PROTOCOLO DOR TORÁCICA INSTITUTO DE DOENÇAS CARDIOLÓGICAS PA Nº: 06-5001-01 Edição: 29/01/2014 Versão: 001 Data Versão: Página: 1/7 1- CONSIDERAÇÕES GERAIS 1.1- As doenças cardiovasculares são, ainda hoje, as principais responsáveis pela mortalidade na população geral, no mundo ocidental. Dentre as inúmeras patologias que afetam o sistema cardiovascular, a de maior destaque é, sem dúvida, a cardiopatia isquêmica, em virtude de sua alta prevalência e morbimortalidade; 1.2- O diagnóstico das síndromes coronarianas agudas inclui uma série de avaliações, desde a análise dos fatores de risco coronarianos e alterações de exame físico do aparelho cardiovascular, bem como, o eletrocardiograma e os marcadores séricos de lesão celular miocárdica e inflamação, porém, seu ponto de partida e principal peça para tal diagnóstico é a dor torácica ou equivalente anginoso; 1.3- Nos últimos tempos, em diversos centros do mundo inteiro têm-se desenvolvido e adotado protocolos de atendimento de dor torácica. Estes comprovadamente promovem maior agilidade, segurança e competência no manejo destes pacientes, reduzindo sobremaneira liberações inadvertidas, hospitalizações desnecessárias e custos hospitalares. 2- PROPOSTA/ESCOPO 2.1- Este protocolo, desenvolvido pela equipe do Instituto de Medicina Vascular do Sistema de Saúde Mãe de Deus, tem por objetivos: • Apresentar um modelo de atendimento, diagnóstico e manejo dos pacientes que chegam à sala de emergência com dor torácica ou que apresentem tal sintoma durante a hospitalização; • Qualificar a assistência para pacientes com Síndrome Coronariana Aguda; • Adequar os processos da instituição aos critérios da JCI; • Colaborar com o projeto Gestão de Leitos; • Desenvolver alianças estratégicas com operadoras para o tratamento de doenças cardiológicas; • Implantar programa de qualidade assistencial nos hospitais do Sistema de Saúde Mãe de Deus 3- CONTEÚDO 3.1- Devem ser incluídos no protocolo todos os pacientes que se apresentem à sala de emergência com dor torácica e que não tenham médico assistente ou cujo médico solicite o acompanhamento da Equipe do Instituto de Medicina Vascular (IMV), bem como, os pacientes internados no Hospital Mãe de Deus por qualquer razão e que apresentem dor torácica e cujo médico assistente não se oponha ao acompanhamento da Equipe do IMV; PROTOCOLO DOR TORÁCICA INSTITUTO DE DOENÇAS CARDIOLÓGICAS PA Nº: 06-5001-01 Edição: 29/01/2014 Versão: 001 Data Versão: Página: 2/7 3.2- Os pacientes com dor torácica vindo de fora do hospital podem ter acesso à emergência do HMD pelas seguintes vias: (1) Ambulância com contato prévio com o médico plantonista da sala de urgências ou unidade vascular; (2) Atendidos pela enfermeira da triagem; (3) Atendidos pelo médico plantonista do pronto-atendimento (PA). 3.3- Os casos de dor torácica de pacientes hospitalizados devem ter o seguinte fluxo: • A enfermeira da unidade de internação deve realizar o primeiro atendimento e comunicar o médico hospitalista. Este fará uma avaliação e entrará em contato com o médico assistente do paciente, oferecendo a sua inclusão no protocolo institucional de dor torácica; • Devem ser preenchidos os dados de identificação do paciente e realizada anamnese quanto às características da dor torácica e à presença dos principais fatores de risco para doença arterial coronariana (DAC); • Um ECG deve ser feito na admissão de todos os pacientes, preferencialmente em até 10 minutos da sua chegada ao hospital ou da chamada da equipe de enfermagem para o caso de pacientes já hospitalizados; • Dosagens enzimáticas de CK, CK-MB e troponina I devem ser realizadas, conforme a rota a que cada paciente for alocado; • Nos pacientes cujo diagnóstico não estiver bem estabelecido, apesar de adequada anamnese e dos resultados dos testes inicias, é fundamental a realização imediata ou tardia de um teste provocativo de isquemia miocárdica. Dentre estes, estão disponíveis a cintilografia miocárdica de repouso e esforço, o teste ergométrico, o ecocardiograma de stress, o