o que é uma unidade de terapia intensiva

INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATI
SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA – SOBRATI
MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA
CRISTINA MARIA FÉLIX CRISPINIANO
CARTILHA SOCIOEDUCATIVA: ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA
A FAMÍLIA/VISITANTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
BRASÍLIA - DF
2014
CRISTINA MARIA FÉLIX CRISPINIANO
CARTILHA SOCIOEDUCATIVA: ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA
A FAMÍLIA/VISITANTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Dissertação
apresentada
ao
Programa de Pós-Graduação em
Terapia Intensiva, do Instituto
Brasileiro de Terapia Intensiva, como
requisito parcial para obtenção do
título de Mestre em Terapia
Intensiva.
Orientador: Prof. Dr. Marttem Costa
de Santana
Brasília - DF
2014
CRISTINA MARIA FÉLIX CRISPINIANO
CARTILHA SOCIOEDUCATIVA: ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA
A FAMÍLIA/VISITANTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Esta dissertação de mestrado foi julgada adequada e faz parte dos requisitos
para obtenção do grau de Mestre em Terapia Intensiva pela Sociedade
Brasileira de Terapia Intensiva – SOBRATI.
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Marttem da Costa Santana
Universidade Federal do Piauí - UFPI
Orientador
Prof. Dr. Douglas c. Ferrari
Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI
Examinador
Prof. M.e Francimeiry Santos Carvalho
Universidade Federal do Piauí - UFPI
Examinadora
RESUMO
A Unidade de Terapia Intensiva é o espaço de atendimento a pacientes graves
com perspectiva de cura que precisa de cuidados ininterruptos por uma equipe
de saúde. Objetivou-se elaborar um prospecto para educação em saúde
dirigida ao visitante desta unidade sobre a equipe de saúde, equipamentos
utilizados, cuidados geral e ambiente e também de oferecer material escrito
aos visitantes e profissionais de saúde. Trata-se de uma Pesquisa Descritiva,
de Abordagem Qualitativa, do tipo Revisão Integrativa. Foram encontrados: 01
cartilha, 01 dissertação, 02 folhetos informativos, 16 artigos publicados e
também 02 livros. Posteriormente foi elaborada uma cartilha socioeducativa
abordando temas sobre: O que é a Unidade de Terapia Intensiva? Que
profissionais trabalham nesta Unidade? Porque se internar nesta unidade?
Quais medidas de segurança necessárias? O que pode perturbar este
ambiente? Qual a importância da visitação e qual estado que se pode
encontrar o paciente? Bem como: Quais aparelhos/recursos materiais que
podem ser utilizado? Quais cuidados que se deve ter ao entrar no setor? O que
são cuidados paliativos? E abordagem de temas relevantes. Conclui-se que, a
cartilha socioeducativa contribui para o aumento do conhecimento dos
interlocutores e, também, coopera com a sistematização das orientações
fornecidas pela equipe interdisciplinar.
Palavras-chave: Unidades de Terapia Intensiva; Prospecto para Educação;
Comunicação em Saúde.
LISTA DE QUADRO
Quadro1- Temas de interesse...........................................................................15
Quadro 2 - Artigos utilizados para elaboração da cartilha.................................16
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................07
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................09
3 TRAJETÓRIA METODOLÓGICA DA PESQUISA....................................11
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................15
REFERÊNCIAS.............................................................................................16
APÊNDICE
1 INTRODUÇÃO
A Unidade de Terapia Intensiva é compreendida como um espaço de
prestação de serviços e ações em atendimento a pacientes grave ou de risco
com possibilidades de cura e que requer cuidados ininterruptos, necessitando,
com isso, de equipe multiprofissional de apoio, bem como, de recursos
humanos especializados e tecnologia avançada (JERÔNIMO, 2011).
É, portanto, um momento importante para o paciente e família
entenderem como as etapas do cuidado vão se processando para superação
dos obstáculos, bem como, para aliviar e oferecer conforto seja qual for o
resultado final, pois apesar de todo aparato tecnológico é preciso de interação
da equipe/família/paciente independente do prognóstico. Como também se faz
necessário uma equipe de saúde preparada para amenizar os momentos
vivenciados de sofrimento (SOARES, 2007).
Diante das diversas formas de promover saúde, a educação nesta área
favorece a corresponsabilização e participação dos cuidadores nesse
processo,
impulsionando-os
para
construção
de
outras
formas
de
comportamento (GRIPPO, 2008).
