resumos dos trabalhos apresentados no i colóquio luso

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RESUMOS DOS TRABALHOS
APRESENTADOS NO I COLÓQUIO LUSOBRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO
E REPRESENTAÇÕES
GRUPOS TEMÁTICOS DE DISCUSSÃO
SESSÕES INTERACTIVAS DE POSTERS
ISBN: 978-989-20-1317-6
MARÇO 2008
ÉVORA, PORTUGAL
I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
INSTITUIÇÕES PROMOTORAS:
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus
Centro de Investigação em Ciências e Tecnologias da Saúde
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Pró-Reitoria de Pós-Graduação
Programa de Pós-Graduação de Enfermagem
Comissão Central de
Organização
Manuel José Lopes
Felismina Mendes
Antónia Oliveira Silva
Ângela Arruda
Comissão Científica
Felismina Mendes (Presidente Português)
Luiz Fernando Rangel Tura (Presidente Brasileiro)
Manuel José Lopes
Antónia Oliveira Silva
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Índice
PROGRAMA ........................................................................................................................................................................... 7
GRUPOS TEMÁTICOS DE DISCUSSÃO .............................................................................................................................. 11
Temas de Educação ................................................................................................................................................................... 11
ADEQUAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS IDENTIFICADAS NO PROCESSO DE BOLONHA PARA O EXERCÍCIO
DAS FUNÇÕES REGULAMENTADAS PARA OS TÉCNICOS DE ANÁLISES CLÍNICAS ........................................... 11
EDUCAÇÃO E SAÚDE: A QUALIDADE DE VIDA E O STRESS DOS ALUNOS DE PÓS-GRADUAÇÃO DA
UNIVERSIDADE DE AVEIRO ............................................................................................................................................ 11
OS DIREITOS DO IDOSO NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO: uma reflexão no âmbito da saúde. ................................ 12
A VIOLÊNCIA E SUAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS CONSTRUÍDAS POR ADOLESCENTES ............................... 12
AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DE FORMAÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS PERCEBIDAS no EXERCÍCIO
PROFISSIONAL DAS TECNOLOGIAS DA SAÚDE.......................................................................................................... 12
TRAJECTOS DE FORMAÇÃO DOS ENFERMEIROS NUM CONTEXTO DE PROMOÇÃO DA QUALIDADE
HOSPITALAR ....................................................................................................................................................................... 13
Temas de Representações Sociais ............................................................................................................................................. 14
O USO DE ELEMENTOS GRAMATICAIS NA ANÁLISE DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ...................................... 14
A PRÁTICA DE ENFERMAGEM NO SISTEMA PENAL: REPRESENTAÇÕES SOBRE LIMITES E
POSSIBILDADES ................................................................................................................................................................. 14
O IDOSO E A VELHICE SOB A ÓTICA DE ESTUDANTES DE MEDICINA: UM ESTUDO DE
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ............................................................................................................................................ 14
REPRESENTANDO O CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM SIDA (1) ................................................ 15
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFISSIONAIS EM UMA UTI, SEGUNDO FAMILIARES. ................................. 15
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS RESIDENTES MÉDICOS ............................... 15
ADOECER DE TUBERCULOSE: PERCEPÇÃO E SENTIMENTOS DE INDIVIDUOS ACOMETIDOS ........................ 16
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ADOLESCENTE SOBRE O CONCEITO DE RISCO. SUBSÍDIOS PARA A
ACTUAÇÃO DE ENFERMAGEM ....................................................................................................................................... 16
COMPORTAMENTOS SUICIDÁRIOS JUVENIS - REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE MÉDICOS E PSICÓLOGOS .. 17
CONTEÚDOS SIMBÓLICOS, CRENÇAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS PARA UM GRUPO DE PORTADORES
DE HIV. ................................................................................................................................................................................. 17
A VIOLÊNCIA NA ENCRUZILHADA DA CULPA E DA AFIRMAÇÃO DE SI: A CONSTITUIÇÃO DE
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NO MOVIMENTO DE CULTURAS ................................................................................ 17
EM BUSCA DOS SENTIDOS DE AVALIAÇÃO ESCOLAR: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES...... 18
REPRESENTAÇÕES DE FAMILIARES ENTRE GRUPOS ÉTNICOS E RELAÇÕES INTERCULTURAIS NA
ESPANHA E BRASIL. .......................................................................................................................................................... 18
EU E DEUS: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ENTRE CATÓLICOS, EVANGÉLICOS E SEM-RELIGIÃO NO RIO
DE JANEIRO ......................................................................................................................................................................... 19
SAÚDE E DOENÇA PARA PESSOAS IDOSAS COM ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO....................................... 19
ESTRATÉGIA DE ACOLHIMENTO NA ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO NO PROGRAMA SAÚDE DA
FAMÍLIA ............................................................................................................................................................................... 19
OS SENTIDOS DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS PARA UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE E TECNOLÓGICA .. 20
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA OBESIDADE INFANTO-JUVENIL NA REGIÃO DE ÉVORA ......................... 20
IMPACTO DA MORTE NOS ESTUDANTES DE ENFEMGAGEM .................................................................................. 21
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ADOLESCENTES DO PROJETO AGENTE JOVEM SOBRE A AIDS ................... 21
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E SAÚDE: QUESTÕES METODOLÓGICAS.................................................................. 22
EMPOWERMENT DA PESSOA COM DOENÇA CRÓNICA? QUAL O PAPEL DAS REPRESENTAÇÕES
SOCIAIS? ............................................................................................................................................................................... 22
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO FUNCIONAMENTO DA ESCOLA E DIVERSIDADE CULTURAL ...................... 23
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA AIDS NO ESPAÇO ESCOLAR FEMININO ............................................................. 23
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE SAÚDE CONSTRUÍDAS POR IDOSOS ................................................................... 23
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
AS REPREDENTAÇÕES SOBRE O NORDESTE BRASILEIRO E A REALIDADE DAS PESSOAS POBRES
VULNERÁVEIS .................................................................................................................................................................... 24
OS CAMPOS DE ESTÁGIO E A AMPLIAÇÃO DAS DEMANDAS SOCIAIS E DOS ESPAÇOS DE INTERVENÇÃO
PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL ...................................................................................................... 24
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA SOCIEDADE E ANOMIA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO ................................ 24
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA.UM ESTUDO SOBRE TRANSGÊNICOS. ................. 25
UM ESTUDO SOBRE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE A PROPÓSITO DE
CENTROS DE RECURSOS. ................................................................................................................................................. 25
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS/AS ASSISTENTES SOCIALES SOBRE O FENÔMENO DA EXCLUSÃO.
O CASO DA CIDADE DE GRANADA, ESPANHA............................................................................................................ 25
ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE: representações sociais de imigrantes brasileiros .................................................. 26
ERUPÇÃO DENTÁRIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NA INFÂNCIA: mito ou realidade? ...................................... 26
ESTUDANTES FALAM DE SUA ESCOLA: UM ESTUDO SOBRE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ............................. 27
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE: representações sociais de educadores populares e estudantes universitários .......... 27
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO TRABALHO SEGUNDO IDOSOS ............................................................................ 27
CONTRIBUIÇÃO DE UM MODELO DE ARQUITETURA COGNITIVA PARA O SISTEMA DE GESTÃO DE
RECURSOS HUMANOS ...................................................................................................................................................... 28
Temas de Saúde ........................................................................................................................................................................ 29
ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE: DESAFIO DO TRABALHO DE PSICÓLOGOS QUE ATUAM NO CAMPO DA
SAÚDE PÚBLICA ................................................................................................................................................................. 29
OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA VIVA MULHER NO III DISTRITO SANITÁRIO DE SAÚDE, DO
MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA – PB. ................................................................................................................................ 29
SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS IDOSAS PARTICIPANTES DE UM CENTRO DE LAZER EM
PORTO ALEGRE - BRASIL ................................................................................................................................................. 29
EXPERIÊNCIA DAS DOULAS NO CUIDADO À MULHER EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA ............................ 30
AS AÇÕES DE CONTROLE DA TUBERCULOSE NO DISTRITO SANITÁRIO ESPECIAL INDÍGENA
POTIGUARA: DESAFIOS DA COORDENAÇÃO. ............................................................................................................. 30
CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTE: UM MODELO NO NORDESTE DO
BRASIL .................................................................................................................................................................................. 31
PROMOVENDO A SAÚDE DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS IDOSOS APOSENTADOS: uma
experiência exitosa de inclusão social .................................................................................................................................... 31
ENVELHECIMENTO, SAUDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA ................................................................................. 31
SAÚDE MENTAL COMUNITÁRIA: RECOMPOSIÇÃO DE PERDAS NO CONTEXTO URBANO ATUAL ................ 32
EXPERIÊNCIA DE EXTENSÃO NA IMPLEMENTAÇÃO DE UM GRUPO DE GESTANTES NA COMUNIDADE ... 32
EDUCAÇÃO POPULAR E ATENÇÃO À SAÚDE DA FAMÍLIA: relato de uma experiência em extensão popular ......... 33
POSICIONAMENTO DOS ALUNOS DO CURSO AUXILIAR DE ENFERMAGEM FRENTE A FORMAÇÃO E
ATUAÇÃO PROFISSIONAL................................................................................................................................................ 33
AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM ADOTADO NA PRÁTICA EDUCATIVA DOCENTE
ESPECIALISTA PROFAE .................................................................................................................................................... 33
DECISÃO MATERNA A RESPEITO DO PRÉ-NATAL: UM ESTUDO BRASILEIRO .................................................... 34
SAÚDE REPRODUTIVA FEMININA E AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS.................................................................... 34
DINÂMICA DO RELACIONAMENTO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E DOENTES ......................................... 34
CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE 1ºCEB SOBRE O CONTRIBUTO DA EDUCAÇÃO SEXUAL DAS
CRIANÇAS PARA A PROMOÇÃO DA SUA SAÚDE FUTURA....................................................................................... 35
FONOAUDIOLOGIA ESCOLAR: por uma educação saudável em João Pessoa - Brasil ..................................................... 35
PERFIL AUDIOLÓGICO DE TRABALHADORES DE INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS................................................. 36
ACESSIBILIDADE ÀS AÇÕES DE CONTROLE DA TUBERCULOSE NO CONTEXTO DAS EQUIPES DE SAÚDE
DA FAMÍLIA DE BAYEUX-PB ........................................................................................................................................... 36
SAÚDE DA CRIANÇA NA ATENÇÃO BÁSICA: reflexões acerca das políticas públicas no Brasil e das tecnologias de
trabalho ................................................................................................................................................................................... 36
PROMOÇÃO DA SAÚDE: CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM E DE OUTROS
CURSOS DO ENSINO SUPERIOR ...................................................................................................................................... 37
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
PROMOVENDO A INTEGRALIDADE DAS AÇÕES DE SAÚDE NA POPULAÇÃO INDÍGENA BRASILEIRA:
relato de experiência ............................................................................................................................................................... 37
CARACTERIZAÇAO DO HIPERDIA NO ATENDIMENTO AO IDOSO.......................................................................... 37
INTERSETORIALIDADE, VÍNCULO E CONTROLE DA TUBERCULOSE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
EM MUNICÍPIO PRIORITÁRIO DA PARAÍBA - PB. ........................................................................................................ 38
SESSÕES INTERECTIVAS DE POSTERS ............................................................................................................................ 39
Temas de Representações Sociais ............................................................................................................................................. 39
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE CRIANÇAS SOBRE OS AVÓS .................................................................................. 39
CUIDADOS INFORMAIS DE SAÚDE NA COMUNIDADE: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS SEUS ACTORES.. 39
VELHICE PARA IDOSOS ALBERGADOS......................................................................................................................... 39
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ENSINO DE CIÊNCIAS ............................................................................................. 40
PERFIL AUDIOLÓGICO DE TRABALHADORES DE INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS................................................. 40
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E ATRIBUIÇÃO DE CAUSALIDADE ÀS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM .. 40
CRENÇAS DE MÃES SOBRE CUIDADOS COM CRIANÇAS EM DOIS CONTEXTOS CULTURAIS DISTINTOS
DE UM ESTADO DO SUL DO BRASIL .............................................................................................................................. 41
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE INFÂNCIA E RELATO DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS................................ 41
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE PSICOLOGIA ...................................................................................................... 41
O PODER NO HESFA MOVIDO PELO DESEJO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS ENFERMEIRAS ..................... 42
A REPRESENTAÇÃO DA OBESIDADE POR ESTUDANTES DO SEGUNDO CICLO DO ENSINO
FUNDAMENTAL EM ESCOLAS PÚBLICAS DE OURO PRETO (5ª A 8ª SÉRIES)........................................................ 42
REPRESENTAÇÕES DO CORPO INCOMPLETO (O SENTIDO do ESQUIZO CORPO) Experiências em Modelagem
na Formação de Enfermeiros .................................................................................................................................................. 43
REPRESENTAÇÕES DO CORPO INCOMPLETO (O Sentido do Corpo Coisa) ................................................................ 43
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA FAMÍLIA DO DOENTE ONCOLÓGICO EM SITUAÇÃO DE CUIDADOS
PALIATIVOS DOMICILIÁRIOS ......................................................................................................................................... 44
VELHICE PARA IDOSOS ALBERGADOS......................................................................................................................... 44
SAÚDE PARA ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS ESTRANGEIROS - representações sociais ...................................... 44
A VELHICE PARA OS IDOSOS ATENDIDOS NAS UNIDADE BÁSICAS DE SAÚDE – representações sociais. ......... 45
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA DIDÁTICA CONSTRUIDA POR PROFESSORES E ALUNOS ................................. 45
SIGNIFICADOS E PRÁTICAS NO CONTEXTO DA SAÚDE: AS PERMEABILIDADES DAS REPRESENTAÇÕES
ESPECIALISTAS FACE ÀS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE GÉNERO...................................................................... 45
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A SITUAÇÃO DAS MULHERES NO CONTEXTO POLÍTICO, AS
QUOTAS E A PARIDADE - UMA ANÁLISE COMPARATIVA ....................................................................................... 46
Temas de Saúde ........................................................................................................................................................................ 47
APENADAS E PROJETOS OCUPACIONAIS: o trabalho (des)articulado do projeto de vida............................................. 47
TRABALHO DANOSO E O ESTADO MOROSO: representações sociais de mulheres trabalhadoras acometidas por
LER/DORT ............................................................................................................................................................................ 47
A AÇÃO POLÍTCA DOS GRUPOS SUBALTERNOS DO CAMPO.................................................................................. 47
IDENTIFICAÇÃO DE TERMOS DA CIPE® PARA A COMPOSIÇÃO DE DIAGNÓSTICOS, RESULTADOS E
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ................ 48
A TERAPIA COMUNITÁRIA NO AMBIENTE HOSPITALAR......................................................................................... 48
A ENFERMAGEM E O ACONSELHAMENTO GENÉTICO EM ONCOLOGIA: desafios de uma nova prática
profissional ............................................................................................................................................................................. 49
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DAFAMÍLIA NOCONTEXTO DA CULTURA CIGANA: consensos e dissenso do cuidar. .............. 49
PALMA: ALIMENTO HUMANO ALTERNATIVO E SUA UTILIDADE MEDICINAL .................................................. 49
ATENDIMENTO AO IDOSO NAS UNIDADES BÁSICA DE SAÚDE ............................................................................. 50
CONSTRUÇÃO DE NOMENCLATURA DE INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA A CLÍNICA MÉDICA
DO HULW/UFPB .................................................................................................................................................................. 50
PERFIL DOS CUIDADORES DE IDOSOS COM DEMÊNCIA E A DEMANDA DE CUIDADOS .................................. 50
DESEMPENHO COGNITIVO DE IDOSOS DA COMUNIDADE DE RIBEIRÃO PRETO- SÃO PAULO ...................... 51
IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO E PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA.................................... 51
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
SENTIDOS ATRIBUÍDOS AO VELHO, IDOSO e jovem ................................................................................................... 52
ATENÇÃO PSICOLÓGICA PARA GESTANTE NA SAÚDE INDÍGENA ........................................................................ 52
FENÔMENO BULLYING: PROPOSTA DE CARTILHA EDUCATIVA PARA PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO E
SAÚDE................................................................................................................................................................................... 52
A PALMA –OPUNTIA FICUS-INDICA MILL – COMO SUPORTE NA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NA
ELEVAÇÃO DO IDH ............................................................................................................................................................ 53
NOMENCLATURA DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PARA PACIENTES COM TOXICIDADE
HEMATOLÓGICA PÓS-QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA UTILIZANDO A CIPE VERSÃO 1.0 ....................... 53
IMPORTÂNCIA DE UM PROGRAMA DE PROMOÇÃO À SAÚDE NO ENVELHECIMENTO .................................... 54
SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DE CLIENTES HOSPITALIZADOS: CRITÉRIOS UTILIZADOS PELOS DOCENTES
NO ENSINO DE ENFERMAGEM FUNDAMENTAL ......................................................................................................... 54
A PREVENÇÃO DAS DST/ AIDS NO CARNAVAL: 17 ANOS DE INTERAÇÃO ENTRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E
CULTURA ............................................................................................................................................................................. 54
EDUCAÇÃO CRÍTICA, SAÚDE, ECOLOGIA E CULTURA: INTERFACES DO PROJETO POLÍTICOPEDAGÓGICO DA ENFERMAGEM - UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA ........................................................... 55
PERSPECTIVA EMANCIPADORA NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM ....................................... 55
NO HABITUS DO ANTIGO HOSPITAL COLÔNIA – REPRESENTAÇÔES SOCIAIS DA HANSENÍASE .................. 56
SAÚDE MENTAL NA COMUNIDADE INDÍGENA: experiências com grupos ................................................................. 56
O PAPEL DO APOIADOR PARA OS TRABALHADORES DE SAÚDE FRENTE AS PRÁTICAS PROFISSIONAIS .. 56
A VIVÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE: A INTEGRALIDADE
A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO. ............................................................................................................................. 57
RISCO DE ADOECIMENTO MENTAL ENTRE TRABALHADORES DO SETOR FORMAL E INFORMAL ............... 57
O PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E O CONTROLE DA TUBERCULOSE EM
MUNICÍPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE JOÃO PESSOA-PB/BRASIL ........................................................... 58
AVALIAÇÃO DE FERIDAS PELOS ENFERMEIROS ASSISTENCIAIS DE INSTITUIÇÕES HOSPITALARES DA
REDE PÚBLICA.................................................................................................................................................................... 58
EDUCAÇÃO EM SAÚDE E SUA MULTIDIMENSIONALIDADE ................................................................................... 58
INTERVENÇÃO NA SAÚDE ORAL SUBSIDIADA NAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: uma reflexão teórica .......... 59
LISTA DE PARTICIPANTES.................................................................................................................................................. 60
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
PROGRAMA
12 de Março de 2008
10:00 – Acreditação
Local: Auditório da Universidade de Évora
12h30 – Almoço Livre
14:30 - Workshops
Local: Sala 006 (anexo Auditório da Universidade de Évora)
- Formação de profissionais de saúde e prestação de cuidados a idosos – Maria
Arminda Mendes e Rosalina Aparecida Partezani Rodrigues
.....
Local: Sala 007 (anexo Auditório da Universidade de Évora)
- Metodologias de investigação para a pós-modernidade - Brígido Vizeu Camargo
16h30 – Coffee Break
17:00 - Sessão de Abertura
Mesa de Abertura: Sr. Reitor e demais convidados e Presidentes do Evento
Conferência Abertura: Jorge Correia Jesuíno (Portugal)
13 de Março de 2008
9:30 - Conferência Magna: Denise Jodelet (França)
Local: Auditório da Universidade de Évora
10:30 - Coffee Break
11:00 - Mesa Redonda 1 – Comunicação, Informação e Saúde
Local: Auditório da Universidade de Évora
Coordenador: Francisco Costa Pereira – Portugal
1. Constantino Sakellarides - Portugal
2. Brígido Vizeu Camargo - Brasil
11:00 - Mesa Redonda 2 – Etnia, Cultura e Educação
Local: Anfiteatro da Universidade de Évora
Coordenador: Paula Castro - Portugal
1. Edson Alves de Sousa Filho - Brasil
2. Maria Yara Campos Matos - Brasil
3. João Fernandes - Portugal
11:00 - Mesa Redonda 3 – Envelhecimento e Relações Intergeracionais
Local: Sala 124 da Universidade de Évora
Coordenador: Manuel Lopes – Portugal
1. José Luiz Telles - Brasil
.
2. Alberta Contarello – Itália
3. Clélia Maria Nascimento-Schulz – Brasil
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
12h30 – Almoço Livre
14:30 -.Grupo Temático de Discussão – Temática e número de grupos a definir de acordo com os
trabalhos apresentados pelos investigadores candidatos.
Local: Universidade de Évora (Salas a definir)
16:00 - Coffee Break
16:30 - Conferência: “A Pós-Graduação na Universidade Federal da Paraíba: o estado da
arte”.
Isac Almeida de Medeiros - Brasil
Local: Auditório da Universidade de Évora
17:30 - Sessão Interactiva de Posters – Debate presencial de Pesquisadores Coordenadores com
os autores dos posters
Local: Sala do café no auditório
14 de Março de 2008
9:30 - Conferência: “Avaliação da Pós-Graduação stricto sensu no Brasil”
Rosalina Aparecida Partezani Rodrigues – Brasil
Local: Auditório da Universidade de Évora
10:30 - Coffee Break
11:00 - Mesa Redonda 1 – Estratégias em saúde e qualidade de vida no contexto da globalização
Local: Auditório da Universidade de Évora
Coordenador: Maria do Carmo Eulálio – Brasil
1. Maria Filomena Gaspar - Portugal
2. José Luiz Telles - Brasil
3. Maria do Socorro Costa Feitosa Alves – Brasil
11:00 - Mesa Redonda 2 – Desafios e resistências para mudar a educação
Local: Anfiteatro da Universidade de Évora
Coordenador: Vitor Trindade - Portugal
1. Luis Sebastião – Portugal
2. Rosana Oliveira – Brasil
11:00 -.Mesa Redonda 3 – Imigração em contextos brasileiro e português
Local: Sala 124 da Universidade de Évora
Coordenador: Jorge Correia Jesuino - Portugal
1. Beatriz Padilla - Portugal
2. Antonia Oliveira Silva - Brasil
3. Íris do Céu Clara Costa – Brasil
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
12h30 – Almoço Livre
14:30 - Grupo Temático de Discussão – Temática e número de grupos a definir de acordo com os
trabalhos apresentados pelos investigadores candidatos.
Local: Universidade de Évora (Salas a definir)
16:00 - Coffee Break
16:30 - Conferência: :"Um olhar psicossocial sobre a saúde - apresentação de uma linha de
pesquisa em Psicologia Social da Saúde"
Luísa Lima – Portugal
Local: Auditório da Universidade de Évora
17:30 - Sessão Interactiva de Posters – Debate presencial de Pesquisadores Coordenadores com
os autores dos posters
Local: Sala do café no auditório
15 de Março de 2008
9:30 - Conferência: “A transdisciplinaridade em saúde”
Manuel José Lopes – Portugal
Local: Auditório da Universidade de Évora
10:30 - Coffee Break
11:00 - Mesa Redonda 1 – Paradigmas da promoção, prevenção e cuidados em saúde.
Local: Auditório da Universidade de Évora
Coordenador: Ana Escoval – Portugal
1. Íris do Céu Clara Costa - Brasil
2. José Robalo - Portugal
3. Luiz Fernando Rangel Tura - Brasil
11:00 - Mesa Redonda 2 – Novas aprendizagens de educação e saúde
Local: Anfiteatro da Universidade de Évora
Coordenador: Liana Lauterte - Brasil
1. Jorge Bonito - Portugal
2. Edna Maria da Silva - Brasil
3. Felismina Mendes - Portugal
12h30 - Almoço Livre
14:30 - Grupo Temático de Discussão – Temática e número de grupos a definir de acordo com os
trabalhos apresentados pelos investigadores candidatos.
Local: Universidade de Évora (Salas a definir)
16:00 - Coffee Break
16:30 - Conferência de Encerramento: Ângela Arruda – Brasil
17:30 - Sessão Interactiva de Posters – Debate presencial da Comissão Científica com os autores
dos posters
Local: Junto à exposição dos posters
Reunião de Grupos de Pesquisa
Reunião de Reitores e Pró-Reitores
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
10
RESUMOS
Grupos Temáticos de Discussão
Sessões Interactivas de Posters
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
GRUPOS TEMÁTICOS DE DISCUSSÃO
TEMAS DE EDUCAÇÃO
ADEQUAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS IDENTIFICADAS NO PROCESSO DE BOLONHA PARA O
EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES REGULAMENTADAS PARA OS TÉCNICOS DE ANÁLISES CLÍNICAS
Cecília Machado, Andreia Borges, Maria João Trigueiro, Manuela Sousa
Escola Superior de Tecnologia da Saúde - ESTSP
RESUMO
Nas últimas décadas o aumento na complexidade e diversidade da tecnologia disponível, a globalização com a livre e
ampla circulação de informação, pessoas e bens levou a uma maior exigência e competitividade no mercado de trabalho,
dando maior relevo ao papel que o conhecimento e as competências têm para as sociedades. As instituições de Ensino
Superior tentam modificar as metodologias de ensino, de forma a adaptá-las ao paradigma do Tratado de Bolonha. No
entanto, nem sempre as entidades legisladoras acompanham estes processos, razão pela qual se procurou saber, no presente
trabalho, qual a opinião dos peritos e dos profissionais de Análises Clínicas (ACSP) acerca da adequação dos descritores
de competências à luz de Bolonha à actual legislação regulamentadora da profissão.
Metodologia: Realizou-se um estudo misto sequencial, com uma 1ª parte qualitativa, onde foi utilizada a metodologia de
Delphi e uma 2ª parte quantitativa, descritiva. A amostra é de conveniência, constituída por 5 docentes em exercício na
área das ACSP e 59 profissionais em exercício. A construção do instrumento baseou-se no grau de concordância obtido
pelo grupo de peritos sobre as funções regulamentadas e sua relação com as competências descritas no documento de
Bolonha. O questionário daqui obtido foi aplicado na 2ª parte do estudo, sendo constituído por 85 descritores de
competências (itens), agrupados em 12 funções regulamentadas da profissão. Os dados foram analisados por estatística
descritiva e inferencial (p<0,05).
Resultados e Conclusões: Das duas rondas realizadas, seguindo a metodologia de Delphi, obtivemos 100% das respostas,
que originaram 7 alterações e 2 eliminações dos 87 itens iniciais, da qual resultou o instrumento final com 85 itens, que
reuniram concordância ≥ 70%. Da aplicação deste instrumento, na 2ª parte do estudo, obteve-se de entre os 85 itens
27 respostas discrepantes, sendo as com maior percentagem de respostas de "nada e pouco importante" as competências
instrumentais, facto que se pode relacionar com estas serem mais facilmente percebidas pelos profissionais quanto à sua
finalidade e necessidade. Deste modo os profissionais conseguem ter uma atitude mais crítica relativamente à necessidade
de cada competência para o desempenho da função a que estava adstrita. Assim, considera-se que outros estudos futuros se
devem realizar utilizando mais stakeholders que poderão complementar este estudo.
Palavras Chave: Competências, Bolonha, Ensino Superior
EDUCAÇÃO E SAÚDE: A QUALIDADE DE VIDA E O STRESS DOS ALUNOS DE PÓS-GRADUAÇÃO DA
UNIVERSIDADE DE AVEIRO
Carla Pinho (UA), Ana Raquel Simões (UA), Nilza Costa (UA) e Susana Freitas (UA)
Universidade de Aveiro - LAQE (Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa)
RESUMO
A Qualidade de Vida (QV) e o stress são temas centrais na actualidade. Estando relacionada, também, com a saúde, a QV
traduz-se no bem-estar físico e psicológico do indivíduo e, neste contexto refere-se à capacidade que o indivíduo tem de
desempenhar o seu papel social de forma a resolver os desafios da vida sem elevado stress ou incapacidade física.
Pela sua multidimensionalidade, avaliar a QV de um indivíduo, e o stress a que se sente sujeito no seu dia-a-dia, é uma
tarefa complexa. Porém, dada a importância para o bem-estar das pessoas e, consequentemente, para o seu desempenho
profissional, o LA@E desenvolveu um estudo sobre esta temática junto dos alunos de pós-graduação da Universidade de
Aveiro (UA).
Este estudo, de tipo quantitativo, tem como principais objectivos: identificar as representações dos alunos de pósgraduação acerca da sua QV e do stress a que estão sujeitos no dia-a-dia; conhecer as estratégias de coping individuais que
mobilizam para potenciar o seu bem-estar; e identificar as representações dos sujeitos inquiridos acerca de possíveis
medidas a adoptar, pela instituição a que se encontram ligados, no sentido de potenciar a sua QV.
Um inquérito por questionário, adaptado da versão reduzida do WHOQOL, foi administrado via on-line (em Outubro de
2007), a todos os alunos de pós-graduação da UA (cerca de 3029), tendo-se obtido a resposta de cerca de 14,2% dos
inquiridos.
Os resultados mostram que, de uma maneira geral, os alunos denotam ter uma representação da sua QV de nível médio
(68,4%), relacionando-a com os níveis de stress, considerados por eles médios (40,7%) ou elevados (28,6%).
Relativamente às medidas a adoptar para melhorar a sua QV, os alunos destacam no âmbito das diferentes dimensões
apresentadas em questões fechadas, respectivamente: “ter condições pessoais para me dedicar totalmente à tese” (N=122);
“investir na relação familiar” (N=113); “melhorar o acompanhamento e orientação por parte do orientador/supervisor”
(N=110); “Promover seminários com investigadores seniores” (N=91) e “proporcionar melhores saídas profissionais”
(N=151).
Quando inquiridos, em questão aberta acerca das medidas que a UA poderia implementar com vista à redução do stress e à
aplicação de estratégias de coping, a maioria dos alunos destacam, por ordem decrescente de importância, os aspectos
relacionados comaspolíticas institucionais, as relações interpessoais, os programas de estudose comas condições de trabalho.
Numa sociedade em que o número de alunos de pós-graduação tende a aumentar, a sensibilização para este tema constituise como uma prioridade.
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Palavras-chave: Qualidade de Vida, Stress, Burnout, Estratégias de Coping, Pós-Graduação
OS DIREITOS DO IDOSO NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO: uma reflexão no âmbito da saúde.
MOREIRA, Rodrigo, S. P.; Sousa, Cristina Maria Miranda de; ALVES, Mª do Socorro Costa Feitosa; MOREIRA
Junior, Aluisio P. (Universidade Federal Rio Grande do Norte)
RESUMO
Neste sentido, esse estudo tem os objetivos de Trata-se de um estudo exploratório com ênfase nos aspectos legais,
relacionados aos direitos do idoso, contemplados no Programa Nacional de Direitos Humanos - Política Nacional do Idoso
da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos (1998), Lei nº 8.842 de 4 de Janeiro de 1994. A amostra é composta por
sessenta e três estudantes universitários (ambos os sexos) de diferentes cursos, do Campus I da Universidade Federal da
Paraíba. O instrumento utilizado para coleta dos dados foi uma entrevista semi-estruturada, com informações sobre as
variáveis sócio-demográficos e questões mais específicas sobre os direitos do idoso. Os resultados obtidos foram
analisados utilizando-se a técnica de análise de conteúdo temática (Bardin, 2000). Os resultados apreendidos da análise de
conteúdo apontaram três grandes categorias: definições do idoso, com quatro sub-categorias (psicológica; social; jurídica e
cultural); caracterização das notificações, com duas sub-categorias (reclamado e reclamação) e conhecimento sobre os
direitos do idoso (sim, não e alguns). Para se entender o idoso é necessário refletir o próprio envelhecimento, com especial
atenção à distribuição desigual de direitos e deveres do cidadão, procurando minimizar essa crise que trouxe aos cidadãos a
falta de credibilidade que vem rondando a sociedade brasileira no estado de direito, ou seja, nas instituições democráticas.
Palavras chave: Direitos do Idoso; Conhecimentos; Estudantes Universitários.
A VIOLÊNCIA E SUAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS CONSTRUÍDAS POR ADOLESCENTES
Maria do Carmo Eulálio (UEPB); Adriana Alves de Oliveira (UEPB); Suerde Miranda de Oliveira Brito (UEPB)
Pamela de Sousa Gonzaga (UEPB)
RESUMO
No Brasil, a violência é um fenômeno que vem adquirindo cada vez mais importância e dramaticidade na sociedade
brasileira. Muitas são as suas expressões, os sujeitos envolvidos e as conseqüências, e, por sua contundência e expansão,
esse fenômeno tem alcançado, cada vez mais, espaços destinados à formação do espírito cidadânico da sociedade, como a
escola. Diante de tais aspectos, justifica-se a importância do estudo sobre a violência à luz da Teoria das Representações
Sociais. Os objetivos foram apreender e analisar as Representações Sociais da Violência construídas por adolescentes
estudantes do Ensino Fundamental e Médio das Redes Pública e Privada de Ensino. A Metodologia contemplou a
abordagem quanti-qualitativa, tendo como instrumentos de coleta de dados o Questionário Sócio-Demográfico, a
Associação Livre de Palavras e a Entrevista semi-estruturada. O procedimento da análise respaldou-se na Teoria das
Representações Sociais, na Teoria do Núcleo Central, bem como na Análise categorial de conteúdo. A amostra foi
composta por 187 adolescentes (113 da Rede Pública e 74 da Rede Privada), com média de idade de 16,34 anos, sendo
62,05% do sexo feminino e 37,95% do sexo masculino. Os resultados obtidos ressaltaram que a palavra violência foi
associada à agressão, drogas, morte, assalto, estupro, assassinato, racismo e espancamento, sendo esses possíveis
elementos do Núcleo Central das Representações Sociais, os quais apresentam em torno dele elementos periféricos como
abuso sexual, fome, maldade, dor, abuso de autoridade, vingança e ódio. A análise do conteúdo das entrevistas permitiu
identificar que o discurso dos estudantes concentra-se nas formas, tipos e causas da violência, justificando sua
compreensão sobre os motivos da falta de união e amor. A violência é atribuída, principalmente, à influência de outras
pessoas, ao desprezo da família, à humilhação e a um forte desejo de vingança. As conclusões indicaram que os
adolescentes pesquisados associam à violência às suas formas e causas, não se detendo na violência específica da escola.
Para eles, a violência se mostra no cotidiano da vida, fazendo se sentirem ameaçados na sua propriedade, liberdade e
dignidade de viver em paz e com tranqüilidade.
Palavras- chave: Adolescentes; representação social; estudantes; violência
AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DE FORMAÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS PERCEBIDAS no
EXERCÍCIO PROFISSIONAL DAS TECNOLOGIAS DA SAÚDE
Artemisa Rocha Dores (ESTSP; ICBAS/Up); Rosália Fonte (ESTSP; ICBAS/Up); João Barreto (estsp)
RESUMO
O risco de doença parece, mais do que nunca, fortemente relacionado com comportamentos individuais diversos, como a
dieta alimentar, e com causas de carácter social, como as condições de trabalho. Decorrente deste fenómeno, assistimos à
necessidade de intervenções multi e interdisciplinares que envolvam profissionais a quem tradicionalmente era conferido
um leque de acção mais restrito. A explicação parece residir na asserção de que as mudanças comportamentais necessárias
por parte da população podem ser promovidas e/ou facilitadas por profissionais que conhecem os factores de risco, os
determinantes da mudança de comportamento e dos comportamentos de saúde e que exercem a sua actividade profissional
em estreita relação com as comunidades, como é o caso de muitos técnicos de saúde.
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Este trabalho foi desenvolvido com o objectivo de identificar as representações sociais de profissionais de saúde sobre o
alcance da respectiva actividade profissional. Para o efeito, procedeu-se (i) ao levantamento das necessidades de formação
percepcionadas por estudantes do último ano de sete cursos de Tecnologias da Saúde, no domínio da Educação para a
Saúde, da Formação Pedagógica, da Aprendizagem ao Longo da Vida e do Desenvolvimento do Adulto; e (ii) à
identificação das competências percebidas no exercício da sua actividade profissional.
Para avaliar estas dimensões pedimos aos estudantes para responderem, no primeiro caso, a um questionário elaborado
pelos autores na sequência de um estudo anterior e, no segundo, a uma questão aberta.
Procurámos identificar uma mudança na percepção do alvo de intervenção, de uma abordagem quase exclusivamente
tecnicista, para uma outra que reflicta novos papéis complementares, como o de formador, conducente à educação
permanente e comunitária e ao maximizar da saúde e da qualidade de vida das populações.
Os resultados obtidos serão discutidos à luz do pentágono da parceria em projectos Toward Unity for Health
(O.M.S./Boelen, 2001), nos quais interagem sujeitos e sociedade para construir a realidade de um sistema de saúde baseado
em representações sociais das necessidades da comunidade, e do novo perfil do médico ideal (leia-se profissional de
saúde), veiculado pela OMS e designado, metaforicamente, por “Médico Cinco Estrelas” (Boelen et al., 1995).