ecocardiograma de perfusão miocárdica e a ressonância magnética miocárdica. A angiotomografia de artérias coronárias é um teste anatômico que serve como alternativa ao teste provocativo de isquemia para pacientes de baixo risco e não idosos; • Após a avaliação da equipe de Dor Torácica quanto às apresentações clínicas do paciente, bem como, sinais e sintomas relacionados a queixa específica, exames iniciais e fatores de risco, o paciente deve seguir uma das quatro rotas de atendimento do protocolo de Dor Torácica: o Rota 1: IAM (Infarto Agudo do Miocárdio); o Rota 2: SCASSST (síndrome Coronariana Aguda sem supra ST), incluindo Angina Instável e IAM sem supradesnivelamento do segmento ST; o Rota 3: Avaliação seriada de pacientes com dor torácica provavelmente não anginosa (dor tipo C) com suspeita de SCASSST; PROTOCOLO DOR TORÁCICA INSTITUTO DE DOENÇAS CARDIOLÓGICAS PA Nº: 06-5001-01 Edição: 29/01/2014 Versão: 001 Data Versão: Página: 3/7 o Rota 4: avaliação de paciente com dor definitivamente não anginosa. Nesta rota, de forma não menos importante, descarta-se patologias clínicas graves como Dissecção Aórtica, Pneumotórax e Embolia Pulmonar antes da liberação médica. 4- MACROFLUXO PROTOCOLO DOR TORÁCICA INSTITUTO DE DOENÇAS CARDIOLÓGICAS PA Nº: 06-5001-01 Edição: 29/01/2014 Versão: 001 Data Versão: Página: 4/7 PROTOCOLO DOR TORÁCICA INSTITUTO DE DOENÇAS CARDIOLÓGICAS PA Nº: 06-5001-01 Edição: 29/01/2014 Versão: 001 Data Versão: Página: 5/7 Protocolo de dor torácica Identificação: Nome:_______________________________ Idade: _____ Sexo: ( )M ( )F Nº de paciente:_______________ Nº atendimento da emergência___________ Indicadores de qualidade: Chegada/chamdo do paciente – Data:___________ Hora:___________ Realização do ECG – Data: ___________ Hora: __________ Chamado da Equipe IMV – Data:___________ Hora:___________ Atendimento da Equipe IMV – Data: ___________ Hora: __________ Característica da dor torácica:( ) definitivamente anginosa (tipo A) ( ) dor de IAM ( ) dor de não-IAM ( ) provavelmente anginosa (tipo B) ( ) provavelmente não anginosa (tipo C) ( ) definitivamente não anginosa (tipo D) Fatores de risco principais para DAC: ( ) DM ( ) HAS ( ) Dislipidemia ( ) Tabagismo ( ) HF + p/ CI Indicadores de risco associado à dor torácica (adaptado de Braunwald – A Textbook of Cardiovascular Medicine, 8th ed 2007): ( ) História prévia de DAC, AVC ou vasculopatia periférica ( ) DM ( ) 2 ou mais fatores de risco coronarianos ( ) Alterações hemodinâmicas ( ) Edema pulmonar ou presença de B3 ( ) Sopro de insuficiência mitral novo ou crescente ( ) Presença de ondas Q em 2 ou mais derivações contíguas. ECG admissão 3 horas 6 horas Parede Supradesnível de ST ( ) ( ) ( ) ______ Bloqueio de ramo esquerdo ( ) ( ) ( ) Infradesnível de ST ( ) ( ) ( ) ______ Inversão simétrica de onda T ( ) ( ) ( ) ______ Normal / inespecífico ( ) ( ) ( ) Enzimas CK ______ ______ ______ ______ CK-MB ______ ______ ______ ______ Troponina T ______ ______ ______ ______ Rota: ______ TIMI risk: ______ PROTOCOLO DOR TORÁCICA INSTITUTO DE DOENÇAS CARDIOLÓGICAS 5- INDICADORES DE QUALIDADE • AAS na chegada; • AAS na alta; • Inibidor da Enzima conversora da angiotensina na alta; • Orientação para abandono do tabagismo; • Betabloqueador na internação • Betabloqueador na alta; • Terapia Fibrinolítica dentro de 30 min da chegada; • Tempo porta-balão dentro de 90 min.; • Taxa de Mortalidade. 6- MATÉRIAS DE REFERÊNCIA Não se aplica. PA Nº: 06-5001-01 Edição: 29/01/2014 Versão: 001 Data Versão: Página: 6/7 PROTOCOLO DOR TORÁCICA INSTITUTO DE DOENÇAS CARDIOLÓGICAS PA Nº: 06-5001-01 Edição: 29/01/2014 Versão: 001 Data Versão: Página: 7/7 7- ATUALIZAÇÃO DA VERSÃO Data 29/01/2013 Revisão Nº 0 Descrição da Alteração Emissão do documento Escritório de Projetos Eduardo da Silva Schenini Data Aprovação: Editado por Dr. Luciano Não se aplica Hatschbach Aprovações Instituto de Doenças Cardiológicas Dr. Euler Manenti Data Aprovação: Revisado por Diretoria de Práticas Médicas Luiz Felipe Santos Gonçalves Data Aprovação: