LITÍASE RENAL: CT helicoidal é a melhor técnica radiográfica para diagnóstico da urolitíase. A maioria dos cálculos renais simples (80-85%) podem ser tratados com LECO. NEFROLITOTOMIA PERCUTÂNEA é o tratamento de escolha para cálculos renais complexos. Cálculos coraliformes devem ser tratados e a NEFROLITOTOMIA PERCUTÂNEA é o tratamento preferido na maioria dos pacientes. A URETEROSCOPIA é o tratamento preferido nas gestantes, na obesidade mórbida e nos pacientes com coagulopatias. A maioria dos cálculos ureterais < 5mm de diametro passam espontaneamente num prazo de 4 semanas a contar do inicio dos sintomas. Locais de impactação: – Cálice – Junção pieloureteral (pélvis 1cm // ureter 2 a 3 mm) – Cruzamento com vasos ilíacos – Ureter é cruzado vasos pélvicos – Junção ureterovesical. Análise da urina: Piúria (mesmo em pacientes com litíase não infectada), Cristalúria, Positividade para nitrito ou bactéria pode indicar infecção urinária. Cálculos de indinavir podem aparecer radiotransparentes, entretanto, todos os outros cálculos são opacos na CT. Cerca de 12% (10 a 20%) dos pacientes que vão para o CT para avaliar possível litíase urinária necessita de meio de contraste venoso para avaliação adicional Cálculos urinários não são visíveis na RM porque não produzem sinal. INDICAÇÂO PARA INTERVENÇÂO DE URGÊNCIA • Presença de infecção com obstrução do trato urinário. • Urosepsis • Dor intratável, vômitos incoercíveis ou ambos. • Prevenindo IRA • Obstrução num rim solitário ou transplantado. • Obstrução renal bilateral por cálculos. Tratamento da dor: • analgésico. • meperidina 50/100mg IM. • morfina 10/15mg. • Anti-espasmódico / anti-inflamatório AINEs devem ser evitados nos pacientes com função renal comprometida ou história dev sangramento gastrointestinal. Hospitalização: vômitos / analgesia freqüente / infecção. Obstrução com infeção: tratamento cirúrgico imediato Deterioração renal inicia 18/24h CALCULO DE ACIDO URICO Indivíduos normais têm variação diária do pH (ondas alcalinas pós-prandiais ) acima 6,5. Pacientes com litíase de Ac.Úrico têm tendência de manter pH < 6,0 e freqüentemente fixo ao redor de 5,0 Três fatores podem estar envolvidos na formação da litíase de ácido úrico: • 1. Hiperuricosúria relativa ou supersaturação crônica da urina com Ác. Úrico. • 2. Tendência para excreção de urina excessivamente ácida. • Baixa diurese ( medicação, profissão em ambiente quente e viver em clima quente). Alcalinizar com Bicarconato ou Citrato, porém deve-se evitar que o pH fique acima de 7 para minimizar a cristalização de fosfato de cálcio!!!! Nos pacientes que não respondem à lcalinização, tratar com Alopurinol (100-300mg/dia) CALCULOS DE CISTINA O tratamento é direcionado à diminuição da concentração urinaria de cistina a valores abaixo do limiar de solublidade. A elevação do Ph urinário acima de 7,5 aumenta discretamente asulubilidade da cistina ESTRUVITA Formam-se apenas quando a porção superior do trato urinário estiver infectadas por bactérias produtoras de uréase: Proteus, Klebsiella, Providencia. A hidrolise da uréia pela uréase eleva o pH a 8 e à formação de estruvita. Se a infecção não for tratada-- calculo coraliforme!!! A remoção ocmpleta dos cálculos de estruvita só é conseguida por meio de intervenções cirúrgicas. Combinação de Nefrolitotomia percutânea + LECO ácido Aceto hidroxamico ( inibir a ação da urease) 750 mg/d em dose divididas Considerar o uso de drogas indutoras de cálculos (1-2%), especialmente: o Nelfinavir o Indinavir o Sulfas o Suplementações contendo cálcio e Vitamina D TRATAMENTO: Diuréticos tiazídicos: São indicados pela sua ação na redução da excreção urinária de cálcio e da absorção intestinal de oxalato, o que protege a perda óssea e reduz a incidência de fraturas. Alopurinol Citrato de potássio: Reduz a supersaturação urinária de oxalato de cálcio e de ácido úrico, além de inibir o crescimento e a agregação de cálculos de já formados Magnésio (?) LECO: Contra-Indicações: • Infecção urinária clinicamente ativa com quadro febril. – Identificar a bactéria e instituir tratamento antimicrobiano específico. • Infecção urinária (cultura positiva) sem sinais clínicos como febre e prostração) – Administrar 24 horas antes da LEOC medicação antibiótica pelo prazo estipulado pelo médico assistente. • Portadores de litíase com urina estéril e sem ITU prévia não necessitam de antibiótico profilático. • Aqueles com ITU prévia recente ou cálculos de estruvita devem receber antibiótico profilático. As fluoroquinolonas ou cefalosporinas em dose única são exemplos de antibióticos recomendados nesta situação. • Portadores de marca-passo cardíaco e arritmia podem apresentar alterações cardiológicas durante o tratamento. • A gravidez é uma contra-indicação à LEOC devendo-se postergar o tratamento até o final da gestação Indicações: • Sintomáticos • Maiores que 5 mm • Assintomáticos em mulheres que queiram engravidar • Profissão especial (aeronautas) Aspectos do Cálculo: Quanto maior o cálculo menor a possibilidade de sucesso, independentemente do número e intensidade das ondas de choque. Nos cálculos maiores que 20 mm deve-se considerar a nefrolitotripsia percutânea. Cálculos mais denso que o osso, liso, redondo e homogêneos são mais difíceis de se fragmentar, e quando o fazem, resultam em fragmentos maiores. Cálculos menos densos, espiculados, heterogêneos, com formas geométricas variadas fragmentam-se mais facilmente e em fragmentos menores • Fatores indicativos de sucesso da LEOC: – Tamanho e dureza do cálculo. – Cálculos < 20mm, baixa opacidade radiológica, espiculados são os que mais se fragmentam, embora necessitem de um nº maior de reaplicações. Nas crianças há possibilidade de ser atingido outros órgãos, além dos rins serem frágeis nesta faixa etária à passagem das ondas de choque. Nos idosos pode ocorrer aumento da resistência vascular após o tratamento, sugerindo a ocorrência de fibrose perivascular e intersticial que pode levar à hipertensão arterial Indicações para Duplo J: – Cálculo > 20 mm – Composição química que pressupõe a eliminação de fragmentos maiores com possibilidade de obstrução ureteral. – Rim único com cálculos > 10 mm ou a critério médico. Seguimento: O melhor exame para controle do resultado da LEOC é a CT, seguida da US e por último a KUB. O 1º controle pós LEOC pode ser solicitado entre 2 a 3 meses da aplicação. – As reaplicações podem ser indicadas: • Obtenha fragmentos < 3 mm • Cada sessão forem eliminadas 30% do volume do cálculo inicial. • Em caso de não fragmentação pode-se repetir por uma vez. CALCULOS URETERAIS Cálculos < 5 mm com sintomas controlados clinicamente tratamento conservador e controles periódicos. Mais de 90% destes são eliminados espontaneamente. • • • Ureter proximal – Cálculos com diâmetro entre 5 – 10 mm a LEOC pode ser considerada como a 1ª opção com estimativa de sucesso de 80%. – Cálculos com diâmetro maiores que 10 mm a ureteroscopia e a nefroureterolitotripsia percutânea são opções terapêuticas indicadas em cada caso. Ureter médio – Cálculos > do que 5 mm a LEOC apresenta baixo índice de fragmentação devido à dificuldade de localização do cálculo. Ureter distal – Cálculos < 10 mm a LEOC apresenta taxas de sucesso de até 86%, podendo ser necessária reaplicações. A composição interfere nos resultados: – Cálculos de cistina têm reduzido índice de fragmentação. – A nefrolitotripsia pode ser considerada uma atraente alternativa nestes casos. Fatores pessoais contra indicam a litotripsia • Gravidez • Coagulopatia • Obesidade mórbida Consideram-se de maior dureza, portanto, com menor índice de sucesso com LECO os cálculos de oxalato de cálcio monoidratado , de brushita (fosfato de cálcio diidratado e oxalato de cálcio monoidratado) e de cistina. Os cálculos compostos de oxalato de cálcio diidratado, estruvita ou fosfatoamoniomagnesiano são mais favoráveis á fragmentação. • Reaplicação LECO pode ser