Observou-se durante a visitação da família/visitante na Unidade de
Terapia Intensiva no período da hospitalização de paciente gravemente
enfermo, as dificuldades daquela de entenderem o momento crítico e como
poderiam contribuir nas situações de difícil aceitação. Temor pela morte do
ente, ansiedade diante do quadro de prognóstico ruim, estresse relacionado
aos ruídos alarmantes - ao uso de múltiplos equipamentos e à manipulação
excessiva do paciente para salvar-lhe a vida - dúvidas devido às respostas não
condizentes e incompreensivas, dentre outros.
Diante das situações similares surgiu a ideia de elaborar uma cartilha em
forma de texto e imagens voltada para acolher os visitantes em Unidade de
Terapia Intensiva e, que também, poderá ser utilizada pelos profissionais de
saúde nos momentos de orientação durante a visitação. Espera-se que a
produção da cartilha socioeducativa venha oferecer informações para maior
entendimento da situação de internação em Unidade de Terapia Intensiva por
parte do visitante/profissional de saúde no ambiente intensivo reconhecendo a
dimensão do processo saúde/doença.
7
O objetivo central do presente trabalho foi o de elaborar um prospecto
para educação em saúde em forma de cartilha dirigida aos visitantes das
Unidades de Terapia Intensiva. O material socioeducativo aborda temas sobre
esta Unidade, a equipe de saúde, os equipamentos utilizados, os cuidados
gerais bem como o ambiente. Oferecer material escrito à equipe multidisciplinar
para a promoção da saúde em Unidade de Terapia Intensiva.
Grippo (2008) avalia a cartilha como um instrumento de promoção ao
cuidado e que esta facilita a aprendizagem e se torna promotora de habilidades
e de potencialidades da comunidade e família.
8
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Unidade de Terapia Intensiva é um local de internação de pacientes
em estado crítico com possibilidade de recuperação da saúde. Requer
planejamento da assistência em tempo hábil e de qualidade para prestação de
cuidados adequados. Trata-se de um ambiente potencialmente estressante
tanto para equipe de trabalho quanto para o paciente e visitante. Neste
momento crítico, uma forma de minimizar os efeitos emocionais causados pela
complexidade da situação é a visita dos familiares e amigos (SILVA, 2007).
Durante a visitação um fator relevante que se deve pensar como algo
significativo é a comunicação e interação entre os profissionais e familiares. É
necessária para que às orientações recebidas cooperem para enfrentamento
dos problemas e também contribua para um atendimento humanizado e
resgate da dignidade humana. A simples atitude de explicar um procedimento a
ser realizado, informar sobre o estado de saúde do paciente, valorizar a
participação da família no tratamento é ações que reduzem o estresse e
diminui a sensação de impotência da família. Estudo revela fatos que dificultam
uma boa comunicação em saúde nas Unidades Intensivas como se pode citar:
falta de tempo, excesso de trabalho, disponibilidade e dedicação, preocupação
como desempenho profissional dentre outras causas (SAIOTE, 2011).
Dentre as formas de comunicação em saúde destaca-se a utilização de
prospectos socioeducativo como: informativos, cartilhas, manuais, instrumentos
valiosos que contribuem para a interação de sujeitos. Soares (2008) assevera
sobre as evidências dos benefícios para uso daqueles como: a redução da
necessidade de informações complementares, menor incidência de estresse,
ansiedade, depressão e uma precisão menor de fármacos psicoativos. Os
cuidados paliativos para a família é importante e prepara para situações
conflituosas.
Fonseca (2004) também enfatiza sobre a importância do uso de material
educativo como auxiliadores do ensino aprendizagem. Ela utilizou a
metodologia participativa para elaboração de cartilha objetivando o treinamento
de mães na alta hospitalar do bebê prematuro. A construção da cartilha se
baseia
na
preocupação
de
mediar
informações
não
contraditórias,
sistematizadas e com vocabulário de fácil entendimento da terminologia usada
9
pelos profissionais de saúde. A cartilha facilita as atividades de educação em
saúde, ampliação dos saberes e conhecimento e a possibilidade de consulta
com relação aos cuidados no domicílio.
Realça-se que, os instrumentos socioeducativos devem ser escritos com
linguagem acessível com clareza, objetiva e baseada em situações diárias do
local. Martins (2012) alerta para necessidade de elaboração de material
educativo de fácil compreensão e assimilação sendo possível de leitura para
um público de nível de escolaridade básica ou intermediária.