Palavras-chave: Educação para a Saúde, Qualidade de Vida, Ensino Superior, Psicologia da Educação, Tecnologias da
Saúde
TRAJECTOS DE FORMAÇÃO DOS ENFERMEIROS NUM CONTEXTO DE PROMOÇÃO DA QUALIDADE
HOSPITALAR
Carla Pinho (UA), Nilza Costa (UA) e Wilson Abreu (UA)
Universidade de Aveiro - LAQE (Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa)
RESUMO
A qualidade em saúde tem-se vindo a afirmar nas sociedades conduzindo a estratégias de desenvolvimento das
organizações e simultaneamente como uma resposta às necessidades de lidar com o conhecimento. Segundo a IOM1
(1990), qualidade em saúde pode ser definida como o grau de desenvolvimento da prestação de cuidados aos indivíduos e à
comunidade, bem como o tipo de metas definidas tendo em conta os conhecimentos científicos actuais.
A intervenção dos enfermeiros e dos restantes profissionais de saúde é imprescindível na promoção da qualidade
hospitalar, nomeadamente através de processos de monitorização dos actores, conforme defendem os diversos modelos de
gestão da qualidade. Para a generalidade destes, considera-se que a supervisão clínica em enfermagem (SCE) é uma
ferramenta de eleição para a promoção da excelência clínica.
Com base neste pressuposto iniciamos um projecto de investigação numa Unidade Hospitalar na qual se está a
implementar um sistema de gestão da qualidade recorrendo ao modelo proposto pela Joint Commission on Accreditation of
Healthcare Organizations.
Trata-se de um estudo de caso que abrange uma Unidade de Cuidados (UC) da referida Instituição. Para a recolha de dados
recorreu-se a um conjunto de técnicas e instrumentos, entre as quais a observação participante, entrevistas semiestruturadas e um questionário (Clinical Supervision in Nursing Inventory), aplicado a 62 Enfermeiros desta, em Junho de
2006. O estudo aqui apresentado versa sobre os resultados obtidos com a aplicação do questionário, e teve como principais
objectivos: (a) caracterizar as representações dos enfermeiros sobre o acompanhamento clínico por eles vivenciado na UC
em causa; (b) identificar de que forma os processos de supervisão e formação são estruturados, tendo em vista a
necessidade de dar resposta aos indicadores de qualidade; (c) analisar a forma como se dinamizam, no seio da organização,
as estratégias de supervisão clínica e formação.
Os resultados obtidos permitem concluir que, do ponto de vista dos respondentes, não existe um sistema formal de SCE, no
sentido em que o definimos no questionário. No entanto, foram identificadas práticas supervisivas relevantes sob o ponto
de vista da qualidade organizacional, sendo uma parte significativa destas desenvolvidas pela enfermeira chefe. O aspecto
mais valorizado pelos participantes nos processos de integração e de formação foi a politica organizacional em matéria de
cuidados de enfermagem. Foi claramente valorizada a dimensão colectiva do trabalho e da aprendizagem.
Para os participantes do estudo a qualidade de cuidados é claramente valorizada. No entanto, é notório que não
compreendem a qualidade organizacional em toda a sua extensão, designadamente os processos e estratégias envolvidas.
Privilegiam as “passagens de turno” e as conversas informais como momentos de formação. No nosso ponto de vista, as
“passagens de turno”, enquanto momentos não formais de formação, possuem um potencial formativo que poderia ser
melhor explorado, articulando-os inclusivamente com os processos de SCE.
Possivelmente devido ao estadio precoce de implementação do sistema de gestão de qualidade, os participantes referem
possuir escassa informação sobre políticas, práticas e instrumentos de qualidade. A questão por nós aqui levantada é a
seguinte: em que medida a SCE não poderia fornecer subsídios relevantes nesta matéria?
1
Institute of Medicine (of the national academies – United States of América)
Palavras-chave: Enfermagem, Qualidade em Saúde, Supervisão Clínica em Enfermagem, Formação em Contexto de
Trabalho, Acreditação da Qualidade Hospitalar
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
TEMAS DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
O USO DE ELEMENTOS GRAMATICAIS NA ANÁLISE DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Anderson Scardua (UFRJ); Edson A. de Souza Filho (UFRJ)
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi o de apresentar uma forma de análise de representações sociais (RS) baseada mais na forma
das respostas dos participantes do que nos significados apresentados pelas mesmas. Privilegiamos a análise de elementos
gramaticais, principalmente, os substantivos, os verbos que indicam funcionalidade e adjetivos e advérbios, especialmente
os de quantidade e os de intensidade. Descrevemos este método através dos resultados de uma pesquisa feita sobre as RS
da música entre músicos (N=57) e ouvintes (N=234) do Rio de Janeiro. O instrumento teve três questões abertas. A
primeira foi comum a ambos os grupos e era sobre a definição de música. Na outra foi pedido que fossem descritos os tipos
de música que os ouvintes mais gostavam e, no caso dos músicos, o tipo de música que eles produziam. Por fim, houve
uma questão sobre os desgostos e os motivos de não se gostar destes estilos de música. No caso dos músicos a pergunta se
referiu aos tipos musicais com os quais eles não gostariam de produzir. Foi feita uma análise de conteúdo temática em que
várias categorias foram descritas e agrupadas em três grupos de acordo com a prevalência de determinados elementos
gramaticais: as categorias descritivas, em que se destacou um processo de “substantivação” nas formas de se definir e
descrever música; categorias de efeitos/usos, que apontaram para o aspecto funcional da música, principalmente através da
palavra “para” e do destaque no uso de verbos e expressões como, “é para”, “serve para”, “me faz”, além da presença de
um sujeito nas frases; e, por fim, as categorias retóricas, que se basearam em advérbios e adjetivos. A separação das
respostas nestes grupos de categorias nos permitiu observar e abordar de forma mais específica os processos de objetivação
(categorias descritivas), a ancoragem (categorias de efeitos/usos) e o elemento atitudinal (categorias retóricas). As
categorias descritivas foram as mais utilizadas nas três questões, seguidas pelas categorias de efeitos e usos, exceto nas
perguntas sobre os desgostos e os estilos que não se gostaria de produzir, onde as categorias retóricas tiveram mais
destaque do que as de efeitos/usos. Ao longo do artigo foram discutidas implicações e possibilidades deste método para a
análise de RS.
Palavras-chave: método; elementos gramaticais; representações sociais.
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A PRÁTICA DE ENFERMAGEM NO SISTEMA PENAL: REPRESENTAÇÕES SOBRE LIMITES E
POSSIBILDADES
Joanir Pereira Passos - Doutora em Enfermagem/USP. Docente da EEAP/UNIRIO; Mônica Oliveira da Silva e
Souza - Enfermeira do DESIPE/SEAP
RESUMO
Este estudo trata das representações da equipe de enfermagem acerca de sua atuação dentro das Unidades Hospitalares do
Sistema Penal do Estado do Rio de Janeiro e teve como objeto de investigação os limites e possibilidades da atuação de
enfermagem veiculadas em suas representações no Sistema Penitenciário. Os objetivos foram identificar as representações
acerca dos princípios que norteia a prática de enfermagem nos Serviços de Saúde do Sistema Penal do Estado do Rio de
Janeiro e discutir os limites e as possibilidades de cuidar no Sistema Penal identificados nas representações da Equipe de
Enfermagem. A metodologia utilizada foi um estudo descritivo com abordagem quanti-qualitativa, tomando de empréstimo
a teoria de representações sociais. Teve como cenário uma unidade hospitalar do Sistema Penitenciário do Estado do Rio
de Janeiro e foram entrevistados 30 profissionais da equipe de enfermagem. A produção dos dados se deu através de
perguntas abertas.Os resultados de suas representações acerca do Sistema Penitenciário como espaço de pensar e trabalhar
foram ancorados em duas categorias de análise: a primeira - cuidar é possível e a segunda - o agente penitenciário é o
limite da ação de cuidar. A conclusão nos induz afirmar que, mesmo que a equipe de saúde tenha o conhecimento e a
vontade de cuidar dos sujeitos em reclusão de justiça, ela é impedida pelo agente penitenciário que tem outros objetivos
que não são os da equipe. Impedimentos que se apóiam no espaço de risco. em que trabalhamos e pela periculosidade dos
sujeitos do cuidado (os presidiários).
Palavras-chave: Enfermagem, Sistema Penal, Unidade Prisional de Saúde. Apenados
O IDOSO E A VELHICE SOB A ÓTICA DE ESTUDANTES DE MEDICINA: UM ESTUDO DE
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
EZEQUIEL, Maria Cristina Diniz Gonçalves (Faculdade de Medicina de Petrópolis)
RESUMO
Ser docente da FMP e ter preocupação com a relação entre estudantes e pacientes idosos nos remeteu a esta pesquisa.
Nossos objetivos: analisar as Representações Sociais (RS) que estudantes de Medicina têm do idoso e da velhice, discutir
sobre suas relações com o idoso e identificar suas dificuldades, anseios e expectativas no manejo com esses pacientes.
Discutimos sobre: conceitos de RS, RS e Saúde, Velhice e Envelhecimento, e o Idoso e a Velhice na Sociedade Brasileira
atual. Utilizamos questionário semi-estruturado e a técnica do 'grupo focal'. Os sujeitos foram 96 estudantes que cursaram
4º ano, em 2004. A análise dos dados foi realizada por freqüência de ocorrência, percentagens e análise temática.
Conceituam velhice como 'sabedoria' e 'experiência', amenizando o fato de ser um período de perdas e limitações.
Relacionam-se bem quando identificam os idosos como avós. Sentem medo e angústia e associam velhice à doença e à
morte.
Palavras-chave: Representação Social - Idoso - Velhice - Estudantes de Medicina
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
REPRESENTANDO O CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM SIDA (1)
Valeria Peixoto Bezerra -UFPB-Brasil-; Maria Filomena M.Gaspar - ESEMFR-Lisboa-Portugal; Maria do Socorro
C.F.Alves - UFRN-Brasil; Antonia Oliveira Silva -UFPB-Brasil
RESUMO
Os significados atribuídos pelos estudantes de enfermagem a prestação de cuidados ao paciente com SIDA, coloca-os em
confronto com seus próprios medos e preconceitos em relação a doença e resultar em limites na prestação desses cuidados,
no sentido de interagir ou discriminar o paciente. Diante do exposto, o estudo possui como objetivos, identificar as repre da
prestação de cuidados ao paciente com SIDA,construídas por estudantes de enfermagem buscando compreender a
influência dessa representação no desempenho dessa prática. METODOLOGIA: Estudo exploratório e qualitativo,
realizado com 168 estudantes de uma Escola Superior Pública de Enfermagem em Lisboa-Portugal.Os dados coletados por
Teste de Associação Livre de Palavras, foram submetidos ao programa informático SPAD-T.RESULTADOS: A maioria
dos participantes pertence ao sexo feminino (90%), tem entre 21 e 25 anos(79,2%) e são portugueses (97,6%).As palavras
mais evocadas referente ao estímulo prestação de cuidados ao paciente com SIDA, reflete proteção e apoio que
caracterizam o próprio cuidado, sem negligenciar a prevenção, embora o medo se faça presente.O F1 explica a prestação
do cuidado com apoio e respeito e tem como pólo negativo, a presença do medo e discriminação que reflete em
precauções desnecessárias ou não para o próprio cuidado. O F2 aponta a palavra discriminação fomentada pelo medo sem
desvalorizar o apoio ao cuidado. O F3 tem o apoio caracterizando o cuidado envolvido pela empatia. O polo negativo no
fator tem a informação que deve ter igualdade de acesso, contribuindo para a eficácia da prevenção e ao respeito ao
paciente.CONCLUSÕES:As repre da prestação do cuidado ao paciente com SIDA simbolizadas em apoio, respeito,
empatia, igualdade e humanização, porém permeada por discriminação e medo, nos remetem para responsabilidade das
instituições formadoras do profissional, contemplarem nos currículos, a subjetividade própria desse prática que caracteriza
a essencia da profissão do enfermeiro.
(1)Projetode Cooperação Internacional «Migração e Saúde em Contextos Português e Brasileiro» financiado pela CAPES/ Ministério da Educação do Brasil.
Palavras-chave: Representações Sociais, Sida Estudantes de Enfermagem
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFISSIONAIS EM UMA UTI, SEGUNDO FAMILIARES.
15
SOUSA, Leonardo Mello de, UFRJ
RESUMO
Nosso trabalho versou sobre a representação social e importância dos personagens/profissionais em uma UTI - Unidade de
Terapia Intensiva, segundo familiares . Recorremos à teoria das Representações Sociais (Moscovici, 1978), articulada a
constructos da psicologia hospitalar e social. Sabemos que o ambiente da UTI, além de estar associado a conteúdos
amedrontadores relacionados à doença grave e morte, costuma ser reservado aos profissionais de saúde e aos recursos
tecnológicos, ainda inacessíveis ao senso comum, tornando-se um gerador de fenômenos de representações sociais. O
método consistiu na aplicação de um inventário (Molter, 1979) contendo 44 afirmativas em uma escala do tipo Likert que
variava: não importante (1), pouco importante (2), importante (3) e muito importante (4), sendo traduzido, adaptado e
validado. Ademais, os participantes foram perguntados através de questões abertas do inventário sobre quem poderia ser
o/a responsável por determinadas situações de stress, referentes às dimensões individuais (sobre o paciente e seu
tratamento), interindividuais (relações entre familiares e outros personagens não profissionais) e intergrupais (sobre as
relações entre familiares e profissionais de saúde). Nossa amostra foi de N=121 (32 homens, 85 mulheres), dentre uma
faixa etária de 19-84 anos. Utilizamos as correlações de Pearson e testes de qui-quadrado. Nossos resultados apontaram
para aspectos de maior importância e responsabilidade ligadas aos cuidados oferecidos ao paciente, assim como a certeza
que todos os recursos estão sendo empregados para sua reabilitação; ao passo que os menos importantes relacionaram-se à
estrutura física, aceitação por parte de todos e participação ativa no processo de tratamento de seu parente. Quanto aos
profissionais/personagens, os principais foram: médico, equipe, psicólogo. Já a categoria família se mostrou submissa ao
poder representado pelos grupos de saúde, em especial os médicos. Concluindo, o grup o familiar se constitui em um grupo
psicológico, onde as relações entre diferentes familiares se intensificam retomando as representações sociais acerca do par
saúde e doença e dos próprios profissionais de saúde e suas atuações. Enfim, apesar da existência do movimento de
humanização nos hospitais, ainda esbarramos com antigos paradigmas e representações sociais, demonstrando que os
familiares e pacientes apresentam dificuldades em achar este lugar próprio no processo de saúde e doença.
Palavras-chave: Representações Sociais, UTI, Doença, Morte
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS RESIDENTES MÉDICOS
SOUSA, Leonardo Mello de, UFRJ
RESUMO
Nosso trabalho versou sobre a representação social da atuação profissional dos residentes de ortopedia, em relação ao
stress e burnout vividos pelos mesmos. Para tanto, recorremos à teoria das representações sociais (Moscovici, 1978),
articulada aos estudos psicológicos sobre stress e síndrome de burnout. Acreditamos existirem outras fontes psicossociais
para esses problemas, que estão relacionadas aos desequilíbrios entre expectativas de ação e resultados obtidos na atuação
profissional. O método consistiu na aplicação de 03 instrumentos: um questionário de atuação profissional, composto por
quatro questões abertas sobre as expectativas de atuação como residente (O que você espera do seu trabalho?), as
expectativas dos pacientes (O que o paciente espera de você como profissional ?), as expectativas do chefe (O que o chefe
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
do Serviço espera de você?) e sua efetiva atuação (Como você atua?), o ISSL - Inventário de sintomas de Stress para
Adultos (Lipp, 2000), composto por 56 afirmativas, sendo 37 itens de natureza somática e 19 psicológicas, distribuídas em
quatro fases (alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão) e o MBI - Inventário de Burnout de Maslach (Maslach, 1986),
composto por 22 afirmativas, distribuídas em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e realização
profissional, contendo uma escala de graduação do tipo Likert de 06 pontos (0=nunca, 1=raras vezes, 2=algumas vezes,
3=muitas vezes, 4=quase sempre, 5= sempre). Utilizamos o teste do qui-quadrado e a estatística descritiva, assim como a
análise de conteúdo construindo categorias temáticas, as quais giraram em torno de ações e resultados relativos a dimensão
ética, diagnostico, conhecimento prático, pessoal/interpessoal, relação com colega, relação com paciente, relação com
chefe e reconhecimento social. Apesar da amostra reduzida, conseguimos estabelecer alguns paralelos entre o modo de
representar a atuação profissional e experiência avaliada de stress, pois 22% dos residentes apresentaram níveis de stress
em fase de alerta e resistência. Nenhum deles demonstrou Burnout, embora todos tenham obtido elevados índices na
dimensão realização profissional. Concluindo, podemos afirmar que as representações da atuação profissional afetam
psicologicamente os próprios profissionais seja assumindo compromisso de realização idealizada, seja dentro de um
realismo segundo suas possibilidades disponíveis, individuais e compartilhadas no ambiente de trabalho.
Palavras-chave: Representações Sociais, Médico, Stress, Burnout
ADOECER DE TUBERCULOSE: PERCEPÇÃO E SENTIMENTOS DE INDIVIDUOS ACOMETIDOS
ALBUQUERQUE, Rafaela Costa Fragoso de (FACENE- Brasil); ALMEIDA, Sandra Aparecida de (FACENEBrasil),
FRANÇA, Uthania de Mello (UFPB- Brasil).
RESUMO
A Tuberculose (TB) é um grave problema de saúde publica tanto no Brasil como em paises centrais. É uma doença
estigmatizante, que causa reações de omissão pelo indivíduo acometido temendo sua rejeição. Teve como objetivo analisar
a percepção e sentimentos de indivíduos acometidos ao adoecer de Tuberculose. Trata-se de um estudo de natureza
qualitativa, que teve como cenário um hospital de referência na assistência aos portadores de TB. A amostra foi constituída
por nove pacientes internos. O Instrumento foi um roteiro tipo formulário, constituído por questões abertas voltadas a
atender os objetivos propostos. Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista estruturada. Os dados foram analisados por
meio da Técnica de Analise de Conteúdo na Modalidade Temática. Os resultados apontam que muitos pacientes sabem a
importância da contagiosidade mais se equivocam com relação a transmissão e a cura está bem claro para os mesmos;
abordam ainda sentimentos em relação a tranqüilidade, tristeza, rejeição e algumas vezes levando a esconder o diagnostico.
Ser portador da doença, mesmo nos dias atuais, significa estar vulnerável a descriminação e preconceitos das pessoas, com
isso é necessário que seja trabalhado as informações e esclarecimentos frente à doença pelos serviços de saúde,
considerando os seus significados como ferramentas imprescindíveis no que tange a diminuição do estigma e oferecimento
ao portador e família um olhar integral de sua condição de saúde.
Palavras chave: Tuberculose; Sentimentos; Enfermagem.
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ADOLESCENTE SOBRE O CONCEITO DE RISCO. SUBSÍDIOS PARA A
ACTUAÇÃO DE ENFERMAGEM
MENDES, Felismina – Professora Coordenadora EU-ESESJD
GOMES, Vera Lúcia de Oliveira (UFRS)
RESUMO
O conceito de risco tem sido utilizado como instrumento para subsidiar acções no campo da saúde. Aplicado aos
adolescentes, tal conceito refere-se a comportamentos que aumentam a probabilidade de danos físicos, ameaça à saúde ou
até morte. Inúmeras são as situações, nas quais tais comportamentos vêm mascarados pelo espírito de aventura. Assim, o
que se identifica, no campo da saúde, como risco, é percebido por muitos(as) adolescentes como "pura adrenalina". O
presente estudo, partiu da questão “quais as representações sociais de risco dos adolescentes luso-brasileiros?” e teve como
objectivos centrais analisar a RS de risco dos adolescentes da oitava série do ensino fundamental de uma escola pública
estadual do município de Rio Grande (Brasil) e do 9º ano de escolaridade uma Escola Secundária Pública de Évora
(Portugal) e identificar os recursos/apoios utilizados por esses mesmos adolescentes para se prevenirem ou mesmo
minimizarem as situações de risco. Trata-se de um estudo que se enquadra no paradigma qualitativo e em que a Teoria das
Representações Sociais foi usada com referencial teórico-metodológico.
Os dados foram recolhidos, através de entrevistas semi-estruturadas, gravadas e transcritas. Pela análise de conteúdo das
narrativas, foi possível apreender que, os(as) adolescentes associam risco a “perigo”, “desgraça”, “coisa ruim”. Não foram
encontradas diferenças entre os adolescentes dos dois países na percepção geral do risco, mas sim diferenças devidas ao
género. Enquanto os rapazes têm a representação enfocada em assaltos, atropelamento, afogamento, possibilidade de
morrer queimado, acidente de trânsito, no colégio e no trabalho, as moças enfatizam a gravidez indesejada. Concluiu-se
que as situações de risco apontadas pelos jovens brasileiros e portugueses, diferem das reconhecidas e incluídas nos
programas de prevenção realizados pelos(as) profissionais de saúde. Considerando que a família foi o ponto de apoio mais
citado por estes jovens, a escola e os serviços de saúde precisam aliar-se à família e aos adolescentes, na tentativa de
delinear estratégias que minimizem os riscos aos quais estão expostos(as) os jovens dos dois países.
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Palavras-chave: Risco; Adolescência; Saúde; Representações Sociais; Promoção da Saúde
COMPORTAMENTOS SUICIDÁRIOS JUVENIS - REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE MÉDICOS E
PSICÓLOGOS
Inês Areal Rothes & Margarida Rangel Henriques, FPCEUP.
RESUMO
Em Portugal, à semelhança de outros países, os comportamentos suicidários juvenis têm aumentado.É consensual que a forma
como os técnicos lidam com os acontecimentos está relacionada com a representação que têm desses mesmos
acontecimentos. A literatura diz-nos que a perspectiva que os profissionais têm do suicídio influencia a sua capacidade
para lidarem de forma eficaz com a problemática (Tanney, 1995). Apesar disso, a investigação que toma por objecto os
profissionais que lidam com os comportamentos suicidários está pouco desenvolvida. Em Portugal não existia nenhum
estudo que colocasse em evidência o que os Médicos e os Psicólogos pensam acerca dos comportamentos suicidários.
Neste estudo, utilizando o quadro teórico das representações sociais (Moscovici, 1976), procura-se aceder às
representações sociais que psicólogos e médicos têm dos comportamentos suicidários juvenis, explorando três dimensões:
explicativa, intervenção e dificuldades.
O estudo envolveu 30 Médicos e Psicólogos. Como método de recolha de dados utilizou-se a Técnica da Associação Livre
(TAL), no sentido de obter as representações sociais dos profissionais, através do seu discurso espontâneo. Para o
tratamento dos resultados recorreu-se, entre outras análises, às Frequências dos Conteúdos Semânticos e à Análise
Factorial de Correspondências (AFC).
Os resultados, sugerem diferenças entre os três grupos considerados (psicólogos, psiquiatras e outros médicos),
contribuindo para a explicação de processos de (des)comunicação associados a práticas de intervenção em equipa,
eventualmente, menos funcionais.
Entre outras conclusões, salienta-se que a estrutura das representações sociais dos profissionais acerca do suicídio juvenil
remete para uma diversidade de factores, apontando para uma causalidade multifactorial e complexa do fenómeno.
Os resultados das representações da intervenção e das dificuldades e necessidades abrem pistas relevantes para o
planeamento de estratégias formativas.
Este é um estudo exploratório e descritivo. Como tal os resultados, incluindo os relativos à diferença de formação que
indicam que esta é uma variável modeladora de diferenças nos conteúdos representacionais, carecem de um estudo
eminentemente quantitativo que permita a captação segura das regularidades que sustentam estas diferenças.
Palavras-chave: Comportamentos Suicidários Juvenis; Profissionais de Saúde; Representações Sociais.
CONTEÚDOS SIMBÓLICOS, CRENÇAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS PARA UM GRUPO DE
PORTADORES DE HIV.
Francisco Arnoldo Nunes de Miranda/UFRN; Rejane Millions Viana Meneses/UFRN; Clélia Albino
Simpson/UFRN; Icléia Honorato da Silva Carvalho/UFPB
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo compreender e refletir os conteúdos simbólicos e as crenças que envolvem o
itinerário terapêutico do portador do Human lmmunodeficiency Vírus (HIV). Adotamos os pressupostos da Teoria das
Representações Sociais elaborada por Serge Moscovici(1987) e as contribuições da Teoria do Núcleo Central proposta por
Jen-Claude Abric (1994). A amostra constituiu-se de 13 pacientes, sendo 06 doentes, que no momento da pesquisa estavam
internados, e 07 portadores do HIV, que receberam atendimento ambulatorial no decorrer da pesquisa, e de seus familiares,
perfazendo um total de 28 entrevistados, respeitados os preceitos éticos da Res, nº 196/CNS/1996. Ao representar a Aids
como MORTE os sujeitos da pesquisa demonstram, ao mesmo tempo, partilhar um sentido coletivo e individualizado,
mostrando que essas dimensões do real não se opõem pois estão ancoradas no sistema de crenças.
Palavras-chaves: Representações sociais, AIDS, Crenças.
A VIOLÊNCIA NA ENCRUZILHADA DA CULPA E DA AFIRMAÇÃO DE SI: A CONSTITUIÇÃO DE
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NO MOVIMENTO DE CULTURAS
PINTO SOBRINHO Geraldo (PPGE/Faculdade Sta Luzia Rio de Janeiro); MADEIRA Margot Campos
(PPGE/Universidade Estácio de Sá/Rio de Janeiro)
RESUMO
Este trabalho teve como finalidade investigar as (RS) de violência para moradores de um distrito do interior do Brasil. O
lugarejo, na aparência tranqüilo, tinha as relações cotidianas hierarquizadas, o que parecia fortalecer tanto a manutenção
de formas diversas de subordinação, quanto o aparecimento de atos de contestação, na salvaguarda de espaços e poder. A
pesquisa abordou um acontecimento violento que mobilizara moradores do distrito e foi desenvolvida associando processo
sistemático de observação a entrevistas com informantes qualificados. A análise do conjunto deste material permitiu
entrever uma ambigüidade articulando os sentidos atribuídos à violência: de um lado, a identificação com o agressor,
legitimava a ação agressiva e a valorizava, afirmando-a necessária; de outro, religiosidade e crenças compeliam a repudiar
a agressão e a culpar o agressor. O estudo dos processos de objetivação e ancoragem, deu pistas sobre a constituição de
sistemas de oposição pelos quais os sujeitos tentavam desvincular dos sentidos atribuídos à violência, a culpa que lhe
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
estava culturalmente associada: nas trocas e interações cotidianas, os sujeitos iam, pouco a pouco, transmutando o agressor
em vítima e a antiga vítima surgia com nova face. O aprofundamento do estudo do material possibilitou apreender indícios
de crenças, valores, normas e símbolos, enraizados na história e atualizados nas relações próprias ao contexto sociocultural,
capazes de constituir e alimentar a especificidade das (RS) acerca de violência para aqueles sujeitos: justificando-a por
estereótipos associados a masculinidade e poder, ao mesmo tempo em que reagiam a tais atos desde que os dissociassem
destes estereótipos e passassem a olhá-los à luz de outras crenças , questionadas, no entanto, pelos modelos e símbolos que
sustentavam a hierarquia própria às relações sociais naquele contexto.
Palavras-chave: representações sociais, violência, cultura.
EM BUSCA DOS
PROFESSORES
SENTIDOS
DE
AVALIAÇÃO
ESCOLAR:
REPRESENTAÇÕES
SOCIAIS
DE
ALVES, Maria Celeste Rodrigues Pais Alves
Secretaria de Educação do Município de Duque de Caxias
RESUMO
Esta pesquisa objetivou apreender pistas que permitissem analisar as representações sociais de professores sobre a
avaliação escolar. Fundamentada na teoria das representações sociais, parte-se do pressuposto de que os sentidos atribuídos
a um dado objeto são construções simbólicas que se fazem nas relações entre os indivíduos a partir das informações que
circulam nos grupos a que pertencem, das experiências e vivências de seu cotidiano as quais, filtradas pelos valores e
crenças que os distinguem, são reorganizadas num movimento que reconstrói o objeto, ao articulá-lo a outros. O estudo,
realizado com professores que atuam em escolas municipais e desenvolvido numa perspectiva processual associou a
observação, visando uma aproximação das relações e rotinas que caracterizam a escola e nesse contexto, apreender pistas
sobre as informações, práticas, juízos de valor e crenças concernentes à avaliação escolar e a aplicação de questionário com
base nas pistas levantadas na estratégia anterior e analisadas na perspectiva de sua argumentação. A associação dessas
estratégias possibilitou que as análises deixassem entrever indícios da importância atribuída, por todos os sujeitos, à
avaliação escolar, considerada pela maioria como apoio à ação do professor, ora associando-se à enfática declaração de seu
poder, ora articulando-se às alusões a dúvidas e angústias que avaliar acarretaria, ora estabelecendo a alternância dessas
duas perspectivas. Em particular quanto à angustia suscitada pela avaliação, foi possível verificar co-ocorrência entre
indícios de sua presença e o acirramento de acusações à irresponsabilidade dos alunos, ao desinteresse dos pais e pelo
número de alunos em sala. Destaca-se a valorização invariante do registro como instrumento de apoio, associando-o à
segurança que oferece para justificar, quando necessário, notas e resultados ou ao acompanhamento dos avanços e
dificuldades dos alunos. Considerando os indícios levantados é possível uma aproximação, ainda que fugaz, dos processos
de objetivação e ancoragem em ato no movimento de descontextualização de informações, experiências e vivências
concernentes à avaliação escolar pela filtragem de valores e crenças mobilizados e sua reconstrução num movimento de
naturalização pelo qual uma construção simbólica de indivíduos e grupos torna-se natural e por isto mesmo inquestionável.
Palavras chave: representações sociais, avaliação escolar, práticas educativas
REPRESENTAÇÕES DE FAMILIARES ENTRE GRUPOS ÉTNICOS E RELAÇÕES INTERCULTURAIS NA
ESPANHA E BRASIL.
FILHO, Edson Alves de Souza (UFRJ) Beldarrain-Durandegui, Angel (UFRJ)
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi verificar as relações entre representações de familiares e formas de interagir
interculturalmente, segundo o grupo étnico no Brasil e Espanha. Adotamos a teoria das representações sociais de
Moscovici (1978). Formamos grupos segundo autodefinições étnicas e através de patronímicos. Procuramos recuperar a
memória familiar por meio de sobrenomes e lembranças. Os questionários foram aplicados em escolas públicas de ensino
médio do País Basco (Espanha) e publicas e privadas do Rio de Janeiro (Brasil). Comparamos representações de bascos
(n=84), espanhóis (n=48) e descendentes de judeus na Espanha (DJE) (n=86), brasileiros de classe média, católicos (n=82)
e judeus (n=75); e de meios populares (n=106). Os resultados apontam diferenças gerais entre os países e entre os grupos
comparados internamente. Os participantes da Espanha tenderam a recordar mais seus antepassados que os do Brasil, tanto
em sobrenomes familiares quanto em lembranças, ainda que os DJE tenham manifestado maior tendência de ausência de
respostas que os demais grupos do seu país, mesmo tendo mencionado mais sobrenomes de sua família. As representações
de familiares de bascos e espanhóis se centraram em relações interpessoais, enquanto os DJE nos indivíduos, menor
manifestação de relação de poder e inserção em grupo cultural (religião ou identidade étnica). As auto-apresentações para
outro grupo étnico indicaram que os bascos e espanhóis tenderam a centrar-se no próprio grupo étnico, ao passo que os
DJE a centrar-se em si mesmo como indivíduo e conhecer o outro como indivíduo. Ademais, os espanhóis expressaram
mais intenção de influenciar o outro procurando "seduzi-lo/muda-lo". No Brasil, os católicos de classe média tenderam a
manifestar mais representações de familiares em relações interpessoais e se auto-apresentaram, significativamente, através
de cortesia/polidez, enquanto os judeus também de classe média apresentaram-se mais centrados na sua identidade cultural
e na do outro. Nos meios populares brasileiros, os negros tenderam a mostrar mais representações de familiares como
indivíduos, enquanto os demais em relações interpessoais e de poder. Já ao se auto-apresentarem para um muçulmano
predominaram não respostas/não sabe e criticar/ensinar/dominar. Os resultados acima relatados em ambos países foram
interpretados como efeitos de longo prazo da Inquisição (Novinsky, 1992), que estabeleceu durante séculos um
monoculturalismo étnico como padrão dominante.
Palavres Chaves: Representações Sociais, Étnia, Relações Interculturais
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
EU E DEUS: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ENTRE CATÓLICOS, EVANGÉLICOS E SEM-RELIGIÃO NO
RIO DE JANEIRO
FILHO, Edson Alves de Souza (UFRJ) Beldarrain-Durandegui, Angel (UFRJ)
RESUMO
O objetivo principal deste trabalho foi verificar a hipótese de que as representações sociais de Deus têm relações com as
representações do eu-grupal e eu-individual. Moscovici (1978) postula que a emergência de saberes/práticas
científicas/profissionais na sociedade urbana e moderna pode ameaçar indivíduos/grupos que estão inseridos social e
psicologicamente fora dessas referências sócio-culturais, gerando os fenômenos de representações sociais. Supomos que o
surgimento de indivíduos sem-religião no Brasil implica em luta cultural para reforçar a religião e/ou denegrir os que
ousam defender tal posição. Os participantes da pesquisa foram estudantes de ensino médio e universitário, de ambos os
sexos, tendo declarado estarem vinculados a práticas religiosas católicas (n=112), evangélicas (n=66) e sem religião
(n=75). Pedimos que se auto-apresentassem; dissessem o que é Deus; como é uma pessoa sem religião, entre outras
perguntas. Analisamos as respostas em termos de temas e comparamos estatisticamente os grupos segundo tipos de autoapresentação, prática religiosa ou não. Organizamos os conteúdos sobre o Eu segundo uma tipologia com dois eixos
principais: eu-afirmativo, quando se referiu ao eu de modo favorável e separadamente de suas relações/inserções sociais,
enquanto eu-adaptativo, aspectos mais favoráveis às dimensões sociais e desfavoráveis às individuais, ficando o euintermediário, quando as diferenças da primeira tendência e a segunda foram inferiores a 30%. Já as representações de
Deus foram organizadas, tematicamente, em Deus absoluto/superpoderoso, Deus influencia espiritualmente, Deus
beneficia psicológica/objetivamente e Deus depende do indivíduo. Observamos entre cristãos (católicos e evangélicos)
mais representações de Deus absoluto/superpoderoso e Deus beneficia psicológica/objetivamente, enquanto entre os sem
religião Deus depende do indivíduo. Os católicos, eu-afirmativos e eu-intermediários, tenderam a representar pessoa sem
religião por conteúdos individuais e interindividuais neutros, enquanto os evangélicos predominaram os conteúdos
negativos individuais e interpessoais. Mas foi entre os eu-adaptativos que encontramos mais conteúdos desfavoráveis a
respeito de pessoa sem religião.
Palavres Chaves: Representações Sociais, Religião, Jovens
SAÚDE E DOENÇA PARA PESSOAS IDOSAS COM ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO
Céu Marques - Professora Adjunta UE-ESESJD – Mestre em Ecologia Humana - Investigadora do CIC&TS da
UÉ; Manuel José Lopes – Professor Coordenador UÉ-ESESJD - Doutor em Ciências de Enfermagem - Investigador
do CIC&TS da UÉ; Antonia Silva – Professora Associada da UFP - Doutora em Ciências da Enfermagem Investigadora do CIC&TS da UÉ
RESUMO
Esta pesquisa teve como objectivos: apreender as representações sociais de saúde e de doença construídas por doentes com
enfarte agudo do miocárdio com 65 anos ou mais e explorar as dimensões estruturais das mesmas. O marco referencial
utilizado foi a teoria das representações sociais e a estratégia para colheita de dados foi o questionário. Este era composto
por duas partes, uma para dados sócio-demográficas e a outra para colheita de informação sobre saúde e doença tendo por
base a técnica da associação livre de palavras. Os dados foram submetidos a análise através do software Evoc. Estes
permitiram concluir que o grupo estudado possui um corpo de conhecimento muito particular sobre saúde e doença,
encarando estes dois processos não como extremos mas sim como um continuum, em determinados momentos há mais
saúde e menos doença e vice-versa. Todos os elementos encontrados devem ser trabalhados no âmbito das práticas de
saúde também num continuum desde que o doente chega à unidade até à alta, para que saia informado sobre as praticas de
saúde a adoptar para continuar a ter alegria e bem-estar quebrando a tristeza e o sofrimento causado pela doença.
Palavres Chaves: Pessoa idosa com enfarte; Representações sociais; Saúde e doença
ESTRATÉGIA DE ACOLHIMENTO NA ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO NO PROGRAMA SAÚDE DA
FAMÍLIA
LUNA, Karínthea Kerlla Gonçalves Pereira (UFPB- Brasil); SILVA, Antonia Oliveira (UFPB- Brasil); PEREIRA,
Kristhea Karyne Gonçalves (UFPB- Brasil); SÁ, Lenilde Duarte de Sá (UFPB- Brasil); COLET, Neusa (UFPBBrasil).