indicada se: – Fragmento < 3 mm – Cada sessão elimina 30% do volume inicial. Complicação: – Mais frequente: obstrução ureteral por fragmentos. Prevenir com dulo J (cálculos > 20 mm e rim único ou restante) NEFROLITOTRIPSIA PERCUTANEA: • Indicações: – Cálculos > 20 mm – Cálculos múltiplos – Cálculos coraliformes – – – – – Cálculos localizados no cálice inferior dilatado Cálculos localizados em divertículos calicinais Cálculos localizados em Rim em ferradura Cálculos associados à obstrução. Cálculos duros CIRURGIA ABERTA • Indicações – Rins com variações anatomicas – Rim pélvico – Anomalias de rotação – Cálculo piélico muito grande ou coraliforme completo NEFROSTOMIA PERCUTANEA complicaçoes: perfuração Se a perfuração for intraperitoneal tratamento cirúrgico ou também na presença de peritonite ou sepse. Se a perfuração for duodenal o tratamento pode ser conservador – Nefrostomia – Sonda nasogástrica – Alimentação parenteral TRANSPLANTE RENAL Somente entre 20 e 60% dos potenciais doadores torna-se doador efetivo Não detecção Não notificação Contra-indicações médicas Problemas na manutenção do doador Recusa familiar à doação 3. Novas opções de nefrectomia por videolaparoscopia – com menor quadro álgico – Melhor estética – Menor tempo de hospitalização Contra-indicações: Absolutas Idade inferior a 18 anos Hipertensão severa Infecção viral ativa Alteração psiquiátrica Obesidade (IMC > 35 Kg/m2) Gravidez Nefrolitíase Tromboembolismo Tumor Tromboflebite Doença crônica Doença sistêmica Doença hereditária Rim Rim Infecção bacteriana ativa Relativas: Idade maior que 70 anos Fatores de risco para Diabetes Melito Hipertensão arterial leve Hepatite B ou C Obesidade moderada (IMC 30-35 Kg/m2) Alteração do trato urinário Avaliação do enxerto: • Estado de conservação do rim • Temperatura • Inviolabilidade do conteúdo • Relatório de descrição das características do enxerto renal Obrigatoriamente antes de anestesiar o receptor DOR RENAL: Então, pielonefrite, prostatite e epididimite são tipicamente bastante dolorosas. A dor ocasionada por inflamação pode ser constante enquanto que a dor relacionada com obstrução flutua em intensidade. Então a dor produzida por obstrução ureteral é do tipo cólica e se intensifica com a peristalse ureteral, momento em que a pressão na pélvis renal aumenta quando o ureter se contrai na tentativa de forçar a passagem de urina através da obstrução. Os sintomas gastrointestinais associados se devem à estimulação reflexa do gânglio celíaco e à proximidade dos órgãos vizinhos (fígado, pâncreas, duodeno, vesícula biliar e cólon ). Náusea, vômito e distenção abdominal. Manifestações adrenérgicas: palidez, taquicardia e sudorese. Nos casos típicos os pacientes com uma patologia intraperitoneal preferem permanecer imóveis para reduzir ao mínimo a dor enquanto que os pacientes com uma dor de origem renal freqüentemente se sentem melhor se estão em movimento e comprimem a zona lombar com uma das mãos. Nas obstruções do terço médio do ureter direito a dor é referida na fossa ilíaca direita (ponto de Mc Burney) simulando apendicite. No lado esquerdo se refere à fossa ilíaca esquerda e se assemelha a uma diverticulite. A obstrução ureteral inferior freqüentemente se associa com sintomas irritativos vesicais entre eles disúria, polaciúria, urgência miccional e dor supra púbica que nos homens pode irradiar-se ao longo da uretra até o extremo do pênis. Tratamento – Prioridade: alívio da dor Paliação da dor pode ser atingida: Incremento do fluxo urinário ureteral Reduzir a produção de urina Diminuição do tônus da musculatura ureteral e/ou Alterar a sensibilidade dolorosa ao nível do SNC. Medicação: dipirona, opiáceos, AINEs, Metoclopramida: Tem ação anti-emética e procinética sobre o trato digestivo alto, além de incrementar o peristaltismo ureteral. Hidratação: Não há substrato fisiopatológico para a hiper hidratação no tratamento da dor renal. O aumento da ingestão líquida acarreta maior