Torres (2009) enfatiza a importância destes como recursos para
educação em saúde. No estudo que desenvolveu com pacientes com diabetes,
o uso de instrumento educativo contribuiu para melhorar o conhecimento,
satisfação, habilidades e entendimento do quadro diante do agravo
influenciando sobre suas ações diante da doença. A cartilha é um guia para os
casos de dúvidas e auxilia no momento de tomada de decisão. Para tanto, é
importante para elaboração daquela, o uso de linguagem de fácil compreensão
e com conteúdo convidativo.
Viera (2013) construiu uma cartilha com a intenção de sensibilizar e
promover maior adesão dos profissionais de enfermagem à vacinação contra a
influenza. Martins (2012) avaliou os efeitos da informação oral e escrita como
intervenção educativa no conhecimento da mãe sobre o cuidado do recémnascido prematuro. Para Crispiniano (2014) o material didático em forma de
cartilha facilita as atividades de educação em saúde cooperando desta forma
com os profissionais de saúde no desenvolvimento de suas atividades
educativas.
. Um prospecto socioeducativo contribui para uma reflexão das atitudes
tanto do paciente/família quanto dos profissionais e para adoção de outra forma
de pensar e agir. Pois, o prospecto é um material informativo para explicar um
procedimento ou afecção para um público alvo. Na presente pesquisa foram
achados folhetos informativos e cartilhas de orientação para a família e
paciente internados em Unidade de Terapia Intensiva, mas na modalidade de
cartilha dirigida ao visitante desta Unidade não foi encontrado.
10
3 TRAJETÓRIA METODOLÓGICA DA PESQUISA
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA
Trata-se de uma Pesquisa Descritiva, de Abordagem Qualitativa, do tipo
Revisão Integrativa. A temática sobre o tema nasceu de estudos e da
observação da importância do visitante em compreender o ambiente do
cuidado.
A Pesquisa Qualitativa, segundo Minayo (2002), aborda de forma mais
profunda um lado não percebível e dado não matemáticos, o mundo dos
significados de ações e relações humanas, dos fenômenos e processos. Dados
que surgem ao longo do tempo da observação nos ambientes de trabalho, por
exemplo, a qual não se consegue mensurar, mas evidenciá-los empiricamente.
A Revisão Integrativa permite a integração entre pesquisa científica e a
prática profissional na área da saúde podendo incluir o empirismo. Pode ser
direcionada, por exemplo, para definição de conceitos ou inclusão de um tópico
particular, pois possibilita diferentes finalidades (MENDES, 2008).
A Revisão Integrativa favorece o reconhecimento dos profissionais que
investigam determinado assunto, divisão entre as descobertas científicas e as
opiniões, descrição do conhecimento especializado no seu estado atual, a
promoção de impacto sobre a prática clínica e a tomada de decisão baseada
em evidência, proporcionando um saber crítico (MENDES, 2008).
3.2 CAMPO EMPÍRICO DA PESQUISA
A pesquisa compreendeu a seleção e análise de artigos entre os meses
de setembro e dezembro de 2014, o acesso ao material ocorreu através de
busca ao acervo disponível na internet às bases de dados como: Google
acadêmico, Scientific Eletronic Library (SCIELO). Foram encontrados: 01
cartilha, 01 dissertação, 02 folhetos informativos, 16 artigos publicados e
também 02 livros. A busca em ambas as bases de dados objetivou-se ampliar
o conhecimento sobre o objeto de estudo.
11
3.3 PRODUÇÃO DE DADOS DA PESQUISA
Foram selecionados artigos científicos que atendessem à questão da
pesquisa, tendo como critérios de inclusão: artigos disponíveis em suporte
eletrônico gratuito, publicado em periódicos nacionais com textos em
português.
Posteriormente foi confeccionada uma cartilha socioeducativa. O
instrumento foi impresso em papel A4 contendo imagem em preto e branco,
modelo tipo espiral com conteúdo apresentado em forma de texto digitado no
Microsoft Word 2010. Para diagramação do trabalho foi utilizado programa
específico como Corel Draw 6.
Para desenvolvimento da cartilha socioeducativa foi importante falar
sobre: considerações sobre a Unidade de Terapia Intensiva, os profissionais
que compõe o quadro de recursos humanos, equipamentos usados e cuidados
gerais e do ambiente.
Quadro 1 – Temática de interesse
TEMAS
CONSIDERAÇÕES
O que é uma Unidade Intensiva
Espaço destinado à prestação de
(UTI)?
cuidados intensivos nas 24 horas do dia.
Que profissionais trabalham em Intensivistas:
Médico,
enfermeiro,
uma UIT?
nutricionista, fisioterapeuta e odontólogo;
Técnicas de enfermagem, maqueiro,
secretária, auxiliar de limpeza dentre
outros.