RESUMO
A mudança no perfil demográfico do Brasil mostra o considerável aumento no número de idosos, necessitando de uma
política adequada aos interesses do idoso, considerando-o de modo integral. O processo de envelhecimento é inerente a
todo ser humano carreado de mudanças decorrentes do próprio processo de vida. Uma das preocupações da Política
Nacional de Saúde do Idoso é promover um atendimento integral e de qualidade. Como política pública de saúde o
Acolhimento consiste em uma tentativa de promover um importante vínculo entre equipe de saúde e usuário. A pesquisa
tem como objetivo demonstrar dados sobre as Unidades de Saúde da Família (USF) que implantaram o acolhimento como
estratégia de reorganização do processo de trabalho no município de João Pessoa, assim como conhecer o número de
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
funcionários envolvidos, tempo de implantação e possível diferencial em relação ao atendimento oferecido ao idoso. Tratase de um estudo exploratório realizado no município de João Pessoa – Paraíba, Brasil, junto as Unidades de Saúde da
Família (USF), a partir de entrevistas com integrantes da equipes de saúde, além de observação livre. Os dados coletados e
analisados por meio da estatistica simples, apresentados em tabela e interpretados. Verificou-se que o acolhimento está em
processo de implementação, com poucas unidades utilizando esta estratégia, assim como nas unidades pesquisadas o idoso
ainda não é visto de modo diferenciado no acolhimento, como é preconizado pelo Estatuto do Idoso, de forma que se faz
necessário o cumprimento do mesmo.
Palavras-chave: Idoso; Acolhimento; Humanização
OS SENTIDOS DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS PARA UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE E
TECNOLÓGICA
Suerde Miranda de Oliveira Brito (UEPB), Isis Simões Leão (UEPB), Maria do Carmo Eulálio (UEPB) Maria
Katiane Miranda Formiga (UEPB), Diego Meneses Augusto (UEPB).
RESUMO
INTRODUÇÃO: O presente estudo foi subsidiado na abordagem estrutural da teoria das representações sociais e buscou
apreender e comparar as representações sociais da doação de órgãos construídas por estudantes da área da saúde e da
tecnológica. Objetivou ainda, identificar e comparar qual o conhecimento dos estudantes sobre o tema. METODOLOGIA:
Participaram da pesquisa 364 graduandos da Universidade Estadual da Paraíba, dos quais 196 do Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde (CCBS) e 168 do Centro de Ciência e Tecnologia (CCT). Os instrumentos de coleta de dados
utilizados foram o teste de associação-livre de palavras, com o estímulo indutor doação de órgãos, e um questionário com
questões fechadas e abertas, que investigou dados sócio-demográficos e o conhecimento relacionado à doação e ao
transplante de órgãos. As associações-livres foram analisadas segundo os critérios freqüência e ordem de evocação. As
questões do questionário foram submetidas à análise temática de conteúdo e a tratamento estatístico-descritivo.
RESULTADOS: Os núcleos centrais das representações sociais da doação de órgãos construídas por estudantes do CCBS e
do CCT possuem, em comum, o elemento solidariedade. Amor e vida, elementos centrais na representação social dos
estudantes do CCBS, para os alunos do CCT, são elementos da primeira periferia, com tendência à centralidade.
Esperança, elemento da primeira periferia para os dois grupos, tem tendência à centralidade entre os graduandos do CCBS.
Na primeira periferia, caridade é elemento comum aos alunos das duas áreas. Responsabilidade e saúde são elementos
periféricos exclusivos da representação de estudantes do CCBS, denotando compromisso profissional com a vida e a saúde
de outrem. Medo, dúvida, alegria e felicidade, elementos do sistema periférico da representação dos estudantes do CCT,
expressam sentimentos do grupo em relação à doação de órgãos. Quanto ao conhecimento sobre os órgãos que podem ser
doados: 22,4% dos estudantes do CCBS e 21,4 % dos do CCT acham que o cérebro pode ser doado após a morte.
Acreditam que o fígado pode ser doado apenas após a morte 53% dos estudantes do CCBS e 44,6% dos do CCT.
Desconhecem que o pulmão pode ser doado em vida 81,6% dos graduandos do CCBS e 84,6% dos do CCT.
CONCLUSÕES: Alunos da área da saúde e da tecnológica representam a doação de órgãos como um gesto solidário a
favor da vida. Ter a saúde humana como objeto de estudo não significa ter mais conhecimento sobre a doação de órgãos.
Palavras-chave: Doação de Órgãos; Representações Sociais; Estudantes da Área da Saúde; Estudantes da Área
Tecnológica
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA OBESIDADE INFANTO-JUVENIL NA REGIÃO DE ÉVORA
Antónia Pouca – Roupa (Universidade de Évora); Fernanda Rosado (Hospital do Espírito Santos-Évora); Vânia
Ramalho (ACADEMUS)
RESUMO
A presente comunicação tem em vista dar a conhecer um estudo realizado entre Outubro de 2006 e Julho de 2007 que tinha
como intuito estudar as representações sociais da obesidade numa sociedade onde o desenvolvimento económico está
estritamente ligado à industrialização. Com o estudo pretendeu-se conhecer e analisar as representações sociais dos agentes
(crianças, pais e profissionais de saúde) envolvidos na consulta de nutrição e obesidade infantil do Hospital Espírito Santo
EPE de Évora.
A obesidade, em geral, e a obesidade infanto-juvenil, em particular, constitui, nos nossos dias, um fenómeno de relevante
projecção social que transporta consigo importantes implicações sociais para aqueles que, directa ou indirectamente, o
vivenciam. De facto, a obesidade infanto-juvenil pode ser considerada actualmente como um dos principais problemas de
saúde pública em toda a Europa onde tem vindo a aumentar significativamente, reflectindo-se em diversas situações
patológicas na infância que podem acompanhar o crescimento e permanecer na idade adulta. É uma doença crónica, que
implica mudanças no estilo de vida das pessoas, nos hábitos e comportamentos da criança e da família.
O tema em análise tem sido estudado sobretudo a nível da saúde e da psicologia, considerando-se relevante a sua análise na
perspectiva sociológica, atendendo à sua relevante dimensão sociológica, especialmente no que se refere à forma como este
distúrbio alimentar é socialmente representado.
O trabalho desenvolvido é de índole qualitativa e com carácter exploratório utilizando técnicas usuais em Ciências Sociais
que vão desde e análise documental à análise de conteúdo.
Realizaram-se três tipos de entrevistas; das quais 11 foram feitas a crianças (entre os 8 e aos 12 anos) acompanhadas em
consulta, 11 aos pais ou encarregados de educação que as acompanhavam e 5 a técnicos de saúde.
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
As entrevistas incidiram em quatro pilares; Motivos da consulta; Conhecer os estilos de vida; Avaliar os hábitos
alimentares e por último; História familiar. Devido à dimensão da amostra os resultados não podem ser extrapolados para a
população.
A obesidade infantil deve-se a causas multi-factoriais, contudo, neste estudo a maioria tem causas endógenas (antecedentes
familiares) e outros de causas exógenas (ingestão de calorias), nomeadamente o comportamento alimentar associado à
influência dos Mass-media e a falta de exercício físico.
Palavras-chave: Representações Sociais, Obesidade, Família, Técnicos de Saúde e Mass-media
IMPACTO DA MORTE NOS ESTUDANTES DE ENFEMGAGEM
Dias, José Manuel , ESEnfVR – UTAD; Barrbosa, Carla ESSJPN
RESUMO
A Enfermagem é uma profissão que lida diariamente com a morte dos utentes, daí a pertinência de estudar o "Impacto da
morte nos estudantes de enfermagem".
É o enfermeiro/aluno de enfermagem que passa mais tempo com o doente, criando laços emocionais que, no momento da
morte, acarretam vivências muito específicas. Assim, a pergunta de partida era "Como perspectivam os estudantes de
enfermagem a morte e as suas vivências perante ela?"
Objectivos:
.Analisar as vivências dos estudantes relativamente à morte;
.Identificar dificuldades dos estudantes em lidar com a morte;
.Explicitar sentimentos vividos pelos estudantes face à morte;
.Analisar os cuidados de enfermagem perante a morte.
Estudo qualitativo, partindo de uma perspectiva fenomenológica, do tipo exploratório. A população era os estudantes de
enfermagem do 3º e 4º anos do Instituto Jean Piaget/Nordeste, a amostra do tipo intencional foi de seis alunos. O
instrumento de recolha de dados foi a entrevista semi-estruturada, organizada em blocos temáticos e perguntas possíveis.
As entrevistas foram submetidas a análise de conteúdo, emergindo assim categorias e subcategorias.
Dos resultados encontrados ressalta que as vivências da morte são tantas quantos os alunos entrevistados, pelo que a forma
como reagem à morte é uma vivência muito pessoal. Estas vivências tanto podem ocorrer no primeiro estágio como no
último e, tendo o Curso de Enfermagem uma componente prática, os alunos estão sujeitos a presenciar, a qualquer
momento, a morte de um utente. Concluímos também que os estudantes conseguiram ultrapassar o momento da morte de
uma forma saudável, adoptando estratégias, a maior parte delas conscientes, uns tiveram necessidade em falar com alguém,
outros reflectiram sobre o assunto com sendo o termino do ciclo de vida. Os sentimentos vividos dependiam da maneira
como ocorreu a morte do doente, se era jovem ou idoso, se foi uma morte prevista ou espontânea. De uma forma geral,
todos os entrevistados sentiam-se preparados para lidar com a morte. Relativamente aos cuidados de enfermagem, todos os
entrevistados referiram sentir-se preparados. Os alunos do 4º ano sentiam-se melhor preparados que os do 3º ano.
Palavras - Chave: Morte, Vivências e Cuidados de Enfermagem
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ADOLESCENTES DO PROJETO AGENTE JOVEM SOBRE A AIDS
Isis Simões Leão (UEPB); Suerde Miranda de Oliveira Brito (UEPB); Alessandra Cristina Vieira de Araujo
(UEPB); Maria Katiane Formiga Miranda (UEPB); Emilia Ximenes Ferreira (UEPB).
RESUMO
A efetivação das práticas educativas em saúde é uma questão complexa e, por isso, divulgar informações sobre o
HIV/AIDS não significa garantir a adoção de estratégias capazes de superar as dificuldades relativas à sua prevenção. Para
o controle do contágio na população de 10 a 24 anos, segundo a UNESCO (2002), tais estratégias podem ser apresentadas
pelos próprios jovens, dentro ou fora da escola, pois eles aproveitam uma parte considerável do seu tempo com seus pares.
O presente estudo objetivou identificar a representação social da AIDS construída por adolescentes do Projeto Agente
Jovem, desenvolvido pelo Programa de Atenção Integral à Família (PAIF). Os participantes da pesquisa foram 45
adolescentes, agentes jovens do município de Campina Grande, Paraíba, Brasil, com idades entre 15 e 17 anos, com idade
média de 15.64 anos (dp = 0.70), sendo 51% do sexo masculino e 49% do feminino. Os instrumentos utilizados foram: o
teste de associação-livre de palavras (TALP), a partir do estímulo AIDS, que objetivou facilitar a discussão sobre o objeto,
por se tratar de um teste projetivo; um questionário sócio-demográfico; e uma entrevista semi-estruturada, com questões
acerca das formas de contágio e prevenção do HIV/AIDS.: Os sentidos da AIDS socialmente mais compartilhados pelos
agentes jovens são marcados pelos seguintes significados: morte, incurável, transmissível e doença; e pela expressão de
sentimentos negativos: sofrimento, tristeza, desespero, discriminação e desgosto. Freqüentemente é estabelecida uma
relação entre AIDS e sexo. Há baixa freqüência de conteúdos associados à prevenção. O uso da camisinha e o não
compartilhamento de seringa e ter consciência, no sentido de ser responsável, são retratados como práticas preventivas. As
informações sobre a AIDS foram obtidas na escola, entre os amigos, na televisão e numa organização não governamental.
Os agentes jovens representam a AIDS como uma doença incurável, transmissível e que leva a morte e temem o contágio,
que é estreitamente relacionado ao sexo. Apesar de ser um tema difundido, eles ainda se mostram inseguros e pouco a
vontade para discuti-lo. Os dados demonstram a necessidade de ações que propiciem mais discussões sobre a prevenção da
AIDS, levando em conta que os agentes jovens são multiplicadores e educadores de outros jovens.
Palavras-chave: Representação Social; AIDS; Projeto Agente Jovem; Adolescentes
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E SAÚDE: QUESTÕES METODOLÓGICAS
Maria Cecilia Sonzogno – UNIFESP
RESUMO
Como docente da disciplina de Metodologia da Pesquisa do Programa de Mestrado “Ensino em Ciências da Saúde” venho
me debruçando em duas direções: questões metodológicas de cunho qualitativo e questões relativas à saúde em suas
diversas dimensões.
Ao falarmos de Representações Sociais (RS) não podemos deixar de nos referir a alguns autores clássicos da área.
Moscovici (1978 [1961]), em sua teoria de RS, aponta para três dimensões:
a) a estrutura interna dos conteúdos das proposições relativas a um determinado objeto da representação (elemento
ordenado, estruturado e hierarquizado);
b) a quantidade e qualidade de informações que o grupo possui a respeito do objeto da representação;
c) a atitude que reflete uma postura positiva ou negativa em relação ao objeto.
Para esse A., RS implica num conjunto de conceitos, proposições e explicações originadas na vida cotidiana, no curso de
comunicações interpessoais.
Para Jodelet (1989, pp. 43-45), “é uma forma de conhecimento, socialmente elaborada e partilhada, que tem um objetivo
prático e concorre para a construção de uma realidade comum a um conjunto social”... “a representação serve para se agir
sobre o mundo e sobre os outros”.
Sobre saúde: estamos vivendo um momento de transição no Brasil. Apesar de o conceito ter sido objeto de transformações,
incentivadas pelas Conferências Internacionais de Saúde, pela nossa Constituição Brasileira e pelo Sistema Único de Saúde
o “modus operandi” ainda necessita de grandes transformações.
Algumas dessas mudanças dizem respeito à relação profissionais da saúde-pacientes e seus familiares, sobretudo quando se
trata de doenças graves e/ou crônicas outras dizem respeito a mudanças de conduta em trabalhos de Promoção de Saúde.
Nesses casos, temos privilegiado as RS de diferentes grupos para: conhecer os sujeitos com os quais lidamos; saber quanto
eles conhecem do objeto em questão, para realizar a intervenção.
Nesse sentido, o programa da disciplina de Metodologia da Pesquisa tem desenvolvido discussões e, ao mesmo tempo,
preparado nossos estudantes para compreender e serem capazes de trabalhar com o conceito de RS na saúde.
Temos obtido resultados positivos em aleitamento materno, pacientes pediátricos oncológicos e sobre a velhice.
Palavras-chave: representação social – saúde – questões metodológicas
EMPOWERMENT DA PESSOA COM DOENÇA CRÓNICA? QUAL O PAPEL DAS REPRESENTAÇÕES
SOCIAIS?
LUZ, Elisabete Lamy da
Centro Hospitalar de Lisboa- Zona Central
RESUMO
Consideramos que a construção do empoderamento do cidadão com DPOC no Sistema de Saúde deverá ser iniciado a
partir da relação dos doentes (com patologia crónica) com os profissionais de Saúde, porque são estes que estão «mais
perto» das comunidades e dos cidadãos, exercendo o seu papel de «educadores». Partindo deste pressuposto, esta
investigação foi realizada com o intuito de identificar os factores que dificultam/facilitam a participação dos cidadãos no
processo de tomada de decisão, em relação às escolhas relacionadas com a Saúde, a partir da relação com os profissionais.
Objectivos: descrever as percepções dos profissionais face aos cidadãos e os aspectos educacionais bem como as dos
doentes face à sua patologia crónica e aos aspectos educacionais.
Local:Hospital Pulido Valente, EPE, em Lisboa.
Estudo exploratório descritivo. Paradigma : qualitativo (entrevistas com os doentes com DPOC e Focus Group com os
profissionais de Saúde).
População: 18 profissionais com experiência de dois anos com doentes com DPOC e heterogeneidade profissional
(médicos, pneumologistas, enfermeiros e fisioterapeutas), sendo a amostra intencional, baseada em critérios previamente
estabelecidos.
Resultados: ficou claro nesta investigação que os profissionais de Saúde focalizam a sua atenção nas incapacidades e
fraquezas dos doentes, com uma orientação marcadamente biomédica e moralista. O ensino/educação parece ser visto como
algo que o doente tem que cumprir. Foram identificadas necessidades de formação na área da comunicação e aconselhamento.
As atitudes e percepções dos doentes com DPOC parecem revelar que estes não sentem que a sua acção possa influenciar a
gestão da sua patologia. Olham para as suas limitações e incapacidades, valorizando a componente relacional nos
profissionais de Saúde. A motivação para o tratamento provém de factores externos a si, como por exemplo, limitando-se a
seguirem o que os profissionais lhes dizem para fazer. Os resultados deste estudo mostram que profissionais têm um papel
«dominador» que passa pelo controlo da doença, com base no seu conhecimento científico. Os doentes por sua vez
entregam-se aos profissionais esperando que estes hes resolvam o seu problema numa atitude de «dominados». Perante
este contexto dificilmente se conseguirá instituir estratégias empoderadoras centradas na pessoa com Doença Crónica,
como por exemplo o desenvolvimento de competências de auto gestão através da Educação para a saúde.
Palavras-chave: Representações Sociais, Enfermagem, Doença Crónica
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO FUNCIONAMENTO DA ESCOLA E DIVERSIDADE CULTURAL
Valentim, Joaquim Pires FPCE - Universidade de Coimbra
RESUMO
No essencial, nesta comunicação procurarei discutir quer a utilidade da teoria das representações sociais (TRS) nas análises
sobre o campo educativo, quer as contribuições que a psicologia social pode trazer às questões sobre a gestão da
diversidade cultural em contexto educativo. Como é sabido, de acordo com a TRS, a psicologia social deve desenvolver
instrumentos teóricos e metodológicos capazes de estudar os saberes comuns sem «alimentar os preconceitos a respeito do
carácter 'ilógico' ou 'irracional' dos raciocínios correntes» (Moscovici, 1961/ 1976, pp. 246-7), um pouco à semelhança do
que Lévi-Bruhl fez no domínio do estudo da «mentalidade primitiva» e do que Piaget fez no domínio do estudo da
«mentalidade infantil». Assim, adoptando esse quadro teórico, farei uma revisão das modificações que, em articulação com
as transformações histórico-sociais, ocorreram nas explicações científicas, nos discursos oficiais e nas representações
sociais (RS) sobre a escola. Centrar-me-ei, em particular, na deslocação do tema da igualdade para o da diferença,
utilizando o seguinte esquema a que correspondem três momentos histórico-sociais: 1) o nascimento de uma «escola para o
povo», a igualdade de acesso e a explicação pelos dons e talentos hereditários; 2) a «explosão escolar», a democratização
do ensino e as explicações a partir dos handicaps socio-culturais; a igualdade de sucesso e a educação compensatória;
modificações nas explicações científicas, nos discursos oficiais e nas RS da escola e da origem das desigualdades (mais
especificamente, as RS de professores em França e em Portugal e as RS das famílias dos alunos); 3) o «respeito pela
diferença» e pela especificidade dos alunos; as explicações culturalistas e a passagem da educação compensatória à
educação intercultural. Por último, discutirei algumas das principais questões de psicologia social no quadro do debate
entre a assimilação e o multiculturalismo no domínio da educação, defendendo a pertinência que, nesse contexto, pode ter
o estudo das RS sobre as funções escola.
Palavras-chave: representações sociais, educação escolar, diversidade cultural
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA AIDS NO ESPAÇO ESCOLAR FEMININO
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Luiz Fernando Rangel Tura; Diana Maul de Carvalho; Ivani Bursztyn; Tassia Gaze Holguin
Laboratório de Saúde, História e Sociedade/UFRJ
RESUMO
Introdução: Ao longo dos anos as políticas pensadas para a Amazônia foram voltadas para a infra-estrutura e integração ao
desenvolvimento nacional, implementando ações como construção de aeroportos, hidrelétricas, estradas e rodovias e
estudos sobre suas riquezas naturais e minerais. Esta investigação ocorreu no âmbito do Projeto “BR-163 e saúde: impactos
e estratégias de ação” que objetiva subsidiar a formulação de estratégias de monitoramento dos agravos à saúde,
decorrentes da pavimentação da BR-163 na mesorregião do Baixo Amazonas; este estudo se propôs analisar os sentidos
atribuídos à AIDS por alunas de uma escola de uma comunidade rural, com vistas à elaboração de um programa de
controle e prevenção das DST. Metodologia: Foi investigado o universo de 120 alunas do ensino médio de uma escola
pública da zona rural, num município do oeste paraense, distante dois quilômetros da rodovia BR-163. Fundamentou-se na
abordagem estrutural das representações sociais, utilizando teste de evocação com o termo “AIDS” e questionário para
apreender informações, valores, atitudes e práticas em relação a AIDS e caracterização sócio-demográfica das alunas. O
material foi analisado segundo sua especificidade: as evocações com cálculo das freqüências, das ordens médias de
evocação e análise de similitude; as respostas abertas com análise categorial temática. Resultados: Amplitude de idade
entre 13-24 anos, média de 16,6 e moda de 16 anos; 40,0% na primeira, 36,7% na segunda e 23,3% na terceira séries;
69,8% moravam com seus pais. A análise das evocações evidenciou sistema central composto por “doença” e “morte” e
sistema periférico por “prevenção”, “cuidado”, “perigo”, “sofrimento” e “transmissão”. Na periferia próxima localizavamse: “camisinha” e “sexo”, “preconceito”, “tristeza”, “vírus” “incurável” A análise de similitude permitiu constatar que
“doença” é o termo que organiza o maior número de elementos, seguido de “morte”. Conclusão: Os sentidos atribuídos à
AIDS pareceu diferir daqueles dos adolescentes urbanos do sul/sudeste brasileiro, provavelmente refletindo o acesso a
fontes de informação, principalmente aquelas divulgadas por diferentes mídias (televisão e rádio). O agravamento das
situações de risco, num quadro epidemiológico que se transforma rapidamente, pode constituir um cenário em que estes
adolescentes estarão particularmente vulneráveis se não houver uma intervenção especialmente direcionada a eles. (Apoio
CNPq/Processo 402867/2006)
Palavras chave: AIDS; estudantes; representações sociais
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE SAÚDE CONSTRUÍDAS POR IDOSOS
Luiz Fernando Rangel Tura; Diana Maul de Carvalho; Maria de Fátima Siliansky de Andreazzi - Laboratório de
História, Saúde e Sociedade Faculdade de Medicina/UFRJ
RESUMO
Introdução: Objetivando contribuir para o aperfeiçoamento de medidas de atenção à saúde de idosos, bem como subsidiar
com conteúdos que auxiliem na elaboração de estratégias de monitoramento de possíveis agravos decorrentes da
pavimentação da rodovia Cuiabá-Santerém (BR-163), procurou-se apreender as representações sociais de saúde
construídas por esse grupo, tendo como fundamento teórico-metodológico a teoria das representações sociais.
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Metodologia: Investigou-se uma amostra aleatória de 89 pessoas com 60 ou mais anos, de dois municípios do oeste
paraense. Utilizou-se a abordagem estrutural, empregando-se um teste de associação com o termo “saúde” e um
questionário com respostas abertas e fechadas. O material obtido foi analisado segundo as respectivas especificidades.
Resultados: Observou-se a proporção de 56,2% de homens, com a idade variando entre 92 e 60 anos. Na análise das 319
evocações realizadas, com 96 palavras diferentes, o elemento “médicos” compõe o sistema central e “hospital”,
“profissionais”, “prevenção”, “disposição” e “dinheiro”, o sistema periférico; na periferia próxima estão “remédio”, “posto
de saúde”, “bem-estar”, “alegria”, “vida”, “alimentação”, “doença”, “importante” e “descaso”. A análise de similitude
comprovou a centralidade de “médicos”. Conclusões: Os achados explicitam como a falta de infra-estrutura assistencial
influencia o processo de construção de sentidos de saúde para este grupo. Este contexto adquire maior relevância diante da
perspectiva de pavimentação da rodovia federal BR-163, que atravessa a região podendo trazer incremento dos agravos à
saúde.
Palavras-chave: Saúde; idosos; representações sociais
AS REPREDENTAÇÕES SOBRE O NORDESTE BRASILEIRO E A REALIDADE DAS PESSOAS POBRES
VULNERÁVEIS
SOARES, Maria de LOURDES (UFPB, BRASIL)
RESUMO
A representação sobre o Nordeste do Brasil e a sobrevivência dos camponeses pobres do sertão do Nordeste é uma questão
relevante por que é grande a quantidade de estudos e recursos para intervenções na região, além de promessas dos políticos
que se dizem representante da região, que prometem programas salvacionistas e até mesmo ou medidas de
desenvolvimento tecnológico para superar os problemas da região. Este estudo focaliza a representação e a vivencia das
pessoas mais vulneráveis do Nordeste do Brasil, região do semi-árido afetada pelo problema da seca; o estudo dar ênfase
especial ao universo rural, seus meios de vida social, para verificar como os produtores têm sobrevivido em ambiente
precário e como representam seu modo de vida. Observa-se nesta área os pequenos produtores, representados por
trabalhadores que detém até 50 ha. (Módulo Rural na região) em suas diversas modalidades (pequenos proprietários,
arrendatários, moradores e assalariados) que utilizam basicamente mão-de-obra familiar e pouco capital. Os pequenos
proprietários que, na área, são os que com a sucessão hereditária vem formando uma população com pequenos lotes
denominados sítios (de 1/3 a meio hectare); os arrendatários e moradores que se distribuem pelas propriedades em casas
(de taipa ou de alvenaria) dispondo em torno destas de exíguas áreas para o cultivo de lavouras de subsistência e trabalham
na forma de parceira e assalariado. E os trabalhadores que moram na cidade que trabalham na terra arrendada ou como
assalariado.
Palavras Chave: Pobreza do Nordeste; Políticas; Vulnerabilidade; Fome.
OS CAMPOS DE ESTÁGIO E A AMPLIAÇÃO DAS DEMANDAS SOCIAIS E DOS ESPAÇOS DE
INTERVENÇÃO PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL
SOARES, Maria de Lourdes (UFP)
RESUMO
O ensino do trabalho profissional em serviço social, no se refere à dimensão do estágio, vem ganhando espaço na
dinâmica acadêmica como espaço privilegiado do processo ensino-aprendizagem e como atividade curricular obrigatória,
que se configura a partir da inserção do aluno no espaço sócio-institucional. Da implantação do Novo Currículo,
particularmente de saber da formação e de seus efeito sobre o mercado de trabalho dos assistentes sociais, surgiram
trabalhos para acompanhar a formação e sua relação com o mercado. Nossa preocupação é com o estágio retratado nos
Trabalhos de Conclusão de Curso, seus temas e seus enfoques, para averiguar a relação entre a formação e o mercado de
trabalho do assistente social. Percebemos as preocupações se voltam para a política social voltadas mais para as áreas da
saúde, assistência e direitos, para a criança e adolescia e a família, considerando suas condições de vida, desagregação,
marginalidade e exclusão. Geralmente preocupados com o processo de despolitização da questão social por meio das
políticas sociais focalizadas num quadro dissociado da proteção e dos direito.
Palavras Chave:
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA SOCIEDADE E ANOMIA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
SOUZA, Marcos Aguiar de (UFRRJ) FILHO, Edson Alves de Souza (UFRJ)
RESUMO
O presente estudo, inserido no contexto das transformações sociais, teve como objetivo investigar a relação entre
representação social da sociedade e anomia. Osparticipantes foram 597 indivíduos, 316 homens e 281 mulheres, com idade
variando entre 17 e 69 anos, de diversos bairros da Cidade do Rio de Janeiro, diversificados em relação a variáveis como
idade, sexo e estado civil. Os participantes preencheram a Escala de Representação Social da Sociedade, construída para
fins deste estudo e a Escala de Instabilidade Social (Li, Atteslander, Tanur & Wang, 1999), validada para amostras
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
brasileiras para fins deste estudo. Como previsto, os resultados apontaram a existência de correlações negativas
significativas entre representação social da sociedade e anomia, indicando que, de fato, quanto maior a anomia, menos
favoráveis tendem a ser as representações sociais da sociedade. Adicionalmente, foi realizada uma análise exploratória a
partir das variáveis sexo, idade e estado civil, permitindo uma descrição da forma pela qual tais grupos podem ser
diferenciados em relação à representação social da sociedade e à anomia. As conclusões apontam para a necessidade de
realização de estudos que tenham como objetivo investigar a eficiência das normas sociais de diferentes grupos, bem como
o desenvolvimento de ações que, de fato, tenham como objetivo a maior valorização do respeito às normas e leis
socialmente legitimadas e estabelecidas. Assim seria possível manter a anomia a níveis toleráveis, evitando-se a situação
de caos social que tem sido identificada como uma das possibilidades breves na Cidade do Rio de Janeiro.
Palavras Chave: Representações Sociais, Sociedade, Anomia
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA.UM ESTUDO SOBRE TRANSGÊNICOS.
SCHULZE, Clélia Maria Nascimento (UFSC)
RESUMO
Trata-se de um estudo do tipo quasi-experimental parte de uma linha de pesquisa dedicada à divulgação da ciência através
de exposições itinerantes.O estudo buscou verificar o impacto de uma exposição científica sobre transgênicos nos
processos de formação e transformação das representações sociais de alunos do ensino médio.Participaram do estudo 120
alunos do ensino médio de uma escola pública de Florianópolis.A tecnica da evocação livre de palavras foi
utilizada.Resultados sugerem mudanças significativas no núcleo central das representações.
Palavras Chave: Representações Sociais, Ensino Médico, Transgênicos
UM ESTUDO SOBRE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE A PROPÓSITO DE
CENTROS DE RECURSOS.
Marta Patrícia Argüello Argüello - Escola Superior de Saúde - Ins. Politécnico de Setúbal
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RESUMO
Um trajecto profissional/académico, em grande parte vivido em Centros de Recursos de uma instituição de ensino superior
politécnico - o Instituto Politécnico de Setúbal - constituiu a motivação básica para o desenvolvimento desta pesquisa que
privilegiou, como objecto de estudo e reflexão, o aprofundamento dos aspectos relacionados com a organização, difusão,
utilização e finalidades dos recursos no ensino, procurando conhecer quais as representações sociais de um grupo de
docentes da Escola Superior de Saúde do IPS acerca de Centros de Recursos, através da realização de entrevistas.
Estabelecemos um quadro teórico em que analisámos diversos contributos sobre a teoria das representações sociais e sobre
os desenvolvimentos actuais acerca dos recursos, das novas tecnologias e dos contextos de aprendizagem.
Pretendíamos conhecer melhor os saberes do senso comum existentes sobre esse espaço, os valores culturais subjacentes e
as finalidades que lhe eram atribuídas no processo de ensino/aprendizagem e na investigação, e, por isso, optámos pela
realização de entrevistas que foram posteriormente analisadas pelo método ALCESTE que permite a construção do sentido
através da análise dos "mundos lexicais"entendidos como um conjunto de palavras principais que surgem de forma
repetida no discurso.Se aceitarmos que as representações sociais não são meros enunciados sobre a realidade, mas
constituem teorias sociais práticas sobre objectos que são relevantes na vida dos grupos (Vala,1993), ao mesmo tempo que
contribuem para a construção de uma realidade comum a um grupo social (Jodelet,1989), então importa analisar com
cuidado as conclusões possíveis de inferir dos dados das entrevistas.
Uma conclusão possível aponta para a necessidade de pensar cuidadosamente o "management" do CRAI, numa perspectiva
de democratizar a organização e a disponibilização dos recursos. Uma outra linha de análise aponta para a importância da
mobilização e da capacitação dos recursos humanos como um aspecto central na consolidação de um espaço dinâmico e
multidisciplinar que integre as novas tecnologias e sirva de suporte à aprendizagem e à investigação e de facilitador na
necessária mudança da relação pedagógica, pela criação de um clima de relações inter-pessoais estimulantes, assumindo-se
como uma plataforma que proporcione as ferramentas do conhecimento, numa atitude de abertura à comunidade interna e,
igualmente à comunidade envolvente.
Palavras Chave: Representações Sociais, Recursos, Ensino Superior, Profissionais de Saúde
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS/AS ASSISTENTES SOCIALES SOBRE O FENÔMENO DA
EXCLUSÃO. O CASO DA CIDADE DE GRANADA, ESPANHA
SANTOS, Rosana de Matos Silveira (Universidad de Granada. Departamento de Trabajo Social y Servicios
Sociales. Grupo de investitaçao: SEPISE)
RESUMO
Pretendemos compreender quais são as forças das representações mentais na criação das realidades compartilhadas pelos
profissionais no contexto da prática do trabalho social para contribuir a edificar o processo de construção teórico-prático
tendo como ponto de partida uma reflexão sobre como vivem sua intervenção cotidiana com setores da população
excluida.A eleição da metodologia qualitativa:observação participante, grupos focais e entrevistas semi estruturadas se
justifica por proporcionar a problematizaçao dos diferentes dados oferecendo mecanismos de implicação do coletivo objeto
de estudo na análise de sua própria realidade.Concluimos a existencia de uma cronificação da exclusão em sua
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
manifestação mais extrema, fato que resistem vivê-lo como um fracasso profissional mas sim assumido como ponto de
partida para alcançar uma maior eficácia e coerência das políticas sociais públicas. Palabras clave: trabajo social,
exclusión, representación social, anclaje, cronicidad, coordinación protocolizada.
The objective of the work we present here is to introduce which are the social forces of the mental representations that
arise from the shared realities of professionals in the context of practicing as social workers.We opt for a methodological
and qualitative focus to consider what is it that permits us to enter social representations, and in elaborating the meaning of
their self-analyzed experiences (through participative observations, focus groups and semi-structured interviews) the
interconnected dimensions that the discussions of our study objective have created: the phenomenon of social exclusion in
Granada. The results bring us to the conclusion that there exists an anchored and strongly- chronic exclusion that is
characterized by the inexistence of institutional- level responses that are coherent with the vital reality of these people.
Palavras-Chave: social work, social exclusion, social representation, anchorage, chronicness
ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE: representações sociais de imigrantes brasileiros
Iris do Céu Clara Costa (UFRN-Brasil); Maria Natália Pereira Ramos (Universidade Aberta – Portugal); Maria do
Socorro Costa Feitosa Alves (UFPB-Brasil) Antonia Oliveira Silva (UFPB-Brasil)
RESUMO
O processo saúde-doença é entendido como complexo e dinâmico, estando diretamente relacionado com os contextos
cultural, sócio-econômico e político, com os hábitos, comportamentos e crenças individuais e com o acesso aos serviços de
saúde, resultando da interação de causas as mais diversas, internas e externas que acontecem ao longo do tempo em
distintos contextos. Desta forma, esse estudo objetivou apreender as representações sociais sobre acesso aos serviços de
saúde construídas por imigrantes brasileiros. Trata-se de um estudo exploratório realizado com setenta imigrantes
brasileiros, residentes em Lisboa há no mínimo um ano, que já utilizaram os serviços de saúde nesse intervalo de tempo.
Coletaram-se os dados através de uma entrevista semi-estruturada e do teste da associação livre de palavras, com as
expressões indutoras: «saúde para o imigrante», «doença para o imigrante» e «acesso à saúde para o imigrante». Os
resultados mostram que os imigrantes entrevistados vêem a saúde como algo importante e fundamental, entretanto muito
complicado mantê-la, considerando o descaso do poder público com essa área. Quanto a doença para o imigrante, ele
identifica como um grave problema, que gera grandes dificuldades, notadamente relacionadas ao desemprego, demissão,
solidão e muita confusão em sua vida. Sobre o acesso à saúde referem-se como desorganizado, precário, lento, demorado
para conseguir e com muita burocracia. Os dados possibilitam inferir-se que, diante das novas demandas surgidas com a
imigração, são necessários estudos que conheçam a realidade migratória em Portugal, o que poderá possibilitar o
delineamento de políticas e estratégias de intervenção, especialmente preventivas, mais resolutivas, abrangentes e eficazes do
que as atualmente existentes. Para isso é fundamental implementar serviços de informação e acompanhamento dos
imigrantes, notadamente aos recém-chegados, no sentido de possibilitar a integração social, bem como favorecer o acesso
aos diferentes serviços e cuidados de saúde que levem em consideração aspectos psicosocio-culturais.
Palavras Chave: Saúde; Imigração; Serviços de Saúde; Cultura
ERUPÇÃO DENTÁRIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NA INFÂNCIA: mito ou realidade?
Iris do Céu Clara Costa (UFRN-Brasil); Antonio Medeiros Júnior (UFRN-Brasil); Rossana Mota Costa (UFRNBrasil); Georgia Costa de Araújo Souza (UFRN-Brasil); Bianca de Oliveira Torres (UFRN-Brasil);
RESUMO
A relação entre erupção dentária e o aparecimento de manifestações locais ou sistêmicas em crianças, é um assunto
polêmico, tanto para os profissionais de saúde como para os cuidadores dos infantes. Nesta fase, as mães costumam relatar
sintomas que aparentemente não têm qualquer relação com a fisiologia da erupção. A disparidade entre as crenças sobre
dentição e o saber científico, pode fazer com que cuidadores confundam doenças potencialmente graves com o nascimento
dos dentes. Este estudo objetivou identificar e comparar as representações de mães primíparas e multíparas sobre a erupção
dentária em crianças, e simultaneamente, buscou-se verificar se, de fato, há associação entre erupção dentária e o
aparecimento de patologias locais e sistêmicas na literatura científica. Trata-se de um estudo qualitativo descritivo
realizado com 61 mães, com bebês na faixa etária entre 3 e 12 meses de idade, usuários do Hospital de Pediatria da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pertencente ao Distrito Sanitário Leste da cidade de Natal–RN-Brasil. Para
a coleta das informações utilizou-se uma entrevista semi-estruturada. A análise do conteúdo textual foi feita com o auxílio
do software ALCESTE 4.5, utilizando-se as variáveis primíparas, para designar mães com apenas um filho e multíparas
para mães com dois ou mais filhos.
