ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II Versão Online OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE UNESPAR - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ CAMPUS DE PARANAVAÍ FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA Título: Autor: Disciplina/área: Escola de implementação do projeto e sua localização: Município da escola: Núcleo Regional de Educação: Professora orientadora: Instituição de Ensino Superior: Relação Interdisciplinar: Resumo: Palavras-chave: Formato didático: Público: do BACTÉRIAS: SUA IMPORTÂNCIA À VIDA NA TERRA Maria José Fassina Ladeia Ciências Colégio Estadual Fernando de Azevedo – EFM Rua: Arthur Bernardes, 1725 Santa Isabel do Ivaí - Paraná Loanda Márcia Regina Royer Universidade Estadual do Paraná – Campus de Paranavaí Química, biologia, português, artes O ensino fundamental enfatiza o estudo dos micro-organismos referindo-se principalmente aos aspectos morfológicos, fisiológicos e taxonômicos, bem como às patogenias relacionadas a esses seres. Pouca ênfase se dá aos benefícios ocorridos através da sua ação ao equilíbrio do meio ambiente, ao funcionamento do organismo humano e de outros animais, assim como a sua contribuição na indústria de alimentos e medicamentos. O objetivo desse trabalho é o de ampliar o entendimento dos alunos sobre as bactérias, com os seus papéis ecológicos fundamentais, bem como a prevenção de patogenias por meio de medidas de profilaxia. A metodologia envolverá práticas dialógicas, abordando o conhecimento dos alunos sobre as bactérias, para sondagem e posterior análise. Várias atividades serão propostas, tais como: Apresentação de slides através do software Prezi, construção de modelos de células e de bactérias, práticas laboratoriais, infográfico, fabricação de iogurte, prática da compostagem, técnica de lavagem das mãos, jogo didático e peça teatral. Espera-se que por meio dessa metodologia oportunizar-se-á ao educando o conhecimento científico que resulta da investigação da natureza. Bactérias, ensino-aprendizagem, ensino fundamental, conhecimento científico. material Unidade didática. Alunos do 7ª ano A APRESENTAÇÃO A maioria das pessoas relacionam as bactérias a doenças como o tétano, meningite, pneumonia, tuberculose, entre outras e a deterioração dos alimentos, sendo assim, prejudiciais aos seres humanos. Desconhecem que somente uma pequena parte desses micro-organismos causam doenças e que muitos são indispensáveis à biosfera. O ensino fundamental enfatiza o estudo dos micro-organismos referindo-se principalmente aos aspectos morfológicos, fisiológicos e taxonômicos, bem como às patogenias relacionadas a esses seres. Pouca ênfase se dá aos benefícios ocorridos através da sua ação ao equilíbrio do meio ambiente, ao funcionamento do organismo humano e de outros animais, assim como a sua contribuição na indústria de alimentos e medicamentos. Na maioria das vezes, o trabalho em sala de aula fica restrito a leitura de textos e observação de imagens do livro didático, explicações do professor e resolução de atividades escritas, não sendo propostas atividades de observação e experimentação que permitem melhor aprendizado do ensino do mundo microbiano. Para Ovigli (2010), a mera transcrição do livro didático é um recurso ainda predominante na prática docente, tornando o ensino de Ciências sem interação com os fenômenos naturais e tecnológicos, deixando lacunas na formação dos estudantes. De acordo com as Diretrizes Curriculares de Educação Básica – Ciências, do Estado do Paraná, 2008, p. 76: A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta-se como uma importante ferramenta de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo professor de forma a desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de investigação para a formação de conceitos. Observando os estudantes do ensino fundamental de Santa Isabel do Ivaí, Paraná no decorrer dos anos, percebemos também a dificuldade encontrada pelos educandos em “acreditar” na existência desses seres minúsculos e que estes se encontram em quase todos os lugares, inclusive no corpo humano. Em suas considerações, Barbosa e Barbosa (2010, p.140), afirmam: 1 A grande dificuldade de se ensinar Microbiologia está no fato de que os “personagens principais” deste ramo da biologia são seres que, apesar de serem encontrados em toda parte, não podem ser vistos facilmente. Entretanto, compensando o reduzido tamanho destes organismos, encontramos um grande número de situações que exemplificam as relações dos micro-organismos com o meio ambiente. Diante desse contexto, essa Produção Didática foi desenvolvida para o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná/SEED, para ser implementada no primeiro semestre do ano de 2015, tendo como público alvo os alunos do 7ª ano, período matutino do Ensino Fundamental Anos Finais do Colégio Estadual Fernando de Azevedo – EFM, com o objetivo de ampliar o entendimento dos alunos sobre as bactérias, proporcionando atividades e experimentos que comprovem a existência desses seres diminutos nos diversos ambientes terrestres e as suas interações com os demais seres vivos existentes, revelando a importância destes no equilíbrio do planeta Terra através de seus papéis ecológicos fundamentais, como a decomposição da matéria orgânica, a fixação de nitrogênio nas plantas, os benefícios para o organismo humano, a importância nos aspectos econômicos e biotecnológicos, ressaltando também a importância de medidas profiláticas simples na prevenção de patogenias causadas por esses micro-organismos, na intenção de que “o conhecimento teórico adquirido pelo educando (retorne) à prática social de onde ele partiu, visando agir sobre ela com entendimento mais crítico, elaborado e consistente, intervindo em sua transformação” (GASPARIN, 2003). O estudo dos micro-organismos no ensino de Ciências, ressaltando neste projeto de intervenção pedagógica, as bactérias, é de grande relevância, oportunizando ao educando o conhecimento científico que resulta da investigação da natureza. Essa unidade didática foi estruturada da seguinte forma: 1. Atividades para os alunos e orientações ao professor; 2. Referências; 3. Anexos. 