Porque se internar em uma Interna quando se necessita de cuidados
Unidade de Terapia Intensiva?
ininterruptos.
Quais as medidas de segurança Grades elevadas, pés/mãos contidos;
necessárias neste ambiente de Uso de avental, luvas, máscara;
cuidado intensivo?
Evitar transitar entre os leitos.
O que pode Perturbar este Som de alarme, restrições ao visitante,
ambiente de cuidado?
rotina do local.
Qual a importância da visita ao O apoio e o amor produz conforto físico
paciente durante a internação?
e mental.
Qual estado que se pode encontrar Edemaciado,
consciente
ou
o paciente criticamente enfermo?
inconsciente.
Quais os aparelhos/recursos
Monitor cardíaco, oxímetro, ventilador
materiais que poderão ser
mecânico, sondas.
utilizados no paciente?
Que tipos de cuidados são
Administração
de
medicamentos,
realizados em UTI?
curativos,
mudança
de
decúbito,
cuidados corporais.
Quais os cuidados que se deve ter Lavar as mãos ao entrar e sair com água
ao entrar na UTI?
e antisséptico.
12
O que são cuidados paliativos?
Abordagem de temas relevantes
Realizado quando o objetivo do
tratamento deixa de ser curativo e se
volta para controle da doença e alívios
dos sintomas.
Reanimação cardíaca, coma induzido,
intubação.
Fonte: Quadro elaborado pela autora da pesquisa, 2014.
3.4 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA
Por se tratar de revisão de literatura, não foi necessário submeter o
projeto à avaliação de Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos,
conforme determina a Resolução n. 466/2012 do Ministério da Saúde.
Quadro 2 – Referencial teórico utilizado para elaboração da cartilha
AUTORIA/
ANO
JERÔNIMO,
(2011)
TÍTULO DO
ARTIGO
Técnicas em UTI
Serviço de
Terapia
Intensiva do
Hospital do
Servidor
Público
Estadual
[s.d.]
INSTITUTO
NACIONAL
DE
TRAUMOTOL
OGIA E
ORTOPEDIA
[s.d.]
SILVA
2007
GLOSSÁRIO DE
TERMOS
UTILIZADOS
EM TERAPIA
INTENSIVA - STIHSPE
SOARES
CONSIDERAÇÕES/
TEMÁTICA
Contexto sobre Unidade de Terapia
Intensiva: conceito, objetivo, recurso
humano e material; monitorização,
ventilação mecânica.
Termos utilizados na UTI
Unidade de terapia
Intensiva (UTI)
UTI:
definição,
quem
será
beneficiado, profissionais que a
compõe, aparelhos utilizados e
cuidados que devemos ter ao entrar
nesta unidade.
Orientações do
enfermeiro dirigidas
aos familiares dos
pacientes
internados na UTI
no momento da
visita
Cuidando da
A alta complexidade das UTI gera
tema perturbador: restrições aos
visitantes, sons de alarmes, rotina de
trabalho,
ambiente
pouco
humanizado dentre outros temas
relevantes.
Cuidar dos familiares dos pacientes
13
(2007)
SOCIEDADE
BENEFICENT
E ISRAELITA
BRASILEIRA
(2012)
SOCIEDADE
MINEIRA DE
TERAPIA
INTENSIVASOMITI (2008)
Família de
Pacientes em
Situação de
Terminalidade
Internados na
Unidade de Terapia
Intensiva
Dicas para família e
acompanhante
depende
de
conhecimento
e
habilidade e é necessário utilizar-se
de
estratégias
fundamentadas
cientificamente. O cuidado paliativo,
hoje, deve ser prática cotidiana do
profissional de saúde.
Projeto UTI na
Praça: O objetivo é
a vida
Conceito e classificação de UTI e
profissionais de saúde que a
compõe.
Perguntas e respostas sobre o
cotidiano na UTI. Abordagem sobre:
medidas de segurança, importância
da visita e aparência do paciente.
Fonte: Quadro elaborado pela autora da pesquisa, 2014.
14
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluiu-se que, existe escassez de artigos on-line relacionados aos
instrumentos educativos voltados para o acolhimento dos visitantes em
Unidade de Terapia Intensiva. Na prática cotidiana, observa-se a necessidade
de utilizar uma cartilha socioeducativa nos momentos de educação em saúde,
pois estas contribuem para o aumento do conhecimento dos interlocutores e,
também, coopera com a sistematização das orientações fornecidas pela equipe
interdisciplinar.