Observou-se que 75% das mães entrevistadas associaram a erupção dentária em seus filhos com a ocorrência de
hipersalivação, insônia, irritabilidade, gripe, febre, falta de apetite, problemas de pele e diarréia. As representações sociais
das mães acerca da erupção dentária, presentes em quatro classes semânticas, provavelmente refletem saberes práticos
sobre o processo de desenvolvimento infantil e convergem para a presença de sinais e sintomas, na infância, atribuídos tão
somente ao processo eruptivo. Todavia, o grande diferencial está na forma de apreensão desta realidade. As primíparas são
mais ansiosas, preocupam-se bastante com a saúde dos bebês e manifestam claramente que esses saberes foram adquiridos
através do convívio com outras pessoas, geralmente do seio familiar. Por outro lado, as multíparas reproduzem esta mesma
representação objetivada na experiência com os filhos anteriores e na certeza que, após o nascimento dos dentes, todos os
problemas desaparecerão. Concluiu-se que durante o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças,
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
todas as mães devem ser orientadas por uma equipe multidisciplinar acerca do processo de erupção dentária, para
desmistificar e melhor compreender esse processo na sua totalidade.
Palavras Chave: Erupção Dentária; Atendimento Odontológico; Representações Sociais.
ESTUDANTES FALAM DE SUA ESCOLA: UM ESTUDO SOBRE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
TURA, Maria de Lourdes Rangel (UERJ)
RESUMO
O objetivo deste estudo foi estudar a construção das representações sociais (RS) do professor, escola e alunos, a partir do
que foi elaborado em redações escritas por estudantes. Os conteúdos que emergiram destes textos permitiram apreender as
RS, demonstrando o valor heurístico deste constructo para a compreensão de aspectos fundantes das relações sociais
vividas no espaço escolar e sua articulação com o espaço social mais amplo. A análise dos textos redigidos por 53 alunos
de uma escola pública do município do Rio de Janeiro, matriculados na sétima e oitava séries do Ensino Fundamental – ou
Ensino Básico em Portugal – foi o caminho escolhido para captar essas RS. O grupo de estudantes era composto de moças
e rapazes, com idades variando entre 13 e 17 anos, moradores em áreas de periferia da cidade. O corpus foi analisado por
uma técnica de análise de documento proposta por Laurence Bardin. Esta análise permitiu apreender dois mecanismos
básicos: a oposição e a idealização. O mecanismo de oposição se processa como uma queixa ou reivindicação e configurase pela negação do que é percebido no real. É a negação do vivido e do pensado. As transformações do discurso levam a
eventuais modulações que visam abrandar o que possa parecer uma crítica à escola. O mecanismo de idealização não se
afasta do confronto com a negatividade do concreto, que habita o cotidiano escolar, mas tem como referente a imagem
redentora do professor e da escola. Aí se incluem também as posturas moralistas em grande parte pela incorporação do
discurso adulto e de processo ideológicos subsidiários destas idealizações. O que é pregnante nestes mecanismos de
construção das RS é a perspectiva hegemônica com relação à visão da escola e seus atores sociais. O professor e a escola
apresentam-se como sujeitos ativos nesta relação e o aluno parece buscar mais efetivamente um espaço de convivência
social neste ambiente e, por isso, dispõe-se a negociar sua submissão às posturas dominantes de disciplinarização e
ideologização da cultura escolar.
Palavras-chave: Representações sociais; professor; aluno; escola; cultura escolar.
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE: representações sociais de educadores populares e estudantes universitários
Edna Maria da Silva (UFRN-Brasil); Antônio Medeiros Júnior (UFRN-Brasil); Cláudia Christianne Barros de
Melo Medeiros (UFRN-Brasil); Renata Paula Costa Trigueiro (UFRN-Brasil); Iris do Céu Clara Costa (UFRNBrasil);
RESUMO
Esta pesquisa buscou identificar e comparar as representações sociais que permeiam as concepções e práticas de educação
popular em saúde, entre os participantes da Articulação Nacional de Educação Popular em Saúde (ANEPS-RN) e
estudantes universitários da área da saúde de instituições públicas e privadas da cidade de Natal-RN-Brasil. Utilizou-se
como suporte teórico-metodológico a Teoria do Núcleo Central, a partir do Teste de Associação Livre de Palavras com o
estímulo indutor “educação popular em saúde”, sendo também solicitadas: a evocação de 03 palavras; a justificativa para a
escolha de tais palavras e a caracterização sócio-demográfica dos 116 educadores populares e 115 estudantes entrevistados.
Os dados foram analisados através do software EVOC 2000 e a técnica de análise de conteúdo temática. Os resultados
indicam que no grupo da ANEPS-RN, não se identificou elementos no núcleo central da representação. No sistema
intermediário as categorias: participação, transmissão de conhecimentos e respeito ao ser humano, foram observadas e, no
sistema periférico, localizaram-se as categorias troca de saberes e prevenção. No grupo de estudantes os resultados
revelaram um núcleo central caracterizado pela transmissão de conhecimentos como elemento da pedagogia tradicional,
ainda hegemônica, nas instituições de ensino superior. Revelaram ainda, como elementos negativos presentes no sistema
intermediário, as fragilidades das políticas de saúde e às necessidades da população brasileira. Todavia, categorias
positivas também apareceram, relacionando o estímulo às pedagogias participativas e a prevenção de doenças. No sistema
periférico, localizaram-se as categorias falta de assistência para a população e a importância da comunicação entre
profissionais e usuários para a troca de saberes. Pode-se concluir que, provavelmente, no grupo da ANEPS_RN não há
consenso em relação à temática da educação popular, embora o grupo valorize sobremaneira, os processos participativos na
construção do Sistema Único de Saúde. Por outro lado, as representações dos estudantes apontam para uma visão
equivocada da educação popular, associando-a basicamente às práticas educativas verticais dentro da dinâmica dos
serviços de saúde e as dificuldades da população diante das políticas de saúde no Brasil.
Palavras Chave: Educação Popular; Saúde; Representações Sociais; Estudantes Universitários; Educadores
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO TRABALHO SEGUNDO IDOSOS
Roberta de Miranda Henriques Freire (UFPB-Brasil); Antonia Oliveira Silva (UFPB-Brasil)
RESUMO
A velhice é um processo pessoal, natural, indiscutível e inevitável, para qualquer ser humano, na evolução da vida. Nessa
fase sempre ocorrem mudanças biológicas, fisiológicas, psicossociais, econômicas e políticas que compõe o cotidiano das
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
pessoas.Há duas formas básicas de ocorrer essas mudanças, de maneira consciente e tranquila ou ser sentida com grande
intensidade, tudo dependerá da relação da pessoa com a velhice. Os sinais característicos dessas mudanças são nítidos por
conta da ação do tempo e social. O trabalho ainda é considerado um bom indicador de qualidade de vida e isto tem sido
uma preocupação em todo o mundo que apresenta características de envelhecimento de sua população. O conceito de
qualidade de vida foi construído para medir o crescimento econômico de uma sociedade, originando indicadores
econômicos que comparava a qualidade de vida em diversas cidades e culturas e posteriormente mudou considerando o
bem estar social como o principal indicador da qualidade de vida das pessoas. Neste sentido o objetivo deste estudo foi
conhecer as representações sociais sobre o trabalho construídas por idosos. Compreende uma pesquisa exploratoria
subsidiada no aporte teórico das representações sociais com trinta e cinco idosos distribuídos em dois grupos: idosos que
trabalham e idosos que não trabalham, de ambos os sexos, a partir dos sessenta anos, realizada em uma cidade do interior
paraibano, região do Nordeste brasileiro, junto ao Conselho dos Diretores Lojistas (CDL) após um contato prévio e praças,
calçadas, igreja, e grupos de convivência da referida cidade. Para coleta de dados utilizou-se um roteiro de entrevista
composto por duas partes: a primeira compreendeu as informações acerca das variáveis sócio-demográficas; na segunda
parte contemplou-se questões acerca do trabalho para o idoso. As informações obtidas através das entrevistas foram
organizadas em um banco de dados preparados especificamente para serem processados software Alceste, a partir de um
corpus de 35 entrevistas, que apontaram às seguintes classes ou categorias semânticas: aspectos psico-sócio-econômicos
do trabalho; descrições sobre experiências de trabalho para o idoso; efeitos do trabalho para o idoso; sentidos atribuídos ao
trabalho; trabalho como estratégia de vida e impacto do trabalho na vida do idoso. Este estudo procurou apreender as
representações sociais sobre o «trabalho» construídas em que se observou representações consensuais nos dois grupos
estudaaados como: exploração e doenças. As representações sociais modelam o «trabalho para o idoso» a partir da visão
de mundo dos sujeitos em atos e situações estabelecidas por inúmeras interações por estruturas mediadas por elementos no
contexto sócio-interacional envolvendo valores, regras e noções. Conhecer estas representações sobre o trabalho permite
entender o universo exterior e o universo dos grupos ou do indivíduo, no contexto social onde o objeto de estudo/trabalho é
parcialmente concebido pelo grupo.
Palavras Chave: Idoso; Trabalho; Representações Sociais.
CONTRIBUIÇÃO DE UM MODELO DE ARQUITETURA COGNITIVA PARA O SISTEMA DE GESTÃO DE
RECURSOS HUMANOS
RODRIGUES, Lucinaldo dos Santos (UFP)
RESUMO
Entende-se por arquitetura cognitiva a descrição de diferentes elementos que constituem um sistema cognitivo e suas
relações. Um esquema de arquitetura cognitiva demonstra a imagem das ligações neurais elaboradas pelos indivíduos em
uma determinada situação. A área de recursos humanos focaliza as representações mentais dos indivíduos na medida em
que estuda a subjetividade do comportamento humano nas organizações. O objetivo desse estudo é discutir as
contribuições da aplicação de um modelo de arquitetura cognitiva para o sistema de gestão de recursos humanos. Em
termos metodológicos trata-se de uma revisão teórica desenvolvida por meio da explicação, descrição e identificação dos
elementos principais relacionados ao tema em foco. Nesse procedimento foram aplicados três tipos de análise: explicação
do modelo, descrição quanto à adequação e identificação das relações. Em termos gerais esse trabalho defende o
entendimento de que a compreensão acerca dos processos cognitivos constitui um importante mecanismo dentro do
sistema de gestão de recursos humanos nos níveis individual e grupal. Casos exemplificativos são utilizados para
contextualizar os achados teóricos.
Palavras Chave: Arquitetura Cognitiva, Gestão, Recursos Humanos
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
TEMAS DE SAÚDE
ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE: DESAFIO DO TRABALHO DE PSICÓLOGOS QUE ATUAM NO CAMPO
DA SAÚDE PÚBLICA
Railda Fernandes Alves (UEPB/UGR); Sylvia Alejandra Jiménez Brobeil (UGR); Maria do Carmo Eulálio (UEPB);
Danyelle Almeida de Andrade (UEPB); Priscila Magalhães Barros (UEPB)
RESUMO
As novas formas de abordar a saúde-enfermedade têm contribuído ao aumento das demandas pelo trabalho do psicólogo no
primeiro nível de atenção à saúde. No entanto, a preparação dos psicólogos não tem acompanhado o mesmo ritmo da
demanda. Objetivando contribuir com esta discussão, desenvolvemos este estudo que teve como atores as psicólogas
atuantes na Atenção Primária de Saúde (APS) de Campina Grande, PB, Brasil. Os objetivos foram conhecer as práticas de
saúde desenvolvidas pelas profissionais na APS e propor diretrizes gerais para a atuação nesse campo. A Metodologia
contemplou o estudo de campo fundamentado conceitualmente na Antropologia da Saúde e a composição da amostra foi
de todos os psicólogos que trabalhavam na APS. As técnicas de coleta de dados foram: um questionário misto para
subsidiar traçar um perfil dos participantes e uma observação assistemática registrada em diário de campo. As respostas
das questões fechadas foram analisadas em termos de freqüência, já as respostas das questões abertas, foram agrupadas por
sentido e categorizadas em temas, respaldadas na Análise Temática de Conteúdo. Os resultados apontam que os
psicólogos estão sobrecarregados de trabalho, mas as atividades a que se dedicam são na maior parte do tempo
incompatíveis com as atividades que devem ser desempenhadas na APS. A principal atividade desenvolvida pelos
psicólogos é o atendimento psicoterápico individual, embora se constate no discurso o desenvolvimento de novas práticas.
As participantes acreditam que realizam o trabalho da APS, no entanto quando respondem sobre as suas práticas,
evidencia-se que o fazer descrito corresponde ao segundo nível de atenção de saúde e não ao de APS. Seus discursos são
amparados no modelo clínico, o qual tem ainda orientado as práticas psicológicas em todos os setores da saúde. As
conclusões indicam algumas premissas para o trabalho do psicólogo na APS: que deve estar mais atrelado ao planejamento
das ações de saúde e menos às intervenções clínicas; deve ser desenvolvido nas Unidades Básicas de Saúde - UBS, nos
Centros de Saúde e Programas de Saúde da Família (PSF), sem perder de vista a interlocução com outros setores da
educação para a saúde; seu referencial deverá ser o cuidado com a saúde geral; a saúde mental deve ser tratada como uma
intervenção de segundo e terceiro nível de saúde.
Palavras chave: atenção priamária de saúde; cuidados de saúde primários; a psicologia no primeiro nível de atenção de
saúde
OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA VIVA MULHER NO III DISTRITO SANITÁRIO DE SAÚDE, DO
MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA – PB.
MONTEIRO, Zeleide Domiciano Cabral; SOUTO (UFPB-Brasil), Cláudia Maria Ramos Medeiros
RESUMO
O presente estudo é do tipo descritivo e com abordagem quantitativa e teve por objetivo verificar como está sendo
operacionalizado o Programa Viva Mulher, em Unidades de Saúde da Família (USF), do III Distrito de Saúde, do
Município de João Pessoa/PB, no período de 25 de julho a 13 de agosto de 2004. A população do estudo foi constituída
por profissionais do Programa de Saúde da Família (PSF). O instrumento de pesquisa foi aplicado aos profissionais nas
USF nos bairros de Mangabeira, Bancários e José Américo, pertencentes ao III Distrito de Saúde. Foi feita a análise
estatística e descritiva dos dados com representação tabular. As principais fragilidades expressadas na pesquisa, as que
sugerem uma fragmentação na compreensão do processo saúde/doença, e uma fragilidade da avaliação do programa são as
que se referem aos dados de incidência, prevalência e mortalidade, cuja fonte primária está na rede básica, nas informações
geradas pelos trabalhadores do SUS, bem como ao desconhecimento do Programa Viva Mulher em sua totalidade. Como
foi constatada, a operacionalização e a organização do programa não estar em conformidade à orientação da Coordenação
Estadual, sendo aconselhável uma reorganização de suas ações, objetivos e metas. Torna-se necessário investir em
sensibilização e capacitação dos profissionais que parecem alheios ao processo, realizando atividades pontuais e isoladas.
Além desses aspectos relevantes, é de suma importância à promoção da intersetorialidade e interinstitucionalidade,
envolvendo os diversos atores da sociedade para juntos pensarem e buscarem soluções que sejam articuladas, integradas e
equânime, de forma a garantir a assistência integral à mulher nos serviços de saúde.
Palavras-chave: Políticas públicas; câncer de colo uterino; prevenção de câncer.
SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS IDOSAS PARTICIPANTES DE UM CENTRO DE LAZER EM
PORTO ALEGRE - BRASIL
Maria Cristina Sant'Anna da Silva; Liana Lautert (UFRS)
RESUMO
Esta investigação integrou a abordagem quantitativa e qualitativa com o objetivo de descrever a qualidade de vida e os
comportamentos promotores de saúde mantidos por 125 idosos selecionados em um centro de lazer da cidade de Porto
alegre (Brasil) e sua análise realizou-se sob a perspectiva da qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde e da
teoria da auto-eficácia de Bandura. Inicialmente, foram coletados dados demográficos, socioeconômicos e de avaliação de
qualidade de vida – WHOQOL-bref. Para analise dos dados, utilizou-se a estatística descritiva e a analítica. A idade média
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
foi 69,4 anos (DP ± 6,4), predominando o sexo feminino (90,4%), a escolaridade de ensino médio (37,6%) e a realização
de atividades no lar (79,2%). Metade recebia até US$ 866,35 mensais, 64,8% morava acompanhado, 52% realizava
atividade física e social há 5 anos ou mais, 96% consultou com profissional da área da saúde no ano anterior e 80% referiu
autopercepção positiva da saúde atual. As médias do domínios do WHOQOL-bref foram: físico 72,37 (± 14,25),
psicológico 73,50 (± 10,48), relações sociais 79,40 (± 12,98), meio ambiente 74,85 (± 11,62) e global 78,30 (± 13,85. Na
regressão linear múltipla, o domínio físico foi o maior preditor de qualidade de vida (β = 0,39), seguido pelos domínios
meio ambiente (β = 0,19) e relações sociais (β = 0,17). Na análise de variância, a variável autopercepção da saúde atual
apresentou significância estatística com quatro domínios do WHOQOL-bref. Para conhecer os comportamentos
promotores de saúde, foram entrevistados onze indivíduos idosos que alcançaram escores com um desvio padrão acima da
média do grupo (≥ 85,18). Na análise das entrevistas, surgiram como comportamento saudáveis: prática de atividade física,
cuidados com a nutrição e convivência familiar/social. Evidenciou-se que esses idosos mantêm comportamentos
promotores de saúde similares aos recomendados pelos profissionais de saúde, supondo-se que o fazem por terem senso
positivo de auto-eficácia, auto-reforçando seu desempenho.
Descritores: Comportamento, Qualidade de Vida, Idoso, Saúde do Idoso, Auto-Eficácia, Enfermagem.
EXPERIÊNCIA DAS DOULAS NO CUIDADO À MULHER EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA
Karla Romana F. Souza (UFPB – Brasil); Maria Djair Dias (UFPB – Brasil); Maria De Oliveira Ferreira Filha
(UFPB – Brasil); Lenilde Duarte de Sá (UFPB – Brasil)
RESUMO
No Brasil, a partir da década de 1980, na tentativa de interferir nessa realidade, surgiram diversos movimentos sociais que
buscaram a humanização do cuidado à mulher durante o parto e nascimento. Essa época foi marcada pela presença de
organizações não governamentais, em destaque o movimento feminista que identificado com a crítica ao modelo
hegemônico de atenção ao parto e nascimento, lutavam pela melhoria da qualidade do cuidado à saúde da população
feminina. Para responder a esses questionamentos e com o desejo de dar maior visibilidade a esse Programa para a
sociedade, e consolidar as doulas comunitárias voluntárias como uma nova proposta no cuidado à mulher em direção a
humanização, foram definidos os seguintes objetivos: revelar os motivos que levaram as mulheres a se tornarem doulas em
uma maternidade pública municipal na cidade do Recife-Pernambuco, Brasil; conhecer as atividades desenvolvidas pelas
doulas no contexto do cuidado à saúde da mulher em ambiente hospitalar; identificar os desafios encontrados pelas doulas
para desenvolver as suas atividades. Esta pesquisa é de natureza qualitativa e para dar suporte a este universo foi escolhido
a História Oral Temática com base nos pressupostos de (Meihy, 2005). Foi desenvolvida em uma maternidade pública
municipal, situada na cidade de Recife, nordeste brasileiro. O autor afirma que colaborador(a) é o depoente que participa
da pesquisa. Portanto, neste estudo as colaboradoras foram as doulas que atuam na referida maternidade. O cuidado
desenvolvido pelas doulas durante o processo de parto e nascimento, necessita ser entendido como uma possibilidade de
encontro, de integração e de diálogo com o outro no universo do cuidado da sua prática diária. Essa relação viabiliza uma
escuta qualificada, um olhar diferenciado e um toque cuidadoso, permitindo à mulher expressar suas angústias, seus medos
e sofrimentos. Nessa perspectiva o cuidado não é apenas um ato, mas uma atitude, que significa acolhimento, respeito
pelas diferentes histórias de vida. Assim sendo as atividades desenvolvidas pelas doulas visam promover o bem estar
emocional da parturiente, ajudando-a a enfrentar os desconfortos do processo de parto e nascimento diminuindo o medo, a
tensão e a dor, e conseqüentemente aumentando a possibilidade de uma experiência positiva para a mulher e sua família.
Palavras-Chave: Doulas; Cuidado; Mulher
AS AÇÕES DE CONTROLE DA TUBERCULOSE NO DISTRITO SANITÁRIO ESPECIAL INDÍGENA
POTIGUARA: DESAFIOS DA COORDENAÇÃO.
Rafaela Gerbasi Nóbrega (PMRT); Jordana de Almeida Nogueira (UFPB); Antonio Ruffino Netto (FMRP/USP);
Ana Tereza Medeiros Cavalcanti da Silva (UFPB); Lenilde Duarte de Sá (UFPB); Arleusson Ricarte de Oliveira
(UFPB); Rodrigo Pinheiro Fernandes de Queiroga (PMCG)
RESUMO
No Brasil o processo de mudança do modelo de atenção à saúde, priorizando a Atenção Primária à Saúde (APS) mediante a
inserção da estratégia Saúde da Família, fato que provocou a reorganização das ações de controle da Tuberculose (TB) nos
níveis locais. As ações de controle da TB vêm sendo descentralizadas gradualmente requer controle e ordenação de fluxo
de trabalho, gerando a necessidade da coordenação como instrumento gerencial de integração entre os serviços de saúde e
os usuários. Nessa perspectiva, optou-se por analisar a dinâmica da coordenação que organiza e orienta as ações de
controle da tuberculose nas equipes de saúde indígena Potiguara. A presente pesquisa teve como cenário o Distrito
Sanitário Especial Indígena (DSEI) Potiguara do Estado da Paraíba – Brasil. Participaram vinte e três profissionais de
saúde, entre médicos, enfermeiras, auxiliares de enfermagem e agentes indígenas de saúde. O material empírico foi obtido
por meio de três grupos focais e analisado pela abordagem crítica da técnica de Análise de Discurso. Evidenciou-se que os
serviços operam dentro de uma lógica fragmentada, com capacitação insuficiente de recursos humanos para atender a
especificidade cultural dessa população, desafios que exigem habilidade gerencial da coordenação para a sustentabilidade
das ações de controle da TB.
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Saúde indígena; Tuberculose
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTE: UM MODELO NO NORDESTE DO
BRASIL
França, Myriam Carneiro de (UFPB-Brasil); Noronha, Marlos Suenney de M. (UFPB-Brasil); Holanda, Eliane
Rolim de (UFPB-Brasil);
RESUMO
O transplante de órgãos converteu-se no maior avanço da medicina nos últimos tempos, passando de procedimento
excessivamente arriscado para uma intervenção terapêutica eficaz em pacientes com doenças terminais de vários órgãos
vitais como: coração, rins, pulmão e fígado. Para adequar-se a nova realidade o legislativo brasileiro promulgou uma Lei
para regulamentar os transplantes, criou Sistema Nacional de Transplante e determinou a criação das Centrais Estaduais de
Notificação Captação e Distribuição de Órgãos. O objetivo deste trabalho é descrever o processo de estruturação da Central
de Transplante da Paraíba, e como ela desenvolve dentro do âmbito estadual o processo de captação e distribuição de
órgãos e tecidos para transplante. O estudo é um survey descritivo, exploratório, retrospectivo, realizado na sede da Central
de Transplante da Paraíba. Nesse trabalho, procura-se demonstrar a íntima relação entre a burocracia legal que envolve o
Órgão e toda logística necessária ao seu funcionamento, objetivando enfatizar a maneira como o cidadão/usuário tem
acesso ao serviço de transplante. Em estatística exibida pelo SNT, a Paraíba figura entre os estados brasileiros, com menor
número de pacientes em lista de espera. Entretanto, segundo informações do Órgão, o número de doações ainda é
insuficiente para atender a demanda, principalmente no que se refere a transplante de rins. Dentre os avanços observados
destacamos a existência de uma equipe multidisciplinar treinada e capacitada para proceder a entrevista familiar etapa
primordial a obtenção de órgãos para transplante.
Palavras-Chave: Transplante; Logística; Doação de órgãos
PROMOVENDO A SAÚDE DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS IDOSOS APOSENTADOS:
uma experiência exitosa de inclusão social
OBERMARK, Glória de Maria Mousinho (UFPB – Brasil);
SILVA, Antonia Oliveira (UFPB – Brasil); MOREIRA, Maria Adelaide Silva P. (UESB – Brasil)
RESUMO
Envelhecer de maneira saudável compreende, fundamentalmente, observar o atendimento das necessidades que vão além
da manutenção de um bom estado de saúde física. As pessoas precisam de reconhecimento, respeito, segurança e de se
sentirem participativas em sua comunidade, podendo expor suas opiniões, experiências e interesses. Além desses aspectos,
é indispensável aos idosos a obtenção de cuidados aos problemas de saúde, aceitação como seres humanos com
necessidades e possibilidades especiais, com direitos, sem qualquer discriminação. Este estudo tem o objetivo de
apresentar um relato de experiência, a partir de atividade musical onde se procura favorecer interações grupais e inclusão
social; promover melhoria na saúde física e mental; aproximar universidade e comunidade; propiciar relações
intergeracionais e estimular o envelhecimento ativo. Trata-se de um relato de experiência a partir do desenvolvimento de
atividade musical – Banda Novo Horizonte – com cadastro da FUNJOPE (Órgão cultural e de Lazer da Prefeitura
Municipal (Única Banda oficial de 3ª Idade do Estado), composta por professores e funcionários públicos aposentados,
com dez integrantes de ambos os sexos. A banda se caracteriza pelo repertório variado regional, nacional e mesmo
internacional, com suas apresentações em eventos dos clubes de Terceira Idade; igrejas; asilos; escolas; creches; praças
públicas e a convite particular. As atividades são realizadas a partir de encontros semanais dos participantes da Banda para
ensaios e apresentações mensais. Após as atividades realizadas por este grupo observou-se uma acentuada melhoria da
saúde mental e física dos membros, a grande maioria apresentava problemas de saúde como: tinham depressão devido à
perda de familiares, seja por morte ou separação. Outros sofriam de doenças degenerativas tipo artrose, artrite, osteoporose,
muitas vezes agravadas pela inatividade ou falta de vontade de viver. Outros se sentiam inúteis ou mesmo um estorvo para
seus familiares. A memória também sofreu uma sensível melhora, no sentido de que a performance musical exige grande
esforço mental. antes de se integrarem ao grupo. Desta forma, a integração ao grupo, a aceitação pelos outros membros do
clube e da sociedade em geral, melhor convivência em família, melhoria na auto-estima e na saúde em geral, foi os
resultados exitosos dessa experiência.
Palavras Chave: Saúde; Terceira Idade; Atividade; Inclusão Social
ENVELHECIMENTO, SAUDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA
Mª Socorro F. Alves (UFRN-Brasil), Edna Maria da Silva, Antonia Oliveira Silva (UFPB – Brasil), Iris C. C Costa
(UFRN-Brasil); Mª Eliete Moura (UFPI-NOVAFAPI), Rodrigo Silva P. Moreira , Mª Luiza Sousa, Jorge Correia
Jesuíno (ISCTE).
RESUMO
Este Trabalho integra um estudo maior sobre a saúde dos idosos e suas repercussões na qualidade de vida, em duas
realidades sociais distintas: brasileira e portuguesa, que tem os objetivos de: estudar a situação de saúde bucal de idosos,
bem como as práticas de promoção à saúde bucal desenvolvidas no Brasil e em Portugal; identificar aspectos psico-socioculturais no âmbito da saúde bucal que interferem na qualidade de vida dos idosos, no Brasil e em Portugal; Comparar as
representações sociais inter e intra-grupos, construídas pelos idosos; identificar as necessidades de cuidados bucais de
pessoas idosas; e favorecer o intercambio entre os países envolvidos, no tocante a adoção de práticas preventivas em saúde
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
bucal, subsidiadas nos determinantes biológicos, sociais, culturais, econômicos e ecológicos. Trata-se de um estudo
comparativo transcultural Brasil-Portugal, em que busca investigar as relações entre saúde bucal e qualidade de vida em
idosos brasileiros e portugueses, considerando a adoção de praticas preventivas na saúde bucal. O estudo será desenvolvido
com idosos brasileiros e portugueses. Será utilizada uma abordagem multimétodos com o objetivo de comparar os dados
obtidos para maior aprofundamento na compreensão dos mesmos. A coleta de dados será realizada através da Entrevista
Semi-Estruturada, o Teste de Associação Livre de Palavras e o Questionário, norteada no referencial teórico da Teoria das
Representações Sociais de Serge Moscovici (1961/1978).
Palavras-Chave: Envelhecimento; Saúde Bucal; Qualidade de Vida
SAÚDE MENTAL COMUNITÁRIA: RECOMPOSIÇÃO DE PERDAS NO CONTEXTO URBANO ATUAL
Maria de Oliveira Ferreira Filha (UFPB-Brasil); Rolando Lazarte (UFPB-Brasil); Maria Djair Dias (UFPB-Brasil);
Ana Maria Cavalcanti Lopes (UFPB-Brasil) Marcia Rique (UFPB – Brasil)
RESUMO
O trabalho da saúde mental comunitária no nordeste brasileiro vem chamando a atenção de outras regiões do país,
estendendo-se a América Latina e Europa, que no contexto urbano atual, de origem migratória diversa, carece de valores
capazes de recompor os sentimentos de perda de identidade, desenraizamento e outros, que levam famílias e comunidades
a conviver com a violência doméstica, desesperança, indiferença e abandono, entre outras conseqüências da decomposição
dos laços vitais que unem os indivíduos entre si. O Departamento de Enfermagem de Saúde Pública e Psiquiatria da
Universidade Federal da Paraíba, iniciou em agosto de 2004, um trabalho de extensão, multidisciplinar, no bairro de
Mangabeira/João Pessoa/PB, cujo objetivo foi desenvolver a terapia comunitária como uma atividade de promoção da
saúde, seguindo uma orientação preventiva em saúde mental. Oferece-se um espaço de partilha de experiências de vida e
sabedorias de forma horizontal e circular, buscando-se a superação dos desafios do cotidiano. O sucesso da experiência
permitiu que os profissionais dos serviços de cuidados primários de saúde, manifestasse o interesse de trabalhar com esta
tecnologia e em 2006, a Universidade Federal da Paraíba em parceria com as secretarias de saúde dos municípios de João
Pessoa, Pedras de Fogo, São Bento e Conde, além do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Pessoa Humana/São
Paulo, iniciaram um projeto de formação de terapeutas comunitários. Atualmente já existem mais de cem terapeutas que
vêm desenvolvendo a Terapia Comunitária em locais urbanos com aglomerados populacionais de baixo poder aquisitivo,
buscando a recuperação do valor da pessoa no âmbito da coletividade, recompondo o tecido social rasgado, estimulando a
autoconfiança, a fé na vida, de tal modo que essa pessoas sintam que podem voltar a contar com o outro, tendo uma vida
feliz e digna de ser vivida. A prática da terapia comunitária envolve conhecimentos tanto tradicionais como da experiência
do sujeito, sem recusar o auxílio da ciência, seja da saúde, da sociologia, antropologia, psicologia, entendendo que esta é
uma prática educativa que não pode prescindir do modelo freiriano.
Palavras chave: Saúde mental, Comunidade, Promoção da Saúde, Terapia.
EXPERIÊNCIA DE EXTENSÃO NA IMPLEMENTAÇÃO DE UM GRUPO DE GESTANTES NA
COMUNIDADE
LACERDA, Dailton Alencar Lucas de (UFPB – Brasil); ALMEIDA, Aline Barreto de; RODRIGUES, Daniele
Ferreira;
MENESES, Lenilma Bento de Araújo (UFPB-Brasil)
RESUMO
Os programas de preparação para o parto caracterizados pelo desenvolvimento de métodos educativos e preparo físico
específico estão se tornando cada vez mais comuns. A partir da demanda da comunidade e do conhecimento da
Universidade acerca da importância desse tipo de atividade deu-se início o grupo de gestantes da Comunidade Maria de
Nazaré, através do Programa de Ação Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social e Atenção à Saúde na Comunidade
Maria de Nazaré - João Pessoa – PB. O objetivo geral é promover a troca de experiências e a apropriação de saberes
populares e técnicos sobre formação para a gestação, parto e puerpério. O grupo é desenvolvido através de dois momentos
principais: a educação em saúde, possuindo como referencial a Educação Popular e da problematização sobre temas
específicos; e a realização de exercícios e relaxamentos. Muitas dificuldades se apresentaram. A escassa presença das
gestantes atrasou o processo de consolidação do grupo e o andamento das atividades. A programação inicial teve que ser
reprogramada, a partir do cenário que foi se apresentando.Nesse sentido, o diálogo mostrou-se como uma importante
ferramenta para integração das gestantes ao grupo. Espera-se que ao final do trabalho, as gestantes possam estar mais
preparadas para as modificações presentes na fase gestacional, para o trabalho de parto e para os cuidados que deverão ter
no puerpério, além de proporcionar o aumento da rede de apoio social das gestantes e um posicionamento mais crítico ao
sistema de saúde a qual estão inseridas.
Palavras-chave: Extensão; Atividades; Gestantes; Grupo
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
EDUCAÇÃO POPULAR E ATENÇÃO À SAÚDE DA FAMÍLIA: relato de uma experiência em extensão popular
LACERDA, Dailton Alencar Lucas de (UFPB-Brasil); RIBEIRO, Ana Cândida Aires; OLIVEIRA, Ana Maria
Braga de; FREIRE, Ingrid D’avilla; MORAES, Suzyanne Araújo; MOREIRA, Mª Adelaide Silva P. (UFPB –
Brasil)
RESUMO
O presente artigo é um relato de experiência acerca da atuação do Projeto de Extensão Educação Popular e Atenção à
Saúde da Família (PEPASF), da Universidade Federal da Paraíba. O referido projeto atua desde setembro de 1997 na
comunidade Maria de Nazaré, localizada na periferia urbana de João Pessoa – PB. As ações do PEPASF norteiam-se pelo
eixo teórico-ideológico da Educação Popular e desenvolvem-se na perspectiva da prevenção e promoção da saúde,
buscando a integralidade através da visualização dos determinantes do processo saúde-doença.Os extensionistas
acompanham semanalmente as famílias do local passando a envolver-se na dinâmica da comunidade sob uma relação
dialógica e respeitadora dos interesses, costumes e tradições existentes; realizam atividades de caráter coletivo como
estratégia de instigar de forma lúdica a participação dos atores envolvidos; articulam-se com a associação comunitária
local, trabalhando junto com a comunidade e não para ela, fomentando o caráter participativo e mobilizador dos
moradores. A inserção, observação e reflexão dos extensionistas na comunidade confluem para instigar a criticidade
advinda da curiosidade inerente a condição humana e que em decorrência das relações de subordinação e opressão
apresentadas tanto na academia quanto nos serviços de saúde é por vezes perdida. Busca-se a construção de um saber
coletivo, pelo contato com realidades distintas de modo interdisciplinar, sem a existência de supremacia de nenhum dos
saberes bem como das especialidades.
Palavras-Chave: Extensão Universitária; Educação Popular; Saúde
POSICIONAMENTO DOS ALUNOS DO CURSO AUXILIAR DE ENFERMAGEM FRENTE A FORMAÇÃO E
ATUAÇÃO PROFISSIONAL
Pereira, Francisca Leneide Gonçalves (SAMÚ-PB); Oliveira, Rita de Cássia Cordeiro de (UFPB-Brasil); Perez,
Vera Lucia de Almeida Becerra (UNIPÊ/UFPB).
RESUMO
Este estudo teve como objetivo verificar a percepção do aluno do Curso Auxiliar de Enfermagem do Projeto de
Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem/PROFAE/MS, sobre sua formação e atuação profissional no
mercado de trabalho. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quanti-qualitativo. Os dados foram coletados
através de uma demanda espontânea por acessibilidade no local de trabalho, campo de estágio e residência dos alunos. Para
coleta dos dados foi aplicado um questionário com 29 alunos concluintes do Centro de Formação/CEFOR da SES/PB,
abordando as características sócio-demográficos dos alunos, considerando as seguintes variáveis: idade, sexo, estado civil,
acesso e nível de escolaridade e atuação profissional, com duas perguntas abertas acerca da opinião sobre formação
profissional e expectativa sobre atuação profissional no mercado de trabalho. Os dados obtidos foram apresentados em
gráficos, tabelas e interpretação das falas dimensionadas em dois grandes eixos temáticos: opinião sobre o PROFAE e
expectativa de atuação profissional.
Palavras Chave: Formação, Atuação profissional, Alunos/PROFAE, Mercado de trabalho.
AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM ADOTADO NA PRÁTICA EDUCATIVA
DOCENTE ESPECIALISTA PROFAE
MONTEIRO, Zeleide Domiciano Cabral (UFPB-Brasíl); PÉREZ, Vera Lúcia de Almeida B. (UFPB – Brasíl).
RESUMO
Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quanti-qualitativa, que tem como objetivo caracterizar a avaliação do
processo ensino-aprendizagem adotado pelos docente especialistas do PROFAE. O estudo realizou-se na cidade de João
Pessoa-PB, 2005. A população alvo constituiu-se por todos os enfermeiros-docentes que concluíram o Curso de
Especialização Formação Pedagógica na Área de Saúde: Enfermagem, com atuação em João Pessoa, por acessibilidade,
perfazendo um total de 23. Para tanto, utilizou-se um questionário previamente elaborado e validado, com questões abertas
e fechadas. Os resultados evidenciam à percepção sobre a prática avaliativa, a maioria definiu-a numa visão progressiva e
aponta sua importância em superar as dificuldades; utilizam a avaliação somativa e diagnóstica. As técnicas e instrumentos
mais utilizados são: observação, seminário, provas escritas e trabalhos em grupo/individual, respectivamente. Apesar dos
enfermeiros-docentes especialista/PROFAE se aproximarem do que vem a ser avaliação na tendência progressiva, na
prática, não romperam com a pedagogia tradicional.
Palavras-Chave: Docente Especialista; PROFAE; Avaliação.
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
DECISÃO MATERNA A RESPEITO DO PRÉ-NATAL: UM ESTUDO BRASILEIRO
DUARTE, Sebastião Junior Henrique. (USP e SESAU); ANDRADE, Sônia Maria Oliveira de (UFMGS)
MAMEDE, Marli Villela. USP
RESUMO
No Brasil, as políticas públicas de saúde voltadas ao pré-natal têm se preocupado com a redução da mortalidade materna e
infantil e com a qualidade da assistência ofertada. Para tanto são implementados programas que padronizam as ações
necessárias a serem executadas pelos profissionais que atuam nessa área, privilegiando a visão tecnicista. Contudo, os
fatores que envolvem a gravidez não se resumem ao campo biológico. Na perspectiva de conhecer as características sociais
em torno da gestação e o modo como as gestantes percebem o pré-natal, é que este estudo objetivou apreender as
representações sociais das gestantes residentes nas áreas de atuação das equipes do Programa Saúde da Família Marabá,
município de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil a respeito do pré-natal. Foram realizadas vinte e uma
entrevistas com mulheres grávidas residentes na área de abrangência da Unidade Básica de Saúde Marabá, com enfoque
qualitativo. A análise dos resultados ocorreu através do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) e tomou-se como base
referencial teórica as Representações Sociais propostas por Serge Moscovici (2003). Os resultados compuseram cinco
DSC: devido ao atendimento médico, preguiça, vergonha, problemas pessoais e não quer ser atendida por alunos.
Concluiu-se que as gestantes alimentam sentimentos negativos em torno da gestação, manifestados pelo medo de que a
criança venha nascer com algum problema de saúde, medo de ser punida no momento do parto e sofrer represálias dos
profissionais caso não tenha feito o pré-natal, insegurança consigo mesma e com o bebê. Isso evidencia que há ineficiência
no processo de comunicação entre as gestantes e os profissionais de pré-natal e que o acolhimento não tem sido efetivo
para o grupo de mulheres grávidas.
Descritores: saúde da mulher, pré-natal, pesquisa qualitativa.
SAÚDE REPRODUTIVA FEMININA E AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
DUARTE, Sebastião Junior Henrique. USP e SESAU;
MAMEDE, Marli Villela. USP
RESUMO
A saúde reprodutiva feminina é tema de relevada importância e tem despertado cada vez mais, o surgimento de políticas
voltadas à atenção a saúde da mulher no ciclo gravídico-puerperal, no entanto são valorizadas ações intervencionistas
pouco importando com o pensamento que circula entre as mulheres grávidas. Nesse sentido o presente estudo tem por
objetivo descrever a literatura pertinente aos aspectos da vida reprodutiva feminina, no intuito de apontar os avanços
alcançados e discutir as necessidades femininas considerando a atenção qualificada requerida e o uso das representações
sociais como elemento fundamental no relacionamento com as gestantes. Como metodologia realizou-se busca na literatura
a respeito das políticas voltadas à saúde da mulher, inseridas no período reprodutivo, assim como textos referentes as
representações sociais, consideradas como o saber comum que permeia uma comunidade. As fontes utilizadas foram a base
de dados disponibilizada no SCIELO, assim como livros, teses, revistas e manuais do Ministério da Saúde e Organização
Pan-Americana da Saúde, a partir da década de 80 até os dias atuais.
Os resultados mostram que os programas de saúde conduzem os profissionais que assistem as mulheres a privilegiarem os
modos impessoais e as representações sociais ainda não são levadas em consideração no relacionamento entre os
profissionais e as mulheres. A conclusão evidenciou que, no Brasil, a assistência à saúde da mulher não tem acompanhado
os avanços políticos nessa área, as ações voltadas à saúde da mulher são tecnicistas, prescritivas e as representações sociais
não são consideradas como elemento das relações entre os profissionais de saúde e as mulheres.
Palavras-chave: saúde da mulher; representações sociais; atenção qualificada.
DINÂMICA DO RELACIONAMENTO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E DOENTES
FRENANDES, Agostinho Manuel Matos
Professor Coordenador EU-ESESJD
RESUMO
A concepção tradicional do relacionamento entre profissionais de saúde e doentes, baseada numa atitude paternalista dos
profissionais encontra-se posta em causa. A evolução da sociedade, (Taylor, 1997; Pearson & Vaughan, 1992; May,1990),
e as directrizes actuais para o relacionamento de qualidade, (Donabedian, 1980, 2003; Health Care Quality Steering
Committee, sd; Pisco & Biscaia, 2001; Lengnick-Hall, 1995) algumas delas emitidas por organismos como a OMS,
(WHO, 1986,1997b, 1998,1999) implica novas abordagens da prática de cuidados e de promoção da saúde, com maior
respeito pela autonomia do doente enquanto cidadão, incluída numa perspectiva mais ampla da qualidade dos serviços de
saúde.
Com este enquadramento procurou-se identificar qual a dinâmica do relacionamento entre profissionais de saúde e
doentes, que melhor se adapta à gestão da qualidade na saúde, sendo ao mesmo tempo, adequada à realidade clínica e
sociológica actual.
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Face à natureza do problema optou-se por uma abordagem qualitativa - Fenomenografia. Esta abordagem procura
identificar a diversidade de concepções que os informantes têm sobre determinado fenómeno. A técnica de colheita de
dados adoptada foi a entrevista semi-estruturada de todos os médicos (5), de 10 enfermeiras e de 12 doentes, gravadas em
registo áudio. Seguiu-se um período de observação que permitiu ao investigador conhecer o contexto do fenómeno em
estudo.
Como resultados, identificaram-se três modelos de relacionamento clínico: de beneficência, de negociação parcial e de
autodeterminação. O componente central para a escolha do modelo adoptado em cada momento é a definição de
competência do doente e o estado de organização da doença. Em função destes parâmetros adoptar-se-à um modelo de
relacionamento de menor ou de maior envolvimento do doente nos cuidados que lhe são prestados, dando origem aos
modelos de relacionamento dinâmicos de: Beneficência-negociação parcial; beneficência-autodeterminação e negociação
parcial-autodeterminação. De acordo com o modelo adoptado, são utilizados pelos profissionais como instrumentos desse
relacionamento: O processo informativo, a persuasão e o envolvimento dos familiares.
Todo este processo é dinâmico e exige o conhecimento do doente em cada momento, de modo a permitir que todos os
elementos da equipa tratem cada doente de forma individualizada.
Palavras-chave: Profissionais de Saúde, Doente, Relação, Qualidade de cuidados
CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE 1ºCEB SOBRE O CONTRIBUTO DA EDUCAÇÃO SEXUAL DAS
CRIANÇAS PARA A PROMOÇÃO DA SUA SAÚDE FUTURA
Zélia Caçador Anastácio1, Graça Simões de Carvalho2 & Pierre Clement3
1, 2
Universidade do Minho – IEC, Portugal
3 Université Claude Bernard Lyon-1 – LIRDHIST, France
RESUMO
A Educação Sexual é parte integrante da Promoção e Educação para a Saúde, sendo a sua implementação na prática
pedagógica condicionada pelas concepções dos professores relativas ao seu conhecimento científico, proveniente da
formação, e aos seus sistemas de valores, edificados em virtude de factores individuais e contextuais. Para estudar
concepções dos professores de 1ºCEB sobre a educação sexual neste nível de ensino aplicou-se um questionário a uma
amostra de 486 indivíduos, ao que se seguiu um debate com quatro professores com opiniões diferentes e a realização de
cinco grupos de foco, tendo estes totalizado 19 participantes. Os dados do questionário foram tratados e analisados
estatisticamente. Os factores que revelaram maior influência na variável dependente “contributo da educação sexual para a
promoção da saúde futura das actuais crianças” (CESPS) foram a habilitação académica e a frequência de acções de
formação contínua e/ou esporádica específicas. Outros factores influentes foram o sexo, o estado civil, a religião, a prática
religiosa e ainda a tendência política. Os dados do debate e dos grupos de foco foram alvo de análise de conteúdo, com
recurso ao método dos termos pivot. Os resultados indicaram que os professores de 1ºCEB manifestam credibilidade na
ES, sobretudo para aumentar os conhecimentos sobre sexualidade, para facilitar o diálogo com os pais e para desenvolver
competências pessoais e sociais. Os participantes no debate, favoráveis à ES argumentaram que esta contribui para saber
lidar com o corpo, tomar decisões e ter relacionamentos interpessoais saudáveis e para prevenir IST e gravidez adolescente.
Os participantes nos grupos de foco também argumentaram favoravelmente sobre estes dois últimos aspectos e ainda sobre
as consequências positivas para a saúde pública, para a aceitação de diferentes orientações sexuais e, futuramente, do sexo
com naturalidade.
Palavras-chave: Educação Sexual; Promoção/Educação para a Saúde; Concepções; Professores
FONOAUDIOLOGIA ESCOLAR: por uma educação saudável em João Pessoa - Brasil
Noronha, Marlos Suenney de Mendonça (UFPB - Brasil)
RESUMO
Após inúmeros encontros entre equipes técnicas e fonoaudiólogos prestadores de serviços da Secretaria Municipal de
Educação, Esporte e Cultura de João Pessoa e, observando as inúmeras pesquisas de profissionais da Fonoaudiologia no
campo educacional, despertou-nos o interesse de abrir um diálogo com a Diretoria de Gestão Curricular sobre a
oportunidade de unificar estes trabalhos por meio da implantação do setor de Fonoaudiologia Escolar: uma realidade em
vários estados brasileiros. Este projeto relata a implantação de um serviço de fonoaudiologia escolar cujos objetivos
propõem uma assistência fonoaudiológica nos diversos campos dos distúrbios de comunicação; melhorias na qualidade da
comunicação do professor no tocante a sua saúde do vocal, e também na estimulação do uso de métodos facilitadores com
o aluno especial; possibilitar o aumento da auto-estima do professor mediante a assistência que lhe será oferecida;
estimular uma maior permanência em sala de aula do aluno especial; diminuir o risco de evasão escolar; Levando em
consideração tais propostas, foi implantado um serviço de fonoaudiologia escolar, formado por equipe constituída por 04
(quatro) fonoaudiólogos. Os benefícios foram inúmeros, possibilitando uma assistência fonoaudiológica aos docentes e
discentes, envolvidos no processo educacional. Entre eles podemos citar: a realização de 419 triagens fonoaudiológicas em
estudantes da rede municipal de ensino de João Pessoa (298 apresentavam transtornos comunicativos); a realização de
campanhas e oficinas sobre os distúrbios da comunicação; o assessoramento aos docentes e equipe técnica da rede
municipal de ensino; aplicação de questionários em 110 professores de 8 escolas do município, objetivando traçar o perfil
vocal dos professores
Palavras-Chave: Educação; Fonoaudiologia
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
PERFIL AUDIOLÓGICO DE TRABALHADORES DE INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS
Noronha, Marlos Suenney de M. (UFPB-Brasil); Henriques, Maria Emília. R. M. (UFPB-Brasil); Costa, Solange F.
G. (UFPB-Brasil);
RESUMO
Com as exigências do mercado de trabalho nas últimas décadas, o trabalhador convive exposto ao ruído constante e intenso
diariamente. Esta exposição continuada pode implicar na saúde auditiva da população trazendo-lhes prejuízos psicossociais
e conseqüentemente déficits em seu rendimento intelectual e em sua produtividade. O objetivo desta pesquisa foi traçar o
perfil audiológico dos trabalhadores da indústria de alimentos. O estudo proposto trata-se de uma pesquisa exploratória
com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída por 30 profissionais, do sexo masculino com a função de auxiliar
de produção. Para viabilizar a coleta de dados foi aplicado um questionário além da análise audiológica por meio de
audiometria tonal e vocal. Esta ocorreu no período de outubro de 2005 em três indústrias. Os resultados obtidos revelam
que 40% dos trabalhadores não fazem uso do equipamento de proteção individual, e que onze profissionais apresentam
rebaixamento dos limiares auditivos de tipo neurossensorial e grau variando do leve ao moderado; A presença de sintomas
correlacionado com o ruído ocupacional como cefaléias, zumbidos, distúrbio do sono foram evidenciados por doze
industriários. Este estudo reflete a necessidade de ações preventivas, de monitoração e reabilitação voltadas à saúde
auditiva desta população, desenvolvendo e aprimorando programas de conservação auditiva.
Palavras-Chave: Saúde do Trabalhador, Audição, Perda Auditiva, Conservação Auditiva.
ACESSIBILIDADE ÀS AÇÕES DE CONTROLE DA TUBERCULOSE NO CONTEXTO DAS EQUIPES DE
SAÚDE DA FAMÍLIA DE BAYEUX-PB
MARCOLINO, Alinne Beserra Lucena (UFPB); NOGUEIRA, Jordana Almeida Nogueira (UFPB); RUFFINONETTO, Antonio (FMRP/USP); MORAES, Ronei Marcos (UFPB); SÁ, Lenilde Duarte (UFPB); VILLA, Tereza
Cristina Scatena (EERP); ROLIM, Francieuldo Justino (UFPB).
RESUMO
A descentralização das ações de controle da Tuberculose para o âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS), vem impondo
reorientação da prática das Equipes de Saúde da Família (ESF) e requerendo metodologias que avaliem em que medida os
componentes da APS estão sendo alcançados. Este estudo toma como recorte um componente da APS-acesso, com o
objetivo de avaliar as ações de controle da Tuberculose no contexto das ESF em Bayeux-PB. Pesquisa de abordagem
quantitativa, que envolveu 82 profissionais de saúde. O instrumento utilizado continha 8 perguntas fechadas, segundo
possibilidades produzidas por escala intervalar tipo Likert. Os dados foram tabulados utilizando o programa - Statistical
Package for the Social Sciences e analisados segundo freqüência e mediana. Os resultados revelaram fragilidades e
potencialidades de acesso às ações de controle da Tuberculose (TB). Quanto às potencialidades, constatou-se que a
descentralização do tratamento dos casos de TB vem se estabelecendo na prática das ESF: 92,7% dos entrevistados
mencionaram que os doentes de TB sempre conseguem consulta nas unidades, sendo possível por 82,9% obtê-la no prazo
de 24 horas; os medicamentos específicos apresentaram-se acessíveis para 64,6% das ESF. Como fragilidades verificou-se
que 61% dos entrevistados não realizam coleta de escarro; 54,9% não oferecem atendimento no horário de almoço; 89,8%
não contam com auxílio transporte; apenas 40,2% adotam regularmente a visitação domiciliária. Recomenda-se a adoção
de mecanismos de gestão que viabilizem a uniformização e utilização dos recursos existentes, ampliando a capacidade
resolutiva das ESF, promovendo eficiência na prestação de serviços, assegurando o acesso da população.
Palavras-Chave: Tuberculose. Atenção Primária à Saúde. Saúde da Família.
Agência Financiadora: Agência financiadora: Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba – FAPESQ/PB
SAÚDE DA CRIANÇA NA ATENÇÃO BÁSICA: reflexões acerca das políticas públicas no Brasil e das tecnologias
de trabalho
França, Myriam Carneiro da (UFPB-Brasil); Noronha, Marlos Suenney de Mendonça (UFPB-Brasil); Holanda,
Eliane Rolim de (UFPB-Brasil); Collet, Neusa (UFPB-Brasil)
RESUMO
A atenção básica à saúde da criança representa um campo prioritário na saúde das populações. No entanto, a apropriação
de tecnologias leves e resolutivas constitui um desafio em sua prática, pois esta tem se voltado mais para a geração de
procedimentos do que para a lógica da produção de cuidados. Tivemos como objetivo apresentar reflexões acerca das
políticas públicas no cuidado às crianças atendidas na atenção básica e discutir aspectos relacionados à forma como se
desenvolve este cuidado. Trata-se de uma pesquisa do tipo bibliográfica, na qual foi realizado um estudo exploratório com
abordagem qualitativa. Foi possível apreender que a equipe de saúde da atenção básica deve refletir acerca de seu processo
de trabalho, no sentido de concretizar os princípios da universalização e da integralidade, buscando centrar o eixo de sua
assistência na perspectiva preventiva e promocional, pautado nas tecnologias leves, sem, no entanto, descartar a atenção
individual e curativa.
Palavras-Chave: atenção primária à saúde; enfermagem em saúde comunitária; saúde infantil.
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
PROMOÇÃO DA SAÚDE: CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM E DE
OUTROS CURSOS DO ENSINO SUPERIOR
CARVALHO, Amâncio Universidade do Minho ESSE Vila Real; CARVALHO, Graça Universidade do Minho
RESUMO
Um dos desafios colocados aos docentes de Enfermagem é alargar o papel dos enfermeiros de uma abordagem tradicional
de Educação para a Saúde (EpS), centrada na transmissão de conhecimentos, para uma abordagem de "empowerment",
devendo para tal existir uma mudança prévia nas concepções de Promoção da Saúde (PrS) dos docentes e dos formandos.
A presente comunicação emerge de um estudo mais vasto no âmbito de uma tese de Doutoramento, que pretende comparar
as concepções em PrS/EpS dos alunos de Enfermagem e de outros cursos do ensino superior. Reporta-se apenas ao módulo
das concepções ensinadas. Alguns dos objectivos são: (i) conhecer as concepções de saúde dos alunos; (ii) tipificar o tipo
de conceitos; (iii) caracterizar as práticas de EpS.
Este é um estudo descritivo, comparativo e transversal, cuja amostra é constituída por 709 alunos do ensino superior.
Como instrumentos de recolha de dados utilizámos um questionário de auto-preenchimento, confidencial e anónimo. Para
o tratamento dos dados recorremos à estatística descritiva e testes estatísticos (2, t de Student e ANOVA).
A palavra-chave mais utilizada para representar Saúde foi "Bem-estar", coincidindo com os resultados de outros estudos
(Araújo, 2006). No curso de Enfermagem de Vila Real quase não existem alterações no conceito de Saúde do 1º para o 4º
ano. A maioria dos alunos da amostra enquadra-se no conceito Abrangente de PrS (51%) e no conceito Activo de EpS
(76%), considerando os termos PrS e EpS diferentes. Os alunos enquadrados no tipo Abrangente de PrS desenvolvem EpS
com maior frequência do que os alunos enquadrados no tipo Misto e Reducionista (ANOVA: p= 0,004). Do grupo de
alunos que referiu realizar EpS, 42% assinalou que o fazem. Muitas vezes.
Face a estes resultados apresentamos uma proposta de linhas orientadoras para a formação inicial de enfermeiros, que visa
contribuir para a melhoria da qualidade de ensino e dos cuidados de enfermagem prestados à população.
Palavras-Chave: Promoção da Saúde, Educação para a Saúde, Saúde
PROMOVENDO A INTEGRALIDADE DAS AÇÕES DE SAÚDE NA POPULAÇÃO INDÍGENA BRASILEIRA:
relato de experiência
Oliveira, Rita de Cássia Cordeiro de (UFPB - Brasil) Silva, Antonia Oliveira (UFPB - BRASIL); França, Uthania de
Mello (UFPB - Brasil); Lacerda, Ana Teresa de Azevedo (FUNASA).
RESUMO
O desenvolvimento e organização das ações de atenção à saúde dos povos indígenas são realizados através de Distritos
Sanitários Especiais e Pólos-Base, em nível local, onde a Atenção Básica e os Serviços são referenciados. O Distrito
Sanitário Especial Indígena (DSEI) é definido por critérios geográficos, operacionais, antropológicos e epidemiológicos, na
atenção à saúde dos povos indígenas reunindo as terras indígenas e os municípios. A referida saúde é de responsabilidade
da Fundação Nacional de Saúde primando pelo direito dos povos indígenas. Este estudo compreende um relato de
experiência exitosa que teve o de objetivo promover a integralidade das ações de saúde na população indígena Potiguara.
Esta experiência ocorreu no âmbito Programa Viva Mulher do Ministério da Saúde, no Distrito Sanitário Especial Indígena
Potiguara na Paraíba/BRASIL, que tem o objetivo de reduzir a mortalidade e os impactos físicos, psíquicos e sociais do
câncer do colo do útero na mulher brasileira. Tais ações podem ser concretizadas por meio da oferta de serviços à
promoção, prevenção e detecção precoce da doença e suas lesões precursoras, bem como tratamento e reabilitação. Optouse por relatar esta experiência seguindo quatro etapas: a) organização das ações do Programa Viva Mulher; b)
implementação do Programa no DSEI Potiguara; c) ações realizadas em 2006 e 2007 e d) resultados obtidos com a
implementação do Programa.. A discussão do trabalho centra-se nas ações desenvolvidas no DSEI, nas quais se
evidenciam aspectos relevantes como: uma melhor cobertura percentual das mulheres na faixa etária prioritária do
programa; uma melhor organização no fluxograma de atendimento (acolhimento, coleta, encaminhamento, seguimento e
busca ativa) das mulheres, profissionais capacitados e comprometidos com o programa e resultados dos exames dentro do
prazo estabelecido.
Palavras-Chave: Mulher; Saúde Indígena; Promoção da Saúde; Câncer Uterino.
CARACTERIZAÇAO DO HIPERDIA NO ATENDIMENTO AO IDOSO
Pereira, Kristhea K. Gonçalves (UFPB-Brasil); Ferreira, Olívia Galvão Lucena (UFPB-Brasil); Luna, Karínthea K.
Gonçalves Pereira (UFPB-Brasil); Silva, Antonia Oliveira (UFPB-Brasil); Medeiros, Isac. (UFPB-Brasil)
RESUMO
O Sistema HiperDia, gerido pelo Ministério da Saúde, através da Secretaria de Atenção à Saúde, em conjunto com a
Coordenação Nacional do Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus, as Secretarias
Estaduais de Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde, tem por finalidades permitir o monitoramento dos pacientes
captados no Plano Nacional de Reorganização da Atenção à Hipertensão e ao Diabetes Mellitus, e gerar informação para
aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados.
Para o tratamento das doenças foram estabelecidos os seguintes medicamentos: Hipertensão arterial: Captopril comp. 25
mg, Hidroclorotiazida comp. 25 mg e Propanolol comp. 40 mg e no Diabetes mellitus - os hipoglicemiantes orais
Glibenclamida comp. 5 mg e da Metformina comp. 850 mg. além da insulina NPH-100 disponibilizada na rede
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
sistematicamente. Nesta perspectiva, muitas ações estão sendo desenvolvidas no país. Uma delas é a disponibilização para
estados e municípios de um sistema informatizado que permite o cadastramento de portadores, o seu acompanhamento, ao
mesmo tempo que, a médio prazo, poderá ser definido o perfil epidemiológico desta população, e o conseqüente
desencadeamento de estratégias de saúde pública que levarão à modificação do quadro atual, a melhoria da qualidade de
vida dessas pessoas e a redução do custo social. Este trabalho tem como objetivo identificar o número de idosos (>60 anos)
cadastrados no sistema HiperDia do Distrito Sanitário IV. Trata-se de um estudo documental, em que os dados foram
obtidos diretamente no Distrito Sanitário IV da cidade de João Pessoa- PB, através do sistema HiperDia, no período de 20
a 27 de outubro de 2007. Os dados obtidos foram analisados e apresentados em quadros contemplando o número de
diabéticos, de hipertensos e, de diabéticos e hipertensos simultaneamente e a caracterização do sistema de atendimento aos
idosos, para se acompanhar os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) portadores de hipertensão arterial.
Palavras chave: Hiperdia; Atendimento; Idoso; Sistema Único de Saúde
INTERSETORIALIDADE, VÍNCULO E CONTROLE DA TUBERCULOSE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À
SAÚDE EM MUNICÍPIO PRIORITÁRIO DA PARAÍBA - PB.
Lenilde Duarte de Sá (UFPB); Anna Luiza Castro Gomes (PMJP) Jordana de Almeida Nogueira (UFPB); Alinne B.
de L. Marcolino (UFPB) Pedro); Tereza Cristina S. Villa (EERP/USP); Fredemir Palha (EERP/USP); Karen
Mendes Jorge de Sousa (UFPB)
RESUMO
O controle da tuberculose (TB) depende de um conjunto de ações integradas no âmbito da Atenção Primária à Saúde
(APS) e associadas às políticas sociais voltadas à melhoria da qualidade de vida de populações e grupos humanos. O
objetivo desta pesquisa foi analisar, sob a ótica dos profissionais que atuam nas Equipes de Saúde da Família (ESF), a
relação entre as atividades desenvolvidas pelas ESF no controle da TB com ações intersetoriais. Participaram 41
profissionais da ESF de Bayeux - município da Região Metropolitana da grande João Pessoa - PB/Brasil. Os dados foram
coletados pela técnica de grupo focal em março de 2007 e analisados conforme análise de discurso. Identificou-se que a
falta de ações interesetoriais fragilizam as relações de vínculo entre as equipes de saúde da família e os doentes uma vez
que reduz a promoção da qualidade de vida dos doentes e com as limitações dos profissionais em ampliar a capacidade de
co-gestão e autonomia no cuidado dos usuários com TB. Constatou-se que a operacionalização das ações de controle da
TB não tem envolvido outros setores, coma a educação, a promoção do trabalho entre outros. Acredita-se que o conjunto
de medidas intersetoriais e o incentivo à co-gestão e a autonomia do usuário, articulados aos esforços das ESF, promovam
as relações de vínculo e favoreçam o cuidado integral ao doente de TB no âmbito da APS.
Palavra chave: Tuberculose, Atenção Primária à Saúde, Promoção da Saúde.
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
SESSÕES INTERECTIVAS DE POSTERS
TEMAS DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE CRIANÇAS SOBRE OS AVÓS
LUNA, Karínthea K. Gonçalves (UFPB – Brasil); SILVA, Antonia Oliveira (UFPB – Brasil); PEREIRA, (UFPB –
Brasil); FERREIRA, Olívia Galvão Lucena (UFPB – Brasil); MOREIRA, Mª Adelaide Silva P. (UESB – Brasil)
RESUMO
Os idosos têm um papel importante nas relações intergeracionais como portadores de saber e conhecimentos adquiridos
nos anos de vida, formando elos com o passado e projetando a continuação das comunidades a quais pertencem. O idoso e
a criança são percebidos entre um passado e um futuro que fazem do seu presente um enigma para si mesmos e para a
sociedade em que vivem. Com o objetivo de identificar as experiências psico-afetivas compartilhadas associadas as
representações sociais de avós, idoso e velho, segundo crianças de 6 a 11 anos, de uma escola pública e um serviço de
saúde público residentes em João Pessoa, Paraíba, Brasil. O estudo foi realizado com quarenta crianças de ambos os sexos
que aceitaram participar após contato com os pais ou responsáveis. Para apreensão das representações sociais utilizou-se
três estímulos: avós; idoso e velho. Solicitou que as crianças fizessem um desenho para cada estímulo e em seguida
falassem sobre o desenho feito. Para todos os estimulos as crianças desenharam idosos e descreveram como seus avós ou
pessoas próximas, com significações ou conotações associadas a objetos como: bengala, andajá, óculos, dentre outros.
Palavras Chave: Criança; Avós; Representações Sociais.
CUIDADOS INFORMAIS DE SAÚDE NA COMUNIDADE: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS SEUS
ACTORES
FREITAS, Susana Rocha (UA)
RESUMO
Um olhar crítico sobre o estado da Saúde em Portugal, aponta para mudanças comportamentais relativamente à
manutenção desta. Todavia, o Conselho da Europa, reconhece existirem graves deficiências e ameaças ao direito
fundamental do ser humano, ao analisar as implicações do envelhecimento populacional e da modificação dos padrões de
doença, apontando-as como um problema de enorme impacto social e importância crescente em termos de saúde pública.
Como resposta a esta situação, países desenvolvidos elaboram estratégias de cuidados globais que propiciam o trabalho
conjunto de profissionais de saúde e cuidadores informais, com o objectivo de prestarem cuidados direccionados às
necessidades individuais de cada pessoa.
Em Portugal a representação social destes cuidadores informais, isto é, da família solidária para com o membro
dependente, responsabilizando-se pelos cuidados a este, encontra-se inserida nos valores culturais e tradições familiares,
pela solidariedade de vizinhança/amizade, ainda que sejam evidentes alguns sinais de mudança inerentes às transformações
sentidas nas estruturas familiares e como consequência mudam os valores culturais em relação à pessoa dependente
(Tomaz et al.2002).
A família parece predominar como a alternativa de suporte informal e constitui o principal prestador informal de cuidados,
no entanto não é a única entidade de apoio à pessoa dependente. Neste contexto, vizinhos, amigos, voluntários ou
profissionais sem formação específica na área da prestação de cuidados de saúde também poderão desempenhar o seu
papel de prestador de cuidados informais.
Segundo Tomaz et al.(2002), o facto destes se assumirem como cuidadores informais relaciona-se com factores como a
representação social, a qualidade das relações afectivas familiares, entre outras.
È neste contexto que surge este trabalho, parte dum projecto de Doutoramento pela Universidade de Aveiro, na área da
formação e supervisão dos cuidadores informais, com o objectivo de trabalhar estas questões relacionadas com os
cuidadores informais, uma vez que a revisão da literatura veio-nos demonstrar a carência de informação a este nível.
Propomo-nos com este trabalho apresentar dados preliminares da aplicação de entrevistas realizadas a responsáveis de
instituições prestadoras de cuidados formais e informais, trabalhar as competências de cuidados a serem desenvolvidas
pelos cuidadores informais, com a ambição de melhorar a qualidade de vida dos envolvidos na relação do cuidado.
Palavra chave: Representações Sociais, Formação, Supervisão, Cuidadores Informais
VELHICE PARA IDOSOS ALBERGADOS
MOREIRA, Maria Adelaide Silva P. (UESB – Brasil); ALBUQUERQUE, Karla Fernandes de (UNIPE – Brasil);
RODRIGUES, Tatyanni Peixoto (FACENE – Brasil); MACIEL, Silva Carneiro (UFPB – Brasil); SILVA, Luípa Michele
(UFPB – Brasil)
RESUMO
A investigação teve como objetivo, identificar as representações sociais do idoso acerca da instituição/abrigo. Trata-se de
um estudo exploratório com abordagem qualitativa, realizado com quarenta sujeitos de ambos os sexos, no qual realizou-se
entrevistas semi-estruturadas. As informações coletadas foram submetidas à técnica de análise de conteúdo temática
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
(Bardin, 1977) seguindo as etapas: leituraflutuante, constituição do corpus, seleção das unidades de contexto e registro,
codificação e categorização. Os dados apontam que os sujeitos sempre relacionam a instituição à falta de estrutura e um
ambiente carente das reais necessidades humanas básicas; representa o referido setor de maneira ambígua e contraditória.
erificamos que os sujeitos representam a instituição negativamente porem citam atributos positivos que denotam uma certa
ambigüidade. Sugere-se que seja feita uma reflexão sobre as formas de acolhimento deste albergados e a práticas de
cuidado e atenção dispensados aos mesmos, de modo que possibilite circular elementos positivos em face do desejado
atendimento humanizados para estes ambientes já estereotipados como ambiente solitário desprovido de amor.
Palavras Chave: Albergue; Idoso; Representações Sociais
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ENSINO DE CIÊNCIAS
Énery G. S. Melo; Alexandro C. Tenório Universidade Federal Rural de Pernambuco
RESUMO
São mais intensos e numerosos os debates acerca dos objetivos do ensino e dos caminhos a serem adotados pela formação
inicial de educadores. Tendo em vista contribuir com tais discussões, buscamos neste trabalho nos aproximar das
representações sociais de “ensino de ciência” em licenciandos em Física. A teoria das representações sociais foi o
referencial teórico que orientou a abordagem metodológica. Os dados foram obtidos por meio da aplicação de questionário
de múltiplas alternativas (QMA) em uma amostra de 26 alunos dos últimos períodos do curso de licenciatura em Física de
uma Instituição pública federal. O conteúdo foi analisado com base em técnicas estatísticas e nos foi possível identificar
certa tendência desses alunos-professores em aceitar idéias de ensino inspiradas em abordagens construtivas e, ao mesmo
tempo, em discordar da visão tradicional. Diante dos resultados encontrados acreditamos poder contribuir com atual
discussão acerca dos objetivos do ensino; bem como, com o auto-conhecimento das instituições públicas federais acerca de
seus alunos e sua formação, dando subsídios para a reformulação das licenciaturas.
Palavras-chave: Representações Sociais, Ensino de Ciências e Licenciandos.
PERFIL AUDIOLÓGICO DE TRABALHADORES DE INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS
Noronha, Marlos Suenney de M. (UFPB-Brasil); Henriques, Maria Emília. R. M. (UFPB-Brasil); Costa, Solange F.
G. (UFPB-Brasil);
RESUMO
Com as exigências do mercado de trabalho nas últimas décadas, o trabalhador convive exposto ao ruído constante e intenso
diariamente. Esta exposição continuada pode implicar na saúde auditiva da população trazendo-lhes prejuízos psicossociais
e conseqüentemente déficits em seu rendimento intelectual e em sua produtividade. O objetivo desta pesquisa foi traçar o
perfil audiológico dos trabalhadores da indústria de alimentos. O estudo proposto trata-se de uma pesquisa exploratória
com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída por 30 profissionais, do sexo masculino com a função de auxiliar
de produção. Para viabilizar a coleta de dados foi aplicado um questionário além da análise audiológica por meio de
audiometria tonal e vocal. Esta ocorreu no período de outubro de 2005 em três indústrias. Os resultados obtidos revelam
que 40% dos trabalhadores não fazem uso do equipamento de proteção individual, e que onze profissionais apresentam
rebaixamento dos limiares auditivos de tipo neurossensorial e grau variando do leve ao moderado; A presença de sintomas
correlacionado com o ruído ocupacional como cefaléias, zumbidos, distúrbio do sono foram evidenciados por doze
industriários. Este estudo reflete a necessidade de ações preventivas, de monitoração e reabilitação voltadas à saúde
auditiva desta população, desenvolvendo e aprimorando programas de conservação auditiva.
Palavras-Chave: Saúde do Trabalhador, Audição, Perda Auditiva, Conservação Auditiva.
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E ATRIBUIÇÃO DE CAUSALIDADE ÀS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Marineusa Busarello (FAMEG), Ana Paula Majcher (FAMEG), Virginia Azevedo Reis Sachetti (FAMEG/UFSC),
Débora Driemeyer Wilbert (FAMEG /UFSC), Brígido Vizeu Camargo (UFSC).
RESUMO
Tratou-se de um estudo exploratório realizado com professores dos anos iniciais do ensino fundamental da cidade de
Jaraguá do Sul, no sul do Brasil, dividido em duas partes. O Estudo 1 investigou as representações sociais sobre
dificuldades de aprendizagem (N = 100). Para a coleta dos dados utilizou-se, além da caracterização dos professores, a
técnica de evocação livre, tendo como estímulo indutor a expressão "dificuldades de aprendizagem". Os dados foram
submetidos a uma análise lexicográfica utilizando o programa EVOC 2000. Os resultados indicam que atributos ligados
aos alunos (falta de interesse, indisciplina e conflito familiar) são os termos que aparecem caracterizando o provável núcleo
central. Os elementos periféricos aparecem organizados também em torno de características internas (falta de motivação,
preguiça, deficiências) ou do ambiente (escola, pobreza). O estudo 2 foi realizado com 27 professores aleatoriamente
selecionados da amostra anterior e teve o objetivo de descrever as atribuições de causalidade às dificuldades de
aprendizagem. Foi realizada uma entrevista semi-estruturada para investigar o conceito de dificuldade de aprendizagem,
principais dificuldades apresentadas pelos alunos e atribuição de causalidade às dificuldades de aprendizagem. As
respostas foram agrupadas por semelhança e foi realizada análise de freqüência sobre o número de respostas. Os resultados
apontam que os professores descrevem um conceito de dificuldade de aprendizagem incoerente com o descrito na
literatura. Apontam também que as dificuldades dos alunos mais freqüentes estão relacionadas à falta de atenção e
concentração. As respostas caracterizando a atribuição de causalidade estão relacionadas a causas internas ao aluno, família
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
e fatores ambientais. Conclui-se que os professores têm uma representação vinculada aos problemas internos do sujeito e a
sua família e tendem a atribuir as dificuldades de aprendizagem a atributos internos, estáveis e incontroláveis.
Palavras-chave: representações sociais; atribuição de causalidade; dificuldades de aprendizagem; ensino fundamental.
CRENÇAS DE MÃES SOBRE CUIDADOS COM CRIANÇAS EM DOIS CONTEXTOS CULTURAIS
DISTINTOS DE UM ESTADO DO SUL DO BRASIL
SACHETTI, Virginia Azevedo Reis (FAMEG/UFSC), Vieira, Mauro Luis (UFSC), Macarini, Samira Mafioletti
(UFSC), Martins, Gabriela Dal Forno (UFSC),Wilbert, Débora Driemeyer (FAMEG/UFSC)
RESUMO
Representação social é definida como um conjunto de informações, crenças, opiniões e atitudes sobre um objeto,
estruturado em um contexto social. Assim, crenças são parte do conhecimento do senso comum e um componente das
representações sociais. O objetivo da pesquisa foi investigar crenças de mães sobre cuidados com crianças na capital e
interior do Estado de Santa Catarina, localizado no sul do Brasil. Tratou-se de um estudo exploratório, comparativo e de
corte transversal. Foram entrevistadas 100 mães, 50 da capital (Florianópolis) e 50 do interior, com idade entre 21 e 49
anos, com pelo menos um filho entre 0 e 6 anos de idade. Foram utilizados questionários para levantar dados sóciodemográficos e escalas do tipo Likert para acessar crenças. Os resultados foram submetidos à análise estatística,
comparados por meio de testes t e discutidos a partir do referencial da psicologia do desenvolvimento e da cultura,
especificamente das etnoteorias parentais. Quanto à caracterização dos participantes, as mães da capital têm
significativamente mais idade, renda familiar e escolaridade do que as mães do interior. Os resultados indicam que mães da
capital e interior valorizam significativamente mais cuidados primários do que cuidados de estimulação e valorizam
significativamente mais cuidados de estimulação do que os realizam efetivamente. Mães da capital estabelecem
significativamente mais metas de socialização independentes e valorizam práticas de cuidado independentes e
interdependentes; mães do interior estabelecem metas independentes e interdependentes e valorizam significativamente
mais práticas de cuidado independentes. Mães do interior estabelecem significativamente mais metas interdependentes e
realizam mais práticas independentes do que mães da capital. Conclui-se que, embora existam similaridades nas crenças
que fazem parte do contexto brasileiro, parece que o contexto tem influência decisiva na modulação nas crenças sobre
cuidados destinados às crianças.
Palavra-chave: crenças, cuidado parental, desenvolvimento infantil, modelos culturais.
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE INFÂNCIA E RELATO DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS
WILBERT, Débora Driemeyer (FAMEG/UFSC); Sachetti, Virginia Azevedo Reis (FAMEG/UFSC),
Camargo, Brígido Vizeu (UFSC).
RESUMO
Tratou-se de uma pesquisa exploratória que investigou representações sociais sobre infância e práticas educativas
utilizadas por mães (N = 100) de uma cidade do sul do Brasil. Foi adotado o referencial teórico da abordagem estrutural
que descreve as representações organizadas em torno de um núcleo central com elementos periféricos. Foi utilizado um
questionário composto por dados de identificação, uma questão de evocação livre com o termo indutor infância e questões
para investigar o conceito de infância e práticas educativas. Os dados da evocação livre foram submetidos à análise
lexicográfica utilizando o programa EVOC 2000 e as questões abertas foram recortadas, agrupadas por semelhança e
submetidas à análise de freqüência sobre o número de respostas. Constatou-se que as mães têm entre 22 e 39 anos, a
maioria possui um filho e ensino médio completo. Foram obtidas 467 evocações e 93 palavras, agrupadas por proximidade
semântica em 17 categorias. Nas evocações livres, a palavra brincadeira apareceu como a associação mais forte com
infância, caracterizando o provável núcleo central. Os elementos periféricos aparecem organizados em dois eixos: lúdicosentimental (alegria, amor, brinquedo, inocência) e comportamental-estratégico (cuidado, educação, aprendizagem,
desenvolvimento). Os dados são coerentes com o conceito de infância descrito e indicam uma divisão entre associação de
infância com a fase de desenvolvimento/aprendizagem (comportamental-estratégico), fase de liberdade/brincadeira (lúdicoafetivo) e associações da própria infância. Quanto às práticas educativas, há semelhanças entre práticas indutivas
(conversa) e coercivas (castigo verbal/físico). Conclui-se que a representação da infância está ancorada na característica de
inocência e ludicidade associada às necessidades de adequação do sujeito a um ambiente competitivo. As práticas
educativas utilizadas mostram uma fusão de práticas já constituídas com uma crescente valorização de métodos indutivos.
Palavras-chave: representações sociais; infância; práticas educativas.
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE PSICOLOGIA
SILVA, Jean Paulo da (FAMEG); Raduenz, Marisa (FAMEG), Wilbert, Débora Driemeyer (FAMEG/UFSC);
Virginia Azevedo Reis Sachetti (FAMEG/UFSC),Camargo, Brígido Vizeu (UFSC).
RESUMO
A pesquisa buscou identificar o conteúdo das representações sociais de moradores de uma cidade do sul do Brasil sobre
psicologia. Participaram 369 sujeitos (média de 30 anos de idade). Foi utilizada a técnica de evocação livre com o termo
indutor psicologia. Os resultados permitiram agrupar os sujeitos em duas categorias: já haviam/não haviam tido contato
com a psicologia. Os tipos de contato relatados foram relacionados à profissão (estuda ou é psicólogo, tem familiares
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
profissionais), ambiente de trabalho (setor de psicologia da empresa), processo educacional (já estudou psicologia no
ensino médio ou superior) e tratamento (faz ou fez terapia ou tem parentes na situação). Foram identificadas 1772 palavras
submetidas à análise lexicográfica utilizando o programa EVOC 2000. No grupo de sujeitos que relataram já ter contato
com a psicologia, as palavras ajuda, mente, estudo e Freud compuseram o que possivelmente pode ser definido como
núcleo central da representação. Entre os sujeitos que não relataram contato, palavras como louco, mente e análise
compõem o possível núcleo central. A diferença nas evocações pode apontar a influência do conhecimento/contato com um
profissional sobre uma representação. O primeiro grupo parece associar a psicologia ao estudo científico da mente e à
característica de ajuda que o profissional oferece. Em relação à evocação Freud não é possível afirmar que a técnica
psicanalítica seja mais utilizada na região, mas possivelmente é a mais divulgada pelos meios de comunicação de massa e,
portanto, exerce forte influência no imaginário das pessoas. O segundo grupo descreveu uma visão mais característica do
senso comum, associando a psicologia com doença e loucura, descrevendo a psicologia como algo que lida com doença
mental, analisa a mente e utiliza técnicas para trazer a pessoa de volta à normalidade. Embora nos dois grupos apareça
relação entre psicologia e mente, a associação é configurada de forma diferente.
Palavras-chave: representações sociais; psicologia; senso comum.
O PODER NO HESFA MOVIDO PELO DESEJO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS ENFERMEIRAS
Teresa Tonini (UNIRIO), Ilda Cecília Moreira da Silva (UFRJ), Enirtes Caetano Prates Melo (UNIRIO)
RESUMO
Trata de representações sociais de enfermeiras acerca do processo de implantação de um modelo inovador, assistencial e
administrativo no HESFA/UFRJ. A questão norteadora foi: Quais as representações sociais das enfermeiras acerca de suas
participações na implantação do modelo assistencial e administrativo do HESFA? Objetivou-se discutir as representações
sociais das enfermeiras sobre a implantação do modelo assistencial e administrativo implantado no HESFA. A abordagem
metodológica foi fundamentada na Teoria das Representações Sociais de Moscovici para conhecer de que modo as
enfermeiras deram sentido à implantação do Projeto HESFA. A coleta dos dados foi por entrevistas e análise documental.
Após análise do conteúdo (Bardin), emergiu a categoria “O Poder movido pelo Desejo”. Essa categoria nos possibilitou
perceber que as enfermeiras construíram um universo próprio, a partir de suas experiências vividas na formação acadêmica
e na submissão ao poder existente na UFRJ, além de as informações veiculadas no sistema de saúde brasileiro que
apontava para a necessidade de uma nova lógica assistencial. Assim, elas criam uma rede de significações para imprimir
um poder de negação ao poder centralizador, implantando um modelo assistencial e gerencial pautado no poder
compartilhado e de parceria com demais profissionais das diversas áreas de conhecimento. Esse poder diferenciado
funcionou de modo imperativo e categórico, envolvido pela paixão das enfermeiras naquilo que queriam e faziam. Nessa
paixão estavam os afetos e os devaneios (criação) das ações como protagonistas sociais, tornando-as experts, técnicas,
trabalhadoras e naturalmente políticas. Por isso, esse poder complexo não trazia componentes de sufocamento, mas de
algo vivo, libertando a Enfermagem de uma repressão tão comum em sua prática cotidiana. O desejo foi uma força
motivadora para produzir outro capital — a subjetividade, além de o econômico ou cultural. Conclusão: Não foi fácil
compreender uma categoria constituída pelo núcleo PODER que traz consigo o núcleo DESEJO. Para discuti-la, precisouse de uma abordagem pautada na visão do futuro, do devir Enfermagem/HESFA, cujo Projeto se caracterizou na criação de
linhas de fuga para assistir e administrar. Tudo o que aconteceu na implantação está materializado como familiar na
representação do devir minoritário - uma não homogeneidade para inventar novas forças, armas e estratégias. Essa
implantação representou a possibilidade de conquistar poder, autonomia profissional e reconhecimento social. Entretanto,
esse poder só teria valor e prazer se estivesse voltado para o bem estar coletivo.
Palavras-chave: Poder; Gerência Hospitalar; Enfermagem
A REPRESENTAÇÃO DA OBESIDADE POR ESTUDANTES DO SEGUNDO CICLO DO ENSINO
FUNDAMENTAL EM ESCOLAS PÚBLICAS DE OURO PRETO (5ª A 8ª SÉRIES)
MATTOS, Fernanda Ferrari Araújo (UFOP); Moura, Francisco (UFOP)
RESUMO
A obesidade é reconhecida como um dos transtornos no desenvolvimento humano que provoca morbidez no sentido amplo
na ação dos indivíduos. Tal fenômeno é dado em conseqüência de diferentes alterações biológicas, fisiológicas,
psicológicas e sociais que conduzem a pessoa obesa a agir e reagir aos eventos externos segundo as limitações que tal
situação lhe impõe. Aliado ao comportamento, ao estilo e hábito alimentar, a obesidade é um sintoma tipicamente
contemporâneo dos tempos modernos. Pesquisas têm confirmado o importante aumento da população juvenil que
apresenta o sintoma de obesidade (Cintra, 1999). Já com respeito à etiologia deste sintoma, Vilela (2000) enfatiza a
complexidade em tratá-lo de forma isolada, pois são vários os fatores envolvidos. Nossa hipótese nesta investigação é que
o nível de “sofrimento mental” não está vinculado necessariamente com os sintomas causados pela morbidez física, pois
que a representação psíquica do corpo tem uma conotação singular no desenvolvimento do indivíduo como um todo e desta
forma esta pesquisa vem lançar luzes sobre o dito popular que identifica na obesidade um mal à priori. Para tal fim,
recorreremos à teoria da Representação Social e da Psicanálise para descrevermos como o adolescente concebe a obesidade
e o seu próprio corpo, suas limitações e o quanto ele sente mal ou bem-estar por ser obeso. Adotamos uma metodologia
qualitativa e optaremos por um estudo de caso, ou seja, elegemos entre as escolas de Ouro Preto uma única escola como
amostragem. Entrevistamos todos os alunos adolescentes desta escola que apresentaram sobrepeso e obesidade na
classificação segundo tabela do SISVAN. Constatamos que a representação que fazem sobre o próprio corpo leva em
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
consideração o seu estado de sobrepeso e obesidade como fator preponderante em todos os campos da investigação:
escolar, relacionamento, estética e familiar. A auto-imagem que apresentam de si mesmo é positiva, gostam do seu corpo e
não consideram que seja um impedimento nos relacionamentos que estabelecem com os colegas, somente eventualmente
isto causa incômodo; paradoxalmente, e de forma ambígua, constatamos que se tivessem que mudar alguma coisa do seu
corpo, a grande maioria responde de forma categórica que alterariam sua aparência, principalmente modificando a barriga
a fim de terem um corpo mais magro. Ao final concluímos que a representação sobre o sobrepeso e a obesidade
apresentada pela população desta escola demonstra de forma camuflada um sofrimento mental silencioso.
Palavras-chave: adolescente, obesidade, representação social e sobrepeso.
REPRESENTAÇÕES DO CORPO INCOMPLETO (O SENTIDO do ESQUIZO CORPO) Experiências em
Modelagem na Formação de Enfermeiros
Nébia Maria Almeida de. Figueiredo - Doutora em Enfermagem. Professora Titular do DEF/EEAP/UNIRIO.
Pertence ao Grupo de Pesquisa Cuidado de Enfermagem - CNPq.; Wiliam César Alves Machado - Doutor em
Enfermagem. Professor Adjunto do DEF/EEAP/UNIRIO. Pertence ao Grupo de Pesquisa Cuidado de Enfermagem
- CNPq.; Iraci dos Santos - Doutora em Enfermagem. Professora Titular do DEF/UERJ.; Vilma de Carvalho Doutora em Enfermagem. Professora Titular e Emérita da EEAN/UFRJ. Pertence ao Grupo de Pesquisa
LEPISTEME - CNPq.; Rafaela de Oliveira Lopes da Silva - Mestranda em Enfermagem/UNIRIO. Enfermeira.
Pertence ao Grupo de Pesquisa Cuidado de Enfermagem - CNPq.
RESUMO
Este estudo trata de responder a questão: que representações os estudantes têm de seu próprio corpo, quando são levados a
modelarem através de atividades plástico-visuais e que implicações elas têm para o ensino e a prática de cuidar? Os
objetivos consistiram em mostrar como estudantes universitários representam seus corpos e discutir suas implicações,
destacando, coletivamente, o que é o que não é familiar. A metodologia é qualitativa e os resultados foram produzidos, a
partir de 80 estratégias pedagógicas de modelagem com massa, argila ou colagem, durante 10 anos de convívio em sala de
aula com estudantes de diferentes turmas o que resultou em 08 temas oriundos da análise das modelagens fotografadas, a
luz de referencial teórico pertinente. Este estudo trata de 153 das 1.531 representações de estudantes que modelaram o seu
CORPO sem sentido e sem sexo. A conclusão/consideração é que nas representações evidencia-se uma cultura que não
considera o corpo, sua identidade, suas emoções, sua cognição, seus segredos, seus hieróglifos, seus signos e o que só
interessa é o corpo emissor de sintoma de doenças ou da saúde e que o cuidado se configura em um terreno marcadamente
escondido no silêncio dos próprios corpos que se entendem como um corpo esquizo.
Palavras-Chave: Corpo, Cuidado, Estratégia de Ensino
REPRESENTAÇÕES DO CORPO INCOMPLETO (O Sentido do Corpo Coisa)
Nébia Maria Almeida de. Figueiredo - Doutora em Enfermagem. Professora Titular do DEF/EEAP/UNIRIO.
Pertence ao Grupo de Pesquisa Cuidado de Enfermagem - CNPq.; Roberto Carlos Lyra da Silva - Doutor em
Enfermagem/UFRJ. Docente de Enfermagem do DEF/EEAP/UNIRIO.; Eva Maria Costa - Mestre em
Enfermagem/UNIRIO. Docente de Enfermagem do DEF/EEAP/UNIRIO.; Nilsiara de Souza Luzial - Mestranda de
Enfermagem/UNIRIO.; Ticiane de Oliveira - Mestranda de Enfermagem/UNIRIO.
RESUMO
Este estudo trata de responder a questão: que representações os estudantes têm de seu próprio corpo, quando são levados a
modelarem através de atividades plástico-visuais e que implicações elas têm para o ensino e a prática de cuidar? Os
objetivos consistiram em mostrar como estudantes universitários representam seus corpos e discutir suas implicações,
destacando, coletivamente, o que é o que não é familiar. A metodologia é qualitativa e os resultados foram produzidos, a
partir de 80 estratégias pedagógicas de modelagem com massa, argila ou colagem, durante 10 anos de convívio em sala de
aula com estudantes de diferentes turmas, nos levaram a 06 temas, oriundos da análise das modelagens fotografadas, a luz
de referencial teórico pertinente. Este estudo trata de 246 das 1.531 representações de estudantes que modelaram o seu
CORPO como o Corpo COISA. A conclusão/consideração é que nas representações evidencia-se uma cultura que não
considera o corpo, sua identidade, suas emoções, sua cognição, seus segredos, seus hieróglifos, seus signos e o que só
interessa é o corpo emissor de representações/objetos que não de doença ou de saúde e que o cuidado se configura em um
terreno marcadamente pelas coisas que são do ambiente e do cotidiano escondido no silêncio das coisas onde as (os)
enfermeiras (os) trabalham.
Palavras- Chave: Corpo - Cuidado - Representação dos estudantes
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA FAMÍLIA DO DOENTE ONCOLÓGICO EM SITUAÇÃO DE CUIDADOS
PALIATIVOS DOMICILIÁRIOS
Ana Fonseca (UE-ESESJD) Helena Mira (HGO) Lara Gato (HESE),Ana Fonseca (UE-ESESJD); Helena Mira
(HGO) ; Lara Gato (HESE)
RESUMO
A desinstitucionalização do doente oncológico e crescente predomínio de famílias nucleares apontam para a necessidade de
se desenvolverem conhecimentos sobre as competências e intervenções do enfermeiro no cuidar a doentes oncológicos em
situação de cuidados paliativos domiciliários.
Esta modificação implica que os enfermeiros identifiquem necessidades específicas do doente, suas representações de doença
oncológica, disponibilidade da família e capacidade para prestação de cuidados.
Partindo do tema "Representações da Família do Doente Oncológico em Situação de Cuidados Paliativos Domiciliários",
questionou-se:
- Qual (ais) a (s) resposta (s) da enfermagem às necessidades experienciadas pela família no acolhimento do doente
oncológico paliativo no domicílio?
Foram definidos como objectivos:
- Percepcionar as necessidades da família do doente oncológico paliativo, no acolhimento no domicílio;
- Identificar as representações sociais de doença oncológica da família do doente oncológico paliativo;
Optou-se por um estudo exploratório de abordagem qualitativa, tendo sido recolhidos dados através de entrevistas semidirectivas realizadas a familiares de doentes oncológicos em situação de cuidados paliativos domiciliários. Recorreu-se à
análise temática de conteúdo e análise avaliativa dos discursos.
Concluiu-se que os familiares cuidadores são influenciados pelas representações da doença oncológica. As reacções ao
impacto do diagnóstico traduziram-se, maioritariamente, em angústia, revolta, sentimento de perda do familiar, medo face a
um processo irreversível. Revelam necessidades de natureza variada no acolhimento do seu familiar doente no domicílio.
Salientam-se necessidades de informação clínica e sobre cuidados, de apoio emocional, de expressar o cansaço e repousar, de
conservar a esperança, de apoio nos cuidados e a nível económico.
Para as famílias estudadas as respostas de enfermagem foram maioritariamente de encontro às suas necessidades e
coadunaram-se com a filosofia inerente aos cuidados paliativos.
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Palavras-Chave: Cuidados Paliativos Domiciliários; Representações Sociais; Necessidades da Família; Acolhimento do
Doente Oncológico; Respostas de Enfermagem.
VELHICE PARA IDOSOS ALBERGADOS
MOREIRA, Maria Adelaide Silva P. (UESB – Brasil); ALBUQUERQUE, Karla Fernandes de (UNIPE – Brasil);
RODRIGUES, Tatyanni Peixoto (FACENE – Brasil); MACIEL, Silva Carneiro (UFPB – Brasil); SILVA, Luípa
Michele (UFPB – Brasil)
RESUMO
A investigação teve como objetivo, identificar as representações sociais do idoso acerca da instituição/abrigo. Trata-se de
um estudo exploratório com abordagem qualitativa, realizado com quarenta sujeitos de ambos os sexos, no qual realizou-se
entrevistas semi-estruturadas. As informações coletadas foram submetidas à técnica de análise de conteúdo temática
(Bardin, 1977) seguindo as etapas: leituraflutuante, constituição do corpus, seleção das unidades de contexto e registro,
codificação e categorização. Os dados apontam que os sujeitos sempre relacionam a instituição à falta de estrutura e um
ambiente carente das reais necessidades humanas básicas; representa o referido setor de maneira ambígua e contraditória.
erificamos que os sujeitos representam a instituição negativamente porem citam atributos positivos que denotam uma certa
ambigüidade. Sugere-se que seja feita uma reflexão sobre as formas de acolhimento deste albergados e a práticas de
cuidado e atenção dispensados aos mesmos, de modo que possibilite circular elementos positivos em face do desejado
atendimento humanizados para estes ambientes já estereotipados como ambiente solitário desprovido de amor.
Palavras Chave: Albergue; Idoso; Representações Sociais
SAÚDE PARA ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS ESTRANGEIROS - representações sociais
SILVA, Luípa Michele – UFPB/Brasil;
SILVA, Antonia Oliveira – UFPB/Brasil;
MACIEL, Silvana Carneiro – UFPB/Brasil.
RESUMO
A cultura é importante na configuração das emoções humanas que são compreendidas do mesmo modo em todo o mundo.
As mudanças culturais agem diretamente na saúde com implicações significativas na qualidade de vida propiciando
determinadas práticas sociais que carecem de estratégias de atendimento singular em saúde. A Universidade Federal da
Paraíba (João Pessoa - Brasil) tem recebido muitos estudantes estrangeiros de diferentes países. Esta situação tem
preocupado os profissionais de saúde pelo atendimento massificado que se tem oferecido aos mesmos. Sabe-se que não
existe um atendimento em saúde direcionado à migrantes em que considere as diferenças culturais como um aspecto
relevantes para a saúde dessa população. Neste sentido este estudo tem o objetivo de verificar as representações sociais dos
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
estudantes estrangeiros sobre saúde. Trata-se de um estudo exploratório em desenvolvimento, realizado com nove
estudantes estrangeiros dos cursos de graduação e pós-graduação, no Campus I, da Universidade Federal da Paraíba em
João Pessoa, Paraíba, que aceitam participar do estudo. Para coleta de dados estão sendo utilizados dois instrumentos. A
análise preliminar aqui apresentada centra-se apenas no Teste da Associação Livre de Palavras, com os estímulos
indutores: imigrantes; saúde; acesso a saúde. Os dados coletados estão sendo analisados a partir da técnica da análise de
conteúdo temática apresentados em temas e quadros. Por um lado os estudantes representam saúde associada: «dinheiro»,
«filas», «médico», «tipo de serviço de saúde», «vacinas», «hospital/centro de saúde», em oposição: «boa alimentação»,
«vitalidade», «futuro promíscuo» e desporto».
Palavras-chave: Serviço de Saúde; Imigrante; Estudantes; Representações Sociais, Cultura
A VELHICE PARA OS IDOSOS ATENDIDOS NAS UNIDADE BÁSICAS DE SAÚDE – representações sociais.
ALBUQUERQUE, Karla Fernandes de (UNIPE-Brasil); MOREIRA, Maria Adelaide Silva P. (UESB-Brasil);
SILVA, Antonia Oliveira (UFPB-Brasil); TURA, Luiz Fernando Rangel (UFRJ); RIANI, José Luiz.
RESUMO
Nas nações industrializadas os governos encontram-se preocupados com os encargos que o grupo de idosos trará para os
fundos de pensões e serviços de saúde. Tais preocupações dos governos refletem por um lado, a realidade de que a
população no mundo está ficando cada vez mais velha e por outro, ela encontra-se mais saudável. Esse estudo tem os
objetivos de identificar as representações sociais sobre velhice e as atividade que realizam construídas por idosos
atendidos nas Unidades Básicas de Saúde. Trata-se de um estudo de campo, realizado com 40 sujeitos de ambos os sexos,
atendidos em uma Unidade Básica de Saúde, da região do nordeste brasileiro, que aceitaram participar do estudo. Os dados
foram coletados a partir de uma entrevista semi-estruturada subsidiadas nas dimensões da Teoria das Representações
Sociais (Moscovici, 1978). As informações coletadas analisadas pela Técnica da Análise de Conteúdo Temática e
apresentadas em figuras e temas. Os dados apontam conteúdos negativos sobre o idoso na perspectiva dos idosos e dos
profissionais. Verifica-se que os idosos represetam a velhice a partir de elementos sócio-cognitivos negativos, ao mesmo
tempo em que a associam à atributos positivos, denotando sentimentos ambigüos. Os mesmos representam as atividades
desenvolvidas nas unidades como estratégia para a interação grupal e inclusão social. Para atender as necessidades dos
idosos a unidade onde foi desenvolvido esse estudo propôs atividades centradas nas representações que serviram de
diagnóstico psicossocial.
Palavras-chave: Idoso; Saúde; Representações Sociais
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA DIDÁTICA CONSTRUIDA POR PROFESSORES E ALUNOS
Regina Rodriguez Bôtto Targino (UFPB-Brasil)
RESUMO
Este estudo, constitui-se de investigação exploratória para construir qualitativa e quantitativamente o conhecimento sobre a
didática, cujo enfoque fundamentou-se no método hermenêutico dialético, em busca da compreensão das expressões dos
autores, sujeitos sociais da pesquisa. Procurou-se contextualizar o momento sócio-histórico que a produziu, articulando
dinamicamente a razão científica e a experiência concreta dos docentes e alunos, subsidiada no aporte teórico das
representações sociais. Adotou-se como propósito, construir o conhecimento sobre a didática a partir do entendimento de
professores e alunos do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba e, a partir daí, apreender a representação
social da didática por eles construída. Compreensão do ensino e de práticas pedagógicas expressos na linguagem articulada
com as dimensões: sócio-política, técnica e humana da didática. Levantou-se a hipótese: “A didática é o “locus” onde se
assenta a interdisciplinaridade como fulcro-base da integração de todas as disciplinas pedagógicas”. A hipótese levantada
foi confirmada: a didática é o “lócus” onde se assenta a interdisciplinaridade como fulcro-base da integração de todos as
disciplinas pedagógicas. O conceito da didática foi construído como conclusão final do estudo, entendendo-se que a
didática é a ciência do ensino que organiza e sistematiza lógica e epistemologicamente a construção do conhecimento,
fazendo emprego da interdisciplinaridade e interatividade, para fazê-lo mais acessível e compreensível a todos que o
utilizam.
Palavras chave: Didática; Representações sociais; Educação
SIGNIFICADOS E PRÁTICAS NO CONTEXTO DA SAÚDE: AS PERMEABILIDADES
REPRESENTAÇÕES ESPECIALISTAS FACE ÀS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE GÉNERO
DAS
SOARES, Célia Cristina Casaca (Escola Superior Saude - Instituto Politecnico Setubal)
RESUMO
O impacto dos significados sociais e culturais de género tem vindo a ganhar visibilidade no contexto das ciências médicas.
Os resultados de vários estudos internacionais mostram como os efeitos do sexo do utente podem traduzir um espectro
diferenciador em termos das estratégias clínicas adoptadas pelos profissionais (cf. Roger, Farkouh et al., 2000; Mark, 2000;
Hamberg, Risberg et al., 2002). Por outro lado, aos níveis nacional e internacional, a genderização da profissão é visível
em algumas áreas específicas, por exemplo, as especialidades cirúrgicas mostram o predomínio numérico e simbólico do
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
sexo masculino; em contra-partida, a representatividade feminina é maior em disciplinas relacionadas com a saúde da
criança e da mulher, ou com um maior índice de contacto com o utente (Gjerber, 2001; Goldacre, Davidson et al., 1999;
Marques, 2007; Riska, 2000, 2003). Apoiados em resultados empíricos que salientam a importância do género na saúde,
desenvolvemos uma investigação com o objectivo de explorar as representações sociais do(a)s profissionais, mobilizadas
nos discursos sobre as problemáticas relacionadas com o género, no desempenho das suas funções. O estudo foi
qualitativo, tendo sido realizadas entrevistas semi-estruturadas a médico(a)s e enfermeiro(a)s de Centros de Saúde e
Hospitais da Grande Lisboa. Os dados foram analisados com o recurso ao software Alceste. Os resultados mostram três
temáticas principais, associadas aos percursos académicos dos profissionais, aos aspectos que marcam as distribuições
mais assimétricas de mulheres e homens por algumas das especialidades, bem como aos efeitos do sexo do utente nas
situações de consulta. As principais conclusões deste estudo apontam para uma fraca sensibilização dos profissionais para
esta dimensão específica, para o recurso a justificações sobre as diferenças baseadas nas ideias do senso comum e
racionalizações ancoradas numa naturalização das diferenças homem/mulher, mostrando a hegemonia da ordem de género
(Connell, 1997) na sociedade contemporânea. Estes resultados indicam a relevância que o quadro explicativo da Teoria das
Representações Sociais (Moscovici, 1975) pode assumir nos estudos de género aplicados ao contexto da saúde, uma vez
que a influência desta dimensão só pode ser apreendida no quadro dos processos simbólicos (Amâncio, 2001) que são
transversais às representações especialistas dos profissionais deste sector.
Palavra-chave: Representações Sociais, Género, Saúde
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A SITUAÇÃO DAS MULHERES NO CONTEXTO POLÍTICO, AS
QUOTAS E A PARIDADE - UMA ANÁLISE COMPARATIVA
SANTOS, Maria Helena Ramos da Costa (ISCTE/CIS); Amâncio, Lígia (ISCTE/CIS).
RESUMO
Apesar dos últimos anos terem sido muito importantes, a nível mundial, em termos da generalização da cidadania política
às mulheres, continua a haver um gender gap quer a nível mundial, em que apenas 17,2% de mulheres participam, quer a
nível nacional, onde a percentagem sobe ligeiramente (21,3%) (União Inter-parlamentar, 2007). Face a esta realidade, têm
sido criadas medidas de acção positiva, como é o caso do Sistema de Quotas e da Lei da Paridade em diversos países,
nomeadamente, Portugal, em 2006. Contudo, a sua aplicação não tem sido pacífica dividindo as opiniões (Crosby &
VanDeVeer, 2003), inclusive entre as mulheres, surgindo, muitas vezes, o argumento do mérito (Amâncio, 2004). Neste
contexto, e com vista a aprofundarmos o conhecimento sobre o gender gap existente na política, procurámos, a nível
teórico, articular os níveis de análise da literatura relevante para se procurar perceber quais os factores ideológicos e
psicológicos que servem de obstáculos ao acesso das mulheres ao poder político. Na presente comunicação salientaremos a
Teoria das Representações Sociais (Moscovici, 1975), sobretudo as representações sociais sobre o género, porque a
consideramos importante para se tentar perceber a forma como os diferentes actores vêem esta situação, procurando os
conhecimentos comuns, os que lhes são específicos e as ancoragens destas representações nas suas pertenças grupais e nas
representações sobre o género (Amâncio, 2003) neste contexto. Apresentaremos um estudo, que realizámos no âmbito de
um projecto de investigação mais alargado, sobre alguns dos argumentos que se confrontam nos debates públicos acerca
deste tipo de medidas. Neste estudo, realizámos nove entrevistas de grupo a estudantes universitários (25 homens e 26
mulheres) para procurar, então, perceber quais as representações sociais sobre os obstáculos psicológicos e sociais que se
colocam à participação política das mulheres, assim como às medidas que se destinam a melhorá-la. E, além disso, mostrar
a genderização da profissão de político(a), através da sua associação ao masculino, como já fizemos relativamente ao valor
do mérito (Santos, 2004). Apresentaremos alguns dados destas entrevistas recorrendo ao software Alceste e discutiremos
os resultados.
Palavras-chave: discriminação, género, política, quotas, paridade.
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
TEMAS DE SAÚDE
APENADAS E PROJETOS OCUPACIONAIS: o trabalho (des)articulado do projeto de vida
LYRA, Fabianno Andrade (UFP)
RESUMO
A temática que orienta essa reflexão decorre do inconteste malogro da política penitenciária brasileira que contribui com o
aprofundamento da exclusão social. Esta redundante constatação tem fertilizado debates acerca de alternativas de solução
repercutindo em intervenções de alguns Estados, com projetos que ao menos merecem análise antes de prematura rejeição.
Observa-se, que o eixo trabalho está presente no núcleo de políticas penais estaduais como o que vem ocorrendo na Paraíba
via o projeto "O Trabalho Liberta". A iniciativa de tais programas é positiva, porém é indispensável que se questione a
concepção de trabalho na qual se fundamenta e como está articulada às representações sociais do projeto de vida,
produzidas pelos apenados. Diante dessa atribuição em que oficialmente se coloca no trabalho a possibilidade de
oportunidades futuras dos apenados lastreou-se os questionamentos do projeto de investigação científica "Projeto de Vida e
Trabalho na Exclusão social: coletivos em conflito com a lei que prestam serviço na Grande João Pessoa", que nessa
vertente ora apresentada foca seu olhar sobre o gênero feminino. Destarte, esse estudo objetivou identificar as
representações sociais do trabalho institucionalizado na relação com o projeto de vida, sob o ponto de vista de mulheres em
conflito com a lei. A pesquisa fundamentou-se na teoria das representações sociais (MOSCOVICI, 1961) e utilizou como
instrumental na coleta de dados de: pesquisa documental; questionário sócio-demográfico e entrevista, contendo questões
norteadoras subsidiadas no suporte teórico das representações sociais. O tratamento dos dados deu-se a partir da análise de
conteúdo proposta por Bardin (1977). Os achados mostraram que a representação social do trabalho institucionalizado na
sua relação com o projeto de vida ancorou-se em quatro categorias: Trabalho como manutenção física/financeira; Trabalho
enquanto construção de identidade pessoal e social; Trabalho como promotor de liberdade e, Trabalho como ocupação do
tempo. Os resultados apontaram que apesar de amenizar a nocividade do encarceramento há uma nítida desarticulação do
trabalho com o projeto de vida.
Palavras-Chave: Apenadas; trabalho institucionalizado; projeto de vida.
TRABALHO DANOSO E O ESTADO MOROSO: representações sociais de mulheres trabalhadoras acometidas
por LER/DORT
Lyra, Fabianno Andrade (UFP)
RESUMO
As transformações em curso no ideário e na materialidade da sociedade capitalista e suas repercussões no mundo laboral
vêm levando a uma maior intensificação do trabalho, com hipersolicitação de tendões, músculos e articulações,
notadamente das mulheres trabalhadoras, resultando nas doenças enfeixadas na terminologia LER/DORT (Lesões por
Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Partindo do princípio de que a saúde do
trabalhador constitui uma manifestação concreta da realidade sócio-econômica e política das relações de trabalho, com o
dano à saúde enquadrado como uma das refrações da questão social, esta investigação foi desenvolvida com o objetivo de
apresentar trabalhadoras acometidas por LER/DORT e suas representações sociais acerca processo de trabalho a que
estavam sujeitadas e do Estado, em face das apreensões incidentes sobre a problemática. Para tanto, fez-se necessária uma
investigação pautada na teoria das Representações Sociais que subsidiasse a discussão e análise, recorrendo a uma
abordagem quali-quantitativa executada por meio de questionários e entrevistas aplicadas a um grupo de 18 mulheres
trabalhadoras acometidas por LER/DORT. Os achados, tratados via análise de conteúdo de Bardin, apontam que as
LER/DORT são apreendidas como determinantes do processo de trabalho ao qual as trabalhadoras estão inseridas; e que
diante das representações do trabalho e do Estado, bem como da produção de subjetividade que atravessa tais apreensões,
as trabalhadoras investigadas produzem idéias e representações que localizam sua condição de adoecimento/subordinação/exploração intermediada pelo processo produtivo danoso e pela ineficiência, morosidade e precarização do Estado.
Palavras-Chave: LER/DORT; Saúde do Trabalhador; Estado.
A AÇÃO POLÍTCA DOS GRUPOS SUBALTERNOS DO CAMPO
BOTELHO, Maria Auxiliadora Leite (UFP)
RESUMO
O trabalho reflete sobre o potencial político dos grupos subalternos do campo. À luz do refencial gramsciano, a pesquisa
foi desenvolvida em assentamentos rurais de Rosana/SP,2002-2004, mediante abordagem predominantemente qualitativa e
teve como eixos condutores da análise: organização, representação, participação e projeto político. Os resultados revelam
que se trata de uma ação permeada por tensões e conflitos, orientada pela defesa de objetivos imediatos, nos limites da
hegemonia dominante. Nas lutas emprendidas ressalta-se o conteúdo questionador das relações de dominação e seus
rebatimentos no processo de construção da cidadania para os homem do campo.
