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PLEIADE
Publicação Técnico-Científica da Uniamérica
VOLUME 09
NÚMERO 18
JUL. / DEZ. 2015
EDITORIAL
“Educador já não é aquele que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo
com o educando, que ao ser educado, também educa"
Paulo Freire
A Revista Pleiade segue com êxito o ideal que a criou.
As vésperas de completar 10 anos de publicações constitui o periódico científico da Associação
Internacional União das Américas – Uniamérica, Instituição de Ensino Superior incomum na condição de
Organização Comunitária e Filantrópica.
A Uniamérica é gerida por equipe com larga experiência no setor de educação no Brasil e América
Latina, além de demonstrar claro compromisso com a inclusão social e com o desenvolvimento regional.
Acima de tudo, é preciso ressaltar o paradigma educacional sendo construído, aplicado, e em constante
aperfeiçoamento, na Uniamérica, a partir de inovadoras Metodologias Ativas de Aprendizagem.
Esse contexto apresenta o compromisso de questionar, atualizar e validar novos conteúdos educacionais.
Educar significa identificar, elaborar e oferecer os melhores recursos possíveis visando o desenvolvimento
biopsicossocial do educando.
Com base nos diversos níveis educacionais, pedagogia, andragogia e heutagogia, na Uniamérica buscase formar a consciência protagonista capaz de gerir e programar o processo pessoal de aprendizagem, a partir
de si mesmo e com foco na participação ativa no processo de renovação social frente aos presentes desafios
atuais.
O inédito modelo educacional visa treinar o aluno a identificar problemas, encontrar conhecimentos,
bem como aplicar soluções, diferentemente do processo de apenas apresentar conceitos prontos e finalizados.
Seres humanos são agentes ativos. Ao serem educados, possuem conteúdos prévios que influenciam
significativamente a aprendizagem, ou seja, recebem e interpretam os conteúdos ministrados de acordo com
o modo próprio pelo qual foram educados.
A base pedagógica, as experiências educacionais anteriores, fundamenta o raciocínio, a memória e a
compreensão que elaboram nas aulas, enfim a aquisição de novos conhecimentos. Novos conteúdos são
elaborados com base no que se sabe e no que se acredita previamente.
Assim, a aprendizagem para ser efetiva precisa levar em consideração o conhecimento prévio do aluno,
deve ser capaz de identificar conteúdos, crenças e interpretações incompletas, não apenas, mas
principalmente aquelas relacionadas aos assuntos em questão no set educacional.
Essa deve ser a base que o professor precisa estabelecer para facilitar a aprendizagem de algo novo e
melhor. Ignorar o que o aluno sabe quando chega à sala de aula, é levá-lo a desenvolver uma compreensão
distinta da pretendida.
Nenhum professor em sã consciência quer correr o risco de seu plano de aprendizagem não ser bem
sucedido, ou seja, de não se adequar ou contradizer aos citados preceitos. Educadores precisam se preparar
para ministrar conteúdos ou concepções ancoradas, isso é, conceitos e atividades curriculares coerentes com
os conhecimentos prévios do aluno. Ao mesmo tempo, precisa saber discernir e evitar conteúdos ou
concepções alternativas, conceitos e atividades incoerentes ou inconsistentes com as preconcepções do
estudante.
Em síntese, avaliar as concepções errôneas dos alunos é conhecimento crítico do docente que quer
exercer instrução e a consequente aprendizagem. Conhecimento anterior ou prévio representa o limite do
aprendiz, quando desconsiderado inviabiliza qualquer esperança de sucesso. O processo educacional pode
estar perdido antes mesmo de começar.
O agente educando não consegue enxergar tal condição. Informado a respeito provavelmente discordará.
Não sabe o que não sabe. Pode até se posicionar dizendo que está tentando com vontade. O problema é que
todo o esforço que aplica, prende-se a um conjunto de regras fictícias que previne a pessoa de realmente
aprender.
Eis um dos desafios para o sucesso de uma educação eficiente, eficaz e efetiva.
Com os melhores votos de excelente leitura,
Os Editores
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