota. Através de técnicas de processamento digital de imagem, detalhe temático pode
ser extraído daqueles dados e utilizados na construção de sistemas de indicadores.
As métricas mais comuns baseiam-se em dados 2D, e incluem indicadores como área
impermeável per capita ou superfície ocupada por espaços verdes. Estas medidas têm
geralmente como fonte primária a informação espectral recolhida em imagens digitais.
Mais recentemente, com o aparecimento de sensores baseados em varrimento laser, a
disponibilização de informação altimétrica dos objectos sobre a superfície, permitiu a
modelação 3D de espaços urbanos a grande escala.
O presente trabalho explora os dados obtidos por Light Detection And Ranging (LiDAR),
juntamente com dados demográficos, como fonte para a produção de indicadores urbanos de
volumetria. A informação obtida por LiDAR corresponde a uma nuvem de pontos com
informação altimétrica. A partir desta nuvem produz-se uma matriz de valores contínuos para
toda a superfície. Esta matriz corresponde ao Modelo Digital de Superfície (MDS), e caracteriza
a superfície do terreno, incluindo estruturas. Se a este MDS se subtrair o Modelo Digital de
Terreno, que descreve a altimetria do terreno, obtém-se o MDS normalizado (MDSn), onde
todas as estruturas acima do terreno são identificadas.
Cruzando a informação planimétrica sobre a localização dos edifícios, com o MDSn, conseguese obter a altura de cada edifício, bem como a área de implantação. Este modelo 3D do
edificado é a base para o estudo da variabilidade espacial do tecido urbano, realizado através do
cálculo de indicadores. O conceito é aplicado na cidade de Lisboa, onde se calcularam
conjunto de medidas que incluem Volume construído per capita, Densidade Volumétrica ou
Homogeneidade Volumétrica. A partir destes indicadores estuda-se a variação em ocupação e
volume de freguesias Lisboetas com diferentes características, desde áreas históricas
consolidadas, até áreas residenciais/comerciais mais recentes.
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