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INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE EM MENORES DE CINCO ANOS EM MATO GROSSO DO
SUL
Autoras
Monteiro, Rosilene Canavarros1
Stolte-Rodrigues, Vânia Paula2
Nascimento, Janaína Michelle Oliveira3
Introdução: Segundo a OMS, o Brasil é um dos 22 países que concentram 80% da carga mundial de TB,
ocupando a 16ª posição em relação de casos novos e a 22ª em relação ao coeficiente de incidência (CI),
prevalência e mortalidade. É importante salientar uma diminuição no CI como resultado do trabalho que é
desenvolvido pelo Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT),
que envolve estados, municípios e sociedade civil (BRASIL, 2014). O problema da TB no Brasil reflete o
estágio de desenvolvimento social do país, onde os determinantes do estado de pobreza, as condições
sanitárias precárias, as fraquezas de organização do sistema de saúde e as deficiências de gestão limitam a
ação da tecnologia e, por conseqüência, inibem a queda de doenças marcadas pelo contexto social (HINO,
2011). Quando falamos em TB, em menores de cinco anos, existe todo um contexto relevante, e esse deve ser
considerado um evento-sentinela, visto que se refere a uma infecção promovida por contato com uma pessoa
bacilífera. Do ponto de vista epidemiológico, o paciente bacilífero é a principal fonte de infecção (TORRES FILHO,
2007). A criança doente também representa, quando não diagnosticada e tratada, uma importante fonte de
disseminação do bacilo (MACIEL; DIETZE; HADAD, et al., 2008a).
Objetivo: Descrever a incidência dos casos de TB em menores de 05 anos no Estado de Mato Grosso do
Sul, no período de 2002 a 2012.
Material e método: Este foi um estudo epidemiológico de caráter descritivo e retrospectivo tipo
levantamento de dados, com base em dados secundários e que realizado por meio de informações de casos
notificados no Sistema de Informações de Agravos de Notificações- SINAN, disponível na base de dados do
DataSUS. Para o desenvolvimento da pesquisa, foram consideradas apenas as informações referentes a
crianças menores de 05 anos. As variáveis levantadas são idade e forma clínica pulmonar.
Resultados e discussão: De acordo com um levantamento do Ministério da Saúde realizado em 2014, o
Mato Grosso do Sul é o 10º estado com maior número de casos de TB, com média de 30,7 a cada 100 mil
habitantes (Figura 1).
Figura 1 - Incidência em Mato Grosso do Sul
1
Acadêmica do curso de Enfermagem da Faculdade Unigran Capital – bolsista de Iniciação Científica ciclo 2015-2016.
[email protected]
2
Docente do curso de Enfermagem da Faculdade Unigran Capital – orientadora científica deste trabalho.
[email protected]
3
Pesquisadora Colaboradora – Faculdade Unigran Capital
Assim como em outros estados do Brasil, em Mato Grosso do Sul existem casos de TB em menores
de 05 anos (Figura 2), tendo um declínio de 2002 a 2012, segundo dados encontrados no DATASUS. As
crianças formam um público interessante neste contexto, visto que os sintomas não se diferem
significativamente de outras patologias que as acometem nesta idade, tornando mais difícil o diagnóstico da
doença. Também deve se considerar que a ocorrência de TB nessa faixa etária indica falha na busca ativa e
tratamento entre adultos. As condutas de prevenção e cura têm colaborado com a diminuição da incidência,
porém a presença de casos entre a população infantil ainda é destaque da Organização Mundial da Saúde
para a melhora no controle da TB no mundo.
Figura 2 – Coeficiente de Incidência de TB em menores de 05 anos no Estado de MS
Coeficiente de Incidência
30
20
Coeficiente de
Incidência
10
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
0
Conclusão: Apesar dos altos índices em 2002 e algumas oscilações nos anos seguintes, a doença têm se
mantido relativamente controlada até 2012, apresentando incidências menores que as vistas para o país. No
entanto, deve-se ressaltar que é importante manter as medidas de prevenção e controle. A preocupação no
caso desta patologia não se limita ao diagnóstico, mas também no desfecho de todo o caso, procurando
proporcionar um tratamento de qualidade, para que haja uma cura efetiva, evitando assim a disseminação da
doença.
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças
Transmissíveis. Panorama da tuberculose no Brasil: indicadores epidemiológicos e operacionais /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças
Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
HINO, P.; CUNHA, T. N. de; VILLA,T. C. S.; SANTOS, C. B. dos. Perfil dos casos novos de
tuberculose notificados em Ribeirão Preto (SP) no período de 2000 a 2006. Ciencia & Saúde Coletiva,
2011.
MACIEL, E. L. N.; DIETZE, R.; SILVA, R. E. C. F.; HADAD, D. J.; STRUCHINER, C. J. Avaliação do
sistema de pontuação para o diagnóstico da tuberculose na infância preconizado pelo Ministério da Saúde,
Brasil. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, fev. 2008.
TORRES FILHO, S.R. Tuberculose. In: TAVARES, W.; MARINHO, L.A.C. (ed.). Rotinas de Diagnóstico
e Tratamento das Doenças Infecciosas e Parasitárias. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, p.977 – 993, 2007.
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