2 1. ATIVIDADES PARA OS ALUNOS E ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR No primeiro encontro com os alunos será aplicado um questionário (anexo I) para realizar um levantando dos conhecimentos prévios sobre: Morfologia, fisiologia e taxonomia das bactérias; Nichos ecológicos das bactérias; Contribuição das bactérias ao equilíbrio do ambiente, ao funcionamento do organismo humano e à indústria de alimentos; Medidas de profilaxia. Durante e ao final de cada atividade proposta, os alunos serão avaliados para posterior análise de resultados. ATIVIDADE 1 APRESENTAÇÃO DO MUNDO BACTERIANO Objetivo: Conhecer o mundo bacteriano. 3 Por meio de slides elaborados pela professora utilizando a ferramenta do programa de software Prezi, disponível em: <http://prezi.com/ydgfahvmddp4/edit/#65_45341393>, será apresentado o mundo bacteriano, com suas características morfológicas, fisiológicas e taxonômicas, bem como a exemplificação de algumas bactérias. Orientações ao professor: É importante discutir com a turma cada slide apresentado, dando oportunidade aos alunos de fazerem indagações para tirarem suas dúvidas. Para alguns conceitos/temas apresentados, teremos atividades práticas, outros não. Daí a importância na ênfase nesses conceitos/temas, através das explicações e esclarecimentos do professor. ATIVIDADE 2 CONSTRUÇÃO DE MODELOS DE CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS1 Objetivos: Identificar a célula como a unidade estrutural dos seres vivos; Compreender a diferença entre uma célula eucariótica e procariótica; Reconhecer que as bactérias são formadas por células procarióticas. Materiais: Cada grupo deverá ter os seguintes materiais para o desenvolvimento da atividade: • 2 garrafas plásticas transparentes de 500 ml; • Massa de modelar colorida; • Gel transparente para cabelo; 1 Fonte: Extraído e adaptado de Jornadas.cie – Ciências. 8º ano/organizadora Editora Saraiva. 2.ed. São Paulo: 2012. p. 26 e 27. 4 • Jornal; • Tesoura com ponta arredondada; • Livros para pesquisa. Procedimentos: 1. Forrar a mesa com jornal; 2. Cortar o fundo das garrafas transparentes, deixando-as com cerca de 6 cm de altura. Descartar a parte de cima, utilizar somente o fundo da garrafa; 3. Com a massa de modelar fazer as organelas: Mitocôndrias, ribossomos, complexo golgiense, retículos endoplasmáticos, centríolo e núcleo; 4. Colocar gel transparente até a metade do fundo das garrafas; 5. Sobre o gel, colocar as organelas construídas com a massinha de modelar; 6. Completar o fundo da garrafa com o restante do gel. Observações: 1. Pesquisar em um livro o formato das organelas; 2. O núcleo, que pode ser arredondado, deve ser construído somente para um dos modelos de célula, a eucariótica. Para o modelo de célula procariótica fazer filetinhos e também pequenas esferas, representando as moléculas de DNA circulares extracromossômicos (plasmídeos), espalhando-as pela célula; 3. Também para o modelo procariótico, as únicas organelas citoplasmáticas a serem representadas serão os ribossomos. Orientações ao professor: Apresentar à turma, anteriormente a atividade prática, o conceito de célula e discutir as diferenças básicas entre uma célula bacteriana (procariótica) e a de outros seres vivos (eucariótica), lembrando que os vírus são seres acelulares. É importante explicar aos alunos o conceito de material genético e que este, no caso das bactérias, encontra-se disperso no citoplasma e que o cromossomo está fixado a membrana plasmática. Além do cromossomo bacteriano, que carrega todos os dados necessários para as estruturas e funções celulares, esses micro-organismos geralmente apresentam pequenas moléculas de DNA denominadas plasmídeos, que não estão conectados ao cromossomo principal. Essas estruturas podem ser adquiridas ou perdidas sem causar danos à 5 célula. Os plasmídeos podem transportar genes para algumas atividades como resistência aos antibióticos, tolerância a metais tóxicos, produção de toxinas e síntese de enzimas. Essas estruturas permitem a utilização das bactérias na manipulação genética, em biotecnologia. Um exemplo da importância dessa manipulação genética é a que ocorre na produção de insulina sintética, utilizada no tratamento de pacientes com diabetes. O gene de um animal invertebrado, inclusive do homem, pode ser inserido no DNA de uma bactéria. Dessa forma, bactérias com genes de insulina humana estão sendo utilizadas para produzir insulina humana (TORTORA, FUNKE, CASE, 2012). Pode-se avaliar o aluno durante a execução da atividade e das discussões, podendo-se aplicar, ao final, questões subjetivas sobre o tema. ATIVIDADE 3 CONSTRUINDO MODELOS DE BACTÉRIAS 2 Objetivo: Identificar as várias formas de bactérias existentes, representando-as através da construção de modelos. Materiais necessários: Folhas de papel sulfite; Massinha de modelar. Procedimentos: Após observar um slide ou ter pesquisado em um livro ou na internet as formas das bactérias, construir modelos das mesmas com massinha de modelar, sobrepondo-os em folha de papel sulfite e escrevendo a classificação que recebem devido a sua forma. 2 Fonte: Extraído e adaptado de <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=20018>. Acesso em 01/06/2014. 6 Cada aluno deverá observar o trabalho feito pelos demais grupos de sua sala de aula. Orientações ao professor: Antes de iniciar a atividade, é imprescindível que os alunos observem um slide ou pesquisem em um livro didático ou ainda na internet sobre as formas das bactérias. Avaliar os alunos observando a participação dos mesmos e a produção final. ATIVIDADE 4 CULTIVANDO BACTÉRIAS 3 Objetivo: Verificar a existência de micro-organismos e a contaminação em um meio de cultura. Materiais: 1 pacote de gelatina incolor; 1 xícara de caldo de carne; Água; Placas de petri; Cotonetes; Etiquetas adesivas; Caneta. 3 Fonte: Extraído e adaptado de <http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/comoensinar-microbiologia-426117.shtml>. Acesso em 03/06/2014. 7 Procedimentos: Os procedimentos 1 e 2 serão executados anteriormente pela professora. 1. Dissolver a gelatina incolor na água, conforme instruções do pacote e misturar ao caldo de carne; 2. Cobrir o fundo das placas de petri com o meio de cultura e deixar endurecer; 3. Passar o cotonete no chão ou entre os dentes, ou ainda em outra superfície; 4. Esfregar o cotonete contaminado levemente sobre o meio de cultura para contaminá-lo e tampar as placas de petri; 5. Marcar nas etiquetas adesivas o tipo de contaminação realizada e a data; 6. Observar as alterações após dois dias; 7. Fazer novas observações após mais dois dias; 8. Preencher o relatório e entregá-lo à professora. Orientações ao professor: Após as observações da atividade prática, discutir os resultados com os alunos, enfatizando que pode ocorrer o surgimento de vários microorganismos, sendo os mais comuns, fungos e bactérias. Podemos ainda, relacionar os resultados obtidos ao que ocorre com o nosso organismo que, sem as medidas de higiene, pode tornar-se um ambiente favorável ao desenvolvimento desses micro-organismos. A avaliação pode ser feita mediante a apresentação de relatório, sugerido no anexo II. ATIVIDADE 5 ESTRAGANDO O MINGAU 4 Objetivos: Verificar que a velocidade da proliferação dos micro-organismos dependem de um meio de cultura e das condições ambientais; 4 Fonte: Extraído e adaptado de <http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/comoensinar-microbiologia-426117.shtml>. Acesso em 03/06/2014. 8 Perceber a necessidade de guardar bem os alimentos para que não sejam contaminados por micro-organismos. Materiais: 5 copinhos plásticos de café; Filme plástico; 2 colheres (sopa) de amido de milho; 1 colher (sopa) de óleo; 1 colher (sopa) de vinagre; 1 panela pequena; 1 copo (200 ml) de água. Procedimentos: Os procedimentos de números 1 a 4 serão realizados pela professora. 1. Preparar o mingau com o amido de milho e a água. Misturar bem e levar ao fogo até engrossar; 2. Numerar os copinhos de 1 a 5; 3. Colocar o mingau ainda quente até a metade dos copinhos; 4. Deixar o copinho 1 aberto em cima da pia do laboratório ou outro ambiente, cobrir o copinho 2 com o filme plástico, vedando-o e deixando-o também sobre a pia. O copinho 3 é completado com óleo e o 4, com vinagre, o 5 será colocado na geladeira, sem cobertura; 5. Fazer observações e verificar em qual mingau surgem as primeiras alterações. Depois de uma semana, observar novamente; 6. Preencher o relatório e entregá-lo à professora. Orientações ao professor: Após observações, levantar questionamentos aos alunos sobre as diferenças quanto à proliferação dos micro-organismos em cada um dos cinco copinhos. Sugere-se direcionar as discussões posteriores sobre como os alimentos mal acondicionados ou guardados em locais inadequados propiciam a proliferação de micro-organismos. A avaliação pode ser feita mediante a apresentação de relatório, sugerido no anexo II. 9 ATIVIDADE 6 INQUILINOS DO CORPO 5 Objetivo: Verificar a existência e as funções/importância das bactérias encontradas no organismo humano. Com a utilização do kit multimídia em sala de aula, visualizar o infográfico intitulado “Inquilinos do corpo” que descreve, ao clicar em uma estrutura/órgão, indicado em círculo, os micro-organismos encontrados e sua (s) respectiva (s) função (ões) no corpo humano. Após a leitura das informações, basta clicar na caixa “voltar” e escolher outra estrutura/órgão para ter novas informações. Orientações ao professor: O infográfico apresenta informações sobre o número de micro-organismos abrigados no corpo humano comparado ao número de células e informa sobre algumas funções executadas pelos mesmos, tais como: A contribuição na digestão dos alimentos, a produção de vitaminas e a proteção a doenças, sendo importante as considerações do professor, enfatizando os benefícios realizados por esses microorganismos. O infográfico também revela algumas bactérias que podem causar doenças. 5 Fonte: <http://super.abril.com.br/multimidia/info_487579.shtml >. Acesso em: 17/10/2014. 10 ATIVIDADE 7 PRODUÇÃO DE IOGURTE 6 Objetivos: Verificar a participação das bactérias na fabricação de um produto alimentício; Perceber que a temperatura influencia no desenvolvimento das bactérias; Identificar atitudes relacionadas à higiene durante o preparo de um alimento; Compreender o que são alimentos probióticos e a importância destes ao organismo. Materiais: 1 litro de leite; 1 colher (sopa) de leite em pó; 1 pote (cerca de 200g) de iogurte natural; Panela com capacidade de, no mínimo 1,5 litros, com tampa; Termômetro. Procedimentos: Os procedimentos abaixo serão executados pela professora e observados pelos alunos. 1. Colocar 1 litro de leite na panela, dissolver nele 1 colher de leite em pó e colocar para ferver; 2. Após a fervura, esperar o leite esfriar até atingir a temperatura de 45ºC. Para essa medição, utilizar o termômetro. Em seguida, dissolver o iogurte natural ao leite, misturando-os bem; 3. Tampar bem a panela e deixá-la em repouso. Após aproximadamente 12 horas, abrir a panela e observar. 6 Fonte: Extraído e adaptado de GODOY, L. P.; OGO, M. Y. Vontade de Saber Ciências. 7º ano. 1.ed. São Paulo: FTD, 2012. p. 77. 11 Orientações ao professor: Antes de iniciar o experimento é importante expor aos alunos algumas informações sobre a fermentação realizada por bactérias anaeróbias, sendo esse processo o responsável pela coagulação do leite e a consequente produção do iogurte. É importante esclarecer aos alunos que: O uso do fogão ou etapas que envolvem a manipulação de objetos quentes devem ser realizadas por um adulto; É necessário o controle adequado da temperatura, para que não ocorra a morte das bactérias do iogurte natural; A importância dos cuidados de higiene durante a manipulação de alimentos. Alguns questionamentos podem ser feitos após a atividade prática: Qual era a aparência do iogurte assim que a panela foi aberta? O que ocorreu com o leite para resultar na produção do iogurte? Por que é importante ter boas práticas de higiene como lavar as mãos e os utensílios, na hora de preparar os alimentos? Ao final, pode-se acrescentar frutas e servir o iogurte aos alunos. Na sequência será demonstrado alguns alimentos probióticos enfatizando sua importância ao organismo humano. Para a avaliação, os alunos devem relatar como foi realizada