Após análise da Revisão Integrativa da Literatura consultada verificou-se
que esse prospecto para educação em saúde:
 Facilita o compartilhamento de saberes e conhecimento entre os
visitantes e a equipe de profissionais de saúde;
 Ajuda na compreensão do conteúdo informado durante a visita na
Unidade de Terapia Intensiva;
 É de fácil manuseio e acessível culturalmente, pois a linguagem
favorece sujeitos de nível de escolaridade básica ou intermediária;
 Possibilita a socialização do conhecimento;
 Contribui para a organização do processo de trabalho na Unidade de
Terapia Intensiva;
 Favorece a comunicação e inter-relação entre visitantes e profissionais
de saúde;
 Usa de tecnologia educativa para esclarecimento de conteúdo do
cotidiano nas Unidades de Terapia Intensiva;
 Facilita o processo de comunicação, tomada de decisão e adesão ao
tratamento estabelecido.
Sousa (2012) relata que os materiais impressos facilita o processo de
comunicação, aumenta o poder da tomada de decisão e adesão ao tratamento
estabelecido, pois estes favorecem a fixação das orientações recebidas,
retorno do paciente e a portabilidade. Colombe (2012) diz que a cartilha
melhora a interação entre a equipe de saúde, paciente e familiar, bem como,
contribui para redução da angustia, estresse e o medo vivenciado pelos
15
familiares. O prospecto educativo a linguagem é simples e de fácil
compreensão.
Realça-se que, quando da elaboração do planejamento da assistência a
ser prestada também seja incluído a utilização de prospectos educativos para
promoção da saúde e melhor compreensão do contexto vivido pelo
paciente/família. O material didático educativo, além de conter as orientações
descritas sobre as rotinas habituais nas Unidades de Terapia Intensiva, salienta
sobre o acolhimento humanizado e atenção solidária por parte da equipe de
saúde e contribui para redução do estresse causado pela repetição de
informações complementares.
Espera-se que este estudo possibilite o desenvolvimento de pesquisas
futuras utilizando de ferramentas para construção de outros instrumentos
educativos sobre orientações aos visitantes de Unidade de Terapia Intensiva
para melhor oferecer cuidados humanizados.
16
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466,
de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras
de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil. Brasília, DF, 13 jul. 2013, p. 59. Disponível em: <
http://sintse.tse.jus.br/documentos/2013/Jun/13/cns-resolucao-no-466-de-12de-dezembro-de-2012>. Acesso em 11 dez 2014.
COLOMBE, Renata Martinez. Construindo uma cartilha informativa, aos pais e
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Expansão da Educação Superior no contexto do Plano Nacional de Educação,
2012.
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Cuidados com o bebê no primeiro ano de vida. Florianópolis, 2014.
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_________________________ et al. Cartilha educativa on-line sobre os
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GLOSSÁRIO DE TERMOS UTILIZADOS EM TERAPIA INTENSIVA: Serviço
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GRIPPO, Monica Lilia Vigna Silva; FRANCOLLI, Lislaine Aparecida. Avaliação
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INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMOTOLOGIA E ORTOPEDIA. Unidade de
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JERÔNIMO, Rosângela Aparecida Sala et al. Unidade de Terapia Intensiva :
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MARTINS, Elis Mayre da Costa Silveira. Avaliação da informação oral e escrita
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Pós-graduação em Saúde Coletiva)- Universidade de Fortaleza-UNIFOR, 2012.
MENDES, Karina Dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos Pereira;
GALVAO, Cristina Maria. Revisão integrativa: método de pesquisa para a
17
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Enferm. Florianópolis, v. 17, n. 4, out./dez. 2008.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. Ciência, Técnica e Arte: O desafio da
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GOMES, Romeu (Org.). Teoria, Método e Criatividade. 2 ed. Petrópolis, RS:
Vozes, 2002. Cap. 1, p. 9-29.
SAIOTE, Elisabete; MENDES, Felismina. A partilha de informação com
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SILVA, Natalia D.; CONTRIN, Ligia M. Orientações do enfermeiro dirigidas aos
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SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA. Dicas para família e
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<http://www.einstein.br/Hospital/centro-de-terapia-intensiva/cti/Paginas/dicaspara-familia-e-acompanhante.aspx>. Acesso em: 24 set. 2014.
SOARES, Márcio. Cuidando da Família de Pacientes em Situação de
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Terminalidade em UTI. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 19 n. 4,
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Sousa
SOCIEDADE MINEIRA DE TERAPIA INTENSIVA (SOMITI). Projeto UTI na
Praça: O objetivo é a vida, 2007 a 2008. Disponível em:
<http://www.somiti.org.br/documentos/cartilha.pdf >. Acesso em: 11 out. 2014.