Palavras-Chave: Representações sociais, mulher, política, quota e paridade
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
IDENTIFICAÇÃO DE TERMOS DA CIPE® PARA A COMPOSIÇÃO DE DIAGNÓSTICOS, RESULTADOS E
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Angela Amorim de Araújo-UFPB; Marisaulina Wanderley Abrantes Carvalho-UFPB; Maria Miriam Lima da
Nóbrega-UFPB
RESUMO
A hipertensão arterial (HA) é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo.É um dos importantes fatores de risco
para a doença cardiovascular, cerebral e renal;maior parte do seu curso é assintomática e o diagnóstico e tratamento por
muitas vezes é negligenciado,podendo se tornar uma doença crônica.A HA não pode ser vista apenas como cifras
tensionais elevadas existe um contexto sindrômico com alterações hemodinâmicas,de complacência arterial,e as
dislipidemias,que faz com que devemos observar o paciente de maneira global.A responsabilidade da Enfermagem no que
diz respeito ao cuidar exige que as decisões sobre as intervenções propostas sejam fundamentadas na avaliação do estado
de saúde do doente.É necessário que a avaliação seja totalmente completa e para que se inicie esta sistematização faz-se
necessária coleta de dados do cliente e determinação das necessidades deste indivíduo para que seja possível o
planejamento,a implementação e avaliação do cuidado de enfermagem. A relevância do processo de enfermagem
relacionado com a HA,bem como o uso de uma terminologia para descrever e documentar a prática da Enfermagem que foi
o propósito norteador deste estudo.Trata-se de um estudo terminológico(exploratório descritivo)por campo de atividade
com o objetivo de identificar na CIPE® termos a partir do modelo de Sete Eixos que podem ser utilizados para a
composição de diagnósticos,resultados e intervenções de enfermagem para os clientes com HA.Para o alcance dos
objetivos o estudo foi dividido em etapas;na primeira etapa foram identificados na CIPE® os termos possíveis de aplicação
ao paciente portador de hipertensão;na segunda etapa estes termos foram distribuídos em árvores de conceito de acordo
com o modelo de sete eixos da CIPE®;na terceira foram selecionados os termos prioritários para a assistência de
enfermagem ao paciente portador de HA;e a quarta etapa foram construídos os diagnósticos,os resultados e as intervenções
de enfermagem utilizando as regras desenvolvidas pelo Conselho Internacional de Enfermagem.Os termos foram utilizados
para a composição de 6 diagnósticos,53 intervenções e 2 resultados aplicáveis.Espera-se que com a utilização destes
diagnósticos,intervenções e resultados os clientes portadores de H.A implemente o cuidado sistematizado da Enfermagem
a esta clientela.Palavras chave: Hipertensão, Diagnóstico de Enfermagem,CIPE.
Palavra Chave: CIPE, Diagnóstico, Resultados, Intervenções, Enfermagem
A TERAPIA COMUNITÁRIA NO AMBIENTE HOSPITALAR
Krísthea Karyne Gonçalves Pereira (UFPB- Brasil), Ivoneide Lucena Pereira (UFPB-Brasil); Márcia Rique Carício
(UFPB-Brasil)
RESUMO
A Terapia Comunitária é um instrumento que permite construir redes sociais solidárias de produção da vida e mobilizar os
recursos e as competências dos indivíduos, das famílias e das comunidades. Procura suscitar o saber produtivo pela
experiência de vida de cada um (uma). O hospital, por ser uma comunidade na qual atua diversos grupos/ atores sociais o
lócus de integração/saberes, constitui espaço privilegiado à implantação de atividades de terapia comunitária. Este estudo,
tem o objetivo de salientar uma experiência que vem sendo realizada com os (as) acompanhantes/ cuidadores familiares de
usuários internos numa instituição hospitalar de média complexidade, na cidade de João Pessoa- Paraíba- Brasil. Trata-se
de estudo exploratório realizado no Hospital filantrópico “Padre Zé”, com 201 acompanhantes de usuários internos
(cuidadores familiares) no referido hospital. A coleta de dados ocorreu a partir da realização de 16 (dezesseis) Terapias
Comunitárias, no período de março a dezembro de 2007. Os dados apreendidos foram submetidos a técnica de analise de
conteúdo temática, emergindo categorias, como: preocupação com o problema de saúde; sentimentos frente a doença
(impotência, medo da perda, saudade, mágoa, abandono); dinâmica familiar; dimensões psico-afetivas da doença
(ansiedade relacionada à alta do seu familiar interno, inconformismo com uma doença grave; estressada em permanecer no
hospital, preocupação com o futuro; busca pela felicidade, solidão, angustiada com a espera de uma vaga); dimensões do
cuidar (tempo para cuidar; outro hospital; continuidade ao tratamento). A partir da análise de conteúdo (definição das
categorias) e seleção das mesmas pelo grupo foi selecionada os temas prioritários para serem trabalhados pelo grupo,
como: solidão, medo da perda, sentimento de impotência, falta de colaboração da família, tristeza por perdas na família,
tristeza pela doença grave de ente querido, saudade dos filhos (as), dentre outros. Mediante realização dos grupos, os
depoimentos dos participantes possibilitaram um leque de ações para superação do tema (problema) em foco. Entre os
sentimentos verbalizados em face da conotação positiva, destacou-se: alívio, fortalecimento, desabafo, coragem,
solidariedade, tranqüilidade, amizade, companheirismo, felicidade, se sentiu cuidada. Desta forma, considera-se que a
Terapia Comunitária é uma importante ferramenta de apoio, agregação, cuidado para os (as) acompanhantes/cuidadores
familiares dos enfermos hospitalizados, uma vez que proporciona um momento de escuta e troca de experiência com as
pessoas que , muitas vezes, não são vistas como quem sofre com a doença do seu ente querido hospitalizado e que, na
maioria dos hospitais, não tem esse espaço para ouvir os (as) acompanhantes, os familiares cuidadores.
Palavras Chave: Terapia Comunitária; Cuidadores; Grupos
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
A ENFERMAGEM E O ACONSELHAMENTO GENÉTICO EM ONCOLOGIA: desafios de uma nova prática
profissional
COSTA, Célia Helena F (UBURIO).; MELO, Enirtes C.Prates (UFERJ); TONINI, Teresa (UFERJ)
RESUMO
O Aconselhamento Genético foi estabelecido pela Sociedade Americana de Genética Humana como processo clínico de
comunicação de problemas decorrentes de distúrbio genético numa família. O Aconselhamento Genético em Oncologia
(AGO)transmite o máximo de informações do diagnóstico, prognóstico e manejo de indivíduos com alteração genética.
Descobrir genes ligados ao desenvolvimento do câncer, afeta as estratégias de combate à doença e revoluciona a prática
das profissões de saúde. Na Enf. definiram ações para atender esta clientela.Assim paradigmas biomédicos quebraram, pois
muitos indivíduos não têm a patologia, e sim, risco aumentado de adoecimento.Objetivo:Relatar ações de Enf. na prática
do enfermeiro atuante em AGO.Metodologia:Estudo descritivo, de cunho reflexivo, das ações de Enf. desenvolvidas no
AGO numa instituição referência em Oncologia.Resultados:De acordo com a vivência prática, relacionamos as principais
atividades do enfermeiro no AGO:captar familiares de portado res de câncer com maior risco de desenvolver a doença.
Detectar alterações genéticas antes do aparecimento de sintomas se tornou crucial para acompanhar estes familiares,
reduzindo morbidade e mortalidade dos portadores, dispensando de exames, desnecessários e onerosos, diminuindo o grau
de ansiedade dos não portadores. Além disso, participa de consultas multidisciplinares prestadas no AGO orientando
quanto à condição genética da doença e estratégias de detecção precoce.Conclusão:A contribuição da Enfermagem para a
boa prática do AGO, norteia a tomada de decisão informada, aconselhamento não diretivo e não coercitivo, proteção à
privacidade e confidencialidade da informação genética e atenção aos aspectos psicossociais e afetivos relacionados ao
impacto e ao manejo da informação genética. Observou-se que o pouco conhecimento de genética, oriundo da graduação
de Enfermagem, limita a inserção do enfermeiro na atividade então sugere-se a ampliação do conteúdo desta disciplina.
Palavras-chave: Aconselhamento Genético; Enfermagem; Oncologia
ESTRATÉGIA DE SAÚDEDAFAMÍLIA NO CONTEXTO DA CULTURA CIGANA: consensos e dissenso do cuidar.
DIAS, Maria Djair (UFPB – Brasil); LEANDRO, Suderlan Sabino(UFPB – Brasil); SÀ. Lenilde Duarte (UFPB –
Brasil); GOLDFARB, Maria Patrícia Lopes (UFPB – Brasil);
RESUMO
A estratégia do Programa de Saúde da Família vem sendo ampliada a cada dia nos diferentes recantos do Brasil,
procurando adequar-se a cada contexto social, garantindo uma assistência à saúde de qualidade, conseqüentemente,
mudando as realidades de saúde e fortalecendo cada vez mais os princípios que regem o programa. Na cidade de Sousa –
cidade localizada no interior do Estado da Paraíba - PB a Equipe Saúde da Família (ESF) XXIV têm em sua área de
abrangência três comunidades ciganas, e esses profissionais têm enfrentado inúmeras dificuldades em relação a o trabalho
dessa equipe têm sofrido entraves para implementação das ações de saúde na comunidade. Na tentativa de conhecer essa
realidade Buscando conhecer melhor objetivamos, traçamos o seguinte objetivo: identificar os principais fatores que
impedem ou dificultam as ação de o trabalho da Equipe Saúde da Família na implementação de ações de saúde voltadas ao
cuidado das famílias ciganas. Trata - se de uma pesquisa de caráter exploratório desenvolvido mediante uma abordagem
qualitativa. O trabalho de campo foi realizado durante o mês de junho de 2006. A população do estudo foi composta pelos
membros da Equipe do Programa Saúde da Família XXIV. Os resultados sugerem que os profissionais da ESF necessitam
repensar sua prática na perspectiva de construir uma visão sistêmica do processo de cuidar incluindo e respeitando as
diferentes interfaces desse cuidado no contexto da cultura cigana.
Palavras Chave: Profissionais, Saúde, Família, Ciganos, Cuidado
PALMA: ALIMENTO HUMANO ALTERNATIVO E SUA UTILIDADE MEDICINAL
Ana Maria Cavalcante LOPES (UFPB – BRASIL); Tatiana De Sousa Oliveira RAMALHO (FASER – BRASIL);
Maria Djair DIAS (UFPB – BRASIL); Maria De Oliveira FERREIRA FILHA; Maria Tavares Guerra SOUZA
(FAZER – BRASIL)
RESUMO
O presente estudo tem por objetivos realizar uma pesquisa bibliográfica a cerca das formas de usos da palma, identificar a
sua contribuição para a saúde, bem como, divulgar o potencial e as maneiras de utilização da palma e suas propriedades
nutricionais e terapêuticas. Esse estudo é de natureza qualitativa acerca da problemática do pouco conhecimento da palma
como alimento humano, rica fonte de vitamina A e cálcio e ainda de uso medicinal no emprego da redução da glicemia, do
colesterol LDL e triglicérides. Podendo também ser utilizada nos tratamentos de úlceras gástricas e colites. Esse estudo foi
realizado nas bibliotecas João Paulo II, UNIPÊ, SEBRAE-PB, e Universidade Federal da Paraíba, em feiras livres da
EMATER, do pequeno produtor de assentamentos, FAEPA (Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba). Foi realizada
uma leitura do tipo exploratória de todo material encontrado a fim de uma maior aproximação com o tema de investigação.
O estudo de plantas nativas da região semi-árida como a palma precisa ter o seu uso disseminado pelas comunidades no
fortalecimento da sua dieta como nos tratamentos de saúde preventiva e curativa. Ao final desse estudo, o material
empírico produzido nos permitiu considerar que esta pesquisa pode contribuir de maneira significativa no âmbito da
enfermagem, das outras profissões da saúde e da população em geral, pois vem para dar mais visibilidade a um
conhecimento já produzido sobre a utilização dessa planta.
Palavras chave: Palma. Alimento. Saúde
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
ATENDIMENTO AO IDOSO NAS UNIDADES BÁSICA DE SAÚDE
SILVA, Luípa Michele (UFPB – BRASIL); SILVA, Antonia Oliveira (UFPB – BRASIL); TURA, Luiz Fernando
Rangel (UFRJ – Brasil); ALVES, Mª do Socorro Feitosa (UFRN – Brasil); Kalina K. Pereira (SSCG-PB)
RESUMO
As unidades de saúde da família são as principais responsáveis pelo atendimento aos idosos, uma vez que boa parte desta
população não tem condições de usufruir de um sistema privado, por se tratar de uma população com baixa renda e
vivendo em condições precárias de moradia. Trata-se de um estudo documental a partir de dados obtidos no Sistema de
Informação da Atenção Básica (SIAB) do DATASUS, de 2004 a 2006, fornecido pela Secretaria Municipal de Saúde do
Município de João Pessoa, Paraíba, Brasil. De acordo com os dados se percebe que houve um aumento do número de
idosos em João Pessoa, cadastrados na Unidade; a cobertura de atendimento a população idosa concentra-se em bairros
populosos. Os dados apontam a principal causa de óbitos às doenças cardiovasculares nota-se que houve um crescimento
na população acima de 60 anos no Município de João Pessoa, refletindo, portanto, no aumento do número de idosos
cadastrados nas unidades básicas de saúde e na cobertura dos mesmos. Ao longo dos anos as equipes de saúde têm sido
resolutivas, conseguindo fazer com que os idosos se sensibilizem da importância de se cadastrarem na unidade e de
fazerem parte dos grupos para cada faixa etária. Os idosos são contemplados com o «HiperDia» com atendimento voltado
para eles e para as suas necessidades, embora esta população vá sempre a unidade, sendo a mais visitada por ocasião das
visitas domiciliares.
Palavras-Chave: Atenção Básica. Idoso. Profissional
CONSTRUÇÃO DE NOMENCLATURA DE INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA A CLÍNICA
MÉDICA DO HULW/UFPB
Cláudia de Lourdes Henriques de Lima /UFPB; Maria Miriam Lima Nóbrega /UFPB
RESUMO
Estudo exploratório-descritivo que teve como propósito contribuir para que o Processo de Enfermagem na Clínica Médica
seja efetivamente implementado em todas as suas fases. Para a realização da primeira etapa, buscou-se atender a
procedimentos da metodologia terminológica. Para a realização da segunda etapa, a construção da Nomenclatura de
Intervenções de Enfermagem, inicialmente foi feita a validação das afirmativas diagnósticas contidas na Nomenclatura de
Diagnósticos de Enfermagem da Clínica Médica. Foram utilizadas 22 afirmativas diagnósticas da Nomenclatura de
Diagnósticos de Enfermagem da Clínica Médica, que alcançaram o IC ≥ 0,80, consideradas, portanto, como
validadas. Na construção das afirmativas de intervenções de enfermagem para estes diagnósticos de enfermagem
utilizaram-se as diretrizes do Conselho Internacional de Enfermagem, o Banco de Termos da Linguagem Especial de
Enfermagem da Clínica Médica do HULW e os termos do Modelo de Sete Eixos da CIPE® Versão 1.0. Levou-se também
em consideração a literatura, o raciocínio terapêutico e a experiência da pesquisadora como enfermeira assistencial da
referida clínica. As afirmativas de intervenções de enfermagem que alcançaram o IC ≥ 0,80 foram consideradas
validadas e organizadas de acordo com os diagnósticos enunciados, elegendo-se um mínimo de seis intervenções de
enfermagem por diagnóstico, resultando numa lista alfabética de 309 intervenções de enfermagem, aqui denominada de
Nomenclatura de Intervenções de Enfermagem para a Clínica Médica do HULW. Nessa Nomenclatura, as intervenções
foram incluídas em ordem alfabética, sendo consideradas como dependente, interdependente e independente, cabendo ao
enfermeiro, na sua utilização, a escolha das intervenções que melhor se apliquem a determinado paciente. Espera-se que o
uso desta nomenclatura, enquanto instrumento, permita o emprego do raciocínio clínico, individualização da assistência,
um maior suporte na implementação do projeto da Sistematização da Assistência de Enfermagem e, conseqüentemente, no
desenvolvimento do processo contínuo de avaliação dessa Nomenclatura.
Palavras-chave: Enfermagem, Terminologia, Nomenclatura, Intervenções de Enfermagem.
PERFIL DOS CUIDADORES DE IDOSOS COM DEMÊNCIA E A DEMANDA DE CUIDADOS
RODRIGUES, Rosalina Aparecida Partezani (USP-EERP); Festuccia, Helizete Rivoiro (USP-EERP); Pedrazzi,
Elizandra Cristina (USP-EERP); Scudeller, Paula Gobi (USP-EERP); Gratão, Aline Cristina Martins (USPEERP); Schiavetto, Fábio Veiga (USP-EERP).
RESUMO
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis que atingem os idosos no cotidiano das famílias causam
conseqüências sobre as várias dimensões que compõem o ser humano. Para amenizar tal situação é necessário compreender
que a família cuidadora também necessita de assistência em suas demandas. Objetivos: Caracterizar o perfil dos cuidadores
familiares de idosos com demência e descrever suas experiências acerca do cuidar destes.
Metodologia: Estudo qualitativo, desenvolvido na cidade de Ribeirão Preto-SP. Participaram do estudo 17 cuidadores de
idosos residentes na comunidade. Para a coleta de dados foram utilizados diários de campo, nos quais os cuidadores
relataram suas experiências, norteados pela pergunta: "Como é a sua experiência de cuidar de um idoso com demência?".
Foram contactados por um período de 2 meses, através de visitas domiciliares e telefonemas semanais para dúvidas e
outras questões acerca da questão. Os dados foram analisados por meio da análise lexical pelo software ALCESTE, 4.7. O
projeto foi aprovado pelo comitê de ética da FMRP-USP. Resultados: Os dados revelaram o predomínio de cuidadores do
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
sexo feminino, idade média de 57 anos, casadas, filhas e esposas e donas de casa. O suporte familiar estava presente, mas
de modo restrito e distante, sendo o grande fator da sobrecarga sofrida no cotidiano, além do comportamento do idoso. O
suporte formal é insuficiente no amparo das necessidades físicas e psíquicas, mas de grande valor para aquisição de
conhecimento sobre a doença e de estratégias para o cuidado. Conclusão: O ônus provocado à vida do cuidador em função
das atividades do cuidado diário e a necessidade de estratégias de suporte a este cuidador que envolvam a sua proteção
como meta, significa que a enfermagem tem função importante na equipe de saúde que é o cuidar do idoso com demência e
de sua família.
Palavras chave: demência, idoso, cuidador, cuidado.
DESEMPENHO COGNITIVO DE IDOSOS DA COMUNIDADE DE RIBEIRÃO PRETO- SÃO PAULO
FREITAS; Cibele Peroni (USP-EERP); Souza, Clarisse Machado de (USP-EERP); Haas, Vanderlei José (USPEERP); Cruz, Idiane Rosseti (USP-EERP); Rodrigues, Rosalina Aparecida Partezani (USP-EERP).
RESUMO
Introdução: Face ao crescimento de idosos no Brasil, o desempenho cognitivo é uma das avaliações mais importantes para
o desenvolvimento das atividades básicas e sociais do idoso. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo caracterizar
idosos da comunidade de Ribeirão Preto e avaliar o desempenho cognitivo dos mesmos. Metodologia: A amostra constou
de idosos de ambos os sexos com idade superior a 65 anos, residentes em dois setores censitários de Ribeirão Preto, SP.
Utilizou-se instrumento de coleta de dados composto por identificação dos sujeitos , perfil social e avaliação cognitiva. O
projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, SP. Foi lido termo de
consentimento e assinado pelos pesquisadores e pelos idosos . Resultados: Foram realizadas visitas domiciliares para
aplicação do instrumento através do qual foi possível avaliar a influência das características sócio-econômicas sobre o
desempenho cognitivo. A amostra constou de 46 idosos, sendo que a maioria é do sexo feminino e com média de idade,
de 75,85 anos. Na análise do desempenho cognitivo, verificou-se que apenas dois idosos apresentaram baixo escore, o que
pode ser demonstrado que os idosos dos referidos setores censitários, são saudáveis, diante da condição de vida e de
atividades que exercem no decorrer de suas vidas. Conclusão: Assim o idoso não deve ser avaliado apenas pelo aspecto
biológico, mas, sobretudo a confluência de vários fatores socialmente construídos, ao longo de suas vidas.
Palavras-chave: envelhecimento, desempenho cognitivo, idoso
IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO E PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA
SOARES, Maria Julia Guimarães Oliveira; FIGUEIREDO, João Henrique Ferreira de COSTA, Marta Miriam
Lopes
Universidade Federal da Paraíba-Brasil
RESUMO
O câncer de próstata é um agrupamento de células doentes da glândula prostática. Esta neoplasia maligna é um grande
problema de saúde pública, pois ano a ano as estatísticas evidenciam um aumento considerável do número de casos novos,
fazendo cada vez mais vítimas. Nesse sentido, este estudo exploratório descritivo de natureza quantitativa, objetivou:
identificar os fatores de risco para o câncer de próstata nos motoristas rodoviários integrantes do Sindicato dos Motoristas
da Paraíba e investigar as dificuldades enfrentadas por estes para realização dos exames preventivos do câncer de próstata
averiguando os meios de prevenção utilizados. O local escolhido para realização da pesquisa foi o Sindicato dos Motoristas
e Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros e Cargas no Estado da Paraíba, no período de março a abril de
2006. A população utilizada na pesquisa foi constituída de 60 motoristas rodoviários usuários do Sindicato, que
obedeceram aos seguintes critérios: encontrar-se na faixa etária de 40 a 70 anos, estar no local da pesquisa no momento da
coleta dos dados e concordar em participar da pesquisa através da assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.
Foi utilizado na pesquisa para a coleta de dados um formulário contendo dados sociodemográficos da população estudada,
e questões fechadas abordando: fatores de risco, prevenção do câncer de próstata e as dificuldades enfrentadas na
realização dos exames preventivos. Os dados obtidos foram analisados à luz da literatura pertinente e apresentados em
gráficos, tabelas e quadros contendo números absolutos e percentuais. Os resultados evidenciam que a população estudada
está inserida no grupo de risco desta neoplasia, uma vez que os mesmos não se preocupam em fazer a prevenção primária,
que é justamente mudança de hábito alimentar e realizar visita anualmente ao especialista, para detecção precocemente do
adenocarcinoma prostático. Durante o estudo observou-se que existe um preconceito cultural por parte dos pesquisados no
que se refere aos exames preventivos, principalmente o “temido” toque retal.
Palavras-chave: Câncer de Próstata, Fatores de Risco, Prevenção.
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
SENTIDOS ATRIBUÍDOS AO VELHO, IDOSO e jovem
PEREIRA, Krísthea Karyne Gonçalves (UFPB); SILVA, Antonia Oliveira (UFPB); LUNA, Karínthea K. Gonçalves
Pereira (UFPB); FERREIRA, Olivia; TURA, Luiz Fernando Rangel (Laboratório de História, Saúde e Sociedade
Faculdade de Medicina/UFRJ; SILVA, Luipa Michele (UFPB).
RESUMO
O envelhecimento é o processo de mudanças universais pautado geneticamente para a espécie e para cada indivíduo, que se
traduz em diminuição da plasticidade comportamental, em aumento da vulnerabilidade, em acumulação de perdas
evolutivas e no aumento da probabilidade de morte. O ritmo, a duração e os efeitos desse processo comportam diferenças
individuais e de grupos etários, dependentes de eventos da natureza genético-biológica, sociohistórica e psicológica (NERI,
2001). Trata-se de uma pesquisa exploratória realizada com vinte e um idosos (60 a 82 anos), de ambos os sexos, usuários
do serviços do Centro de Atenção Integral ao Idoso, localizado na cidade de João Pessoa, Paraíba-Brasil. Para coleta dos
dados utilizou-se o teste da Associação Livre de Palavras com as palavras indutoras: idoso; velho e jovem e analizados a
partir do programa informático Tri-Deux Mots. Os resultados apontam representações diferenciadas para os três estimulos,
em os idosos associam idoso a «passado; boas lembranças e idade inferiro»; velho: «tempo passado; tempo passado e
sofrimento» e jovem: «inteligente e boa idade».
Palavras chave: Representações Sociais; Idoso; Jovem
ATENÇÃO PSICOLÓGICA PARA GESTANTE NA SAÚDE INDÍGENA
Joedna Souza de Medeiros (UFPB); Silvana Carneiro Maciel (UFPB); Antonia Oliveira Silva (UFPB); Kalina K.
Gonçalves Pereira (UFPB); Francisca Leneide Gonçalves Pereira (Secretaria de Saúde do Município de Sousa)
RESUMO
A gestação é um período de transição que faz parte do processo normal do desenvolvimento humano. Há grandes
transformações, não só no organismo físico da mulher, mas no seu bem-estar, alterando seu psiquismo e o seu papel sóciofamiliar. É importante preparar a gestante para o parto normal, puerpério, bem como estimular a socialização e o
aleitamento, ao mesmo tempo fortalecer o vínculo entre mãe e filho para evitar transtornos psiquiátricos. Este estudo
compreende um relato de experiência com um grupo de gestantes, nas aldeias Potiguaras da Baía da Traição, Paraíba,
Brasil, a partir da realização de grupos mensais. A dinâmica grupal ocorria tendo como facilitadora uma psicóloga da
equipe multiprofissional de saúde indígena, cujas as ações se centravam na educação permanente e multidisciplinar,
voltada ao contexto de humanização no parto e na qualidade de vida da gestante e do bebê. As gestantes participaram cada
dia mais das palestras e atividades desenvolvidas pela equipe multiprofissional sob a coordenação da psicólogia. É possível
perceber um interesse das mulheres na promoção da saúde e prevenção de doenças com a adoção de medidas educativas
em saúde. Verificou-se a redução do índice de rejeição materna na relação mãe-filho e um aumento do aleitamento
materno. Desta maneira, a educação na saúde desenvolvida pela equipe tem contribuído para a organização do programa de
pré-natal já existente nas aldeias Potiguara, sendo primordial à prevenção e promoção da saúde da mulher.
Palavras Chave: Gestação; Saúde Indígena; Grupo; Educação em Saúde
FENÔMENO BULLYING: PROPOSTA DE
EDUCAÇÃO E SAÚDE.
CARTILHA EDUCATIVA PARA PROFISSIONAIS
DE
ALBUQUERQUE, Karla Fernandes; (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA-UNIPÊ)
FRANÇA,Uthania de Mello (UFPB); ALMEIDA, Sandra Aparecida; COLAÇO, Acelia Mayra; D´AMORIM,
Amanda Raquel de França Filgueiras.
RESUMO
Sabe-se que o índice de violência entre crianças cresceu consideravelmente nos últimos anos. Frente a essa problemática,
atualmente, encontram-se, com freqüência, na imprensa escrita e falada, seja no Brasil ou no exterior, fatos sobre as ondas
de violência ocorridas entre crianças e adolescentes. O presente trabalho constitui-se em uma pesquisa bibliográfica, que
teve como objetivo elaborar uma proposta de cartilha educativa para os profissionais de educação e saúde. O bullying é
definido como um fenômeno devastador, podendo afetar a auto-estima e a saúde mental das pessoas. Geralmente, ocorre
quando o adolescente é mais suscetível ou vulnerável às agressões verbais ou morais que lhes causam angústia e dor,
principalmente, quando ocorridas em ambiente escolar, traduzindo-se como uma forma de exclusão social. Ele pode
desencadear alguns problemas de saúde como anorexia, bulimia, depressão, ansiedade e suicídio. Pelo fato do bullying não
ser abordado nos cursos de formação, específicos para os professores, há uma conseqüente falta de preparo para identificar,
diagnosticar e desenvolver estratégias pedagógicas para enfrentar esse problema. Desse modo, desenvolveu-se esse estudo,
que resultou na construção de uma cartilha educativa envolvendo o fenômeno. Ressalta-se ainda que é indispensável que os
educadores sejam capacitados, de maneira a saber lidar e ou evitar o bullying, para que assim consigam auxiliar o indivíduo
e a família. A enfermagem, como instrumento de educação, em sua prática, também deve estar preparada para esta
intercorrência no seu trabalho diário.
Palavras-chave: Bullying; Educação; Violência; Saúde; Cartilha Educativa.
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
A PALMA –OPUNTIA FICUS-INDICA MILL – COMO SUPORTE NA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NA
ELEVAÇÃO DO IDH
Claudet Coelho Guedes (UFPB)
RESUMO
A pesquisa “A Palma e seus Usos”, que desenvolvemos desde 2000, tem como finalidade mostrar a multipotencialidade da
Opuntia ficus-indica Mill, planta da família das Cactáceas, para o desenvolvimento socioeconômico do pequeno
agronegócio no Semi-Árido Brasileiro. O consumo humano dos brotos e dos frutos da Palma como suporte na educação
alimentar é destacado na pesquisa. Inicialmente consumidos em períodos de extrema falta de alimento, por razão de seca
no Semi-Árido Brasileiro, os brotos ganharam lugar nos cardápios das famílias em muitos municípios da Bahia,
principalmente na Região de Irecê e da Chapada Diamantina. Os brotos já são comercializados nas feiras semanais, mas os
frutos, só esporadicamente. Lentamente o uso da palma está vencendo o preconceito que envolve seu consumo no resto do
Nordeste do país. Concentramos esforços na informação da população sobre os benefícios para a saúde proporcionados
pelo uso dos diversos produtos da palma na alimentação humana, apoiando-nos em princípios de Cláudio Galeno (129-200
e.C.), segundo os quais “na virtude das plantas medicinais estava baseada a ação curadora, profilática e educativa do
médico”. Para elevar os índices de Desenvolvimento Humano no Semi-Árido Brasileiro, enfatizamos a função alimentícia
desta cactácea, criando, desenvolvendo e difundindo receitas culinárias que são disponibilizadas em livros, folhetos e
avulsos; internet, rádio e periódicos; Feiras de Produtos Orgânicos; Feiras de Ciências; Escolas; Clubes de Donas de Casa;
Grupos de Idosos e Sindicatos.
Palavras Chave: Educação Alimentar; Índices de Desenvolvimento Humano; Consumo de Palma; Opuntia fícus-indica Mill
NOMENCLATURA DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PARA PACIENTES COM TOXICIDADE
HEMATOLÓGICA PÓS-QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA UTILIZANDO A CIPE VERSÃO 1.0
Marisaulina Wanderley Abrantes Carvalho-UFPB; Angela Amorim de Araújo-UFPB; Maria Miriam Lima da
Nóbrega-UFPB
RESUMO
O uso de uma linguagem científica universal pela Enfermagem é algo de grande importância, tanto para sua prática diária
como para a comunicação entre enfermeiros e entre estes e outros profissionais. Baseado nisto desenvolvemos este trabalho
exploratório/descritivo com o objetivo de construir uma nomenclatura de diagnósticos de enfermagem, com base na
CIPE® Versão 1.0 e na ISO 18.104,para pacientes com toxicidade hematológica pós-quimioterapia antineoplásica. Estas
toxicidades incluem neutropenia, plaquetopenia e anemia. De acordo com a metodologia aplicada, dividimos o trabalho em
cinco etapas: na primeira etapa foram identificados na CIPE® Versão 1.0 cinqüenta e nove ternos do eixo foco, dezesseis
termos do eixo-julgamento e três termos do eixo-tempo; na segunda etapa estes termos foram distribuídos em árvores de
conceito de acordo com o modelo de sete eixos da CIPE®; após esta distribuição estes termos foram, em uma terceira
etapa, submetidos a um processo de definição teórica para representarem a prática de enfermagem na especialidade
estudada; na quarta etapa foram selecionados os termos prioritários para a assistência, e na quinta etapa com estes termos
prioritários foram construídos catorze diagnósticos de enfermagem utilizando as regras desenvolvidas pelo Conselho
Internacional de Enfermagem, que estabelece para a construção de um diagnóstico de enfermagem se faz necessário a
inclusão de um termo do eixo foco e um termo do eixo julgamento, podendo ainda ser acrescentado um termo de qualquer
outro eixo. Os diagnósticos desenvolvidos foram:
1.Resultado laboratorial anormal;
2.Risco para choque séptico;
3.Risco para choque hipovolêmico;
4.Padrão de eliminação intestinal comprometido;
5.Temperatura corporal aumentado;
6.Sinais vitais anormais ao exame;
7.Integridade da pele comprometida;
8.Risco para hemorragia;
9.Risco para trauma;
10.Dispnéia aumentada;
11.Higiene corporal interrompido na hospitalização;
12.Acesso venoso comprometido;
13.Risco para infecção;
14.Sistema imunitário comprometido;
Estes diagnósticos construídos devem ser utilizados para facilitar a prática assistencial diária na oncologia, pois, é
impossível se trabalhar sem seguir alguma terminologia classificatória que nomeie e valorize as ações de enfermagem.
Palavras-chave: Diagnósticos de enfermagem, Toxicidade Hematológica, Quimioterapia, Câncer, CIPE.
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
IMPORTÂNCIA DE UM PROGRAMA DE PROMOÇÃO À SAÚDE NO ENVELHECIMENTO
Ferreira, Olívia Galvão Lucena (UFPB); Luna, Karinthea. K. G. Pereira (UFPB); Marcolino, A. B. de L.(UFPB);
Pereira, Kristhea. K. Gonçalves (UFPB); Silva, Antonia Oliveira (UFPB).
RESUMO
O envelhecimento pode ser definido como um conjunto de modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e
psicológicas que se observam no ser humano por volta dos 60 anos em diante. Envelhecer não é uma doença, mas nenhuma
doença tem um efeito tão devastador sobre o idoso quanto à solidão e a inatividade. Sabe-se que boa parte das doenças
crônicas degenerativas pode ser evitada ou controlada, se houver programas preventivos. O presente estudo tem como
objetivo ressaltar a importância da atenção à saúde do idoso, com o intuito de mostrar a relevância de um programa de
promoção à saúde deste, realizada por uma equipe interdisciplinar. A atuação desta equipe deve representar uma alternativa
para diminuição das citadas situações de comprometimento dos idosos, com o objetivo comum de promover saúde e
proporcionar uma melhor qualidade de vida destes. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica não apenas com interesse em
conhecer o envelhecimento, mas também e principalmente, de enfatizar a necessidade de que este seja rápido e
amplamente compreendido em todas as suas nuances orgânicas, psíquicas e sociais, visto que o atendimento ao idoso já se
coloca entre os principais problemas de saúde pública em todo o mundo. Atualmente, é de fundamental importância que o
profissional interessado nesta área esteja atualizado nas peculiaridades anatômicas e funcionais do envelhecimento,
sabendo discernir com máxima precisão os efeitos naturais deste processo (senescência) das alterações produzidas pelas
inúmeras afecções que podem acometer o idoso (senilidade).
Palavras Chave: Envelhecimento; Saúde; Programa de Promoção
SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DE CLIENTES HOSPITALIZADOS: CRITÉRIOS UTILIZADOS PELOS
DOCENTES NO ENSINO DE ENFERMAGEM FUNDAMENTAL
Gisella de Carvalho Queluci - EEAAC/UFF; Nebia Maria Almeida de Figueiredo - EEAP/UNI RIO; Vilma de
Carvalho- EEAN/UFRJ Ana Carla Dantas Cavalcanti - EEAAC/UFF; Dayse Mary da Silva Correia EEAAC/UFF; Euzeli da Silva Brandão - EEAAC/UFF
RESUMO
Introdução: Objeto de estudo: critérios utilizados pelos docentes na seleção de clientes hospitalizados para acadêmicos.
Objetivos: Identificar os critérios utilizados, pelos professores do ensino teórico-prático de Fundamentos de Enfermagem,
que influenciam na escolha de clientes hospitalizados para a prestação de cuidados dos acadêmicos de enfermagem;
Descrever os fatores que interferem na escolha do cliente hospitalizado para o desenvolvimento do ensino teórico-prático
dessa disciplina. Analisar esses critérios quanto ao ensino-aprendizagem de Fundamentos de Enfermagem para a formação
profissional do acadêmico. Metodologia: Estudo descritivo, qualitativo, referencial teórico Perrenoud e Carvalho. Os
sujeitos do estudo foram docentes da disciplina de Fundamentos de Enfermagem. Foi utilizado um questionário com duas
questões abertas: 1) Quais são os critérios que influenciam na escolha de clientes hospitalizados para a prestação de
cuidados dos acadêmicos de enfermagem? 2) Existem fatores que interferem na escolha do cliente hospitalizado para o
desenvolvimento da prática para o aluno de Fundamentos? Resultados. Os docentes citaram fatores que influenciam na
complexidade do cuidado ao cliente: relação docente-acadêmico de enfermagem; tempo; recursos materiais; estabilidade
do quadro clínico do cliente; área de domínio do docente; quantidade de procedimentos para o aluno realizar; Capacidade,
habilidade, interesse do aluno; ambiente - espaço físico; recursos humanos (nº de professoras e alunos). Esses fatores
interferem no cuidado de enfermagem e fazem parte das situações-problema caracterizando um grau de complexidade que
pode variar de menor para média complexidade. Verificou-se também que os elementos estão inter-relacionados e são
interdependentes, ou seja, os cuidados podem variar de complexidade dependendo de fatores que são imprescindíveis em
um determinado momento para a resolução de situações-problema.
Palavras-chave: Enfermagem - Enfermagem Fundamental - Ensino.