a atividade prática, o que aprenderam sobre a produção do iogurte e a importância dos probióticos. ATIVIDADE 8 OBSERVAÇÃO DAS BACTÉRIAS DO IOGURTE Objetivo: Verificar a existência de bactérias no iogurte. Materiais: Iogurte natural; Água; Corante azul de metileno; Lâmina; Lamínula; Conta-gotas; 12 Colher; Béquer; Microscópio. Procedimentos: A lâmina será preparada anteriormente pela professora. Observar ao microscópio o material da lâmina, em todas as objetivas de aumento e esquematizar as observações realizadas. Escrever a classificação dessas bactérias quanto a sua forma, entregando seu relato à professora. Orientações ao professor: Colocar aproximadamente 100 ml de água em um béquer e adicionar uma colher (sopa) de iogurte natural, mexendo bem (esse procedimento é importante para “desprender” a gordura). Com o auxílio de um conta-gotas, pingar duas gotas da solução de iogurte natural + água sobre a lâmina. Após, pingar uma gota do corante, cobrindo com uma lamínula. Aguardar aproximadamente três minutos para potencializar a ação do corante. Os alunos irão observar o material da lâmina ao microscópio e posteriormente irão esquematizar o que observaram escrevendo qual é a classificação dessas bactérias quanto a sua forma. ATIVIDADE 9 DECOMPOSIÇÃO DOS ALIMENTOS Objetivos: Verificar a decomposição de um alimento; Compreender a ação do sal de cozinha na conservação dos alimentos. Materiais: Dois pedaços pequenos de carne; Sal de cozinha; 2 recipientes de vidro (pratinhos). 13 Procedimentos: A atividade prática será preparada anteriormente pela professora. Após fazer as observações e anotações pertinentes, vamos assistir a um vídeo sobre a importância do sal de cozinha na conservação dos alimentos e o processo de osmose. Ao final, fazer um relatório (em grupo) e entregá-lo à professora. Orientações ao professor: A atividade prática será preparada utilizando-se dois pedaços de carne sendo que um deles será envolvido em sal de cozinha. Esses pedaços de carne serão colocados em recipientes de vidro e deixados durante alguns dias sobre uma mesa no laboratório, sendo importante etiquetar com a data da preparação, o experimento que será observado durante alguns dias. Após as observações, o professor deverá instigar os alunos a refletirem sobre o que aconteceria ao planeta Terra se os micro-organismos não decompusessem a matéria orgânica. Na sequência, os alunos assistirão a um vídeo sobre a importância do sal de cozinha na conservação dos alimentos e o processo de osmose, disponível em <http://www.aquimicadascoisas.org/?episodio=a-qu%C3%ADmica-do-sal>, acessado em 11/09/2014. Finalizando, os educandos farão um relatório em grupo, sugerido no anexo II, sobre as observações realizadas, o que foi aprendido sobre a atividade prática, as discussões e o vídeo. ATIVIDADE 10 OBSERVAÇÃO DAS RAÍZES DE PÉS DE FEIJÃO OU SOJA Objetivos: Verificar a existência de nódulos formados pelas bactérias do gênero Rhizobium nas raízes de leguminosas; Compreender a importância das bactérias do gênero Rhizobium para a ocorrência do ciclo do nitrogênio; 14 Compreender a importância das leguminosas na “adubação verde”. Procedimentos: Observar as raízes de pés de feijão ou soja, que foram plantados em vasos, pela professora. Nas raízes dessas leguminosas é comum a presença de nódulos formados por bactérias do gênero Rhizobium. Na sequência, assistiremos a um vídeo que explica a ação dessas bactérias no ciclo do nitrogênio e a importância das leguminosas na chamada “adubação verde”. Em grupo, os alunos deverão produzir um texto no gênero relato das observações e do que foi compreendido. O texto relato deverá ser entregue à professora. Orientações ao professor: Após as observações dos nódulos das raízes dos pés de feijão ou soja, formados por bactérias do gênero Rhizobium, discutir com os alunos a importância dessas bactérias para a fertilização do solo. Na sequência os alunos assistirão a um vídeo que explica a ação dessas bactérias no ciclo do nitrogênio e a importância das leguminosas na chamada “adubação verde”. O vídeo está disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=W1dDS7QcssA>, acesso em: 11/09/2014. O (a) professor (a) deverá tirar as dúvidas dos alunos e/ou complementar as informações e conceitos sobre os temas apresentados no vídeo. ATIVIDADE 11 CUIDANDO DO PRÓPRIO LIXO: COMPOSTAGEM Objetivos: Verificar a ação dos micro-organismos decompositores sobre a matéria orgânica; Compreender a importância do processo da compostagem na redução dos resíduos e na manutenção da estrutura físicoquímica do solo. 15 Procedimentos: Para a realização da compostagem, utilizaremos o lixo orgânico da cozinha e as folhas das árvores da escola. A compostagem será realizada através do método da compostagem em aterramento ou leira, escolhendo-se local apropriado no terreno da escola. Organizaremos um “revezamento” para que os alunos realizem os procedimentos necessários, organizados pela professora. Faremos observações periódicas quanto aos aspectos do lixo orgânico, utilizando o recurso da fotografia para comparações posteriores. Veremos também uma composteira doméstica para termos outro exemplo de como pode ser feita a compostagem em uma residência, especialmente, no caso de um espaço pequeno. Utilizaremos um cartaz afixado em sala de aula para anotar as datas de coleta e depósito do lixo orgânico entre outros procedimentos, bem como todas as observações realizadas. Orientações ao professor: As providências quanto a essa atividade devem ser tomadas no início da aplicação do projeto, para que sejam possíveis as observações e análises pertinentes durante o processo. Para a realização da compostagem, será utilizado o lixo orgânico da cozinha e as folhas das árvores da escola, podendo-se solicitar aos agentes educacionais I, a separação do lixo orgânico para posterior coleta e destino, que será realizada pelos educandos. A compostagem será realizada através do método da compostagem em aterramento ou leira, escolhendo-se local apropriado no terreno da escola. Para tanto é importante buscar informações sobre os procedimentos mais adequados. Sugere-se pesquisar na internet, havendo vários sites e manuais