Morrem Michael Jackson e Farrah

Propaganda
FILMES DO ESTAÇÃO / DIVULGAÇÃO / CP
Arte&Agenda
Comédia
‘Rumba’em
cartaz no
cinema
SEXTA-FEIRA, 26 de junho de 2009 | [email protected]
Morrem Michael Jackson e Farrah
O
“Desvario” segue em cartaz no
Teatro de Câmara (República, 575),
sextas e sábados, às 21h, e domingos, 20h,
com ingressos a R$ 15,00. Dirigida por
Tainah Dadda, a peça inédita no
Brasil é de autoria do dramaturgo chileno
Jorge Diaz, cujo humor sarcástico e jogo
de palavras o associaram ao teatro do
absurdo. Um homem tenta salvar seu
casamento quando chega o suposto
amante de sua esposa, reivindicando o
lugar de chefe da família, e uma cantora
lírica que diz não saber quem é.
Ao transferir a ação do casal de
protagonistas para um aeroporto, a peça
situa os personagens num local de
passagem e intenso trânsito, evidenciando
a crise em suas vidas. A amplitude dos
saguões, que permite o ir e vir de variados
tipos para inúmeros destinos, faz uma
referência ao vazio existencial que
desencadeia e permite o elemento do
absurdo. No palco, a pertinente reflexão
acerca da crise de identidade
e a incapacidade
de estabelecer relações.
Cultura do fim
de semana
Entre outros destaques da agenda cultural, amanhã, 21h, no Teatro
CIEE (Dom Pedro II, 861), Panta e a
Orquestra de Câmara da Ulbra exibem repertório amplo, de Beatles a
Oasis, e duas canções inéditas de
Panta, que lança seu terceiro CD em
breve. O show é reapresentado domingo, 19h, com ingressos de R$
35,00 a R$ 40,00. No domingo, a
violinista Paula Bujes e o violoncelista Pedro Augusto Huff fazem recital gratuito na Casa da Música
(Gonçalo de Carvalho, 22), 18h. O
show de lançamento do quarto CD
do grupo carioca Sururu na Roda é
outra atração do domingo. O repertório do disco gravado ao vivo, no reduto boêmio Centro Cultural Carioca, em 2007, será apresentado às
17h deste domingo, no Santander
Cultural (7 de Setembro, 1028), com
ingressos (limitados) já à venda na
bilheteria por R$ 10,00.
AFP / CP
Atmosfera de absurdo
e transitoriedade
showbiz perdeu ontem duas estrelas famosas, com carreiras alicerçadas nos anos 70.
Morreram ontem o Rei do Pop, o cantor Michael Jackson, 50 anos, e a atriz Farrah Fawcett,
62 anos, a eterna pantera. O cantor, autor de sucessos como “Thriller”, “Billie Jean” e “Beat It”, sofreu uma parada cardio-respiratória, na tarde de
ontem, em sua mansão no bairro de Bel-Air, em
Los Angeles, e foi levado pelo Corpo dos Bombeiros
da capital californiana até o Centro Médico da
UCLA. Ao entrar no hospital, o astro pop não respirava e as notícias davam conta de que ele estava
em coma profunda. A morte do cantor norte-americano foi confirmada à noite.
Após anos recluso, Michael Jackson estava em
fase de preparação para sua volta aos palcos, com
uma série de 50 shows no O2 Arena, em Londres,
que seriam iniciados no dia 13 de julho e terminariam em março de 2010, cujos ingressos estavam
todos esgotados. A turnê “This Is It” representaria
a volta do músico à cena musical desde a sua absolvição em um processo por abuso infantil na Califórnia, no ano de 2005. Michael Jackson vendeu
mais de 750 milhões de discos em toda a carreira
e recebeu 13 prêmios Grammy.
Nascido em 29 de agosto de 1958, em Gary, no
estado norte-americano de Indiana, Jackson começou a cantar e dançar aos 5 anos de idade, iniciando-se na carreira profissional aos 11 anos,
quando tornou-se vocalista dos Jackson Five, que
mais tarde viraria The Jacksons, junto com os irmãos Jermaine, Jackie, Marlon e Tito.
No início dos anos 70, lançou-se em carreira
solo, apelidado de Rei do Pop. Michael Jackson teve cinco dos seus álbuns de estúdio como os mais
vendidos de todos os tempos: “Off the Wall” (1979),
“Thriller” (1992), “Bad” (1987), “Dangerous” (1991)
e “History – Past, Present and Future – Book I”
(1995). O álbum “Thriller” ainda é, até hoje, o mais
vendido da história da música mundial, com um
total de 104 milhões de unidades comercializadas.