TORRES, Heloisa Carvalho; CANDIDO, Naiara Abrantes; ALEXANDRE,
Luciana Rodrigues; PEREIRA, Flávia Lobato. O processo de elaboração de
cartilhas para orientação do autocuidado no programa educativo em Diabetes.
Rev. Bras. Enferm. Brasília, v. 62, n. 2, mar/apr. 2009. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003471672009000200023>. Acesso em: 12 out. 2014.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. [s.d.] Unidade de Terapia
Intensiva. Disponível em:< http://www.hu.ufsc.br/uti/paciente.html >. Acesso
em: 24 set. 2014.
VIEIRA, Raquel Heloisa Guedes; ERDMANN, Alacoque Lorenzini; ANDRADE,
Selma Regina de. Vacinação contra influenza: construção de um instrumento
educativo para maior adesão dos profissionais de enfermagem.
18
Florianópolis: Rev. Bras. Enferm. v. 22, n. 3, jul./set. 2013. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010407072013000300005>. Acesso em: 12 out. 2014.
19
APÊNDICE
20
CARTILHA SOCIOEDUCATIVA: ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA
A FAMÍLIA/VISITANTE DE UNIDADE EM TERAPIA INTENSIVA
O objetivo da Unidade de
Terapia
Intensiva
é
oferecer uma assistência
humanizada
de
qualidade.
Fonte: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
HOSPITAL: _________________________________________
21
O QUE É UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)?
É uma unidade de cuidados intensivos que tem como objetivo prestar
assistência contínua a pacientes potencialmente graves ou de risco com
possibilidade de cura, que exige o uso de equipamentos e recursos humanos
especializados e apoio de equipe de saúde multidisciplinar (JERÔNIMO,
2011).
QUAIS OS TIPOS DE UTI?
Tipos de UTI que se pode encontrar nos hospitais: obstétrica, de
queimado, cardiológica, ginecológica, oncológica; geral, neonatal, pediátrica,
para adultos;
A UTI neonatal atende paciente de 0 a 28 dias, a pediátrica recebe
pessoas de 28 dias a 14 anos ou 18 anos depende da norma do hospital e
para adultos de 14 anos ou 18 anos acima.
Fonte: IBRATI [s.d.]
QUE PROFISSIONAIS TRABALHAM NA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA (UTI)?
 Intensivistas: médico, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista e dentista;
 Coordenador da UTI, técnicos de enfermagem, auxiliar de limpeza,
maqueiro e secretária;
 Outros recursos humanos de apoio: fonoaudiólogo, médicos com outras
especialidades, assistente social, farmacêutico e equipe multidisciplinar
de terapia nutricional;
 Também podemos encontrar neste local estagiário de curso de saúde.
22
Fonte: IBRATI (s.d.)
PORQUE SE INTERNAR NA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA?
Deve ser internado paciente que precisa de cuidados intensivos em
razão de uma cirurgia ou doença grave com possibilidade de cura. Utiliza-se
de equipamentos adequados e equipe especializada presente 24 horas do dia
(INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMOTOLOGIA E ORTOPEDIA, [s.d.]).
Fonte: IBRATI (s.d.)
QUAIS AS MEDIDAS DE SEGURANÇA NECESSÁRIAS NESTE
AMBIENTE DE CUIDADO INTENSIVO?
 Algumas vezes as grades estão elevadas;
 As mãos e pés do paciente podem estar contidos para evitar que se
machuque;
 Os aparelhos permanecem ligados ao paciente para manutenção da
vida;
 O número de visitantes é limitado para evitar a transmissão de
microrganismos (germes) e manter o ambiente tranquilo necessário ao
reestabelecimento do paciente;
 A visita pode ser suspensa em razão da realização de procedimentos
e/ou para atendimento de necessidades do paciente;
 Pode ser solicitado o uso de avental, luvas, máscara como medida de
23
proteção;
 Evitar transitar entre os leitos (camas) e não visitar outros pacientes da
Unidade, medidas que contribui para não transmissão cruzada de
microrganismos (germes);
 Os leitos são identificados com o nome do paciente, numeração,
diagnóstico, data e dados importantes para avaliação posterior;
 Os pertences ficam com os familiares para evitar extravios ou perdas
futuras (UNIVERSIDADE DE SANTA CATARINA, [s.d.]);
 Não ofereça alimentos e líquidos por conta própria;
 Não manipule o paciente sozinho e não retire os acessórios a sua volta;
 Registrar o telefone/endereço do familiar para receber e repassar as
informações (SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA, 2012).
Fonte: IBRATI (s.d.)
O QUE PODE PERTURBAR ESTE AMBIENTE DE CUIDADO?
 Restrições ao visitante (horário de visita determinado, uso de
equipamentos de proteção individual durante a visitação, não
manipulação do paciente);
 Sons de alarme;
 Correria da equipe nos momentos de parada cardíaca;
 Pouca humanização da assistência;
 Falta de comunicação e compreensão dos acontecimentos;
 Ambiente estressante/agressivo;
 Invasão da individualidade e privacidade;
 Inflexibilidade de horários para visitas a pacientes conscientes;
 Falta de sistematização de orientação ao visitante;
 Avançada tecnologia (tubos, ventilador mecânico, monitor etc.);
 Momento crítico vivido por alguém e seus entes (SILVA, 2007);
 Acolhimento insatisfatório;
 Frieza ao sentimento alheio;
 Incompreensão dos assuntos abordados;
 Falta de conforto espiritual;
 Insatisfação da assistência prestada;
 Comunicação inadequada (SOARES, 2007).
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Fonte: IBRATI (s.d.)
QUAL A IMPORTÂNCIA DA VISITA AO PACIENTE DURANTE A
INTERNAÇÃO?
 O contato físico aumenta o vínculo afetivo;
 O apoio e o amor gera conforto emocional bem como físico;
 Segure na mão e converse com o paciente mesmo que ele não esteja
acordado;
 Conversar com o ente/amigo lembrando que este pode não responder
em razão dos tubos, por exemplo. Pode solicitar ao paciente que ele
escreva se consciente (UNIVERSIDADE DE SANTA CATARINA, [s.d.]).
Fonte: IBRATI (s.d.)
QUAL ESTADO SE PODE ENCONTRAR O PACIENTE
CRITICAMENTE ENFERMO?






O corpo pode está edemaciado (inchado);
Na face (rosto) pode ter tubos fixados;
Fios dos aparelhos ligados ao paciente;
Urinando através de sonda (colocada no órgão genital);
Alimentando-se através de sonda (colocada na boca ou nariz);
Está sem roupas visando melhor avaliação e agilidade
intercorrências;
 Inconsciente ou consciente;
nas
25
 Pode estar abalado emocionalmente (UNIVERSIDADE DE SANTA
CATARINA, [s.d.]).
Fonte: IBRATI (s.d.)
QUAIS OS APARELHOS/RECURSOS MATERIAIS QUE
PODERÃO SER UTILIZADOS NO PACIENTE?
 Respirador artificial/tubo traqueal - aparelho que permite a entrada e
saída de ar dos pulmões;
 Máscara facial - usada para fornecer oxigênio quando se tem falta de
ar;
 Monitor cardíaco - fornece dados sobre: frequência cardíaca, pressão
arterial, nível de oxigênio no sangue e temperatura;
 Bomba de infusão - aparelho usado para administração de
medicamentos e dietas (INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMOTOLOGIA E
ORTOPEDIA, [s.d.]);
 Cardioversão elétrica ou desfribilador - pulso elétrico para mudar o
ritmo do coração (SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA,
2012);
 Cateter central- é um cateter fino colocado próximo ao coração que
permite o acesso venoso rápido e eficaz. Não doe;
 Oxímetro de pulso - equipamento colocado no dedo com o objetivo de
verificar a saturação de oxigênio;
 Sonda vesical- é colocado no canal urinário até a bexiga. A sonda é
conectada a um coletor que recebe a urina e é colocado do lado do leito
(cama) em locais baixo;
 Sonda nasogástrica/nasoenteral - sonda colocada no nariz até o
estomago visando, por exemplo, ingestão de alimentos (GLOSSÁRIO
DE TERMOS UTILIZADOS EM TERAPIA INTENSIVA - STI-HSPE,
[s.d.]);
 Eletrocardiograma - é conectado ao paciente através de eletrodos
descartáveis no tórax. Mede a frequência cardíaca;
 Termômetro - mede a temperatura;
26
Monitor
cardíaco
Respirador
Bomba de
infusão para
medicação e
alimentação
Cateter
Central
Sonda para
Urinar
Fonte: IBRATI (s.d.)
QUE TIPOS DE CUIDADOS SÃO REALIZADOS EM UNIDADE
DE TERAPIA INTENSIVA?