de orientação sobre o tema. Usando como recurso a fotografia, podemos fazer comparações sobre os aspectos do lixo orgânico e do solo, com o passar do tempo. É importante mostrar aos alunos uma composteira doméstica para que tenham 16 outro exemplo de como pode ser feita a compostagem em uma residência, especialmente, no caso de um espaço pequeno. Através da utilização de um cartaz afixado em sala de aula, serão anotadas as datas de coleta e depósito do lixo orgânico entre outros procedimentos, afixadas as fotografias que também serão datadas, bem como todas as observações realizadas. Os alunos serão avaliados durante todo o processo, analisando-se a participação dos mesmos nas tarefas solicitadas e nas reflexões durante a prática. ATIVIDADE 12 BACTÉRIAS WOLBACHIA NA GUERRA CONTRA A DENGUE Objetivos: Compreender o processo da utilização da bactéria Wolbachia pipientis na prevenção da dengue. Procedimentos: Faremos a leitura compartilhada do texto abaixo e na sequência assistiremos a um vídeo, para entendermos como a bactéria Wolbachia pode ajudar a diminuir os casos de dengue. A dengue é uma doença causada por um vírus Flavivirus e transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Os principais sintomas da doença são febre, dor muscular e articular. Uma forma grave, a febre hemorrágica por dengue, pode levar à morte (TORTORA, FUNKE, CASE, 2012). Até pouco tempo, uma das maneiras de combater a doença era a de “eliminar” os criadouros dos mosquitos vetores, não deixando recipientes que pudessem acumular água, já que a fêmea do mosquito utiliza água parada e limpa para a postura de seus ovos. Tarefa essa, nem sempre executada com sucesso apesar de inúmeras campanhas feitas pelo governo e escolas. Outra forma de combate, era a de aplicar inseticidas que, através de seu uso intensificado, podem causar “resistência” aos mosquitos, não surtindo mais o efeito desejado com o passar do tempo. 17 Surge então uma forma de combate à dengue através do controle biológico. Nessa proposta, utiliza-se a bactéria Wolbachia pipientis, a fim de interferir com a transmissão de patógenos (vírus). Através de pesquisas, descobriu-se que, quando mosquitos Aedes aegypti são transfectados com a bactéria Wolbachia, esse microorganismo inibia a replicação do vírus da dengue (OLIVEIRA, MOREIRA, 2012). Essa forma natural e autossustentável já está sendo utilizada no Brasil, através do Projeto “Eliminar a Dengue: Desafio Brasil”, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como uma alternativa para o controle da doença. Esse método está sendo testado na Austrália, Vietnã, Indonésia e agora, no Brasil, sendo parte do Programa Internacional eliminar a dengue: nosso desafio (INSTITUTO FIOCRUZ, 2014). Orientações ao professor: O texto acima pode ser projetado em slide no kit multimídia ou TV pen-drive, podendo ainda ser disponibilizado cópia aos alunos para a leitura dinâmica do mesmo, devendo ocorrer sempre que necessária, a intervenção do professor. Assistir ao vídeo disponível em: < http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=158 9&sid=137>, acesso em 09/10/2014, é indispensável para a compreensão do processo da utilização da bactéria Wolbachia pipientis no combate a dengue. ATIVIDADE 13 TESTANDO A EFICIÊNCIA DA LAVAGEM DAS MÃOS 7 Objetivo: Verificar a eficiência da lavagem das mãos. 7 Fonte: Extraído e adaptado de <http://www.pontociencia.org.br/experimentosinterna.php?experimento=455&VOCE+SABE+LAVAR+AS+MAOS>. Acesso em: 25/09/2014. 18 Materiais: • Caneta marca texto amarela; • Álcool em gel; • Lâmpada de luz negra associada a soquete, fios e plug; • Sabonete comum; • Papel toalha; • Alicate. Procedimentos: A preparação da atividade será executada pela professora. 1. Apagaremos as luzes e acenderemos a luz negra; 2. Incidindo a luz negra sobre as mãos verificaremos o que ocorre; 3. Pingaremos o álcool em gel com o corante fluorescente nas mãos, espalhando-o e esperando secar; 4. Lavaremos as mãos normalmente, como sempre fazemos e, na sequência, novamente, analisaremos as mãos com a luz negra acesa; 5. Discutiremos sobre as observações realizadas. Preparando o “gel fluorescente” Retirar a ponta da caneta marca texto com o auxílio de um alicate e colocála em um recipiente contendo 10 ml de álcool em gel. Esperar alguns minutos, misturando os componentes. Orientações ao professor: Através de conversação, será discutida a importância da lavagem das mãos. No artigo intitulado: Higienização das mãos no controle das infecções em serviços de saúde, a autora relata que “A utilização simples de água e sabão pode reduzir a população microbiana presente nas mãos e, na maioria das vezes, interromper a cadeia de transmissão de doenças” [...] (SANTOS, A.M.S., 17/10/2014). 19 Na sequência será realizada a atividade prática para a verificação da eficiência, ou não, da lavagem das mãos. As luzes serão apagadas e se acenderá uma luz negra, para mostrar que o gel fica fluorescente, o que não ocorre com as mãos. Após, passar-se-á o álcool em gel com o corante fluorescente nas mãos de alguns alunos que o espalharão e esperarão secar. Na luz branca a mão fica com a coloração normal, mas quando as luzes forem apagadas e acender a luz negra, as mãos ficarão fluorescentes (ou não). Na sequência os alunos deverão lavar as mãos normalmente, como sempre fazem. Lavadas as mãos, verificar-se-á com a luz negra se a lavagem foi suficiente para eliminar a tinta fluorescente ou em que pontos das mãos a mesma não foi retirada. Geralmente as unhas, entre os dedos e também o dorso das mãos, permanecem fluorescentes após a lavagem. Isso ocorre quando as mãos não são lavadas corretamente. As pessoas geralmente esfregam as palmas das mãos, no entanto, esquecem-se do dorso e das unhas, o que contribui bastante para disseminação de micro-organismos. Ao término da atividade, os resultados serão discutidos. ATIVIDADE 14 COMO LAVAR CORRETAMENTE AS MÃOS? Objetivos: Demonstrar a técnica da lavagem correta das mãos; Praticar a técnica da lavagem correta das mãos. Procedimentos: Assistir ao vídeo da série: Invenções e descobertas - A história das regras de higiene. Esse vídeo retrata uma época em que os seres humanos não tinham o conhecimento de que as mãos poderiam ser veículos de agentes infecciosos e as mortes por essas doenças eram comuns. 20 Na sequência, assistir ao vídeo: Higienização das mãos, que retrata, de forma divertida, a importância da higienização das mãos e quais são os momentos imprescindíveis para a realização dessa ação. Fazer a análise do cartaz da ANVISA (anexo IV), que demonstra a técnica da lavagem correta das mãos. Após, faremos um “treinamento” sobre a lavagem correta das mãos, observando os cartazes impressos, afixados próximos ao lavatório dos alunos, tendo o acompanhamento da professora. Orientações ao professor: Para iniciar o tema proposto, os alunos assistirão a dois vídeos: • Invenções e descobertas - A história das regras de higiene. Disponível em:<http://www.youtube.com/watch?v=SYqEkdwlc9Y>, acesso em: 22/09/2014. • Higienização das mãos, que foi produzido pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=u_w7Z0CEz58&list=PLB_rcPiqiMPzi 2X2K3ckTzaOB8dGYbpn_&index=62>. Acesso em: 22/09/2014. Sugerimos que o professor discuta com os alunos os principais aspectos abordados ao final de cada vídeo. Ainda sobre a temática: A correta lavagem das mãos, os alunos analisarão o cartaz da ANVISA, disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/cartaz_higieniza_simples. pdf >. Acesso em 22/09/2014. Após essa análise e com cartazes impressos afixados próximos ao lavatório dos alunos, os mesmos farão um treinamento da lavagem correta das mãos, com a orientação da professora. ATIVIDADE 15 JOGO: UM DIA NA CASA MICROASSOMBRADA 8 8 Fonte: Extraído de Projeto Microtodos, a Microbiologia a Serviço da Cidadania. Disponível em: <http://www.icb.usp.br/~bmm/jogos/intro_casaMA.html>. Acesso em: 22/09/2014. 21 Objetivo: • Prevenção de doenças através de medidas simples profilaxia. de Procedimentos: O jogo de trilha: Um dia na casa microassombrada, tem início com o despertar de um dia onde micro-organismos e outros seres vivos coexistem harmonicamente dentro de uma casa, onde o desafio é chegar ao final da trilha sem que este equilíbrio seja desfeito. Orientações ao professor: O jogo, organizado pelo Projeto Microtodos - A Microbiologia a Serviço da Cidadania, está disponível em on-line: <http://www.icb.usp.br/~bmm/jogos/intro_casaMA.html>, acesso em: 22/09/2014, onde o professor poderá providenciar todo o material necessário. Ao jogar, veremos que as ações individuais e coletivas dos jogadores determinam a manutenção ou não do equilíbrio existente entre micro-organismos e os demais seres vivos. O jogo tem como ponto de partida a utilização do conhecimento gerado pela pesquisa científica como referência para as ações do dia a dia, capazes de prevenir a contaminação de seres humanos e animais com micro-organismos indesejáveis tornando-os doentes. Também mostra a importância das ações individuais para evitar a autocontaminação, assim como a de outras pessoas, trazendo benefícios para toda a sociedade e o sistema de saúde pública. 22 ATIVIDADE 16 PEÇA TEATRAL: AH, SE EU FOSSE UMA BACTÉRIA 9 Objetivos: Oportunizar a comunidade escolar conceitos e informações sobre as bactérias; Procedimentos: Alguns alunos protagonizarão uma peça teatral extraída e adaptada de um programa de áudio em que, a partir de uma conversa polêmica sobre bactérias entre jovens amigos e o seu professor, são apresentadas as características desses seres. Orientações ao professor: Para oportunizar a comunidade escolar conceitos e informações sobre os micro-organismos, sugerimos a apresentação de uma peça teatral (anexo III), que será protagonizada pelos alunos que se disponibilizarem a fazê-la, sendo interessante ter acesso ao áudio que a deu origem, disponível em: <http://www2.ib.unicamp.br/lte/bdc/visualizarMaterial.php?idM aterial=787&alterarIdioma=sim&novoIdioma=pt#.U_ILLPldVqV >. Acesso em 18/08/2014. Essa atividade deverá ser orientada no início da aplicação do projeto de intervenção pedagógica para que os alunos se organizem e, com a mediação do professor, tenham tempo hábil para os ensaios e a apresentação no final da aplicação do projeto. 9 Fonte: Extraído e adaptado da Biblioteca Digital de Ciências, disponível em: <http://www2.ib.unicamp.br/lte/bdc/visualizarMaterial.php?idMaterial=787&alterarIdioma=sim&novoIdi oma=pt#.U_ILLPldVqV>. Acesso em 18/08/2014. 23 2. REFERÊNCIAS BARBOSA, F.H.F.; BARBOSA, L.P.J. de L. Alternativas metodológicas em Microbiologia - viabilizando atividades práticas. Biologia e Ciências da Terra, Paraíba, p. 140, v. 10, n. 2, 2010. Disponível em: <http://eduep.uepb.edu.br/rbct/sumarios/pdf/Artigo_15_V10_N2.pdf>. Acesso em 02/04/2014. Biblioteca digital de Ciências. Laboratório de Tecnologia Educacional. Unicamp – Universidade Estadual de Campinas. Disponível em: <http://www2.ib.unicamp.br/lte/bdc/visualizarMaterial.php?idMaterial=787&alterarIdio ma=sim&novoIdioma=pt#.U498dfldVqU>. Acesso em 18/08/2014. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 2.ed. Campinas: Autores associados, 2003, p.8. GODOY, L. P. de; OGO, M. Y. Vontade de Saber Ciências. 7ª ano. 1. ed. São Paulo: FTD, 2012, p. 77. INSTITUTO FIOCRUZ. Site que apresenta informações sobre saúde e pesquisa. Disponível em: < portal.fiocruz.br/pt-br/content/programa-„eliminar-dengue‟-que-usabactéria-contra-o-vírus-recebe-prêmio-australiano>. Acesso em 17/10/2014. Jornadas.cie – Ciências. 8º ano/organizadora Editora Saraiva. 2.ed – São Paulo: 2012, p. 26 e 27. Nova Escola. Práticas educacionais e conteúdos relevantes para a Educação Infantil e Ensino Fundamental. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/como-ensinarmicrobiologia-426117.shtml>. Acesso em 03/06/2014. 24 OLIVEIRA, C.D; MOREIRA, L.A. Uso de Wolbachia no Controle Biológico. In: NETO, M.A.C.S; WINTER, C; TERMIGNONI, C.Tópicos Avançados em Entomologia Molecular. Belo Horizonte, 2012. Livro eletrônico disponível em: <http://www.inctem.bioqmed.ufrj.br/biblioteca/arthrolivro-1>. Acesso em 17/11/2014. OVIGLI, D.F.B. Microorganismos? Sim, na saúde e na doença! Diminuindo distâncias entre universidade e escola pública. Experiências em Ensino de Ciências. Cuiabá, v.5, n.1, p. 145-158, 2010. Disponível em: <http://if.ufmt.br/eenci/?go=artigos&idEdicao=24 >. Acesso em 18/11/2014. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Ciências. Curitiba: SEED, 2008. p. 76. Pontociência. Site com instruções de experimentos de Química, Física e Biologia, organizado pela UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais. Disponível em: <http://www.pontociencia.org.br/experimentosinterna.php?experimento=455&VOCE+SABE+LAVAR+AS+MAOS>. Acesso em 25/09/2014. PORTAL, dia a dia educação. Secretaria de Estado de Educação do Paraná. Apresenta informações sobre educação. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/>. Acesso em 17/10/2014. Projeto Microtodos – Microbiologia a Serviço da Cidadania. Coordenado pela Prof. Drª Maria Lígia C. Carvalhal. Disponível em: <http://www.icb.usp.br/~bmm/jogos/o_projeto.html>. Acesso em 22/09/2014. ROCHA, Marina Silva. Conhecendo as bactérias. In:Portal do Professor. Disponível em: <portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=20018>.Acesso em: 01/06/2014. 25 SANTOS, A.A.M. Higienização das Mãos no Controle das Infecções em Serviços de Saúde. Site da ANVISA. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_mao.pdf>. Acesso em 17/10/2014. TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 10. ed., Porto Alegre: Artmed, 2012, p. 94-95, 247, 659-660. Observações: A Atividade 6 - Inquilinos do corpo, disponível em: <http://super.abril.com.br/multimidia/info_487579.shtml>. Acesso em: 17/10/2014, está sugerida no Portal Dia a dia Educação da Secretaria do Estado de Educação do Paraná, categorias> Infográficos. Disponível em: <http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/links/links.php?categoria=22&start=48> Acesso em: 17/10/2014. Os vídeos indicados nessa produção didática foram extraídos de: <http://www.aquimicadascoisas.org/?episodio=a-qu%C3%ADmica-do-sal>. Acesso em 11/09/2014. <http://www.youtube.com/watch?v=W1dDS7QcssA>. Acesso em: 11/09/2014. < http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1589&sid=137>. Acesso em 09/10/2014. <http://www.youtube.com/watch?v=SYqEkdwlc9Y>. Acesso em: 22/09/2014. <http://www.youtube.com/watch?v=u_w7Z0CEz58&list=PLB_rcPiqiMPzi2X2K3ckTza OB8dGYbpn_&index=62>. Acesso em: 22/09/2014. 26 As ilustrações contidas nessa produção didática, com exceção da que ilustra a atividade15 – Um Dia na Casa Microassombrada, foram extraídas do Portal Dia a dia Educação da Secretaria do Estado de Educação do Paraná, disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/>. Acesso em 17/10/2014. A ilustração da atividade 15 está disponível em: <http://www.icb.usp.br/~bmm/jogos/intro_casaMA.html>. Acesso em 17/10/2014. O cartaz sobre a lavagem correta das mãos está disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/cartaz_higieniza_simples.pdf>. Acesso em 22/09/2014. 27 3. ANEXOS Anexo I QUESTIONÁRIO PARA LEVANTAMENTO DOS CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ALUNOS SOBRE AS BACTÉRIAS 1. Você considera as bactérias como ( ) seres vivos. ( ) seres não-vivos. 2. As bactérias podem ser consideradas como ( ) um animal. ( ) um vegetal. ( ) nenhuma das alternativas anteriores. 3. Já ouviu ou leu sobre o termo “célula”? ( ) sim ( ) não 4. Caso a resposta da questão número 3 seja “sim”, escreva o que você sabe sobre célula. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 5. Podemos ver uma bactéria da mesma maneira que enxergamos um cachorro, uma árvore e uma pessoa? ( ) sim ( ) não 6. Você considera que todas as bactérias trazem problemas/doenças aos seres humanos e ao planeta Terra? ( ) sim ( ) não 7) Seria possível a existência de bactérias “dentro” de nosso organismo trazendo benefícios? ( ) sim ( ) não 28 8. Quando os seres vivos (animais e plantas) morrem ( ) não sofrem transformações (não se modificam). ( ) são transformados em várias substâncias que retornam à natureza. ( ) são transformados em várias substâncias que não retornam à natureza. 9. Se você considera que ocorrem transformações em um ser vivo quando este morre, essas “transformações” seriam realizadas pela ação Observação: Se você considera que “não ocorrem transformações após a morte de um ser vivo” não deve responder a essa questão. ( ) do solo, água e ar. ( ) das bactérias e fungos. 10. As bactérias são encontradas ( ) somente no solo. ( ) somente na água. ( ) somente no ar. ( ) no solo, na água e no ar. ( ) no solo, na água, no ar, sobre as superfícies de objetos, sobre e no interior de seres vivos. 11. Existem bactérias que “ajudam” a natureza? ( ) sim ( ) não 12. As bactérias podem ser utilizadas, de alguma forma, em nossa alimentação? ( ) sim ( )não 13. Você acredita que através de algumas medidas de higiene podemos evitar a ocorrência de algumas doenças causadas por bactérias? ( ) sim ( ) não 14. Escreva pelo menos duas medidas de higiene que você considera importante. 29 Anexo II MODELO DE RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE CIÊNCIAS Atividade:_______________________________________________ Professor (a): ____________________________________________ Alunos (as): _____________________________________________ nº:___ _____________________________________________ nº:___ Data de entrega do relatório: __________ 1. Escreva um pequeno texto indicando o que pretende-se verificar com esta prática. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 2. Faça desenho (s) esquemático (s) do experimento realizado, indicando com setas os materiais utilizados. 3. Registre neste quadro as observações feitas durante o experimento: DATA SITUAÇÃO INICIAL ALTERAÇÕES 4. Conclusão: (deve conter explicações para o que foi observado, baseando-se nos dados obtidos através do experimento, observações, explicações da professora, vídeos, pesquisas bibliográficas, entre outros). ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 30 Anexo III TEATRO: AH, SE EU FOSSE UMA BACTÉRIA... Narrador (a): No pátio do Colégio, depois de um jogo de futebol. João: Aí Pedrão, detonamos no jogo! Pedro: Pode crer, os caras nem viram de onde vieram tantas bolas! Ficaram mais perdidos que azeitona em boca de banguela. João: É, devem estar procurando a bola até agora. Bom, eu quero mais é tomar um banho e trocar de roupa. Pedro: Vou tomar banho em casa! Estou com a maior preguiça. Só vou tirar um pouco esse tênis que ele tá me matando! João: Nossa Pedrão, que chulé! Tem urubu morto aí dentro do seu tênis? Pedro: Qual é João, não está tão ruim assim. João: Não é? Quer ver? Chega aqui galera e dá uma respirada profunda? (Os amigos chegam perto fazendo cara de nojo) Carlos: Nossa cara, abriu a tampa do bueiro aqui? Galera: Oh! Oh! Oh! Oh! Carlos: É do seu pé Pedrão? Nossa! Se for enterra que tá morto faz tempo! Rodrigo: O que isso? É arma química do adversário? Galera: Vai lavar os pés Pedrão! Pedro: Pô, tá tão ruim assim? João: Não, tá pior! Deve ter mais bactérias aí do que estrelas no céu! Pedro: Bactérias? João: É, tipo assim: Bactérias, Ciências, micro-organismos, célula procariótica, reino monera... Lembrou alguma coisa? Pedro: É. Vagamente... Mas o que isso tem a ver com o meu chulé? João: Ué Pedro, são as bactérias que causam o chulé! Elas aproveitam o suor, se reproduzem e meio que “comem” os restos de sua pele. Depois liberam algumas substâncias! É por isso que dá esse cheiro. Pedro: Puxa cara, comem a minha pele, estão vivendo no meu pé! Estão me detonando. Mas por quê? Elas são do mal? 31 João: Não é que elas são do mal, mas elas precisam comer pra sobreviver Pedrão! E digo mais, tem outras bactérias que podem estar detonando seus dentes! Pedro: Meus Dentes? Você pirou? João: Não! É uma coisa que você em especial conhece muito bem: As bactérias que causam as cáries! Pedro: Ah tá, por que você não falou antes: Cárie! Lógico... Mas, o que você quis dizer com “você em especial”? João: Eu quis dizer Pedro, que você dá “umas descuidadas” legais nos dentes de vez em quando! Por isso é que você tem cárie! Pedro: Você tá falando que a minha boca tá cheia de bactérias? Que é “podrona”? João: Não, espera aí. Que está cheia de bactérias sim, mas que tá “podrona”... Ah, deixa pra lá. Mas fica sossegado que uma boca normalzinha tem mais bactérias que gente na terra! Pedro: Ah, zoou. Não cabe tudo isso numa boca não! João: Pior é que cabe Pedro. Bactérias são muito pequenas. Eu vi uma comparação outro dia que achei bem legal: Se uma bactéria tivesse um centímetro, a gente teria dez quilômetros de altura! Pedro: Ah, é por isso que cabem tantas na boca! Muito louco isso. A gente nem tem ideia do tamanho delas, mas fiquei pensando numa coisa João... João: Manda Pedrão. Pedro: Por que elas ficam na boca? E no pé? Por que elas ficam por aí? E se elas não existissem? Como é que tem tantas? Será que é legal ser uma bactéria? E se eu fosse uma bactéria? João: Calma, Pedro. Pedro: Tá, e aí? João: Sei lá, não faço a menor ideia! Acho que a gente vai ter que perguntar pra professora de Ciências. Pedro: Beleza, vamos lá! Mas antes, vai lá lavar o pé vai... Narrador: No laboratório de Ciências... Pedro e João: Oi professora! Professora: Olá, tudo bem? Posso ajudar em alguma coisa? João: Sabe o que é professora, eu e o Pedro estávamos falando sobre as bactérias do pé dele... 32 Pedro: Poxa João, vai começar de novo! João: A gente estava falando sobre bactérias e apareceram várias dúvidas que não conseguimos resolver. Pedro: Por exemplo, por que elas estão na boca, e no pé? Por que elas estão por aí? E se elas não existissem? Como é que tem tantas? Será que é legal ser uma bactéria? E se eu fosse uma bactéria? Professora: Calma, Pedro. Respira fundo! O que vocês querem saber? Pedro: Por que existem as bactérias na pele e na boca? Professora: Para falar a verdade, vai ser difícil você encontrar um lugar na superfície da Terra que não tenha bactérias. Elas estão em todo lugar. Quase sempre existe uma bactéria que pode sobreviver em qualquer condição do planeta. Pedro: Sinistras essas bactérias: Vivem em qualquer lugar, comem qualquer coisa. Falando em comer qualquer coisa, são elas que decompõem outros organismos vivos, não é não? Professora: São as bactérias e os fungos. Eles são o que a gente chama de seres decompositores. Se não fossem eles teríamos um mundo repleto de cadáveres. João: Mas como elas fazem isso? Elas não têm boca. Têm? (Professora faz cara de negação.) João: Então como é que elas tiram pedaço de um bicho morto? Ou da pele do pé do Pedrão? Pedro: Falando em pé, dá pra largar do meu? Professora: Não é tirando pedaços que elas comem. As bactérias fazem diferente: elas jogam enzimas que digerem o alimento fora da célula, transformando tudo em substâncias bem pequenas. Aí o alimento consegue passar pra dentro da célula. Isso se chama absorção. João: Entendi! Professora: Que mais Pedro? Pedro: É a bactéria que causa o chulé e que dá a cárie? Professora: Sim, é. Pedro: Eu tomo banho todos os dias e escovo os dentes sempre! Se todo dia, toda hora, a gente se lava e escova os dentes, como sempre tem um monte de bactérias? Professora: Sabe o que é Pedro, as bactérias se reproduzem muito rápido. 33 Pedro: Ah, se reproduzem tipo assim: “o bactério” convida a bactéria pra sair, rola um clima, aliás, pode ser qualquer clima porque elas estão em qualquer lugar mesmo! Professora: Não, não! Olha só Pedro: Apesar das bactérias terem suas formas de reprodução sexuada, quando eu falo que elas se reproduzem rapidamente, refirome a reprodução assexuada. Uma bactéria faz uma cópia dela mesma, igualzinha, bem rapidamente. Pedro: Aí eu já não vi vantagem nessa forma de se reproduzir não! Pedro: Poxa deve ser irado ser uma bactéria: Se tem um trampo pra fazer, “PLOC”, se reproduz. Quer ir pra balada “PLOC”, se reproduz. Até aquele futebolzinho no final de semana, é só fazer meia dúzia de “PLOCs” e pronto, já tem um time”! João: Vamos Pedrão, já está quase na hora da aula. Pedro: Vamos sim. Valeu professora! Professora: Valeu meninos, qualquer coisa, é só me procurar. Narrador (a): Bate o sinal, Pedro tropeça e torce o pé. A professora vem correndo. Pedro: Aí, meu pé! Professora: Vamos dar uma olhadinha nesse pé, tira o tênis. Galera: Não! (A professora tira o tênis de Pedro.) Professora: Nossa Pedro, que chulé! Você não lava o pé? Pedro: Sabe como é professora, as bactérias, maior legal! 34 Anexo IV Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/cartaz_higieniza_simples.pdf >. Acesso em 22/09/2014. 35