filtração glomerular e conseqüentemente maior produção de urina, o que provocaria maior pressão intra-luminal acima da obstrução, piorando os sintomas. DOR VESICAL: Causa urológica: relacionada com retenção urinária As dores suprapubicas intermitentes podem dever-se a transtornos inflamatórios tais como cistite bacteriana aguda ou cistite intersticial. O típico é que a dor associado com estas afeções sejam mais severas quando a bexiga está cheia e se alivia ao menos em parte com a micção. DOR PROSTÀTICA: A dor de origem prostática em geral é secundária a inflamação e pode ser localizada na zona perineal com irradiação para a coluna lombo sacra, canal inguinal e extremidades inferiores. Pode também associar-se com sintomas de irritação durante a micção e nos casos severos com retenção urinária aguda. DOR PENIANA: A dor originada em um pênis flácido geralmente é conseqüente de uma enfermidade venérea ou por parafimose. A dor no pênis ereto geralmente é devida a Doença de Peyronie ou ao priapismo. DOR TESTICULAR: A dor testicular de origem primária se origina no escroto ( traumatismo, torção do testículo, ou de um dos apêndices testiculares ou epididimite aguda). Irradiação para região inguinal. A dor crônica provocada por hidrocele e varicocele geralmente se caracteriza por uma sensação surda de plenitude que não se irradia em nenhuma direção HEMATÚRIA Inicial: uretra anterior ou prostática. Total: bexiga ou trato urinário superior. Terminal: colo vesical. Hematúria dolorosa: pode originar-se do trato urinário superior ou representar uma irritação do trato urinário inferior ( litíase ). Hematúria indolor: tumor trato urinário. PRIAPISMO: • Etiologia – Idiopático (primário) – Secundário • Tromboembolico (anemia falciforme, leucemia) • Traumático (perineal ou genital). • Neurogênico (lesões da M.E., neuropatia autonômica e anestesia). • Infiltração maligna do pênis • • Medicações orais e substâncias químicas (álcool, agentes psicotrópicos, anti-hipertensivos). • Uso de drogas intracavernosas: (Papaverina, Papaverina com fentolamina e Prostaglandina E¹ ou combinação dos três). Tratamento: (Anemia Falciforme) – Hidratação – Alcalinização – Analgesia – Transfusão sangüínea (elevar Hb > 10mg/100ml e reduzir Hb S a menos de 30%). – Pode ser necessário vários dias a 2 semanas para lograr a flacidez completa do pênis. • Uso de agentes α adrenérgico induz detumescência em animais de experimentação e homens com priapismo. Tratamento padrão na maioria dos casos de priapismo espontâneo ou induzido por injeções. • Aspiração de sangue Oss.: – Tratamento nas primeiras 24 horas: quase todos respondem e a potência sexual não se modifica – Tratamento atrasa mais de 36 a 48 horas existe o risco de que se produza lesão importante nos tecidos eréteis e pode ser necessário um “shunt”. – A isquemia tissular começa depois de 4 a 6 horas. – Recomenda-se abortar o priapismo nas primeiras 6 horas para reduzir ao mínimo as lesões tissulares. – Se o priapismo tem mais de 24 horas de duração e não ocorre detumescência após mais de 10 injeções de 250 μg de fenilefrina utiliza-se o shunt. TORÇÃO DE TESTÍCULO: Prognóstico: Bom se corrigida nas primeiras 4 a 6 horas. É essencial fazer o diagnóstico diferencial rápido entre a torção e a epididimite. O exame físico em fase precoce da epididimite mostra tumefação limitada a cauda do epidídimo. 15 % dos pacientes com torção de instalação recente também podem ocorrer tumefação localizada somente no epidídimo. Nos casos de epididimite o pulso arterial do testículo ipsilateral deve ser mais intenso que o contra-lateral. Se se percebe um pulso no testículo ipsilateral comprime-se a artéria testicular ao nível do anel inguinal. Se o pulso desaparece pode-se deduzir que realmente provinha do testículo. E neste caso é improvável que o paciente tenha uma torção. Se o pulso persiste o impulso poderia vir dos vasos escrotais inflamados e neste caso é possível que exista a torção.