No início dos anos 80, o
músico tornou-se uma
figura dominante no
mundo do rock e
dos videoclipes,
sendo o primeiro
cantor afro-americano a ter clipes
exibidos constantemente
na MTV. Os
clipes de
“Beat It”, “Billie Jean” e ”Thriller”,
“Black or White” e “Scream” estão
na galeria dos melhores vídeos já
realizados. Jackson também
popularizou, no palco e nos clipes, uma série de complexas
técnicas de dança como o robot e o moonwalk.
A sua carreira teve aspectos negativos a partir
dos anos 90. A mudança de
sua aparência, o enbranquecimento da pele, foi notícia durante muitos anos.
Desde 1993, foi acusado de
abuso de crianças, mas os
primeiros casos foram arquivados. Depois, se casou
com a filha de Elvis Presley,
Priscila Presley e foi pai
de três filhos. Em 93,
Michael Jackson fez
show no Morumbi, em
São Paulo, da turnê
”Dangerous Tour”.
Em março deste ano,
após batalha legal,
Jackson impediu que
2 mil objetos do seu
rancho Neverland fossem leiloados. Entre os itens,
um tabuleiro de xadrez de mármore, e a famosa luva com cristais, usada no clipe “Billie Jean”.
A outra perda de ontem, Farrah Fawcett, apesar de só ter feito sucesso na primeira temporada
de “As Panteras” (“Charlie’s Angels”) nos anos 70,
nunca perdeu a majestade, mesmo com fracassos
de bilheteria, críticas maldosas, entrevistas infelizes (como ao apresentador David Letterman, diretamente da estratosfera) e casamentos e relacionamentos complicados. Após três anos lutando contra o câncer, a atriz faleceu ontem num hospital
em Los Angeles, onde estava internada desde
o começo da semana em estado grave.
Ao contrário do que sempre
ocorria ao final de cada episódio
estrelado pelo trio que protagonizou na TV ao lado da atriz Kate Jackson e Jaclyn Smith no
primeiro ano da série (ela pediu para sair e enfrentou um
badalado processo judicial),
desta vez ela perdeu a batalha. Por conta da quebra de
contrato e para não pagar
uma indenização milionária, aceitou um acordo no
qual participaria em três episódios anuais por três temporadas da série. Seu papel foi
ocupado por Cheryll Ladd. O
trio só voltaria a se encontrar
quando as protagonistas participaram juntas da festa de
entrega do prêmio Emmy para
uma homenagem ao falecido
produtor americano Aaron
Spelling, que produziu “As
Panteras”.
Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro
Domingo, 28/06 • 11h • Theatro São Pedro
Solista: Ney Rosauro - Marimba e Vibrafone
Regente: Antônio Carlos Borges-Cunha
Ingresso: 1kg de alimento não perecível.
TIMOTHY CLARY / AFP / CP
DIVULGAÇÃO / CP MEMÓRIA
Nascida no Texas, Farrah Fawcett realmente ficou famosa graças ao seriado, mas também por
conta de um pôster que lançou, pouco antes de
“As Panteras” chegar ao vídeo, no qual aparece
num maiô vermelho, que vendeu 7 milhões de cópias nos primeiros meses. Ela posou duas vezes
para a revista Playboy. A edição de 2 de dezembro
de 1995 permanece até hoje como o segundo recorde de vendas, com 1.351.100 exemplares. Na
realidade, Farrah nunca chegou a sair da frente
dos holofotes. Numa entrevista recente ao jornal
norte-americano Los Angeles Times, ela criticou a
falta de privacidade que sofreu ao longo de seu tratamento, reclamou do assédio dos paparazzi e
também do hospital da Universidade da Califórnia, por tornar seu sofrimento assunto público.
Quem a ajudou muito nesse período foi o exmarido Ryan O’Neal (a quem se uniu após chegar
ao divórcio com o também ator Lee Majors, protagonista da série “O Homem de Seis Milhões de Dólares”), que a pediu em casamento há pouco. O’Neal (pai do protagonista do seriado “Bones”).
também teve que lidar com a leucemia nos últimos
anos e pretendia se casar com Farrah assim que
ela se recuperasse e pudesse lhe dizer, finalmente,
o “sim”. Ele declarou no programa de Barbara
Walters que sua união com a atriz nunca chegou
a ser oficializada. Farrah e O’Neal viveram por 17
anos, tiveram um filho (de nome Redmond) e, segundo as colunas especializadas em fofocas, a
união foi a causa do atrito do ator com a filha Tatum, que nunca aceitou muito bem o envolvimento afetivo de seu pai com a nova mulher. Nos anos
80, filmou para a tevê “The Burning Bed”, sobre
mulher agredida que botava fogo na cama do casal com o marido nela. A atriz também participou
em um documentário exibido pelo canal NBC (intitulado “Farrah’s Story”), no qual narrava, na
primeira pessoa, a sua luta contra o câncer.
Download