Texto livre – 1º do 1º Período Guilherme Fonseca | 8º2 | nº11 Crónicas de George – Prólogo O mar estava calmo, e lá mesmo no meio do Oceano Atlântico George e a sua tripulação trabalhavam para um grande fim: sobrevivência. Ouviu-se uma voz rouca: “- Bombordo!” A dada altura, o barco estremeceu, o vento cessou e a tempestade que bem lá no fundo se agitava parou. Muitos começaram a rezar a Tahir, o Deus do mar. Outros, atiraramse ao mar, devido àquele insólito fenómeno. A agitação era muita, mas os mais corajosos tripulantes pegaram nos seus machados, cerraram os dentes e prenderam a barba. O mar agitou-se novamente, e fortes rajadas de vento preencheram o ar. Algo ou alguém vinha lá e isso, isso eles sabiam! Crónicas de George – Capítulo I George, o capitão, estava no grupo dos nobres guerreiros que lutavam para proteger o seu barco. Não era muito de ficar parado à espera que os amigos lutassem, ele gostava de acção, e ninguém poderia negar isso. Não era a primeira vez que enfrentava membros de clãs inimigos. Mas desta vez era diferente. Ele e os outros acreditavam que aquilo que os esperava era pior que isso. A certa altura uma rajada intensa de vento alcançou-os e mais tarde Mon, o jovem de 13 anos, distinguiu ao longe uma criatura que lançava jactos de fogo. - “Dragão!” – Gritaram os guerreiros. Crónicas de George – Capítulo II Todos pensavam que a morte os esperava. Mas George animou a tripulação: - “Calma, amigos, eu sei que desde os tempos dos nossos avós que nenhum Dragão ousa atacar, mas sejamos fortes, juntos lutaremos!” O clã não deixou de estar preocupado, mas aquelas palavras motivaram todos e pegando agora com mais força nos seus machados, cerraram com mais força os dentes, e gritaram. Gritaram como se tudo aquilo fosse deles, como se tudo aquilo não passasse de um sonho cruel. Gritaram sem pensar no hoje, no agora e no amanhã.