A PREVENÇÃO DAS DST/ AIDS NO CARNAVAL: 17 ANOS DE INTERAÇÃO ENTRE SAÚDE, EDUCAÇÃO
E CULTURA
FRANCISCO, Marcio Tadeu Ribeiro (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/ Universidade Veiga de Almeida)
RESUMO
Introdução - Considerando o crítico perfil epidemiológico da AIDS no Estado do Rio de Janeiro e o aumento da incidência
de casos entre jovens, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) desenvolve o Projeto " Só Alegria Vai
Contagiar! O Samba da Prevenção Vai Pegar neste Carnaval", há 17 anos. Objetiva reduzir a disseminação das DST/ AIDS
na população do mundo do samba. O Projeto é desenvolvido em parceria com a Coordenação das DST / AIDS/ Ministério
da Saúde, Secretarias Estadual e Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Liga de Escolas de Samba, COMLURB, UERJ e
Universidade Veiga de Almeida (UVA). Apóia-se nas diretrizes da Coordenação Nacional de DST/AIDS. Metodologia Foi realizada pesquisa descritiva mediante o método estatístico em amostra aleatória de 1800 sujeitos, considerando a
população de cerca de 50000 pessoas participantes do desfile de Escolas de Samba, no Sambódromo da cidade do Rio de
Janeiro, no carnaval de 2007. Aplicou-se questionário sobre o tema.
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Os sujeitos eram orientados sobre a prevenção das DST/ AIDS e recebiam preservativos e folder educativo. Os dados
foram analisados nos EPINFO, XLSTAT, SPSS e EXCELL. O Projeto desenvolve, durante o ano, ações interativas de
saúde, educação e cultura abrangendo treinamento de voluntários para promoção da saúde no mundo do samba,
distribuição de folderes, preservativos e encaminhamento para instituições de saúde. Resultados - O perfil populacional é:
sexo masculino (49%), procedente do Rio de Janeiro (73%), grupo etário adulto jovem (65%). A maioria (80.2%) possui
vida sexual ativa, tem parceiro fixo (72%), demonstra preocupar-se com a prevenção das DST/AIDS e utiliza sempre
preservativos nas relações sexuais (52%). Grupo significativo (48%) nem sempre usa preservativo nas relações sexuais,
revelando comportamento de risco. Conclusão - A maioria da população possui conhecimento sobre o tema, entretanto, é
significativo o contingente de jovens que demonstra comportamento de risco, não aplicando as medidas de prevenção das
DST/ AIDS. A mídia divulga anualmente os resultados do Projeto, que se tornou marco de referência em prevenção das
DST/ AIDS para orientação de clientes, grupos sociais, instituições e comunidades. Recomenda-se ampliar essas ações
educativas, culturais e de saúde para reverter o comportamento de risco da população do mundo do samba, principalmente
os jovens.
Palavras Chave: AIDS, Saúde, Cultura
EDUCAÇÃO CRÍTICA, SAÚDE, ECOLOGIA E CULTURA: INTERFACES DO PROJETO POLÍTICOPEDAGÓGICO DA ENFERMAGEM - UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
FRANCISCO, Marcio Tadeu Ribeiro (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/ Universidade Veiga de Almeida)
RESUMO
Introdução - Todo projeto político-pedagógico expõe os objetivos do curso e orienta estratégias, sendo um meio de
integração das ações dos sujeitos envolvidos. Objetiva-se analisar as interfaces educação crítica, saúde, ecologia e cultura
do Projeto Político-Pedagógico do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Veiga de Almeida (UVA). O
Projeto tem como parâmetros principais as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem.
Apóia-se na linha da Educação Crítica (FREIRE). Privilegia a interdisciplinaridade, integralidade e o cuidar humanístico,
ressaltando a ecologia e cultura. Metodologia - Aplicou-se o método descritivo e a pesquisa-ação. Participaram do estudo
docentes, alunos e funcionários do Curso que, reunidos em seminários mensais, analisam e reformulam o Projeto numa
construção contínua do currículo, de forma participativa e interdisciplinar. O estudo foi realizado na UVA, cidade do Rio
de Janeiro, entre 2005 e 2007. Resultados - O c urrículo do apresenta as áreas assistencial, fundamental, bases biológicas e
sociais e integra 53 disciplinas (4040 horas). É organizado em oito períodos acadêmicos, destacando as disciplinas de
práticas terapêuticas, distribuídas em todos os períodos, do 1º ao 6º, e o estágio supervisionado no 7º e 8º períodos. Todas
as disciplinas de práticas terapêuticas e o estágio supervisionado são oferecidos de 2ª a sábado, durante o turno diurno. O
Curso teve início em 2003 e a primeira turma formou-se no início de 2007, e a segunda turma, em agosto do mesmo ano. O
Projeto destaca como missão, formar enfermeiros com competência científica, técnica, política e ética, capazes de intervir
no processo saúde/doença do ser humano, numa perspectiva emancipatória e crítico-transformadora direcionada para o
cuidar, educar, gerenciar e pesquisar. As atividades complementares, práticas terapêuticas e pesquisa articulam teoriaprática e reforçam o exercício da cidadania e as interfaces educação crítica, saúde, ecologia planetária e cultura. Os
esforços conjuntos dos participantes na construção do Projeto culminaram na obtenção do conceito A na avaliação do
MEC em 2006. Conclusão - O Projeto Pedagógico do curso norteia todo processo ensino-aprendizagem, permite a
avaliação continuada e contribui para a garantia da qualidade da formação profissional - enfermeiros com competência
humana e técnico-científica e comprometidos com a saúde da população, valorizando a educação, cultura e ecologia
planetária.
Palavras Chave: Saúde, Ecologia, Cultura
PERSPECTIVA EMANCIPADORA NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
Oliveira, Rita de Cássia Cordeiro de (UFPB-Brasil); Alvarenga, José da Paz Oliveira (UFPB-Brasil); Chianca,
Kirlene Scheyla Viana (CEFOR-RH-SES-PB).
RESUMO
A escola enquanto emancipadora e cidadã deve ser democrática em sua gestão; inclusiva, garantindo qualidade técnica e
política para todos; e ter a unicidade da teoria e da prática para a construção de um caminho real e melhor na qualidade do
ensino para os profissionais de saúde. Este estudo tem o objetivo de descrever o projeto político pedagógico subsidiado nas
Diretrizes Curriculares Nacionais, na perspectiva emancipadora para a formação profissional de enfermagem enquanto
cidadão. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada na Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba, João
Pessoa, Paraíba – Brasil, seguindo as etapas: seleção, análise do material e discussão dos dados obtidos. Verificou-se que
o projeto político-pedagógico deve ser: construído coletivamente onde a escola deve ser inclusiva e democrática; corpo de
conhecimento voltado para a reflexão; unicidade da teoria com a prática; currículo integrado baseado na concepção críticosocial, respaldado numa pedagogia problematizadora, valorizando processos importantes para a formação do aluno. Este
estudo pode servir de subsídios aos diversos atores do segmento escolar na área da educação profissional em saúde,
sugerindo uma reflexão da prática profissional capaz de incitá-los à realização de pesquisas sobre o projeto políticopedagógico emancipador.
Palavras Chave: Projeto Político Pedagógico; Escola Cidadã; Emancipador; Enfermagem.
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
NO HABITUS DO ANTIGO HOSPITAL COLÔNIA – REPRESENTAÇÔES SOCIAIS DA HANSENÍASE
Clélia Albino Simpson/UFRN; Francisco Arnoldo Nunes de Miranda/UFRN; Rejane Millions Viana
Meneses/UFRN; Icléia Honorato da Silva Carvalho/UFPB; Gilson Torres Vasconcelos/UFRN
RESUMO
A hanseníase tem sido colocada como uma doença incurável e incapacitante em diversas sociedades e culturas, em todos os
períodos históricos. Afirmar que a doença tem tratamento e cura às vezes não é suficiente, dependendo do imaginário que
se tem da doença. O Brasil é um dos países que ainda apresenta áreas de grande endemicidade, como as regiões norte,
centro-oeste e nordeste do país, apesar da importante redução do coeficiente de prevalência da hanseníase, ainda deverá
manter os esforços para o alcance da meta de eliminação de hanseníase até o ano 2010. Conquista decorrente da
descentralização do Programa de Controle da Hanseníase (PCH), do Pacto de Atenção Básica e do Programação Pactuada
Integrada (PPI) para os municípios, no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Destacamos o sentido semântico da
palavra lepra substituída pela palavra hanseníase nos documentos oficiais brasileiros desde 1970, a adoção do tratamento
poliquimioterápico que provocou a redução do índice de prevalência da doença e dos movimentos sociais envolvidos com
a causa, especialmente o Movimento das Pessoas Atingidas pela Hanseniase – MOHAN. Dessa compreensão objetivamos
apreender as representações sociais da hanseníase para o ex- doente da Colônia Getulio Vargas Bayeux – PB. Estudo de
abordagem qualitativa, descritivo e representacional. Na perspectiva da triangulação adotamos contribuições da Teoria das
Representações Sociais, da História de Vida e da Pesquisa Participante. Analisamos os fragmentos a partir das
manifestações discursivas na esfera do contexto, onde a estruturação das representações sociais definiram os
comportamentos dos vinte três sujeitos psicossociais participantes do estudo. O habitus foi definido através do: tempo
longo e o tempo vivido na construção de comportamentos situacionais, ou seja, o lugar das permanências - o contexto
asilar é revelado através do tempo longo e do tempo vivido. Na esfera da religiosidade o seu adoecimento é compreendido
e explicado como uma herança de um castigo divino, através de um; tempo
contágio
curto na construção de
comportamentos representacionais – o lugar das diversidades. O contato com a sociedade resumia a esporádicas visitas
filantrópicas de grupos religiosos ou clube de serviços em datas comemorativas. Este aspecto caritativo, não diminuiu o
sentimento de excluído pelo preconceito e pelo estigma que permeia o portador de hanseníase. Podemos inferir que ao
recontar sua vida como asilado e ex-doente os sujeitos vivenciaram uma condição quase-experimental rememorando
histórias marcantes naquele contexto, do ponto de vista bio-psico-social.
Palavras chaves: Lepra, Representações sociais, Pesquisa Metodológica em Enfermagem.
SAÚDE MENTAL NA COMUNIDADE INDÍGENA: experiências com grupos
Joedna Souza de Medeiros UFPB-Brasil); Silvana Carneiro Maciel (UFPB-Brasil); Antonia Oliveira Silva; Rita de
Cássia Cordeiro de Oliveira (UFPB-Brasil); Maria Eliete Batista Moura (UFPI – NOVAFAPI).
RESUMO
A atenção à saúde mental reorienta-se de um modelo historicamente centrado na referência hospitalar para um modelo de
atenção de base comunitária. A incorporação de ações de saúde mental na atenção básica contribuirá para esta
transformação, oferecendo melhor cobertura assistencial para os usuários que necessitam deste serviço. Dessa maneira, as
ações desenvovlvidas concernetes a saúde mental na comunidade indígena Potiguara utilizou o enfoque da Saúde Coletiva,
compreendido como síntese da articulação epistemológica entre as abordagens Clínica (individual) e Epidemiológica
(coletiva) da saúde. Dessa forma, desenvolve-se ações de saúde mental focalizando a histórica do próprio sujeito,
favorecendo desta forma, a elevação da auto-estima, o fortalecimento dos vínculos familiares e a redução do uso de
medicamentos psicotrópicos. O delineamento das ações para esta população indigena consiste na formação de um grupo
em que os atores sociais se reunem uma vez por mês, com duração de uma hora. O grupo tem como facilitadora a
psicóloga, a qual compõe a equipe multidisciplinar que atende na saúde indígena potiguara. Nesse grupo são realizadas
dinâmicas com o intuito de integrar e discontrair os membro e posteriormente são levantados alguns questionamentos e
reflexões sobre o processo saúde-doença. Verifica-se que as ações desenvolvidas no âmbito biopsicossocial e conforme a
vivência, experiência e o próprio relato de alguns atores sociais participantes do grupo, ocorreu um aumento da autoestima, dos vínculos familiares e sociais, da capacidade de superação dos conflitos existentes, do bem-estar mental dos
integrantes dessa comunidade, um melhor controle e redução do uso de medicamentos psicotrópicos e uma diminuição das
internações psiquiátricas. Dessa maneira, as atividades desenvolvidas no âmbito biopsicossocial têm contribuído para que
os sujeitos da comunidade indígena Potiguara se percebam como um ser ativo formador e escritor da sua própria história
no percurso do processo saúde-doença.
Palavras Chave: Saúde Mental, Saúde Pública, População Indígena
O PAPEL DO APOIADOR PARA OS TRABALHADORES DE SAÚDE FRENTE AS PRÁTICAS
PROFISSIONAIS
Krísthea Karyne Gonçalves Pereira (UFPB- Brasil); Marcia Rique Caricio (UFPB – Brasil); Evellin Bezerra da
Silva (UFPB-Brasil); Ronald Pereira Cavalcanti (UFPB-Brasil); Ivoneide Lucena Pereira (UFPB-Brasil); Wilton
Wilney Nascimento Padilha (UFPB-Brasil).
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo avaliar o papel do apoiador a partir das representações sociais elaboradas por
trabalhadores da estratégia de saúde da família. Trata-se de um estudo exploratório realizado no Distrito Sanitário IV, do
município de João Pessoa, Paraíba-Brasil, com todos os membros das equipes perfazendo 26 unidades de saúde da família.
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Considerando um universo de 390 trabalhadores, a amostra contemplou 46% dos trabalhadores, que responderam um
questionário semi-estruturado, aplicado pelos próprios membros do matriciamento, de forma que o apoiador não aplicou o
questionário onde atua. Os dados foram submetidos a técnica de análise de conteúdo categorial. Salienta-se a opinião
(62,5%) dos trabalhadores sobre o papel do como alguém que acompanha os processos da Unidades de Saúde da Familia.
A escolha do apoiador como promotor de reflexões para as mudanças nas práticas dos trabalhadores de saúde, visa a
superação do modelo tradicional de gestão e atenção à saúde, sugerindo um impulso no sentido de reconhecer a gestão
matriciada como uma prática democrática de gestão nas ações de saúde.
Palavras chave: Matriciamento; Apoiador; Democratização da gestão; Representações Sociais
A VIVÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NA FORMAÇÃO
INTEGRALIDADE A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO.
DE
PROFISSIONAIS
DA
SAÚDE:
A
SILVA, Gilberto Tadeu Reis (Faculdade Santa Marcelina - Unidade Itaquera)
RESUMO
As reflexões teórico-filosóficas e a vivência que apresentaremos são frutos de um desafio ao assumirmos a coordenação de
um trabalho que tinha como meta o desenvolvimento de ações educativas dirigidas à formação em espaços
multiprofissionais na área de saúde, buscando nesse caminho a integralidade. Neste contexto torna-se fundamental
apresentar multidisciplinaridade como a justaposição de várias disciplinas em torno de um mesmo tema ou problema, sem
o estabelecimento de relações entre os profissionais. Buscando compreender as ações emanadas do fazer, suas dicotomias e
fragmentações por nós desenvolvidas, passamos a refletir nossas ações como processos de formação a partir de situações
educativas. É nesse contexto que o presente trabalho tem como objetivo relatar uma ação educativa multiprofissional sob a
ótica dos profissionais envolvidos. O estudo foi realizado na Clínica Escola Nossa Senhora Aparecida, local responsável
pelo atendimento à comunidade adstrita no bairro de Itaquera, São Paulo, Brasil. O estudo de caso a se apresentar refere-se
à Mariana (nomes fictícios) uma criança com 03 anos de idade. Mora com a mãe Sra. Josefa de 46 anos, irmão Vinicius de
12 anos e o pai Sr. Otacílio de 42 anos, pedreiro com renda mensal de R$ 300,00. A desnutrição foi o motivo do
encaminhamento feito para o atendimento de Enfermagem, Nutrição e Serviço Social. Durante os atendimentos desses
profissionais percebeu-se uma preocupação materna referente ao estado nutricional da criança. O caso de Mariana é
apresentado para demonstrar que as categorias atuaram multiprofissionalmente, sendo que algumas intervenções em
comum foram realizadas (mesmo sem a discussão detalhada do caso em questão). Esta forma de atuação multiprofissional
apresenta resultados positivos, porém restringe-se a conduta específica, sem integração efetiva entre diferentes profissões.
Considerando que os processos de formação em saúde, raramente, tem se aproximado das formulações teóricas de
interdisciplinaridade, nosso exercício vivêncial foi o de buscar valorizar a interdisciplinaridade no cuidado. Este foi um
exercício simultâneo de intencionalidades, apontando para a necessidade de reflexão teórica sobre a prática e, na medida
em que tínhamos o compromisso de, ao olhar um fazer individual, respeitamos o saber, a cultura e o momento histórico e o
mundo de cada um de nossos parceiros, visualizar o todo de uma ação educativa, a partir da nossa atuação profissional na
Clínica.
Palavras Chave: Formação Profissionais de Saúde, Multidisciplinaridade
RISCO DE ADOECIMENTO MENTAL ENTRE TRABALHADORES DO SETOR FORMAL E INFORMAL
Maria de Oliveira Ferreira Filha (UFPB – Brasil)¸Giovanna Fernandes de Oliveira(UFPB – Brasil); Rodrigo
Pinheiro Toledo Vianna (UFPB – Brasil) Gisele Santana Pereira Carreiro (UFPB – Brasil)
RESUMO
A relação entre saúde mental e trabalho tem sido cada vez mais evidente no mundo globalizado. A OMS afirma que 45%
da população mundial e 58% da população acima de 10 anos de idade faz parte da força de trabalho e que os transtornos
mentais menores acometem cerca de 30% dos trabalhadores ocupados e os transtornos mentais graves, cerca de 5 a 10%.
Este estudo objetivou traçar o perfil sócio-demográfico dos vendedores formais e informais com risco para adoecimento
mental e identificar situações que se constituem como risco para a saúde mental, correlacionando-as com a influência do
trabalho no processo de adoecimento mental. É um estudo individuado, observacional, de corte transversal,. realizado com
172 vendedores, do setor formal e informal. Os dados foram coletados em dois Shopping Centers, do município de João
Pessoa/Paraíba/Brasil, através do questionário SRQ-20 (Self Report Questionaire) e de um outro elaborado
especificamente para este estudo, posteriormente foram armazenados em um banco utilizando-se a planilha excel. Foram
feitas análises, univariada, bivariada e o teste qui-quadrado. Os resultados evidenciaram que 45,9% dos vendedores
apresentaram risco para adoecimento mental, enquanto que 54,1% não referiram risco. Dentre aqueles que apresentaram
risco, 33,1% tinham o risco para depressão e ansiedade, sendo 52,6% do setor formal e 47,4% do setor informal. Houve
predominância do sexo feminino, idade entre 21 e 40 anos; renda mensal de 1 a 3 salários mínimos. Os principais sintomas
apresentados foram: sentimento de nervosismo, tensão e preocupação, cansaço constante, tristeza, dificuldade para realizar
as atividades diárias, dores de cabeça freqüentes, facilidade e insônia. Entre os vendedores informais, verificou-se uma
associação entre o adoecimento e a presença de parente com doença grave, rompimento na família, falecimento de alguém
estimado, insatisfação com o trabalho, ausência de reconhecimento pelos colegas e chefe e influência negativa do trabalho
na relação familiar. Entre os informais constatou-se uma forte associação com a competitividade no trabalho. Evidencia-se
a necessidade urgente de uma maior atenção à saúde dos trabalhadores e sugere-se para os profissionais de saúde a criação
de momentos de escuta e de fala dos trabalhadores acerca do seu sofrimento cotidiano.
Palavras chave: saúde mental, risco, depressão, ansiedade
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
O PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E O CONTROLE DA TUBERCULOSE
EM MUNICÍPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE JOÃO PESSOA-PB/BRASIL
Lenilde Duarte de Sá (UFPB); Anna Luiza Castro Gomes (SSMJP); Anelissa Andrade Virgínio de Oliveira
(PIBIC/UFPB); Jordana de Almeida Nogueira (UFPB); Tereza Cristina S. Villa (EERP/USP); Neusa Colet
(UFPB); Alessandra Miranda Moraes (UFPB)
RESUMO
A estratégia Saúde da Família (ESF) favorece a produção de vínculos entre equipes de saúde e usuários com TB, pois
sendo o primeiro contato do indivíduo com o sistema de saúde, possibilita o fortalecimento da dimensão relacional do
cuidado. A enfermeira é reconhecida como o profissional que mais desenvolve ações que fortalecem o vínculo entre a ESF
e os usuários na promoção do controle da TB. O objetivo deste trabalho foi analisar o vínculo relacionado ao processo de
trabalho das ESF com relação às medidas de controle da TB no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) no município
prioritário de Bayeux - PB/Brasil. Estudo qualitativo envolveu 13 enfermeiras que atuam em ESF que fazem tratamento
supervisionado (TS). Os dados foram coletados pela técnica de grupo focal em março de 2007 e analisados conforme análise
de discurso. Os resultados apontam que a posição dos profissionais na ESF, as relações de poder entre eles, a falta de
qualificação para atuar com TB na APS e a esca ssez de ações intersetoriais fragilizam o processo de trabalho-cuidado em
saúde quando pensado na perspectiva da integralidade e norteado pela concepção de vínculo.
Palavras-chave: Tuberculose; Atenção Primária à Saúde; Saúde da Família
AVALIAÇÃO DE FERIDAS PELOS ENFERMEIROS ASSISTENCIAIS DE INSTITUIÇÕES HOSPITALARES
DA REDE PÚBLICA
Simone Helena dos Santos Oliveira - UFC/Brasil
RESUMO
Introdução: A avaliação realizada pelos enfermeiros constitui um processo indispensável para o tratamento de feridas.
Objetivos: averiguar os aspectos considerados pelos enfermeiros no processo de avaliação de feridas; identificar os
recursos materiais utilizados para proceder à avaliação; investigar o seguimento de protocolos e possíveis dificuldades na
sua realização. Metodologia: Estudo exploratório-descritivo, de natureza qualitativa, realizado junto a 14 enfermeiros de
quatro hospitais públicos de João Pessoa - PB. Os dados foram coletados durante agosto e setembro de 2005, através de
entrevistas gravadas e não-gravadas. Para análise das respostas aplicou-se a técnica do discurso do sujeito coletivo.
Resultados: Verificou-se que a falta de material conduz uma avaliação superficial, que a ausência de protocolo dificulta a
avaliação e que a imposição médica e a falta de experiência e treinamento específicos foram às principais dificuldades
reveladas. Conclusões: Evidenciou-se a necessidade de criar condições materiais e aprimorar os conhecimentos científicos
em relação ao processo de avaliação de feridas.
Palavras Chave: Feridas, Tratamento, Avaliação
EDUCAÇÃO EM SAÚDE E SUA MULTIDIMENSIONALIDADE
Simone Helena dos Santos Oliveira - UFC/Brasil; Maria Adelane Alves Monteiro - UFC/Brasil; Maria do Socorro
Vieira Lopes - UFC/Brasil; Maria Grasiela Teixeira Barroso - UFC/Brasil; Neiva Francenely Cunha Vieira UFC/Brasil
RESUMO
Introdução: A educação em saúde constitui-se um dos elementos da promoção da saúde, dentro da qual a saúde deve ser
compreendida a partir de um conceito positivo e vivenciada naturalmente. No entanto, evidenciamos que as práticas
educativas no campo da saúde estão voltadas para a doença, caracterizando ações de cunho negativo, impositivo e
unilateral. Objetivo: Ante a essas evidências, o presente estudo objetivou apresentar reflexões sobre os elementos
essenciais à educação em saúde e sua multidimensionalidade. Metodologia: estudo bibliográfico, realizado no período de
julho a agosto de 2007, a partir de periódicos internacionais e de algumas das principais obras de Paulo Freire, em que se
apresenta uma breve revisão dos paradigmas da educação, enfatizando-se a educação participativa e sua estreita relação
com a educação em saúde e por fim, procurando refletir sobre os elementos constituintes de uma prática de educação em
saúde libertadora. Resultados: A educação em saúde se desenvolve a partir da reflexão-ação, em que educador e educando
refletem sobre estilos de vida saudáveis, durante encontros e ações organizadas, que procuram partir do reconhecimento
das vantagens e acertos do que fora planejado e executado com vistas a preservação da saúde. Esse processo envolve uma
teia complexa de elementos entre os quais se destacam: informação, prazer, inclusão, criticidade, liberdade, desejo, atitude,
comportamento, autonomia, participação, qualidade de vida e cidadania. Conclusão: As práticas educativas alicerçadas
nestes atributos convertem-se em propostas pedagógicas libertadoras, comprometidas com o desenvolvimento da
solidariedade e da cidadania, orientando ações cuja essência está na melhoria da qualidade de vida e na promoção do ser
humano.
Palavras-chave: educação, educação em saúde, qualidade de vida, participação cidadã
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
INTERVENÇÃO NA SAÚDE ORAL SUBSIDIADA NAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: uma reflexão teórica
MariSocorro Costa Feitosa Alves (UFRN-Brasil), Edna Maria da Silva (UFRN-Brasil); Mª Adelaide. P. Moreira
(UESB); António Medeiros Júnior (UFRN-Brasil); Aldenísia Alves Barbosa; Jorge Correia Jesuíno (ISCTE)
RESUMO
O cotidiano das intervenções na Odontologia, pelo seu caráter técnico-curativo, vem ignorando ao longo dos anos o
conjunto de variáveis sociais, psicológicas, no contexto da prática da saúde oral, favorecendo ao reducionismo nas ações
odontológicas. Neste sentido, esse estudo objetiva refletir o entendimento acerca da prática odontológica permeada pelos
procedimentos educativos, preventivos e clínicos contemplando a dimensão social em sua totalidade, e assim, pensar sobre
a escassez das ciências sociais no cotidiano das intervenções. Trata-se de um estudo descritivo que se propõe a discutir o
cotidiano das intervenções na prática odontológica na perspectiva da Teoria das Representações Sociais, por constituir um
aporte teórico importante na apreensão de conhecimentos socialmente elaborados e compartilhados, possiblitando a
compreensão de diferentes realidades e ao caráter excludente das práticas em saúde. Do exposto, resulta que a intervenção
na saúde oral necessita direcionar-se para o social, para a organização de práticas coletivas de saúde que favoreça a
compreensão e adoção de medidas capazes de reduzir as doenças bucais nas populações. Constituí um campo do
conhecimento recente no nosso meio e ainda caracterizado por ações técnico-curativa-individual, centrando no flúor a
estratégia básica para a prática preventiva em saúde oral, ressaltando-se a escassez da aplicação das ciências sociais na
saúde oral. Nessa perspectiva, torna-se imperioso pensar os indivíduos como seres biopsicossociais, dotados de saberes,
valores e condutas que são historicamente determinadas por uma dimensão cultural. Com efeito, as ações na saúde oral
devem ser vistas como uma relação interativa entre o profissional e o paciente, de modo a intensificar o sentimento de
confiança, de satisfação, e assim, compreender a intervenção numa dimensão psicossocial na perspectiva das novas
exigências do cuidado que amplia a noção de cidadania, direito e qualidade de vida.
Palavras Chave: Saúde oral, Intervenção em Saúde, Representações Sociais.
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ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
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LISTA DE PARTICIPANTES
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Conselho Científico e Editorial (CCE): composto por especialistas, reconhecidos pelos trabalhos
desenvolvidos nos campos da saúde, educação e das Representações Sociais, em diferentes áreas do
conhecimento, e especialmente convidados pela Comissão Central de Organização (CCO);
......Ana Escoval – ENSP-UNL
......Angela Arruda -UFRJ
......Antónia Oliveira Silva - UFPB
......Artur Perusi - UFPB
......Brígido Vizeu Camargo - UFSC
......Celso Pereira de Sá - UERJ
......Clarilza de Souza Prado - PUC/SP
......Clélia Nascimento-Schulze - UFSC
......Denize Cristina de Oliveira - UERJ
......Edson Alves de Souza Filho - UFRJ
......Elisa Chaleta - UE
......Emília Isabel M Teixeira da Costa - U ALGARVE
......Felismina Mendes - UE
......Francisco Vidinha - ESS Portalegre
......Ivani Burzstyn - UFRJ
......Ivani Nascimento Pinto - UFPA
......José Carlos Pereira dos Santos - ESE COIMBRA
......Jorge Correia Jesuino - ISCTE
......Luísa Grácio - UE
......Luiz Fernando Rangel Tura – UFRJ
......Luiz Gozaga Pontes – UFRN
......Manuel José Lopes - UE
......Margot Campos Madeira - UNESA
......Maria Adelaide S. P. Moreira - UESB
......Maria de Fátima S. Araújo - UFPB
......Maria de Lourdes R. Tura - UERJ
......Maria do Carmo Eulálio – UEPB
......Maria Manuela Pereira - ESS BEJA
......Maria do Socorro A.F. Costa - UFRN
......Maria Eliete Batista Moura - UFPI - NOVAFAPI
......Maria Filomena Gaspar - ESEL
......Maria Miriam L. da Nóbrega - UFPB
......Marilena Jamur - UFRJ
......Marcia Assunção - UFRJ
......Paula Castro - ISCTE
......Rosalina Aparecida Partezani Rodrigues - EERP - USP
......Suerde Miranda – UEPB
......Silvana Carneiro Marciel - UFPB
......Vera Placo –PUC/SP
Comissão Local de Organização (CLO): composta por representantes da instituição sede dos eventos,
designados mediante Portaria do Reitor da mesma, a saber
Coordenação Executiva:
Coordenador: Maria José Bule
Marília Viterbo de Freitas
Céu Marques
Laurência Gemito
Anjos Bento
Ana Frias
Gertrudes Silva
Isabel Correia
Rui Mendes
Eugénia Simões
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
Coordenação Financeira
Coordenador: Manuel Agostinho
Ana Escoval
Hélder Marques
Gil Pereira
Coordenação de Divulgação:
Coordenador: Ana Fonseca
Ilda Ribeiro
Alice Curado
Maria Brites
Helena Passos
Mauro Rodrigues
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
A
I
ADRIANA ALVES DE OLIVEIRA
ADRIENE JACINTO PEREIRA
ALBERTA CONTARELLO
ALINNE BECERRA DE LUCENA MARCOLINO
AMÂNCIO ANTÓNIO DE SOUSA CARVALHO
ANA ADELAIDE FIALHO CABEÇA
ANA C. V. VIEIRA
ANA ESCOVAL
ANA LÚCIA CAEIRO RAMOS
ANA MARIA AGUIAR FRIAS
ANA MARIA CAVALCANTE LOPES
ANA MARIA FRESCO DIAS COSTA
ANA MARIA LEITÃO PINTO FONSECA
ANA RAQUEL SIMÕES
ANA RITA BATALHA RIBEIRO MATOS DIAS
ANDERSON SCARDUA OLIVEIRA
ANGELA AMORIM ARAÚJO
ANGELA ARRUDA
ANTÓNIA MARIA FARIAS POUCA ROUPA
ANTÓNIA OLIVEIRA SILVA
ARTEMISA AGOSTINHA MONTEIRO R DORES
B
BEATRIZ PADILLA
BRIGIDO VIZEU CAMARGO
C
ILDA MARIA BATISTA REAL RIBEIRO
INÊS MARIA SOARES AREAL ROTHES
IOLANDA BESERRA DA COSTA SANTOS
IRIS DO CEU CLARA COSTA
ISAC ALMEIDA DE MEDEIROS
ISABEL MARIA PEDROSA SOARES
ISABEL MARIA TARICO BICO CORREIA
ISIS SIMÕES LEÃO
ITAPUAN BOTTO TARGINO
IVONEIDE LUCENA PEREIRA
J
JOANIR PEREIRA PASSOS
JOÃO BARRADAS FERREIRA DURÃO
JOÃO MANUEL GALHANAS MENDES
JOAQUIM PIRES VALENTIM
JOEDNA SOUZA DE MEDEIROS
JOEGE BONITO
JORGE DOMINGOS NOGUEIRA
JOSÉ LUIZ TELLES DE ALMEIDA
JOSÉ MANUEL MONTEIRO DIAS
JOSÉ ROBALO
K
KARLA FERNANDES DE ALBUQUERQUE
KRISTHEA KARYNE GONÇALVES PEREIRA
L
LENILDE DUARTE DE SÁ
LEONARDO MELLO SOUSA
LIANA LAUTERT
LUCINALDO DOS SANTOS RODRIGUES
LUIPA MICHELE SILVA
LUÍS FILIPE CARTAXO PINHEIRO
LUÍS MIGUEL SANTOS SEBASTIÃO
LUÍSA LIMA
LUIZ FERNANDO RANGEL TURA
CARLA AMORIM PINHO
CELESTE TERESA CAVALETE GOMES PATINHAS
CÉLIA CRISTINA CASACA SOARES
CÉLIA HELENA FERNANDES COSTA
CLAUDET COÊLHO GUEDES
CLÉLIA ALBINO SIMPSON
CLÉLIA MARIA NASCIMENTO SCHULZE
CONSTANTINO SAKELLARIDES
D
DAILTON ALENCAR LUCAS DE LACERDA
DANIELA LEAL BITENCOURT
DANYELLE ALMEIDA DE ANDRADE
DÉBORA DRIEMEYER WILBERT
DENISE JODELET
E
EDSON ALVES SOUSA FILHO
ELISABETE LAMY DA LUZ
ENERTIES CAETANO PRATES MELO
ÉNERY GISLAYNE DE SOUSA MELO
ERMELINDA DO CARMO CALDEIRA BATANETE
F
FABIANNO ANDRADE LYRA
FELISMINA MENDES
FERNANDA ALEXANDRA CALISTO ROSADO
FERNANDA FERRARI ARAÚJO MATTOS
FRANCISCA LENEIDE GONÇALVES PEREIRA
FRANCISCO ARNOLDO NUNES DE MIRANDA
G
GERALDO PINTO SOBRINHO
GERTRUDES MARIA CAROLA SILVA
GILBERTO TADEU REIS SILVA
GISELLA DE CARVALHO QUELUCI
GLÓRIA DE MARIA MOUSINHO LIMA OBERMARK
H
HELDER ANTONIO HENRIQUES MARQUES
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
M
MANUEL AGOSTINHO MATOS FERNANDES
MANUEL JOSÉ LOPES
MARCIO TADEU RIBEIRO FRANCISCO
MARIA AUXILIADORA LEITE BOTELHO
MARIA ANJOS GALEGO FRADE FIALHO BENTO
MARIA BRITES CAMACHO
MARIA CECILIA SONZOGNO
MARIA CELESTE RODRIGUES PAIS ALVES
MARIA CÉU MENDES PINTO MARQUES
MARIA CRISTINA DINIZ GONÇALVES EZEQUIEL
MARIA DE LOURDES SOARES
MARIA DE OLIVEIRA FERREIRA FILHA
MARIA DJAIR DIAS
MARIA DO CARMO EULÁLIO
MARIA DULCE D CABRAL MAGALHÃES
MARIA DULCE DAMAS DA CRUZ
MARIA FELICIA CANAVERDE P TAVARES PINHEIRO
MARIA FILOMENA GASPAR
MARIA FRANCISCA CARREGEAIS
MARIA GABRIELA NASCIMENTO M C CALADO
MARIA GUIDA GOUVEIA
MARIA HELENA RAMOS DA COSTA SANTOS
MARIA HELENA RODRIGUES
MARIA JOSÉ FONSECA
MARIA LAURÊNCIA GEMITO
MARIA MANUELA NÉNÉ CORDEIRO
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I COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE SAÚDE, EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
HELENA MARIA DE JESUS GERMANO
MARIA SOCORRO COSTA FREITOSA ALVES
MARIA VITÓRIA GLÓRIAS ALMEIDA CASAS NOVAS
MARIA YARA CAMPOS MATOS
MARISA CRISTINO
MARLOS SUENNEY DE MENDONÇA NORONHA
MARTA PATRICIA ARGÜELLO ARGÜELLO
MYRIAM CARNEIRO DE FRANÇA
S
SANDRA LEANDRO PEREIRA
SEBASTIÃO JUNIOR HENRIQUE DUARTE
SILVIA MANUELA GUERREIRO MESTRE-ESCOLA
SIMONE DO SOCORRO FREITAS DO NASCIMENTO
SIMONE HELENA DOS SANTOS OLIVEIRA
SUSANA ROCHA FREITAS
N
NÉBIA MARIA ALMEIDA FIGUEIREDO
O
T
TATYANNI PEIXOTO RODRIGUES
TERESA TONINI
OLIVIA GALVÃO LUCENA FERREIRA
P
PAMELA SOUSA GONZAGA
PAULA CASTRO
PRISCILA MAGALHÃES BARROS
U
UTHANIA DE MELLO FRANÇA
V
VÂNIA RAMALHO
VILMA DE CARVALHO
VIRGINIA AZEVEDO REIS SACHETTI
VITOR TRINDADE
R
RAFAELA GERBASI NÓBREGA
RAILDA FERNANDES ALVES
REGINA RODRIGUEZ BOTTO TARGINO
ROBERTA DE MIRANDA HENRIQUES FREIRE
RODRIGO SILVA PAREDES MOREIRA
ROGERIO MOREIRA DE ALMEIDA
RONALD PEREIRA CAVALCANTI
ROSALINA APARECIDA PARTEZANI RODRIGUES
ROSANA DE MATOS SILVEIRA SANTOS
ROSANA OLIVEIRA
ÉVORA, 12 a 15 de MARÇO de 2008
W
WANDEBERG GOMES DE ALBUQUERQUE
Z
ZÉLIA FERREIRA CAÇADOR ANASTÁCIO
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