 Terapêutico - exemplo: administração de medicamento por via venosa,
inalatória e tópico;
 Cuidado corporal – exemplo: banho no leito, corte das unhas e aparar
os pelos da região genital;
 Motilidade – exemplo: mudança de decúbito (mudança de posição);
 Alimentação – exemplo: através de sonda ou usando uma colher;
 Oxigenação – exemplo: através de ventilador mecânico e máscara
facial;
 Eliminação fisiológica – exemplo: através de sonda;
 Cuidados gerais - Verificação dos sinais vitais, coleta de exames,
realização de curativo e glicemia capilar (JERÔNIMO, 2011).
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Fonte: IBRATI (s.d.)
QUAIS OS CUIDADOS QUE SE DEVE TER AO ENTRAR EM
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA VISITAÇÃO?
Antes e depois de entrar na UTI devem-se lavar as mãos com água e
antisséptico para evitar a transmissão de microrganismo (germes)
(UNIVERSIDADE DE SANTA CATARINA, [s.d.]);
É recomendável, o visitante em estado gripal não visitar o paciente,
caso seja necessário use máscara (SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA
BRASILEIRA, 2012).
Fonte: IBRATI (s.d.)
O QUE SÃO CUIDADOS PALIATIVOS?
Os cuidados paliativos são realizados quando o objetivo do tratamento
deixa de ser curativo e se volta para controle da doença e alívios dos
sintomas.
EQUIPE DE SAÚDE:
 Forneça as informações sobre o diagnóstico, o plano de tratamento e o
prognóstico do paciente para evitar estresse vivido pelo familiar/amigo;
 Informe diariamente o estado de saúde do paciente;
 Assegure, especialmente nos casos de criança, assistência adequada.
28






Caso tenha dúvida de como proceder, algumas vezes é necessária a
presença do psicólogo;
Orientar a família quanto às formas de tratamento, uso de
equipamentos complexos, medicações agressivas, reanimação
cardíaca, visitação e onde encontrar apoio visando manter a família
tranquila e informada;
Orientar a família quando a cura não é possível do desligamento dos
equipamentos, suspensão de tratamentos, quadros de dor e sintomas
mais complexos;
Explicar que as intervenções nos casos de doença grave visa deixar o
paciente tranquilo e aliviar os incômodos e podendo incluir não
reanimar, não intubar e limitar cuidados;
Oferecer, quando requisitado, apoio religioso e a oportunidade das
pessoas despedirem do seu ente;
Orientar sobre a possibilidade de assistência domiciliar paliativa nos
casos viáveis;
A equipe de saúde pode ajudar os familiares a compreender nas
questões de uso de terapias ineficazes clinicamente objetivando a
possibilidade aumento de sobrevida (SOCIEDADE BENEFICENTE
ISRAELITA BRASILEIRA, 2012).
PARA O CUIDADOR:
Os cuidados paliativos são realizados quando o objetivo do tratamento
deixa de ser curativo e se volta para controle da doença e alívios dos
sintomas.
 Cuide de si mesmo, pois o suporte familiar é benéfico para o paciente;
 Aceite a ajuda dos outros para cuidar do paciente;
 Elabore sua rotina diária, descanse dos cuidados rotineiros, alarmes,
ruídos e odores dos hospitais, pois pode ser longo o tempo de
permanência do paciente neste ambiente;
 Continue, na medida do possível, com seus afazeres domésticos,
trabalho e estudos (SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA
BRASILEIRA, 2012).
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Fonte: IBRATI (s.d.)
TEMAS RELEVANTES
 Reanimação cardíaca - pressão exercida sobre o peito do paciente
para comprimir o coração fazendo com que o sangue seja bombeado
por todo corpo;
 Morte cerebral - ocorre quando o cérebro deixa de trabalhar. O coração
pode continuar batendo e o paciente precisando de aparelho para
respirar;
 Não ressuscitar/não reanimar - se o paciente tiver uma parada não
reanimar, pois não vai mudar o prognóstico ou recuperar a sua saúde;
 Limitação do cuidado - não realizar procedimentos agressivos para
recuperação da saúde em razão do estado geral do paciente;
 Intubação - trata-se de introduzir através da boca, um tubo plástico que
possibilita a conexão entre o respirador artificial e o pulmão (SOCIEDADE
BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA, 2012).
 Coma induzido - sedação do paciente utilizando-se de drogas que
provocam alteração do nível de consciência (GLOSSÁRIO DE TERMOS
UTILIZADOS EM TERAPIA INTENSIVA - STI-HSPE, [s.d.]).
Fonte: IBRATI (s.d.)
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